Olá galera, após ler vários contos de todas as formas, gêneros, tipos e estilos, resolvi escrever também este e meu primeiro conto então espero que gostem, já deixo informado que o conto e totalmente fictício, somente minhas características são reais...
Nem sei por onde começo (“que tal pelo meu nome né?" Kk's). Me chamo Lorenzo,mas gosto que me chamem de Enzo, tenho 16 anos, sou branquinho, tenho cabelos pretos arrepiados, olhos castanho escuro, apesar da pouca idade já tenho um pouco de barba, 1.77 alt, peso 66 kg, minha barriga e definida, traduzindo sou muito gostoso (convencido nem um pouco né? Kk's).
Conheço o Vinicius há muito tempo, pra ser mais preciso desde a terceira serie, vivo implicando com ele, meu dia não é dia se não fazer uma piadinha da cara dele. Lembro que comecei a pegar mais pesado com as piadinhas assim que ele se assumiu homossexual, eu zoava ele e todo mundo ficava rindo, sei que isso não era legal, mas mesmo assim fazia, adorava ver cara dele de raiva. Sempre que podíamos eu e o Pedro zoavámos o Vinicius e ele sempre com raiva retrucava. Pedro é meu melhor amigo, fazemos quase tudo juntos, ele é mais velho que eu, tem 17 anos, era maior, tinha 1.80 alt, e pesava uns 70 kg, era moreno claro, não sei dizer a cor dos olhos dele, pois nunca fiquei reparando nisso, mas deviam ser pretos ou algo parecido.
- Já vai viadinho? - Perguntamos eu e o Pedro uníssono já rindo da cara que o Vinicius nos olhava.
- Sim, vou dar para os pais de vocês dois - Disse ele com uma voz que transparecia um pouco de raiva.
Sinceramente eu não me sentia muito bem em fazer aquilo, no fundo sabia que na verdade aquilo tudo não passava de um modo de reprimir o que eu sentia, tinha inveja da coragem dele, e queria ter a mesma coragem de enfrentar tudo e todos e ser quem eu sou de verdade. Vocês devem estarem se perguntando: - será que ele gay? Isso nem eu mesmo sei,pois nunca tive nenhuma experiência desse tipo, sempre fiquei com garotas e somente,mas morro de vontade de ficar com um garoto.
Estava um dia tranquilo na escola, lembro que era uma quinta-feira e estávamos todos animados, pois na sexta haveria uma excursão (esqueci de falar eu e o Vinicius somos da mesma sala), assistimos as aulas dos três primeiros horários, e logo chegou o intervalo, disse ao Pedro:
- Vamos à lanchonete, estou com fome. Disse passando a mão na barriga.
- Vamos sim, mas antes vamos zoar o viado um pouco. - Disse ele olhando para o Vinicius com aquela cara de que ia aprontar.
- Oi viado, vai dar muito hoje? - Disse eu gargalhando. - Deve dar até ficar todo arrebentado, kkk.
- Com certeza, afinal eu sou o viado - Disse ele com a maior cara de deboche. - Mas pelo menos eu já comi alguém e você Enzo, já comeu?
Foi como se eu tivesse levado um tapa, tipo eu um adolescente aos 16 anos, pegador, já tinha ficado com várias garotas, e ainda era virgem e sendo zoado por um viado.
- Eu acho que você deve ter uma quedinha por mim não tem outro motivo pra você e esse ogro ficarem me zuando todos os dias, e você nunca ter comido uma menina. – Ele gritou isso e todo mundo me olhou rindo.
Ele com uma cara de quem finalmente deu o troco, e soube que tocou na ferida. Me senti mal, sai dali o mais rápido possível, nem fui a lanchonete como tinha planejado, pois perdi a fome. Fui para trás da quadra de futebol, sempre ficava vazio ali, gostava de ir pra lá quando estava mal, era um lugar onde conseguia pensar. Sentei em um banco e fiquei viajando nos meus pensamentos...
- “Como foi que ele descobriu que nunca fiz sexo? E as indiretas dele, porque disse tudo aquilo daquela forma."
Estava eu com meus pensamentos, quando sinto alguém sentando ao meu lado, olho e vejo minha amiga Vanessa ela é da mesma sala eu.
- Esta tudo bem? - Disse ela preocupada. - Nunca te vi ficar assim após uma discussão com o Vinicius. – Não fica assim, ele só disse aquilo tudo pra te irritar ou te machucar.
Eu olhei pra ela com os olhos cheios de lagrimas prontas pra rolarem e disse:
- Não, o Vinicius está certo, eu nunca fiz sexo. - Comecei a chorar.
- "Que vergonha um marmanjo como eu chorando perto de uma garota“.
Sim sou virgem, não perdi a virgindade, porque primeiro não sinto tesão em garotas e segundo não gosto de alguém. E olhei pra ela de novo.
- Mas por que? - Disse ela tentando me consolar e me abraçando. - Pode dizer tudo amigo, você sabe que pode confiar em mim.
Sempre contei tudo pra ela, ela é o tipo de amiga que se torturar ela morre mais não conta nada.
- Eu me guardo para quem eu gostar verdadeiramente e desejar ter ao meu lado pra sempre. - Falei com um pequeno sorriso.
- Ownt, que fofo amigo – Ela abriu aquele sorriso lindo dela. - Posso saber se você já gosta de alguém? E imagina alguém assim pra você?
- Mais ou menos. - Disse meio cabisbaixo. - Vanessa você já se sentiu diferente mais do que você deveria ser? - Enxuguei as lágrimas olhando pra ela segurando em suas mãos. - Sentiu que fazer algo é um erro, mas que aquele erro pode te fazer mega feliz?
- Não amigo - Eu engoli seco esperando uma resposta convencional. – Mas no seu lugar eu já teria começado a errar. - Ela passou os dedos próximo aos meus olhos e recolheu as últimas lágrimas que restavam. – Vai enfrente, erre e seja feliz, sua felicidade é o mais importante.
Eu simplesmente abri um sorriso imenso. Ela me olhou no fundo dos meus olhos e fez uma pergunta:
- Amigo você gosta de garotos? - Eu olhei mega surpreso e assustado – E tem uma queda pelo Vinicius né?
Ela fez essas duas perguntas com convicção de que eu diria sim.
Mas eu disse:
- Você esta ficando louca - Levantei batendo no peito. - Eu sou macho, tá me estranhando Vanessa?
Ela simplesmente riu e disse:
- Esta bem, machão - E riu como se eu tivesse dizendo algo engraçado. – E que pela forma que você falou pensei que fosse isso - A vaca sabia que eu estava mentindo.
Levantamos e voltamos para a sala, onde se passava a aula de Geografia. Menti para professora disse que estava passando mal por isso tinhamos entrado atrasados e ela acabou acreditando e deixou que entrássemos.
O restante da aula eu fiquei quieto, calado, isso foi estranho pra todo mundo, afinal eu e o Pedro zoavamos a aula toda. Acabou a aula fui o primeiro a sair da sala, nem me despedi, fui correndo pra casa.
Cheguei em casa indo direto para o meu quarto, nem reparei se tinha alguém em casa, deitei em minha cama, e fiquei pensando em todo ocorrido naquele dia, em minha conversa com Vanessa, tudo que o Vinicius me disse.
Sinceramente não sentia nada pelo Vinicius, a não ser admiração pelo fato dele ser assumido e eu não, mas fiquei com aquilo na cabeça o restante do dia.
Continua...
Deixem sua nota e um comentário! E obrigado por ter lido o meu conto.
Espero que tenham gostado desse primeiro capitulo da minha primeira série de contos!
