O ABRAÇO DA SERPENTE
Essa obra está reservada e protegida pela Lei n° 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que defende os direitos autorais reservados a mim. Sendo proibida a publicação e/ou divulgação por terceiro por mim não autorizados.
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SEGUNDO CAPÍTULO – LUCCAS
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"A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro"
John Lennon
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- Cara você está me machucando. – Falou Victor tentando se solta do Cara de Jaleco.
- Quero saber por que você está me espionando? – Esbravejou ele empurrando Victor e fazendo-o bater com as costas na parede e ficar preso entre a parede e o Cara de Jaleco.
O rosto do Cara de Jaleco ficou a poucos centímetros do de Victor, que ele até podia sentir o hálito quente do cara em seu rosto e seus corpos estavam case colados. Victor fechou os olhos e respirou fundo. Ele teve uma súbita vontade de beijar o cara, mas sabia que se o fizesse era capaz do cara dá um belo de um soco nele. Então ele respirou fundo e gritou.
- Me solte seu idiota. – Victor não se conteve e empurrou o Cara de Jaleco de perto dele antes que fizesse alguma besteira. Na faculdade poucos sabiam da orientação sexual dele. Ele se desequilibrou e para não cair soltou o braço do Victor e se segurou na pia.
- Você é maluco. – Falou Victor, passando por ele antes que ele resolvesse arrancar seu braço novamente. O Cara de Jaleco o olhou com aqueles olhos lindo e perfeitos, mas que perderam a beleza no momento que ele não soube ser educado.
Victor sair rápido do banheiro e ao abrir a porta deu de cara com o Thiago que estava entrando no banheiro. Victor só não caiu porque Thiago o segurou.
- Que isso princesa? – Perguntou ele – princesa é como o Thiago costumava chamar o Victor depois que ele se assumiu. – Parece que vai tirar o pai da forca.
- Cala a boca e vem.
Victor saiu puxando o Thiago pelo corredor em direção ao estacionamento.
- Ei! Eu ia ao banheiro. Estou super apertado. – Protestou Thiago.
- Quando chegarmos em casa você vai.
- Não dá para esperar tanto tempo.
- Dá sim.
Chegaram no estacionamento e foram para casa.
Thiago reclamou o caminho todinho por terem saído sem ele ter ido ao banheiro e o Victor fingiu não ouvir o primo.
***
- Dá para você me dizer o porquê de ter saído daquela forma da faculdade e me arrastando junto sem nem me deixar ir ao banheiro antes? – Perguntou Thiago sentando na cama ao lado do Victor, que estava deitado, depois de ter ido ao banheiro assim que chegaram na casa do Victor.
- Não foi nada.
- Não foi nada? – Perguntou Thiago, indignado.
- Conta outra Vik. Sei que aconteceu alguma coisa.
- Sai do meu quarto Iago - era como Victor gostava de chamar o primo, Victor fechou os olhos para dormir um pouco.
- O que?
- Sai! Ou você ficou surdo que não ouviu. Sai do meu quarto Thiago André.
Victor só costumava chamar Thiago pelo nome todo quando estava bravo ou com raiva do primo.
- O que eu te fiz.
- Sai! – Esbravejou Victor se levantando e indo até a porta e abrindo para que Thiago passasse.
Thiago se levantou bufado de raiva e falou ai sair fechando a porta atrás de si.
- Viado fresco. – Gritou para que Victor soubesse que ele estava com raiva dele.
Victor fingiu não ouvir. Voltou para a cama e ficou pensando no Cara de Jaleco. Ele era lindo. Não se lembrava de já o ter visto na faculdade antes. Era bem provável que ele era de um dos cursos da área da saúde, devido ao jaleco e como o bloco de medicina e suas respectivas áreas era do lado oposto do das engenharias a probabilidade deles se esbarrarem era mínima. Mas o porquê dele ter ido no bloco das engenharias e ter usado logo aquele banheiro com tantos outros, tanto no bloco como na faculdade? Victor ficou pensando no Cara de Jaleco que acabou pegando no sono.
***
- Victor Eduardo? – Gritou Carmen sacudindo o primo para que ele se acordasse.
Victor piscou os olhos algumas vezes para se acostumar com a luz e olhou para a prima que estava toda arrumada para ir para uma festa.
- O que é Carmen? – Perguntou ele se sentando e passando as costas das mãos nos olhos para despertar.
- Como “o que é Carmen?” – Carmen imitou o jeito que o primo falou. – Levante-se agora mesmo dessa cama e vá se arrumar para ir na festa dos calouros comigo e com o pessoal.
- E por que eu e não o Iago?
- Ele está no quarto trancado desde hoje a tarde. O que você fez com ele?
- Eu? Nada.
- Sim sei. Ele só fica assim quando vocês brigam.
- Eu não fiz nada. – Victor lembrou de ter expulsado Thiago do quarto dele mais cedo. – Bem... Talvez eu tenha feito.
- Então trate-se de ir direto para o banho... – Falou Carmen jogando a toalha, que pegou no banheiro do primo, em cima dele. – E vá direto se desculpar com o Thiago. Ele não abriu a porta pra mim.
- E porque ele iria abrir para mim? – Perguntou Victor já entrando no banheiro.
- Por que ele sempre abre. Sempre lhe desculpa independente do que você fez ou deixou de fazer.
- Tá. – Gritou Victor, ligando o chuveiro. – Quando eu me arrumar eu vou lá falar com ele.
- Assim espero. E cuide já são 21h00min.
***
- Eu já falei que não quero falar com você Carmen e que não vou para festa nenhuma. – Gritou Thiago que estava deitado só de cueca enrolado dos pés à cabeça e nem se deu ao trabalho de se levantar para abrir a porta para a irmã.
- Então significa que comigo você vai falar. – Gritou Victor do outro lado da porta. – Sou eu Iago. Abre por favor.
- Não. Com você é que eu não quero falar bonito.
- Por favor. Eu quero me desculpar por hoje mais cedo.
Não ouve resposta.
- Iago... Por favor. – Falou Victor encostando a testa na porta do quarto do primo e colocando as mãos uma de cada lado.
Depois de alguns segundo Victor ouviu o clique da chave rodando na fechadura e a porta abrindo logo em seguida.
Iago estava só de cueca box vermelha e Victor teve uma visão destacada do corpo do primo e do belo volume entre suas pernas. Que ele capturou por uns instantes até o primo falar.
- Veio se desculpar ou veio me comer com os olhos? – Perguntou Thiago dando as costas – onde Victor viu a bunda empinada e, com certeza, durinha do primo -, e voltando para a cama onde estava antes do Victor chegar.
- Iago. – Falou Victor entrando e fechando a porta do quarto.
- O que é?
- Desculpa. Eu não devia ter descontado em você. – falou sentando na cama ao lado do primo.
- É. Não devia mesmo.
- É que eu estava com uns problemas e acabei descontando em você. – Mentiu Victor. – Desculpa.
Thiago ficou pensativo por alguns segundos e então falou.
- Tá. Eu desculpo com tanto que você não faça mais. Não sou seu cachorro Victor para você me tratar daquele jeito.
- É. Eu sei. – Victor baixou a cabeça envergonhado de si próprio.
- Vamos passar uma borracha em tudo. – Falou Thiago.
- Eu não vim só me desculpar. – Confessou Victor.
- E o que mais você veio fazer?
- Lhe chamar para irmos para a festa dos calouros.
- Vou sim. Deixa só eu tomar um banho e me vestir.
- Está bem. Estou lá em baixo com a Carmen.
- Certo.
Victor se levantou e foi andando para a porta e ao pegar na maçaneta ouviu a voz do Iago.
- Vik?
- Oi? – Falou se virando para olhar para o primo que estava de pé ao lado da cama de braços abertos.
- Não vai me dá nem um abraço de desculpas.
Vik sorriu.
- Vou. Claro que vou.
Eles se abraçaram e Victor pode sentir o corpo quente do primo no dele. Aquilo lhe causou um arrepio.
Ficaram abraçados por um curto tempo e ao se afastarem Victor não se conteve falou:
- Tá ficando gostosinho eh? – Falou Victor apertando o peitoral do primo.
- Sai desse corpo que não te pertence viado. – Falou Iago.
Os dois caíram na gargalhada.
- Isso é uma tentação. – Falou Victor.
- Nem nos seus sonhos seu Idiota. – Falou Iago dando um tapa de leve na cara do primo.
- Bate. Bate que eu gosto. – Falou ele apertando a bunda do primo quando ele se virou para ir para o banheiro. – Oh lá em casa!
- Sonha.
Thiago entrou no banheiro e o Victor desceu para a cozinha, onde estava seus tios e sua prima. Mas antes de sair ele gritou.
- Quer que eu vá lhe dá banho? Eu adoraria.
- Não. – Gritou Iago de debaixo do chuveiro. – Eu sei tomar sozinho.
***
Chegaram na festa era por volta das 22h30min. Estava lotada tanto de calouros como de veteranos. Vik, Iago e Carmen logo encontraram seus amigos e sentaram todos na mesma mesa. Além dos três estava April, estudante do quinto período de medicina, Carlos, quinto período de engenharia de produção – estuda com o Victor -, e Paul, quinto período de engenharia civil – estuda com o Thiago. Carmen está no quinto período de arquitetura.
- Gente. – Falou April. – Eu convidei um colega meu para sentar com a gente se ele vier. Espero que não seja problema para vocês.
- Por mim. – Falou Carmen e todos os outros concordaram. – Quem é? Conheço?
- Não. Acho que não. O nome dele é Luccas ele começou agora. Ele é de São Paulo e teve que trancar a matricula durante dois anos para voltar para São Paulo por causa de problemas de família e agora voltou para Maceió, e ficou na minha turma. Ele é super gente fina. Vocês vão amá-lo.
- E como você já sabe tudo isso dele? – Perguntou Victor.
- Ah... Você sabe né? Gosto de estar informada. E ele é um gatinho.
- Claro que é. – Falou Thiago. – Todos são para você.
April mostrou a língua para o amigo e todos caíram na gargalhada.
- Nossa! Eu chego e já encontro todos rindo dessa maneira. Já vi que estou na turma certa. Posso saber o motivo? – Falou uma voz atrás do Victor.
- Luccas. – Falou April levantando e indicando uma cadeira ao seu lado para que ele se sentasse.
O celular do Victor começou a tocar e ele se levantou para atender sem nem ao menos olhar para a cara do amigo de April.
- Então? Qual era o motivo da alegria? – Perguntou Luccas.
- Você. – Sussurrou Carmen.
- Oi? Como assim eu? – Perguntou ele sem entender nada.
- Não é nada. É brincadeira da Carmen. – Disfarçou April. – Deixe eu apresenta-lo.
- Pessoal esse é o Luccas ele faz medicina comigo. – Ela indicou o amigo. – Luccas esses são: Carmen ela faz arquitetura e é irmã do Thiago que faz engenharia civil, esse é Paul que faz engenharia civil e Carlos que faz engenharia de produção e aquele que acabou de desligar o telefone e está se sentando é o Victor ele faz engenharia de produção. E Victor esses é o Luccas.
Quando April falou o nome do amigo dela Victor levantou a cabeça para ver o novo integrante do grupo. E para a grande surpresa do Victor, e pela cara que o Luccas fez, para dele também. Luccas era o Cara do Jaleco de hoje mais cedo, o cara que quase arranca o braço dele no banheiro mais cedo. Victor não acreditou em tamanha coincidência.
- Você? – Falou Victor sem nem se dá ao trabalho de se sentar e sem esconder a cara de espanto e surpresa.
- Só pode ser brincadeira. – Sussurrou Luccas.
- Oras! Vocês já se conhecem? – Perguntou Thiago.
- Não. Falou Victor ao mesmo tempo que o Luccas falou: - Sim.
- Sim ou não? – Foi o Paul quem perguntou.
- Não. - Concordaram os dois lanchando olhares de desdém um para o outro.
Só podia ser brincadeira. Com tantos naquela universidade porque o novo amigo da April tinha que ser logo O Cara do Jaleco? – Pensou Victor consigo mesmo.
Não acredito. Mal eu volto para a faculdade e já me envolvo em uma dessas. – Pensou Luccas.
***
Luccas estava sentado no lugar vago que tinha entre April e Carmen. Desde que ele chegou na mesa Victor ficou calado e o observando. De vez em quando Luccas olhava para o Victor, e ele estava o olhando quando ele olhava e seus olhares se encontravam Luccas desviava o olhar lembrando do idiota que foi com o Victor na primeira vez que se viram. Ele estava tão nervoso com medo de que ele tivesse escutado sua conversa. E agiu como um completo idiota, e só faltou arrancar o braço do garoto. E agora tinha entrado para o meio de amizades dele ao se tornar amigo de April. Ele tinha que se desculpar com o Victor. Ele nunca foi violento, mas ultimamente tem estado a ponto de explodir. Esse foi o principal motivo para ele ter aceito o convite da April. Ele estava precisando relaxar.
- Luccas? – Chamou April pela terceira vez.
- Hã? Oi. – Respondeu ele saindo de seu devaneio.
- Você escutou o que eu falei? – Perguntou a loura.
- Claro que eu escutei April.
- E o que eu falei?
Luccas ficou em silêncio e então April falou:
- Eu sabia.
- Desculpa.
- Eu perguntei se você tem namorada?
Antes do Luccas responder Victor se levantou e falou:
- Vou ao banheiro volto já.
Luccas viu a oportunidade de falar com o Victor.
- Já volto. – Falou ele se levantando sem responder à pergunta da April.
- Ei! – Gritou April tentando fazer sua voz ir mais alta que a música que acabara de começar. – Luccas se virou para olhar para ela e no mesmo instante continuou andando ao gritar.
- Não. Eu não tenho namorada. – Gritou ele para que ela ouvisse. E foi ao banheiro.
***
Quando Luccas entrou no banheiro viu um cara no espelho molhando os cabelos e outro que estava lavando o rosto, parecia estar morto de cansado. Logo os dois saíram e Luccas viu a porta da única cabine que estava ocupada se abrir e Victor sair de dentro dela. Ele arregalou os olhos e ficou parado na porta da cabine olhando para ele.
Foi Luccas quem quebrou o silêncio.
- Quer dizer que seu nome é Victor.
- Parece que sim. – Respondeu ele sem nem um pouco de emoção na voz.
Victor foi em direção a pia e parou quando Luccas se pôs em sua frente impedindo sua passagem.
- Vá me segurar de novo? – Perguntou Victor o fitando com os olhos sem nem ao menos desviar o olhar dos dele.
Luccas recuou abrindo passagem para que ele passasse ao falar:
- Não. Desculpa. Eu não ia lhe impedir de passar.
- Está me seguindo agora é? – Perguntou ele passando e indo para a pia lavar as mãos.
- Não. Claro que não.
- Então o que veio fazer aqui? Ou vai dizer que você só não estar aqui porque eu vim ao banheiro?
- Não vou negar. – Falou ele indo para o lado da pia e ficando ao lado do Victor. Ele cruzou os braços e continuou. – Eu só vim aqui porque queria lhe pedir desculpas por hoje de manhã. Eu estou muito estressado e pensei que você estava me escutando e...
Victor o interrompeu.
- A troco de que eu estaria lhe escutando? – Perguntou ele jogando o papel toalha na lixeira ao lado da pia e olhando para o Luccas pelo espelho da pia, que refletia ele encostado na pia.
- Não sei. Eu só pensei.
- E só por isso lhe dava o direito de quase arrancar meu braço?
- Eu sei que eu errei. Por isso vim lhe pedir desculpas. Você é amigo da April...
É claro. April, a amiga mais desenrolada e bonita da turma.
- Está explicado. – Falou ele ficando de frente para o Luccas.
- O quê?
- April é uma das garotas mais bonitas daqui, e claro, você como todos os outros homens querem ficar com ela.
Luccas o olhou incrédulo com o que acabara de ouvir.
- Eu...
- Me poupe. – Cortou Victor. – Eu conheço homens como você e não são poucos.
- Você acha que me conhece? – Se irritou Luccas se aproximando de Victor.
- Eu conheço muitos como você. – Victor deu um passo se aproximando mais do Luccas e ficando a poucos centímetros um do outro.
Mais alguns centímetros e poderia sair pancada.
- Você se acha muito inteligente, não é? – Falou Luccas elevando o timbre de voz.
- Não. Não me acho nem um pouco. Eu apenas sei. E quer saber?! Não tenho porque está aqui tendo essa discussão com você. Eu vou voltar para a minha mesa. Para os meus amigos que eu ganho mais.
Victor se virou para sair, mas foi impedido por uma mão que o virou fazendo-o ficar de frente novamente para o Luccas.
- Não me dê as costas quando eu estiver falando com você.
Victor o empurrou, não um empurrão forte, mas o suficiente para o fazer recuar dois passos.
- Eu dou as costas para você quando eu quiser.
Victor ia saindo e se virou novamente para olhar para o Luccas.
- Você é um arrogante e prepotente. Se acho o melhor só porque tem um corpo legal e é bonito. Mas isso não passa de uma embalagem. O que você realmente é está por baixo de embalagem e quer que eu lhe diga mais? Você não vale nada.
Luccas abriu a boca para falar, mas não disse nada. Como aquele idiota podia dizer essas coisas dele sem nem o conhecer? Sem nem ao menos saber pelo que ele estava passando? Foi um tremendo erro vim atrás dele para pedir desculpas. Ele não valia as desculpas era um Playboy mimado, filhinho de papai. Se Luccas tinha alguma intenção de ser amigo do Victor, a mesma tinha acabado naquele momento. Ele não servia para ser amigo dele.
- Idiota prepotente. – Falou Victor e saiu do banheiro deixando o Luccas lá.
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- Onde você estava? – Perguntou Thiago ao Victor quando ele sentou em seu lugar.
- No banheiro. – Respondeu apenas.
- Você viu o Luccas? – Perguntou April. – Acho que ele foi ao banheiro também.
- Não. Não o vi. – Mentiu Victor
- Desculpa a demora pessoal.
Era Luccas que estava de volta a mesa. Ele era um idiota insuportável.
Ele sentou entre April e Carmen e passou o braço pelo ombro da April e olhou para o Victor e deu um meio sorriso.
Victor pegou o copo de suco de laranja dele e o levou até a boca para tomar. Mas antes da lateral do copo tocar seus lábios ele olhou para April no momento em que o Luccas deu u beijo no rosto da April e depois Luccas olhou para ele com um meio sorriso.
O sangue do Victor ferveu e ele se levantou da mesa.
- Eu vou para casa. – Anunciou. – Vamos Carmen e Thiago.
Ele não suportava mais olhar para a cara daquele imbecil.
- Agora? – Perguntou Carmen. – Chegamos a pouco tempo.
- Mas estou com dor de cabeça e quero ir para casa. Você vai Carmen?
- Está cedo pessoal. – Falou Luccas para irritar o Victor.
- É verdade. – Falou Carmen. – Não vou agora.
- Está bem. E você Iago? – Perguntou ele se virando para o amigo.
- Claro que vou. Ou então vou de pé depois. Esqueceu que estamos de carona com você?
Victor não respondeu.
- Então vamos.
- Se quiser ficar cara depois eu levo você e sua irmã. – Intrometeu-se Luccas.
A paciência do Victor estourou o limite. Ele se voltou para o Luccas falando.
- Você é mesmo um idiota, não é?
Victor pegou o copo de suco que era dele e o jogou em cima do Luccas.
- Você enlouqueceu foi? – Perguntou Luccas se levantando e olhando para o Victor e depois para suas roupas olhando o estrago que o suco fizera.
- Victor! – Reprendeu April e Carmen ao mesmo tempo.
- O que está acontecendo com você? – Foi o Thiago que perguntou dessa vez.
É dessa vez o Victor tinha ultrapassado todos os limites. E o pior. Todos veriam o lado do Luccas.
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Boa noite galerinha.
Aqui está o segundo capítulo como prometido o de quarta-feira. Postarei aos sábados e as quartas no horário da noite.
Por favor, peço a todos que lerem que comentem o que estão achando do conto. Até o próximo capítulo. Desculpem os erros de ortografia. Depois quando eu tiver um tempinho eu edito e corrijo tudo.
Um grande abraço a todos. Boa leitura.
Boa noite.
Victor.