" As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes."
- O pequeno Principe.
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Acordei de manhã, Cello ainda estava dormindo. Acordei ele com um beijo.
- Bom dia, gatão. - Falei.
- Bom Dia. - Ele se espreguiçou. - Que horas são?!
- Quase 9. - Falei. Ele deu um pulo da cama.
- Seu pai não pode saber que dormi aqui... O que eu falo?!
- Tem um colchão ali, fala que dormiu nele. - Ele se vestiu e saiu do quarto. Levantei também, fiz minha higiene pessoal, vesti uma roupa e desci para tomar café. Meus pais já estavam lá. Falei com eles e depois fui caminhar. Nos finais de semana, eu sempre andava por ali, agora com o Marcelo perto.
- Como era sua vida antes de ir preso?! - Puxei assunto.
- Era ótima, eu estudava de manhã, fazia alguns cursos a tarde e academia e ainda ficava com alguns amigos a noite e minha família.
- Sua mãe sempre acreditou em você?!
- Sim... Demorou pra aceitar, mas ela foi a única. Meu pai nem olha na minha cara quando eu apareço lá, por isso sempre vou em horário que ele não esteja. Meus irmão mais novo é muito importante para mim. Ainda vou te apresentar ele. - Ele sorriu. Parecia feliz ao falar do meu irmão. Ele me contou várias coisas dele, que eu nem imagina. Meu celular começou a tocar. Era meu pai.
- A onde você está?!?! - Ele gritou por telefone.
- Caminhando, pai. Aconteceu alguma coisa?! - Marcelo olhou assustado.
- Vem pra casa agora!!! - Ele mandou.
- Tô indo pra aí.
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Demoramos um pouco para chegar em casa, meu pai e minha mãe estavam na sala.
- Sai de perto do meu filho. - Meu pai gritou para Cello. - Como fui colocar um marginal para dentro da minha casa. Quero você fora daqui.
- Senhor... - Marcelo tentou argumentar, mas meu pai tinha gritado novamente com ele.
- Pai, ele não é culpado. - Entrei no meio.
- Larga de ser ingênuo, Diego. E você, eu quero você na rua agora. Toma seu dinheiro. - Meu pai jogou um envelope com dinheiro no chão e Marcelo pegou, e foi embora. Eu queria ir atrás dele, mas minha mãe me segurou. Comecei a chorar. Não era pra aquilo ter acontecido. Com certeza, Iago procurou meu pai e contou tudo pra ele. A versão dele, claro. Eu iria lutar pelo Marcelo, não poderia deixar aquilo acontecer com ele.
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Algumas horas depois, Marcelo me ligou, pediu para me encontrar num café, que tinha perto de casa.
- Meu amor... - Falei quando encontro com ele.
- Oi. - Ele deu de ombros. - Diego, vou ser sincero com você. Talvez eu não seja uma pessoa boa suficiente para você se apaixonar.
- O que isso quer dizer?! - Falei embargado.
- Não tem como a gente ficar junto. Olha só pra você, estuda, tem uma boa família, é rico, e eu?! Sou apenas um Zé ninguém. - Ele disse olhando para baixo.
- Não fala isso, Marcelo. A gente pode sim ficar junto. - Segurei a mão dele, que tirou. - A gente se gosta. - Argumentei.
- Não... Eu não gosto de você. Foi apenas temporário, a gente se conhece a pouco tempo, você tem que amar Iago, ou sei lá quem. - Ele foi grosso. Eu queria chorar. - Agora deixa eu ir. - Falou deixando dinheiro na mesa pro café e indo embora. E mais uma vez, ele me deixou sozinho.
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Olá pessoas, o conto está andando rápido de mais, mais para frente, vocês entenderam o porque. Espero que estejam gostando. Críticas, sugestões e elogios são bem vindos. Comentem, é importante para mim. Uma boa semana a todos.
Email para contato: genivan.snp23@gmail.com.
Beijinhos.