ACASOS DO DESTINO - CAPÍTULO 03 | 1ª TEMPORADA

Um conto erótico de Vitor
Categoria: Homossexual
Contém 2494 palavras
Data: 30/05/2015 21:24:59

O ABRAÇO DA SERPENTE

PLÁGIO É CRIME.

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TERCEIRO CAPÍTULO – LUCCAS

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“Eu faço da minha dificuldade a minha motivação, a volta por cima vem na continuação. O que leva dessa vida é o que se vive, é o que se faz...”

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- Victor! – Gritou Thiago, que estava quase correndo para alcançar o Victor, que saiu da mesa depois de todos o questionarem o porquê de ele ter jogado o suco no Luccas.

Ele não disse nada, apenas pegou seu celular que estava em cima da mesa e saiu. Thiago saiu atrás dele, mas ele não o esperou. Ele não queria falar com ninguém.

- Porra! – Gritou Thiago ao alcançar Victor e o fazendo parar depois de ter andado o estacionamento quase todo para poder alcança-lo. – Me espera. Não está me escutando chamar não?

- Me deixa Thiago. – Victor se limitou a falar se virando para sair, mas Thiago o segurou pelo braço impedindo que ele saísse andando.

- Não. Não deixo não.

- Eu não quero falar sobre isso.

- Tudo bem. – Falou Thiago. – Vamos para casa.

Victor assentiu e assim o fizeram.

***

Assim passaram-se dois meses. Ninguém insistiu mais no ocorrido da festa dos calouros. Victor evitava está onde Luccas estava, mas muitas vezes eles ainda se encontravam, pois ele era amigo da April – que deixou bem claro que não queria saber o motivo do episódio da festa dos calouros, mas que os dois eram seus amigos e que ela iria continuar independente de quem fosse -, e quando todos se reuniam muitas vezes estavam os dois. Victor, assim como Luccas evitava entrar em atrito um com o outro.

Chegou o aniversário da Carmen e April decidiu reunir a galera para comemorar. Com a Ajuda de todos montaram uma festa surpresa. Enquanto April fingiu precisar da ajuda da Carmen para comprar algumas coisas no shopping, todos os outros se reuniram na casa do Thiago para montar a festa. Com a ajuda da tia do Victor eles montaram tudo.

- Faltam a bexigas Victor. – Falou Helena a mãe da Carmen e do Thiago. – Você poderia pegá-las lá em cima no quarto da Carmen.

- Claro tia. – Falou Victor e subiu as escadas em direção aos quartos.

- Thiago, querido. Poderia me ajudar com os doces para colocar na mesa? – Perguntou Helena. – Paul e Carlos também. Os três se levantaram e Luccas também para ajudar.

- Vamos. – Falou Luccas.

- Luccas você poderia subir a ajuda o Victor com as bexigas é que são muitas e ele não vai conseguir trazer sozinho. O quarto é o primeiro a direita. Pode subir.

Todos se entreolharam.

- Eu vou ajudar o Victor mãe. – Falou Thiago. – O Luccas ajuda a senhora e os meninos.

- Nada disso. Você vem me ajudar e ele vai. – Falou Helena puxando o filho. – Vamos meninos. Pode subir Luccas.

Luccas subiu as escadas e logo encontrou o quarto da Carmen, que estava com um cacho de bexigas enorme no chão, onde Victor tentava levar, mas que não tinha êxito em pegar tanta bexiga.

Victor não viu quando Luccas entrou no quarto e deu um pulo quando ele falou:

- Quer ajuda?

- Que susto! – Protestou Victor. – De onde você veio?

- De lá de baixo. Sua tia me mandou vir lhe ajudar com as bexigas.

- Não preciso de ajuda. – Falou Victor tentando pegar as bexigas todas enrolando o cacho de bexigas como uma bola, mas muitas estouraram.

- Acho que precisa. Ou vão chegar apenas duas bexigas lá em baixo. – Falou Luccas.

Victor olhou para o homem lindo na sua frente e não aguentou e começou a rir. Luccas do mesmo jeito.

Luccas pegou em uma das pontas do cacho e Victor na outra. E levaram o cacho para fora. Ao chegarem no corredor, Victor parou subitamente.

- O que foi? – Perguntou Luccas.

Victor o olhou. Colocou o cacho de bola no chão e foi em direção ao Luccas. Ele parou a pouca distância do Luccas e o olhou naqueles belos olhos verdes.

- Eu... – Ele não sabia como começar, nem o que dizer, mas sabia que tinha que o fazer.

- Aconteceu alguma coisa?

- Eu... – Ele abaixou a cabeça. – Eu queria pedir desculpas. – Falou ele olhando naqueles olhos verdes intensos. – Eu agi como um idiota e...

- Esqueça. – Interrompeu Luccas. – A culpa foi minha em parte. Naquele dia no banheiro eu pensei que você estava me escutando e fiquei como medo que você o tivesse mesmo.

- Eu escutei você.

- O quê?

- Não foi porque eu quis. Eu estava usando o banheiro e quando você chegou e começou a discutir, pensei que era com alguém ali e quando sai do box para ver o que estava acontecendo vi você no celular e você reduziu o timbre da voz e eu fiquei curioso e você chamou alguém de vadia e eu me aproximei mais de você para tentar ouvir e foi aí que você me viu.

- O que você escutou? – Perguntou Luccas.

- Nada além do que eu acabei de lhe falar. Eu juro.

Luccas ficou pensativo por um tempo e então falou:

- Eu estava discutindo com minha ex-namorada. Eu fui para São Paulo a dois anos atrás porque minha namorada disse que estava grávida e que o filho era meu. Eu, todo besta voltei disposto a me casar e assumir o filho, mas decidimos nos casar só depois que ele nascesse. O tempo passo passaram-se os nove meses e então eu descobri que o filho não era meu, era de outro.

- Mas você estava aqui como o filho podia ser seu? – Perguntou Victor.

Luccas colocou a outra ponta do cacho de bexigas no chão e sentou encostando-se na parede.

- Eu tinha acabado de voltar para cá. Foi no início das aulas.

- Ah. Entendi.

- Depois de toda essa confusão que eu descobrir eu fiquei muito mal. E acabei ficando com um amigo meu. – Ele não olhou para o Victor. – Ela descobriu e começou a me ameaçar a contar para todos os meus familiares e amigos.

Ele ficou em silêncio por um tempo.

Victor se sentou ao lado do Luccas.

- No início eu fiquei com medo. Mas depois eu abri de mão e decidi voltar para a faculdade. Quando ela soube que eu tinha voltado ela me ligou e disse que ia contar tudo para todo mundo.

- Foi no dia que eu lhe vi no banheiro?

- Sim.

- Mês passado eu resolvi contar tudo para minha mãe. Por incrível que pareça ela compreendeu tudo e hoje eu estou feliz.

- Você descobriu que gostava de homens com esse seu amigo?

- Não. Eu sempre fiquei com mulheres, mas sempre tive vontade de ficar com homens, mas nunca tive coragem. Quando eu descobri da traição meu mundo desabou. Foi aí que aconteceu.

- Entendo. – Victor colocou a mão no ombro do Luccas.

- Terminar com ela não foi muito para mim. O que me deixou pior foi o fato de o bebê não ser meu. Eu já tinha me acostumado com a ideia. Já tinha até escolhido o nome. Era um menino.

Victor percebeu na hora que Luccas levantou a cabeça, que ele estava chorando. Ele passou a mão no cabelo dele fazendo carinho.

- Eu sinto muito.

Luccas não falou nada, apenas fechou os olhos e deixou as lágrimas rolarem.

Em um momento, ele abriu os olhos e nesse momento ambos perceberam o quão próximos estavam e como o ferro que atrai o ímã os lábios do Victor atraíra os do Luccas.

Quando ambos se tocaram foi como se uma corrente elétrica tivesse passado por seus corpos. Os lábios do Luccas eram macios, o beijo tinha um gosto diferente. Assim como o do Luccas, o do Victor, era macio, doce, um gosto inebriante. Se beijaram por quase um minuto, mas foi como se o tempo tivesse parado, foi como se tivessem se passados horas, dias, meses. Tudo parou.

Luccas se afastou e olhou para o Victor.

- Me desculpa Luccas. Eu não devia... – Começou Victor.

- Eu quis. – Interrompeu Luccas. – Eu quis seu beijo desde o momento que eu lhe vi pela primeira vez.

- Eu também.

- Victor? – Uma voz surgiu vido da escada cortando o clima e fazendo Victor e Luccas se levantarem em um pulo.

Era o Thiago. Ele surgiu segundo depois que o Victor e o Luccas pegaram o cacho de bexigas.

- O que foi? – Perguntou Victor ao ver Thiago.

- Nada. – Falou Thiago, olhando do Luccas para o Victor. – Vim ver se tinha acontecido alguma coisa.

- Não aconteceu nada. – Foi Luccas quem respondeu.

- Nós já estamos descendo.

Thiago desceu, seguindo Luccas e Victor que iam com o cacho de bexigas.

***

- Surpresa! – Gritaram todos quando Carmen entrou com April.

- Nossa! – Falou ela surpresa por todos que estavam ali, mas mais surpresa por ver Luccas e Victor lado a lado sorrindo. – Obrigado gente.

Todos os amigos dela estavam lá. Os amigos da faculdade do curso dela e dos outros cursos.

Todos cantaram os parabéns e depois foram comer.

- Lucc? – Falou Victor ao chegar na mesa com dois pratos com docinhos e outro com salgadinhos. – Quer docinhos ou salgadinhos?

Antes do Luccas responder veio o comentário da Carmen.

- Lucc? Me atualizem. Desde quando vocês são amigos?

- Verdade. – Falou Thiago e April.

- Desde hoje. – Falou Luccas.

- E a que devemos essa satisfação? – Perguntou Thiago.

- Não é da sua conta seu curioso. – Falou Victor antes do Luccas dizer alguma coisa. – Aqui trouxe docinhos para você. Sei que você gosta de brigadeiro e beijinho, então coma esses que depois eu pego mais.

- E desde quando a princesa virou plebeia? – Perguntou Thiago.

- Porque princesa? – Perguntou Luccas.

- Ele me chama assim desde quando eu me assumi. É um apelido carinhoso que ele me deu. - Falou Victor.

- Entendi. – Falou Luccas.

- E para a sua informação eu estou fazendo um favor. Por que? Não posso trazer doces e salgados para meus amigos e para meus primos?

- Pode. Claro que pode. – Falou Thiago. – Mas esqueceu um detalhe.

- O quê?

- O refrigerante. – Falou Thiago.

- Folgado. – Falou Victor.

Todos começaram a rir.

***

- Carmen eu já vou. – Anunciou Luccas levantando-se do sofá.

- Já?

- Já. Já são 2h00min da manhã.

- Você está de carros? – Perguntou April.

- Não. Meu carro estar na oficina.

- E de que você vai? – Foi Thiago quem perguntou.

- Eu vou dá carona a ele. – Falou Victor se levantando do sofá.

- Você? – Falou Paul ao mesmo tempo que todos olharam para Victor.

- O que foi? – Perguntou ele olhando as caras que todos fizeram. – Eu estou me oferecendo para dá um carona a ele porque já está tarde e é perigoso andar sozinho a essa hora.

- Não precisa se preocupar Victor. – Falou Luccas.

- Não vou deixar você ir sozinho a essa hora. – Falou Victor.

- É. Olhando por esse lado eu concordo com o Victor. – Foi Thiago quem falou.

- Está bem então. – Luccas concordou que Victor o levasse.

Ele se despediu de todos e foram para a casa do Victor pegar o carro.

***

- Está entregue. – Falou Victor estacionando o carro em frente ao prédio que o Luccas morava.

Eles levaram vinte minutos para chegarem.

- Não quer entrar? – Perguntou Luccas.

- Não. Hoje não. Da próxima vez eu prometo que eu aceito.

- Está bem então. – Falou ele. – Obrigado.

Luccas agradeceu e antes de sair do carro puxou Victor e deu outro beijo nele. Victor correspondeu ao beijo e como o outro era doce. Ficaram se beijando por alguns segundos e terminaram em selinhos.

- Obrigado novamente.

- De nada.

- Tchau. Até amanhã.

- Até amanhã Lucc.

Luccas saltou do carro e acenou ao passar do portão do prédio. Victor buzinou engatou a primeira e saiu.

Victor ligou o som do carro e na rádio estava passando a música João de barro – Maria Gadú cantada por Renato Vianna.

Ele voltou para casa ao som de grandes músicas como: João de barro, a gente nem ficou, sei lá, vai lembrar de mim, entre outras.

Victor pela primara vez depois que conheceu Luccas estava feliz por o ter por perto. Ele não tinha percebido o quão maravilhoso ele era. Mas estava decidido a dá uma oportunidade a eles.

***

Victor abriu a porta do quarto e ao acender a luz, deu de cara com o Thiago que estava deitado na sua ama com o braço esquerdo servindo de apoio para a sua cabeça.

- O que você está fazendo aqui Iago? – Perguntou ele colocando a chave do carro no criado mudo.

Ele sentou na cama e tirou o tênis, depois tirou a camisa e a bermuda ficando só de cueca box. Ele foi no guarda-roupas e pegou um samba canção, vestiu uma camisa regata e se deitou ao lado do Iago ficando de lado de frente para ele.

Thiago apenas o observava. Quando ele se deitou ele enfim falou.

- Não minta. O que está acontecendo e o que aconteceu entre você e o Luccas? – Perguntou ele olhando para o Victor, que fechou os olhos e se enrolou no edredon.

- Não sei. – Confessou ele.

- Ah. Conta outra.

- É sério. – Respondeu ele ainda de olhos fechados. – A gente conversou quando fomos pegar a bexigas e nos entendemos e acabamos nos beijando aí você chegou e não tocamos mais no assunto.

Victor estava de olhos fechados esperando o sono que começava a chegar.

- E quando você foi leva-lo?

- A gente apenas nos beijamos novamente.

O silêncio tomou conta do quarto por um tempo até que o Victor falou.

- Posso te contar uma coisa? – Perguntou ele abrindo os olhos e olhando para o primo, que estava deitado de costas, com o braço embaixo do pescoço apoiando a cabeça.

- Pode. – Falou ele virando a cabeça olhando para o primo.

- Toda aquela raiva que eu sentia do Luccas, eu acho que era porque eu gostava dele. Desde o dia em que o vi pela primeira vez no banheiro da faculdade.

Vitor tonou a fechar os olhos.

- No banheiro da faculdade? – Perguntou Thiago.

- Sim. – Falou Victor quase em um sussurro, pois o sono já havia chegado e ele começava a entrar no mundo dos sonhos.

- Quando foi isso?

- Depois eu lhe conto.

- Está certo. – Falou Thiago. – Amanhã você vai me contar viu?

Não houve resposta. Victor já havia caído no sono.

- Boa noite mano. – Falou Thiago levantando-se e dando um beijo na testa do primo. – Durma bem.

Thiago abriu a porta do quarto e ao sair apagou a luz deixando o quarto em uma ligeira escuridão.

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Boa noite galerinha.

Aqui está o terceiro capítulo como prometido. Postarei aos sábados e as quartas no horário da noite.

Gostaria de agradecer a todos pelos comentários e por dedicarem um pouco de seu tempo para lerem minha história.

Obrigado a todos e respondendo a alguns comentários:

O que eu quis dizer sobre o aparo da lei é que plágio é crime e que reproduzir essa obra sem minha autorização e aviso prévio é crime, independente do gênero da história.

E não se preocupem essa história não vai ser “MAIS UMA HISTÓRIA” cheias de clichês. Acompanhem que vocês vão se surpreender.

Por favor comentem o que estão achando do conto. Eu gosto muito de ler os comentários, sejam elogios ou críticas. São minha espiração para continuar escrevendo.

Até o próximo capítulo.

Um grande abraço a todos.

Boa leitura e uma boa noite.

Victor.

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Comentários

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Esse conto promete muito, e já está cumprindo o que promete meu querido.

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