Boa noite pessoal da CDC o/. Esse é o meu segundo conto, confesso que eu fiquei muito desmotivado em postar ele, porque eu me inspirei no meu crush, que por acaso é o meu melhor amigo, que por algum motivo não quer mais falar comigo e nem ao menos me disse o motivo, e eu fiquei tão triste que pensei em deletar e não postar mais, maas se ele realmente é o amigo que se dizia ser, vai tentar reparar isso, e o show tem que continuar. Bom, como eu escrevi tudo pelo celular, pf não esperem uma obra digna de Hamlet. Espero que gostem, ahh e outra coisa, comentem! porque os comentários são o combustível para eu continuar postando.!
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Me chamo Carlos, tenho 20 anos, e eu estava cursando Engenharia em uma faculdade da minha cidade. Tenho cabelos castanhos e assim como meus cabelos meus olhos são igualmente castanhos, minha pele é branca bronzeada pelo sol, tenho sardas no rosto, o que eu amava... acho que minhas sardas são o meu charme, sei lá, e sou bem magro, o que era estranho porque eu como igual a um boi hehe. O que eu odiava mesmo era ter 1,68 de altura, principalmente quando eu ia ao mercado e tinha que pedir ajuda para estranhos pegarem as coisas nas prateleiras mais altas pra mim.
Eu morava com minha mãe, e trabalhava com ela em uma confeitaria, meu pai sumiu antes mesmo de eu nascer, nem minha mãe sabe o que aconteceu com ele ou sabia e evitava tocar no assunto comigo.
Certa manhã, eu estava com minha amiga Sara no pátio antes da gente ir pra aula, conversando aqueles assuntos de amigos e tudo o mais, até que Marcio e seus amigos chegaram no local como sempre se achando os donos do pedaço.
- Lá vem aquele metido idiota do Marcio com aqueles seguidores babacas dele.
- Pois é Carlos, mas você tem que concordar comigo que ele é um pedaço de mal caminho..
- Ai amiga, não adianta nada ser bonito e não ter
nada na cabeça! .
- Isso é verdade, mas você sabe que eu me amarro em Bad Boys... costumam ser selvagens na cama!
- Ouxe que isso menina?! se respeite! - disse eu rindo e dando um soquinho no ombro de Sara.
Bom, Marcio era desses típicos gostosões que por onde passa arranca olhares. Tinha 22 anos, cabelos pretos e olhos verdes, sua pele era bem branca e tinha um porte atlético por conta dos esportes que praticava, também tinha algumas tatuagens, uma de águia no peito, e algumas nos braços e sempre vivia de regata para mostrar as tatuagens e os músculos. E o que tinha de gostoso, tinha de idiota e exibido... vivia me provocando com os amigos dele, e se achava a última CocaCola do deserto. E pra piorar, ele estava na mesma turma que eu!.
- Ai amiga, vamos parar de falar de lixo e falar do Guilherme... o meu namorado.
- O que tem ele?
- Você acha estranho nós namorarmos a quase dois anos e nunca termos transado? - perguntei meio sem graça.
- E porque nunca transaram? qual o problema dele? e você nem é feio amigo, se você fosse hétero eu pegava!
- Fico feliz por isso amiga... ah, ultimamente ele está tão distante..e sempre que eu tento apimentar um pouco as coisas ele se esquiva.
Guilherme era o meu namorado, no começo o nosso relacionamento era perfeito e começou a morrer aos poucos, nem sei se o que tinhamos era um namoro, mas apesar disso eu ainda o amava e dizia ele que me amava também..eu preferia acreditar né. Bom, esqueci de mencionar que sou assumido e nunca tive problema nenhum com minha homossexualidade e se alguém viesse me críticar por isso, eu simplesmente mandava tomar no cu. Minha mãe também sabia, no começo ela não aceitou muito bem, mas hoje ela já nem liga mais e me aceita de boa.
- Ah amigo, pense pelo lado positivo... talvez ele seja desses caras que querem se guardar para depois do casamento ou coisa assim....
- E o que tem de positivo nisso Sara? e também eu não acredito que ele seja tão puritano assim.
- Ah amigo, não fique assim...você pretende ir pra festa da Carol no próximo fim de semana? os pais dela vão viajar e ela vai dar uma grande festa na piscina na casa dela, você vai?!
O pai da Carol era nada mais e nada menos que o prefeito da cidade e por isso ela era a menina mais rica de toda a universidade, e ela sempre dava as melhores festas.
- Eu adoraria amiga, mas vou para a praia com o Guilherme no próximo fim de semana... mas aproveite por mim.
- Olha ai amigo, ta vendo? você tava reclamando e o Guilherme vai te levar pra sair, quem sabe não rola algo?
- Vou me surpreender se isso acontecer, mas não estou esperançoso - disse enquanto pegava o celular para ver as horas - Tenho que ir amiga, tchau, te amo.
- Tchauzinho amigo, até depois!
Sara era a minha melhor amiga desde o jardim de infância, ela era tipo uma irmã que eu nunca tive, mas ela cursava psicologia, ai só nos viamos nas horas vagas. Decidi parar no bebedouro para tomar um pouco de água, depois que eu terminei, tive o desprazer de ver o Marcio na minha frente, e claro, como onde vai o caminhão também vai a caçamba, seus amigos estavam junto com ele.
- Fala viado, beleza? deu muito o rabo hoje?
- Vai se foder filho da puta! - disse eu com raiva. Marcio e os amigo riam.
- Ta de mal humor hoje porque?
- Eu estava de bom humor, até olhar pra essa sua cara.. e porque ao invés de me encher o saco você não vai lá com suas piriguetes?!
- Você fala assim mas queria ser uma delas certeza! e além disso, estou de férias de mulher por hoje...
Quando ele disse isso eu comecei a gargalhar bem alto.
- Eu prefiro beijar o corcunda de Notre-Dame - Disse eu saindo sem dar atenção para o Marcio e seus amiguinhos que riam e faziam piadinhas, eu apenas mostrei o dedo do meio sem nem olhar pra eles e fui embora.
A aula foi bem agradável, Marcio ás vezes me mandava uns olhares provocativos, mas eu nem ligava. Depois que terminou a aula, eu fui até a confeitaria ajudar a minha mãe com os bolos.
- Como foi a aula hoje meu filho? - perguntava minha mãe, enquanto cortava alguns morangos.
- Foi normal como sempre... e aqui? teve alguma novidade?
- Nenhuma, além de que temos muitas encomendas, inclusive um bolo temático dos minions que tenho que fazer para a festa de 6 anos de uma garotinha.
- Ai mãe aquele menino que eu te falei, o Marcio, me tirou do sério hoje mais uma vez!
- Não entendo porque este menino implica tanto com você... os pais dele são tão legais!.
- Pois é! eu também nunca vou entender qual é o problema desse cara comigo.
Enquanto eu ajudava a minha mãe com o bolo, senti uma mão em meus olhos e uma voz que eu bem conhecia perguntar brincando:
- Adivinha quem é?!!
- Guilherme, pare com isso! eu sei que é você! - dizia eu rindo, tirando sua mão do meu olho e me virando para beijá-lo.
Guilherme era moreno, também tinha um porte atlético e era mais gostoso que o Marcio, seu cabelo era raspado dos lados estilo militar, seus olhos eram castanhos, e era um pouco mais alto que eu. Guilherme servia ao exército e era um mel de pessoa.
- Eii, nada de namorar no trabalho! - disse minha mãe com as mãos na cintura.
- Sem problemas dona Rosa, eu só vim aqui ver como o seu filho estava!
- Gui, fico feliz que se preocupe comigo... mas e ai? ainda vamos ao cinema hoje?
- Era sobre isso que eu queria falar com você hoje...não vai dar!
- Já até sei, compromissos de trabalho...
Isso era uma das coisas que estava acabando com nosso relacionamento: o trabalho dele. Ás vezes eu até estranhava, quando chamavam ele para alguma coisa bem na hora em que teriamos um compromisso juntos.
- Não fique assim Carlos, ainda tem a próxima semana, esqueceu que vamos ficar uns dias no litoral?
- É..isso se você não desmarcar outra vez...
- Ah por favor, me perdoa Carlos! mas você sabe que eu não tenho escolha..- disse ele me dando outro beijo.
Eu dei um sorrisinho e falei:
- Tudo bem..mas é só porque você fica gostoso com esse uniforme camuflado! .
Logo que o Guilherme saiu, minha mãe percebendo um certo clima entre nós, falou:
- Filho, tem alguma coisa errada com você e o Guilherme? percebi que vocês estão meio diferentes um com o outro...
- Ah mãe, eu não quero falar sobre isso agora.
- Meu filho, você sabe que pode contar comigo sempre que precisar...
- Já disse que agora não mãe! agora me passe a faca que eu vou te ajudar com os morangos...
No dia seguinte, eu estava indo com a Sara para a faculdade e aproveitei para contar de mais um dia frustrante com o Guilherme:
- Eu nunca vou entender essa novela mexicana com você e o Guilherme... eu já teria terminado a muito tempo se fosse comigo!
- Eu já disse que o amo muito ainda, eu não estou preparado para perde-lo...
Não demorou muito até a coisa repugnante do Marcio aparecer:
- Bom dia Sara, bom dia Carlinhos!
- Bom dia Marcio! - respondeu Sara fazendo cara de apaixonada.
- Desde quando você nos dá bom dia? e cadê os seus amiguinhos? - perguntei estranhando.- E não me chame de Carlinhos, pois eu não te dei liberdade pra isso.
- Tudo bem, Carlos, eu queria me redimir com você..acho que começamos com o pé errado, eu tenho 22 anos e você 20, está na hora de parar de agirmos como crianças e recomeçar do 0.
- Muito bem, o que quer? - eu perguntei revirando os olhos e fazendo cara de "aff".
- Posso falar com o Carlos em particular Sara?
- Não! seja lá o que você tem a dizer a Sara pode ouvir também!.
- Ah, Carlos, pode falar com o Marcio a sós sim... além disso eu tenho que fazer xixi, estou explodindo..nos vemos depois...- disse Sara saindo apressada.
- E então...??? fala logo que eu to com pressa Marcio!
Marcio olhou dos dois lados assustado como se estivesse procurando alguém e por fim perguntou:
- Cara, você é o melhor aluno da turma em cálculos, e eu estou quase pegando DP, eu não posso pegar DP por causa de cálculos... vai ser ruim para a minha reputação..então, você pode me ajudar????
Só sei que eu tive uma crise de riso, eu chorava de tanto rir, Marcio pedindo ajuda pra mim? o mundo estava enlouquecendo mesmo.
- Ok, e porque eu te ajudaria? - perguntei fazendo cara de quem estava por cima da situação.
- Por favor cara! eu faço o que você quiser, você é o único que pode me ajudar... por favor!
Olhei bem para ele e tive uma idéia!
- Está bem! eu ajudo, mas quero que você me faça uma coisa...
- O que? - perguntou Marcio que parecia mais tenso.
- Se ajoelhe, beije meus pés e implore aqui na frente de todos!
- Qual é? está de brincadeira seu viado doido ?!
- Tudo bem Marcio, sendo assim, tchau... passar bem...
- Espera! - disse ele pegando no meu braço - Tudo bem... eu faço!
Então eu me sentei em um banco que tinha por perto, cruzei as pernas e falei:
- Anda! estou esperando!
Então ele se ajoelhou e começou a beijar os meus sapatos e a implorar quase chorando "por favoor" todos que passavam por perto riam.
- HHAHAHAHA! vou até pegar o meu celular aqui e tirar uma foto...
- Ah por favor cara! vai me ajudar ou não?! - disse ele se levantando todo vermelho de vergonha.
Sem nem falar nada, peguei uma caneta na minha bolsa, e arranquei um papel do meu caderno e escrevi meu endereço nele, depois dobrei cuidadosamente e dei para o Marcio:
- Aqui está! o endereço da minha casa, te espero amanhã ás 18:00 e venha rápido pois eu não gosto de atrasos! .
Tudo o que sei, era que naquele dia o natal parecia ter chegado mais cedo. Ver Marcio fazendo papel de ridículo na frente de todos foi bem gratificante, até me esqueci dos problemas com o Guilherme. Naquela mesma noite, fiquei assistindo Friends na TV do meu quarto com o Abóbora deitado no meu colo (Abóbora era o meu gato, dei esse nome por ele ser laranja e listrado) e fiquei refletindo em tudo, e claro, escrevi sobre tudo o que havia acontecido naquele estranho dia em meu diário. Meu diário era a coisa mais importante que eu tinha, pois eu havia ganhado da munha avó antes dela falecer, e nele era crucial que eu registrasse tudo o que acontecia em minha vida. Depois liguei para o Guilherme para conversarmos um pouco e por fim dormi.
No dia seguinte lá na faculdade, foi o melhor dia da minha vida! como o Marcio estava na minha mão agora, ele nem ousou me provocar. Ahh mas se ele achava que iria me tratar como um empregado, estava muito enganado. Ele até poderia ser uma versão masculina da Regina George que intimida e controla todos ao seu redor, mas comigo, as coisas eram bem diferentes...
Eu estava com minha amiga Sara no refeitório e Marcio e os amigos estavam em uma mesa ao lado, e Marcio ás vezes me encarava sério, e eu olhava pra ele com uma cara maléfica de Paola Bracho enquanto eu bebia minha Pepsi.
- Carlos, você não vale nada! - disse a Sara rindo.
- Você não viu nada amiga, esse menino está perdido comigo...
- Só por favor, não mate ele! - disse Sara enquanto mordia o seu pão de queijo.
- Eu não sou nenhum psicopata também né amiga!
- Ainda acho que vocês vão acabar namorando um dia!..
- Deus é mais! nem se ele fosse o último homem da face da Terra!. - Sara riu.
Mas eu fiquei imaginando por um momento, eu e o Marcio juntos, será que seria tão ruim assim? mas logo depois eu tirei essa bobagem da cabeça.
Continua.