Casa não era a palavra certa para descrever aquilo, com certeza estava bem longe disso. Felipe sempre fora acostumado com uma casa simples, dois quartos e um único banheiro social, mas a casa de Leonardo para ele era algo fantástico, lembra te ter visto assim apenas em filmes e dos melhores.
Leonardo riu do rosto do garoto - vai ficar aí parado garoto?
- Desculpa, nunca entrei em uma casa assim.
- Pense apenas como uma casa, afinal o que importa não é a casa mas o morador, não acha?
- Acho sim, pena que o morador dessa eu não conheça para exercer juízo de valor.
- Pow! Bate da próxima.
O garoto corou e tentou rapidamente mudar o que disse, pena que as palavras embolaram em seus lábios.
- Desc....Descul....affs.
- Você fica lindo corado e tímido. Leonardo percebeu então o que disse e assim como o garoto corou e baixou a cabeça e coçou-a, sendo salvo por sua governanta que chegou e se assustou com o estado do garoto.
- O que houve com o rapaz?
- Amélia minha linda, esse é Felipe, acredita que ele foi atingido por um tsunami de lama na rua?
- Meu Deus, Leonardo eu já disse a você que não pode correr, viu o que pode acontecer, coitado do garoto.
- Calma aí, não fui eu.
- Se não foi você, por que ele está aqui?
Ao olha no rosto do chefe e homem que criou e educou, percebeu seu rosto em um tom avermelhado e riu consigo mesma, sabia que não era comum ele trazer quem quer que fosse pra casa depois da sua grande perda.
- Entendi, seu coração de ouro falando mais alto não é? Vamos rapazinho, eu vou ajudar você.
Felipe a seguiu todo tímido, enquanto Leonardo sorria da situação, um garoto todo sujo de lama havia entrado em sua vida e ele esperava com todo fé que tinha que aquilo não fosse apenas uma brincadeira do destino.
No outro cômodo, Felipe se despia enquanto lembrava que seu sonho poderia ter se acabado, um emprego que ele sempre sonhou foi pra lama, literalmente falando, e com isso as lágrimas começaram a cair, lembrou que teria que falar com sua tia e procurou o celular no bolso e para sua tristeza seu celular simples mas que fora comprado com muito esforço nem se quer ligava o que o fez chorar ainda mais.
Entrou debaixo do chuveiro, mesmo tendo uma banheira no banheiro, mas não saia como usar, então foi no modo tradicional mesmo, ele só queria se banhar esforço voltar pra casa, onde poderia chorar nos braços de sua tia e receber seu conforto e carinho.
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Desculpem a demora, eu estava muito atarefado com os estudos pra oab, mas agora já estou mais aliviado, espero que gostem e obrigado pelos comentários.
