A vida não é algo estático. Logo as situações não são como gravuras numa parede, chapadas e muitas vezes sem pouca expressão. Tudo tem dois lados ou até mais que dois. Nem sempre o que dizemos é o que gostaríamos de falar naquele momento. Um não, pode significar sim. Um sim, pode ser a maior das mentiras e o Talvez um leque de possibilidades. Então, meus caros leitores, vamos sair da mesmice. Abram a cabeça para coisas que não estão claras aos olhos, apostem nas possibilidades que a vida dá, mas sem recibo de troca. Viva e não se contente com menos daquilo que vocês merecem.
Em um dia qualquer, estava terminando de dar meus treinos do dia quando recebi uma mensagem do Allan, avisando que daria um churrasco na casa dele.
- Amor, eu queria mto q vc viesse.
- Mas bebê, como? Não tem nada a ver. Não conheço seus amigos, sou mais velho que eles. Seus pais iam até estranhar.
- Eu já pensei em td, seu bobo. Chamei seu irmão. A gente estuda no mesmo colégio, brincamos tantas vezes na rua. Ninguém vai desconfiar.
- Não sei não. Ainda acho q vai ser estranho eu ir.
- Poxa, Biel. Vc é meu namorado. Eu quero vc lá, por favor.
Eu pensei por alguns minutos e respondi:
- Ta bom. Mais tarde eu chego ai.
- Aeeee. Feliz, viu? Te amo!
- Tbm te amo, bebe.
Logo depois, mandei uma mensagem pra Letícia quase implorando pra ela me acompanhar, porque não queria ir lá sozinho. Ela aceitou de boa e o sol já estava se pondo quando eu estacionei o carro na frente da casa dele.
Tocamos a campainha e ele logo veio correndo abrir o portão.
- Que bom que vocês vieram. Eu tava louco esperando. Eu queria poder pular no seu pescoço e te agarrar muito.
Ele disse, dando um sorriso tímido ao olhar pra Letícia.
- Mas não dá. Alguém iria ver. Depois a gente mata a saudade.
- Isso.
Ele respondeu sorrindo.
Entramos e vi que o local estava cheio. Havia uma galera na piscina e outra sentada, ocupando as mesas. Cumprimentei os pais dele um pouco sem graça e fui pro outro canto da área externa. Meu irmão ao me avistar, veio falar comigo.
- Ué, Biel. O que você ta fazendo aqui?
Ele perguntou, um pouco surpreso.
- O Allan chamou a gente. Não tinha nada mais legal pra fazer e a aí a gente resolveu vir.
- Ah ta.
Ele respondeu, cumprimentando a Letícia em seguida. Ele logo voltou a se juntar com os amigos e voltamos a ficar a sós. Não demorou muito pra que o Allan voltasse, acompanhado de um rapaz, bem por bonito por sinal. Ele tinha os cabelos castanhos lisos, os olhos esverdeados e um porte atlético.
- Gente, esse é o meu primo Guto, que veio fazer um curso e está aqui em casa.
Nos cumprimentamos e começamos a conversar. Percebi que a Leticia ficou um pouco agitada, falando mais do que o normal e vi que era por causa dele. O Allan teve que ajudar o pai a servir carne aos amigos e deixou o primo na nossa companhia.
- Po cara, que legal que você é personal. Eu to mesmo querendo uma academia por aqui pra malhar. Vou lá dar uma olhada nessa que você trabalha.
Ele falou, dando um gole na cerveja.
- Vai sim. Lá é maneiro.
- Vocês namoram a quanto tempo?
Ele perguntou, fazendo eu engasgar com a cerveja na minha boca.
- O que?!
Eu perguntei assustado, em meio a um acesso de tosse.
- Nossa cara, você ta bem? Eu não quis ser invasivo.
Ele disse, meio preocupado.
- Não, tudo bem. O Biel já devia ta acostumado, sempre perguntam isso sobre a gente, mas somos só amigos.
A Leticia respondeu com naturalidade, fazendo eu perceber que ele estava perguntando de nós dois e não sobre o Allan como eu imaginei de cara. Me recompus e vi que ela não perdeu tempo:
- E você, tem namorada?
- Não.
Ele respondeu meio sem graça.
- Eu vou lá pegar mais uma cerveja, vocês querem?
Ele perguntou. Aceitamos e vimos ele se afastar.
A Leticia logo me puxou e falou:
- Ele é gay.
- Que isso Lê, ta doida. Claro que não, dá onde você tirou isso?
- Biel, ele nem olhou pra mim. Olha o tamanho do meu decote e ele nem olhou, já pra você...
- Você é louca, sabia? Viaja demais. O cara nem tem jeito de curtir isso...
- E você tem, Biel?
Ela perguntou, me olhando com uma cara questionadora. Não respondi. Apenas fiquei pensativo, tentando saber se o que ela falou era verdade. Mulheres costumam ser muito mais observadoras, isso é fato.
Ele voltou com mais duas latinhas e continuamos a conversar, até que a Leticia foi socializar com algumas pessoas do churrasco. Eu a amaldiçoei mentalmente por isso, mas continuei parado ali, conversando com ele.
Papo vai e papo vem, eu as vezes olhava discretamente pro Allan, tomando cuidado pra rapidamente desviar o olhar para que o Guto não notasse. Outras vezes, também via o Allan me olhando e disfarçando em seguida, me fazendo sorrir.
- Ei cara, vamos dar um mergulho? Ta calor.
O primo dele me convidou.
- Ah não. Eu to bem assim. Tem muita gente, eu ficaria sem graça.
- Sem graça? Olha o seu corpo. Para com isso, vamos?
- Não, cara. To bem, mesmo. Vai lá, se refresca. Vou pegar mais uma cerveja.
Eu disse sorrindo e ele aceitou. Tirou a camisa, revelando alguns músculos nas costas e se encaminhou para a piscina. Ao chegar na borda, agarrou o Allan por trás, suspendendo-o do chão e pulou com ele na piscina.
Os dois emergiram, se debatendo e rindo, numa sintonia que eu até então desconhecia. Me senti mordido na hora e para disfarçar, fui pegar a tal cerveja que havia falado. Olhei novamente para piscina e vi eles dois se agarrando, numa espécie de brincadeira de luta que só aumentou meu ciúmes.
Uma garota se aproximou de mim, tirando-me dos meus devaneios.
- Oi, você é amigo do Allan?
- Sou.
- Que legal. Meu nome é Priscilla e o seu?
- Gabriel, prazer.
- O prazer é todo meu.
Ela respondeu num sorriso.
- Você tem namorada?
Ela perguntou de forma direta, me deixando totalmente sem graça.
- É..eu..
- Já entendi. Tá enrolado. Forte e tatuado...Mas se ela não ta aqui, então é porque não sabe cuidar do que tem né?
Ela disse sorrindo.
Eu fiquei totalmente sem ação, nem sabia o que responder.
Então vi o Allan se aproximar, pegar um copo de cerveja que estava na mesa e derramar o liquido na cabeça da menina, que deu um pulo de susto.
- Allan, olha o que você fez! Você pirou?
- Oh, Pri... Desculpa, eu tropecei. Foi mal.
- Desculpa nada, olha meu cabelo?! Vai ficar fedendo! Você é muito desastrado!
Ela disse com raiva e saiu.
Eu olhei pra ele e virei as costas, me dirigindo pra frente da casa. Passei pelo portão e encostei no carro, pegando o celular para mandar uma mensagem para Leticia, avisando que queria ir embora.
Ele parou na minha frente, com o corpo e os cabelos molhados e falou:
- Eu não posso piscar, que já tem uma vagabunda em cima de você.
- Vagabunda? Até onde eu sei era uma amiga sua.
- Amiga sim, mas nem por isso menos periguete. E nem adianta brigar comigo pelo banho de cerveja porque aquela lá mereceu.
- Eu não vou brigar, porque não adianta. Você não toma jeito. Eu vou embora mesmo.
Eu disse, olhando para a tela do celular, vendo se a Leticia tinha respondido.
- Ah não, não vai embora. Poxa, eu tenho ciúmes de você. Eu conheço a Priscilla de outros carnavais. Ela é uma ótima amiga, mas dá que nem chuchu na serra. Ela ia te agarrar, eu sei.
- Quem nem seu primo te agarrou?
Eu perguntei, não conseguindo esconder minha raiva.
- Ele não me agarrou. Aquilo é brincadeira, a gente foi meio que criados juntos, eu já te falei.
Ele falou. Eu encostei no carro e cruzei os braços.
- Já rolou alguma coisa entre vocês?
Eu perguntei.
- Não.
Ele respondeu imediatamente, não me convencendo nem um pouco do que havia falado.
- Eu vou embora. Fala pra Leticia que eu tentei esperar, mas ela deve ta de papo e nem viu o celular.
Eu disse, entrando no carro. Não demorou nem 5 segundos, ouvi a porta do carona se abrir e ele sentar ao meu lado.
- Allan, você ta todo molhado! Ta encharcando o banco do carro! Levanta!
Eu disse bravo, mas ele não se abalou.
- Não seja por isso.
Ele disse, tirando a bermuda molhada, junto com a sunga que estava por baixo, ficando completamente nu.
- Você endoidou??? Poe a roupa. A gente ta no meio da rua!
- Já ta escuro e eu não vou colocar nada. Se você quiser, vai ter que me colocar pra fora pelado, pra todo mundo ver, mas se quiser deixar de ser tão turrão e bravo, eu posso te mostrar o que eu quero.
Ele disse de um jeito bem safado, já abrindo a minha bermuda, apesar dos meus protestos.
- Não, Allan. Não quero! Aqui muito menos! Para com isso.
- Eu sou vou parar quando sentir que eu to lotado com a sua porra.
Ele respondeu, vindo pra cima de mim, me beijando com fome.
Ele arranhava minhas costas, rebolando com força em cima do meu pau, que a essa altura já estava pra fora da cueca. Aos poucos, o tesão foi minando a minha resistência, fazendo com que eu incendiasse por dentro. Segurei meu pau para que ele pudesse encaixar na entrada do seu orifício e ir descendo, devagar, reclamando de dor devido à falta de lubrificação.
Eu segurei seu quadril com força, fazendo ele sentar com tudo, arrancando um urro da sua garganta.
- AAAAIIIIIII. Caralhoooo, me rasgou!
- Cala a boca! Não queria rola? É o que você vai ter.
Eu disse de um jeito agressivo, fazendo ele se sobressaltar e depois morder os lábios em satisfação.
Ele mordia meu ombro com força, enquanto cavalgava em mim com maestria, apesar do espaço apertado. Subia e descia num ritmo intenso, com gemidos abafados, enquanto eu puxava seu cabelo pra trás e mordia seu queixo. Minhas mãos apertavam suas costas, descendo até sua bunda, para aperta-la com força, fazendo ele se movimentar ainda mais intensamente.
Eu sentia seu pau roçando na minha barriga e melando-a, devido a excitação do momento. Nossas bocas se engoliam famintas, enquanto as mãos percorriam nossos corpos, arranhando e se sentindo. Eu mordi seu lábio inferior e puxei, fazendo ele arfar, enquanto seu quadril se movimentava ainda mais rápido.
Eu segurei seu pau com firmeza, punhetando-o de maneira que seu cu começou a mastigar meu membro com força, anunciando o gozo que veio num gemido alto. Eu gozei em seguida, inundando seu reto com meu leite, sentindo meu corpo tremer por inteiro.
Nós ficamos abraçados, com ele ainda sentado no meu colo, esperando que nossas respirações voltassem ao normal. Estávamos suados e com os corpos marcados, devido à violência do ato e um tanto absortos do mundo ao redor. Alguém bateu no vidro do carro, fazendo com que a gente quase enfartasse de susto. Mesmo com a pouca claridade do lado de fora, pude constatar que se tratava da Leticia, o que me relaxou de imediato.
- Veste a roupa, rápido!
Eu disse pra ele, ajudando-o a ir pro banco de carona. Quando ele saiu de cima de mim, pude ver alguns vestígios de sangue e até me arrependi de ter feito ele sentar tão brutalmente.
- Porra, você acabou comigo.
Ele disse, fazendo uma careta de dor ao colocar novamente a bermuda.
- Isso é pra você aprender quando eu digo “Não”.
- Ta doendo, mas foi muito bom. Não me arrependo em nada.
Ele disse marotamente.
- Você é um pestinha.
Eu respondi. Abri um pouco o vidro do carro e falei para ela:
- Lê, espera só um minutinho?
- Vocês são doidos, sabiam? Allan, seu pai ta louco atrás de você.
- Eu já vou.
Ele respondeu de dentro do carro. Voltei a fechar o vidro e olhei pra ele.
- Allan, você jura pra mim que nunca rolou nada entre você e o seu primo? Ele é gay?
Eu perguntei.
- Quem te falou isso? Ele?
- Responde. É?
Ele soltou o ar que estavam em seus pulmões e falou:
- É. Mas ele não é assumido, nem nada. Ele ainda não saiu da casa dos pais e não quer falar nada por enquanto. Como você soube? Ele deu em cima de você?
- Não. Foi a Leticia que sacou tudo. Rolou alguma coisa entre vocês?
Eu perguntei novamente. Ele abaixou a cabeça e depois respondeu:
- Já faz muito tempo, amor.
Eu senti meu coração apertar dentro do peito.
- Conta.
- Não, amor, por favor. Já faz muito tempo, não tem mais nada a ver.
- Conta, Allan.
- A gente se beijou algumas vezes e.... ele me sarrou... e eu chupei ele e ele me chupou... não rolou nada além disso. Você foi meu primeiro, você sabe disso.
- Porque você mentiu pra mim quando eu te perguntei pela primeira vez?
- Porque você já estava bravo e eu não queria que você ficasse puto comigo. Biel, isso foi quando a gente era mais novo, aquela curiosidade de criança. Eu sou louco por você, completamente maluco por você. Eu sempre fui.
Ele disse, com as lagrimas escorrendo pelos olhos azuis. Eu me sentia tão triste, que mal conseguia respirar. Era tão difícil imaginar a pessoa que você amava fazendo aquelas coisas com outra pessoa, ainda dormindo no mesmo quarto que ele.
- Allan, eu preciso ficar sozinho. Eu preciso pensar. Eu não quero falar nada com a cabeça quente.
- Não, amor. Por favor, desculpa. Me perdoa. Se eu pudesse voltar no tempo, se eu soubesse que agora eu estaria com você, eu nunca teria feito.
- Eu sei... Mas é difícil pra mim. Ele ta dormindo com você, no seu quarto e já rolou essas coisas.
Eu falei, sentindo meus olhos encherem também, mas respirei fundo e me contive.
- O Kadu também mora com você e já rolou de tudo entre vocês.
- Mas eu não durmo com ele.
- Mas vive com ele. Meu amor, confia em mim. Eu quero você e só você. Não existe lugar pra mais ninguém nos meus pensamentos. São seus, como todo o resto.
Ele disse, com as lágrimas lavando o seu rosto. Puxei-o pra mim e o abracei com força. Se eu pudesse, o esmagaria de tanto sentimento que havia naquele abraço.
- Eu te amo tanto, Allan. Tanto... Só de imaginar outro cara te tocando, me dá vontade de morrer. Hoje na piscina, eu senti meu estomago revirando vendo ele te pegar daquela maneira.
- Amor, não tem nada. O Guto é um cara muito legal, um irmão pra mim. E acho que ele gostou de você.... Mas eu não quero pensar nisso. Eu só quero que fique tudo bem entre a gente. Não me larga nunca mais. Eu te amo demais.
Ele disse, me agarrando, colocando a cabeça no meu ombro e me apertando com força.
- Bebe, você tem que entrar. Enxuga essas lagrimas e lava o rosto, antes de ir lá pra trás.
- Você vai embora mesmo?
- Vou, mas ta tudo bem. Me manda uma mensagem quando todos forem embora e a gente conversa mais um pouco, ta?
- Ta bom, amor.
Ele disse, me dando um beijo demorado. Então saiu do carro, passando pela Letícia e a abraçou, para depois entrar novamente em casa. Ela entrou no carro e deu pulo com o estofado molhado.
- Nossa, o que aconteceu aqui? Ele tava chorando?
- Vamos. Eu te conto tudo no caminho.
x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x
Fala galera,
Foi uma semana bem corrida, mas voltei aqui pra deixar mais uma parte pra vocês. Não preciso nem falar que eu me amarrei demais nos comentários e os e-mails, cada vez mais espetaculares. Muito legal conhecer alguns de vocês. Ta ai: biel.sabatini@yahoo.com.br
FASPAN: Po cara, brigadao de verdade. Fico mto feliz de saber desse carinho todo por mim.
Noni: Eu errei msm mano, mas é pq eu digito e não copio. Hehehe. So corrigindo: o Allan não é feminino. Ele é mais frágil, mas feminino ele não é. Mas com aquele jeitinho dele, consegue o q quer ne? Rsrsrs
LiLoBH: Ohh q fofo. Valeu de verdade. Me fez sorrir. ;)
Rafa_gyn: Brigadao mano!
Pra vcs, seus lindos (Junior___K, Crystal8.*, ze carlos, Babado Novo, FASFAN, Cielzinho, @Kaahh_sz, gatinhoo02, Andresoon04, Kevina, Kayo B, Amygah22, jamesblack, Rafa_gyn, Noni, jhow, Vinii Colombinii, $Léo$;), LiLoBH, cintiacenteno)