Sol de Verão - Capítulo 13

Um conto erótico de Virgínia / Narrador
Categoria: Homossexual
Contém 1754 palavras
Data: 26/05/2015 18:58:51

VIRGÍNIA

O telefone celular de Virgínia toca...

— Alô?

— Oi Igor, como está tudo por aí nos Estados Unidos?

— Que bom meu filho! Quando você vai vir me visitar?

— Ah filho, mas ainda está tão longe!

— A velha? Está viva ainda, AINDA, mas não vejo a hora dela bater as botas para eu ficar com a Casa.

— Sim, mas eu vou enrolar, eu tenho mais direito Igor, eu vivi mais tempo com a velha naquela casa, eu vou lutar por ela, nem que eu tenha que soltar meus cachorros para cima deles.

— Ah, você não sabe! Essa semana Diogo sofreu um acidente...

— Não, pode ficar tranquilo, ninguém se feriu, a não ser aquele "coisado" lá, um dos gêmeos, acho que foi o Yego que desmaiou, eles estavam voltando da casa de praia deles e apareceu um cavalo de repente, daí seu irmão tapado como ele é, não viu e quando viu tentou desviar, mas acabou batendo no outro carro que vinha na contramão, mas o importante é que ninguém se feriu gravemente, mas já pensou se um dos gêmeos morre naquele carro? Coitada da minha irmã - Disse com a mão na boca.

— Yego é aquele metidinho, que as vezes vem aqui meter o bedelho onde não é chamado.

— Mas eu vou fazer o quê Igor? Matar ele? Só se for! Ele é muito metido, outro dia ele estava aqui em casa dando indireta para mim porque eu resolvi sair para fazer umas comprinhas no Shopping, aquele dia que comprei um Rolex de presente para você, alias, chegou por aí direitinho?

— Ótimo! Ah meu filho, se preocupe com isso não, o Rolex aqui no Brasil é mais caro sim, óbvio, mas quem me sustenta é a sua avó, então a velha tem muito dinheiro e não fará cócegas no bolso dela.

— Sim, mas voltando, seu primo outro dia veio aqui em casa se metendo nas coisas e ainda por cima soltou gracinhas para mim quando cheguei.

FLASH BACK:

— Finalmente resolveu sair das asas de papai e mamãe! - Virgínia entrou falando.

— Tia Virgínia! - Yego falou

— Pensei que você viria mais tarde - Dona Benta falou.

— Não meus anjos, vim almoçar e cuidar da mamãe - Falou com um certo deboche.

— Não faz mais que obrigação - Yego Murmurou

— O que disse, querido? - Perguntou olhando para Yego

— Ah Virgínia, o Yego veio fazer uma entrevista de estágio aqui perto, é bom que é bem pertinho - Dona Benta falou animada.

— É, eu ouvi ele falando quando tinha chegado, como eu tinha dito, resolveu sair de baixo das asas dos seus pais - Debochou mais uma vez

— Pois é tia, na verdade meus pais queriam que eu me dedicasse a Sol de Verão - Yego rebateu

— Ah, aquele bar de beira de praia - Debochou interrompendo-o

TERMINA O FLASH BACK

Virgínia,

— Então ele foi aquele dia para fazer uma entrevista de estágio numa clínica numa galeria no outro quarteirão aqui na rua, que por sinal é propriedade do seu avô Severino Moreira e quem cuida das partes burocráticas sou euzinha, acho que ninguém tem ideia disso, mas praticamente sobrevivo com os aluguéis de cada loja instalada lá, inclusive da clínica, eu cheguei lá tocando terror.

FLASH BACK:

— Pois não? - Atendeu um rapaz com cara de sono.

— Querido, melhore mais essa cara de sono, algumas vezes quando venho até aqui, você sempre está com essa cara - Virgínia Reclamou.

O rapaz respirou fundo e falou;

— Pois essa é a única que eu tenho - O rapaz se defendeu.

— Então faça uma plástica, querido, ninguém aguenta mais olhar para essa sua cara de tédio, me deu até sono agora, mas enfim, a Sônia está no escritório? - Perguntou

— O que a senhora deseja falar com ela? - Indagou

— Nada que te interesse! - Colocou de volta seus óculos de sol.

Virgínia com toda sua prepotência seguiu até uma porta próximo ao balcão do atendente, abriu a mesma e seguiu por um corredor breve e abriu uma porta onde estava sentada mexendo no computador.

— Virgínia Moreira! - Sônia olhou para a mesma com uma certa empolgação.

— Querida Sônia, vou logo indo ao ponto, meu sobrinho está participando de um processo seletivo aqui nesta... - Olhou em volta - clínica. Então por motivos pessoais, eu quero que você RISQUE o nome dele na seleção, se é que ele tenha capacidade para passar - Deu um sorriso debochado.

— Ora, mas por quê? Acho que você não tem o direito de fazer isso - Disse contrariada.

— Acho não, EU TENHO! Aliás, eu sou dona deste espaço e vocês alugam ele, mês que vem o contrato vence e penso eu que vocês devem renovar, até porque alugar imóvel está cada vez mais difícil e ainda mais num ponto tão valorizado como esse.

Sônia fez uma cara feia.

— Qual o nome do rapaz? - Perguntou.

— Yego com a letra UPSILON Moreira - Respondeu.

— Ah não, logo ele? Ele era o selecionado para a vaga, eu iria chama-lo essa semana - Disse indignada.

— Que pena para ele! - Disse sem importância.

— Dona Virgínia, será mesmo necessário? Nós gostamos muito da entrevista dele, acho uma tremenda sacanagem a senhora fazer isto com ele.

— Esse menino é rico, ele está tomando o lugar de pessoas que realmente precisam, aliás, os pais dele é dono de uma rede de ba... dessas lanchonetes ou sei lá o quê de beira de praia, ou seja, seus pais são bem de vida - Explicou

— Mas Dona Virgínia, é somente um estágio, na entrevista ele havia me dito que só queria experiência e a bolsa não é lá essas coisas, é somente um estágio e ele tem direito - Tentou contornar

— Ué, ele que estagie no estabelecimento deles, trabalho é que não falta - Falou se olhando num pequeno espelho.

Quando Sônia iria abrir a boca, Virgínia interrompe.

— Já vi que vou ter que calar sua boca - Disse Virgínia mexendo na sua bolsa de couro caríssima assustando Sônia.

— Olha aqui! Isso serve para você dispensar o garoto? - Perguntou jogando um maço de dinheiro na mesa.

— Por que você tá fazendo tanta questão? - Estranhou.

— Porque estou fazendo um bem para a humanidade, eu penso no próximo Sônia, agora aceite essa gorjeta e só faça apenas RISCAR o nome dele e faça outro processo seletivo ou escolha outro jovem, SÓ! - Disse sorrindo

Sônia olhou para Virgínia, esbouçou um leve sorriso e pegou com as mãos cheias no maço de dinheiro, em seguida pegou sua bolsa Louis Vuitton e deixou a clínica.

TERMINA O FLASH BACK

Virgínia,

— E foi assim, Igor.

— Eu, má? Você não conhece meu lado mal, querido.

— Eu tinha que fazer isso, aquele garoto não poderia ficar trabalhando aqui por perto, ele iria ser um empecilho na minha vida e minha intuição deu certo, a quenga lá iria escolher ele como estagiário e ele iria trabalhar lá, seria uma merda, mas ainda bem que eu agi logo.

— Ah Igor, eu vou logo dizendo, quando essa velha morrer, eu quero você aqui no Brasil me ajudando, tá bom?

— Se a minha mãe já sabe do acidente? A velha? Já sabe sim, eu mesmo contei a ela.

— Hahahaha, mas eu achei justo ela saber meu filho, jamais eu esconderia uma coisas dessas, ela tem todo direito de saber, mesmo com o coração não muito bom e ainda disse por telefone, coitada, ficou tão nervosinha, mas ela aguentou o tranco, até agora não morreu HAHAHAHA, mas eu pedi pra ela não dizer que eu contei, não é? Se não a gentalha toda iria cair em cima de mim.

— Mas deixa eu desligar, Igor, já estou chegando em casa, mais tarde a gente se fala.

— Beijo! Mamãe te ama.

Alguns minutos depois...

— O que você fez, Virgínia? - Ruth perguntou.

— Eu? Eu não fiz nada - Virgínia respondeu se fazendo de vítima.

— Virgínia, eu não sei o que você quer com isso, desde nova você é diferente de todos, nós sempre lutamos para ter uma vida digna e você... Você nunca ligava para quem estava em volta, sempre pensava em você, somente em você e não mais em ninguém, só vivia as custas de mamãe e na primeira oportunidade quis colocar ela num asilo, logo sua mãe que passou 9 meses com você na barriga, noites mal dormidas, limpou sua merda, te ensinou tantas coisas - Ruth falou

— Ruth, você sabe que eu sempre cuidei da mamãe, cuidei de uma parte dos negócios que o papai deixou para ela, você quer mais o quê? Eu vi o Asilo como uma oportunidade de ela descansar, tem tantos asilos luxuosos, com muitas atividades e... - Virgínia tentou completar

— Ah Virgínia, me poupe, você quer é se livrar da mamãe, mas nunca iremos deixar você fazer isso. Você sempre cuidou tão bem da mamãe que outro dia eu vim aqui e ela estava sozinha e certamente você estava ostentando seu carro e suas jóias por aí em shoppings da vida - Interrompeu Debochando

— Eu estava resolvendo coisas da família querida - Falou mexendo nos seus cabelos

— Virgínia, me diga por que você contou para a mamãe sobre o acidente? Ela ligou desesperada para o hospital, CHORANDO. Virgínia, a mamãe não pode estar passando por certas coisas, ela tem tanto problemas, cardíaco, osteoporose, problema de vista e OLHA a idade dela, ela tem mais de 90 anos, o que leva uma pessoa fazer isso? - Ruth disse passando a mão no rosto

— Eu não posso fazer nada se ela me ouviu... - Tentou completar.

— Para com isso Virgínia, é claro que ela não ouviu nada, VOCÊ contou, pensa que eu não estou ligada na tua? - Falou.

— Quer saber? EU CONTEI MESMO! - Falou batendo uma das mãos no seu próprio peito - O que eu fiz é errado, mas no meu VER, ela tem todo direito de saber qualquer coisa que aconteça de baixo do nariz dela, principalmente com os netos - Falou

— Sim Ruth - Disse mais calma - Mas temos que sentar, contar com calma aos poucos e não desse jeito de surpresa que cause choque.

— Mas enfim, preciso dar um pulinho na lanchonete, tenho muita coisa para fazer e você Virgínia - Olhou para ela - Cuidado no que você faz, porque se eu souber de qualquer coisa, eu juro por Deus que denuncio e coloco outra pessoa para cuidar, veja lá o que vai fazer para não se arrepender depois.

Ruth pegou sua bolsa sobre a cama no quarto de Ruth e em seguida saiu.

...

Espero que vocês tenham gostado do capítulo de hoje, eu escrevi com um pouco de pressa pela falta de tempo, então ignorem qualquer erro grotesco, qualquer coisa se vocês não entenderem algo, é só deixar a dúvida no comentário.

Galera, não deixem de comentar e votar. Conto com vocês!

Beijo! Amo todos vocês!

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Comentários

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Não gostei disso de vilão não, acho meio fraco. Mas irei continuar lendo.

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Amei a vilã do conto! Eu adoro vilãs assim, elas movimentam a trama, mas já tomei raiva dela por maltratar a própria mãe, já quero que ela seja torturada no final e depois morra.

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