- Ok. Eu vou desligar. Boa noite!
- Não! Não faça isso Gustavo. Eu liguei, porque estou num barzinho e queria saber de você, caso não esteja ocupado, talvez quisesse vir aqui.
Gustavo no fundo ficou feliz com o interesse do outro em querer vê-lo. Ele precisa inventar algo para a Amanda e para filha que acabara de chegar de viagem, se quisesse rever o causador de suas perturbações mentais.
Esperto como sempre, ele disse para a mulher que o seu chefe estava passando por um problema pessoal e queria desabafar. Ressaltando a importância da aproximação para uma possível promoção, Amanda nem questionou e deixou o marido sair sem reclamar. Detalha: ele havia inventado a mentira mais sórdida, mas precisava rever o Paulo.
Trajava uma calça jeans escura, tênis e camisa vermelha, que ressaltava o tom da sua pele. Gustavo era muito bonito e charmoso, sem roupa então... Era um delírio.
Ele chegou ao local e avistou o Paulo conversando com um rapaz, que a principio o incomodou.
- Boa noite! – disse ele aproximando-se e estendendo a mão para o estranho.
Paulo automaticamente se levantou e estendeu a mão para ele. Ambos se olharam profundamente, não disfarçando a alegria em se verem novamente.
- Este aqui é o meu irmão. – eles sentaram-se e instantes depois, já descontraíram o ambiente com diversos papos.
- Ah, para Gustavo! Aquele gol foi roubado. O árbitro nem marcou pênalti na jogada. – Paulo levantava os braços, inconformado.
- Vocês têm que aceitar que o meu time é melhor. Contrataram excelentes jogadores para esta temporada do campeonato brasileiro. Vamos levar mais um titulo.
Como era de praxe, quando homens se reuniam, não podia faltar o assunto futebol. Os três riam muito, ao ritmo de muita cerveja e petiscos. Volta e meia, o Gustavo olhava o Paulo, como se quisesse devorá-lo com os olhos. Ele também era retribuído.
Por um momento, o irmão do Paulo se afastou para cumprimentar um conhecido que estava no local, deixando aqueles dois homens selvagens e misteriosos a sós.
- Este lugar aqui é bastante animado. – Paulo quebrou o silêncio.
- Concordo com você... Posso te fazer uma pergunta? – Gustavo fixou os olhos nele. – O que você achou disso tudo que aconteceu entre a gente?
Ele deu um gole em sua cerveja e respirou fundo, buscando uma resposta perfeita, para a pergunta do outro.
- Sabe cara... É tudo tão louco. Eu tenho certeza das minhas convicções, mas é como se algo mais forte do que eu me levasse a cometer coisas ao qual eu não consigo controlar.
- Coisas do tipo sexo? – Gustavo queria mais dele.
- Sim. Exatamente isso. Quer dizer, não só isso. Ah, sei lá! Eu não sei o que pensar. Já me vi pesando em nós dois transando, nos beijando... Isso não é normal. Não para mim que amo minha noiva. Eu gosto de mulheres, mas não sei o que acontece quando estou perto de você.
- Eu me sinto do mesmo jeito que você, Paulo. Eu tenho um ótimo relacionamento com a minha esposa. Na cama somos um casal perfeito, mas eu penso em você. É um extinto louco. Suas mãos fortes, sua boca em meu corpo... Você consegue me deixar excitado, com vontade de ter a tua boca só pra mim.
- Vamos parar com este assunto. As pessoas podem nos observar. E o meu irmão está somente a seis metros de distância.
- Meu pau ta latejando na cueca. Não consigo me controlar quando estou perto de você...
Gustavo estava atordoado. Sua vontade era de arrancá-lo dali e levar para um lugar onde pudessem explodir todo o tesão e fúria de desejo que dominava seus corpos.
- E você acha que eu não estou em ebulição? Mas desta vez sou eu que irei dominar você. Será a minha vez de mostrar quem comanda. – Paulo finalmente havia libertado o seu desejo por ele, de forma natural.
- Você está de carro? – perguntou Gustavo.
- Sim. Mas vou emprestá-lo esta noite ao meu irmão. Por quê?
- Vamos sair daqui e fuder bem gostoso? Deixar transbordar esse tesão que está acabando com nós dois? – disse ele sem o menor pudor.
- Ficou louco? O que vamos dizer ao meu irmão? E amanhã eu tenho que está cedinho no trabalho. E sem contar que a Julia, a minha noiva...
- Cala a boca. Você fala demais! Eu não perguntei o que você tem a fazer. Eu quero saber o que você quer agora, neste momento! – Gustavo era firme.
- Quer saber mesmo? Eu quero comer você de todas as formas.
- Filho da puta! Você me deixa louco... Vamos sair daqui. Diz ao teu irmão que eu vou ter de ir embora e você vai aproveitar a carona. Dá logo a chave do teu carro a ele.
Paulo obedeceu e deixou o carro com o irmão. Este, nem questionou a saída deles. Entraram no carro, e sem perder tempo, Gustavo devorou boca dele, num beijo avassalador. Prendia o pescoço do Paulo com suas mãos, e mordia seus lábios, envolvendo ele por completo.
- Calma. Vamos para em um motel, e lá a gente continua... Meu Deus, onde isso vai parar? – ele perguntou a si mesmo em voz alta.
- Esqueça o resto. Viva o hoje. E eu sou o seu hoje. Vai desistir? Ainda está em tempo.
- Não sou homem de desistir.
Gustavo dirigiu até um motel um pouco distante da cidade, para não chamar atenção. Pegou as chaves de um quarto sofisticado, e seguiram para o recinto.
Como prometido, Paulo mal esperou a porta se abrir, e o encostou na parede, arrancando sua camisa quase a força, travando as mãos do Gustavo.
- Hoje você é meu! Vai sentir o meu domínio. – ele sugou o mamilo do outro, ao mesmo tempo em que roçava seu pau no dele. Gustavo gemia, e apertava as costas do Paulo.
- Como você me deixa louco. Esse teu cheiro... Tua boca...
Paulo não deixava ele falar. Sua voz era interrompida por longos beijos. O jogou na cama e arrancou sua calça jeans, aliás, fez o mesmo, ficando ambos apenas de cueca e excitadíssimos. Apesar do jeito bruto e forte dos dois, a cena era algo perfeito, pois se podia notar uma sintonia, uma cumplicidade, um toque de pureza no olhar daqueles homens.
Diminuindo o ritmo forte, Paulo o soltou, e foi descobrindo bem devagar, cada pedacinho do corpo do Gustavo, que mais uma vez, gemia alto, se contorcendo entre os lençóis. Sentia a boca quente, o toque macio e aveludado da língua do Paulo percorrer sua virilha, até chegar a seu saco. Sugou as duas bolas, chupando com tesão, até chegar em seu membro grosso. Ele era calmo, sem pressa. Envolvia a língua na pontinha da cabeça do pau do Gustavo, e com uma das mãos, fazia movimentos circulares no corpo duro.
- É a coisa mais maravilhosa que eu já senti. – disse Gustavo extasiado.
Paulo chupava sua pica com vontade, e o cobria de beijos, para que ele sentisse o próprio gosto. Se abraçavam forte, se olhavam dentro dos olhos, como se frases quisessem sair para fora... Gustavo retribuiu o carinho, e chupou o pau dele, assim como, explorou todo o seu corpo.
- Quer se entregar pra mim? – perguntou Paulo.
- Bem, não tenho experiência... Se tiver paciência, sim!
- Serei o mais paciente possível. E se doer, eu paro e voltamos apenas a nos acariciar. Não quero machucar você.
- Eu sou homem, e você também! Sabemos quanto é difícil. Mas confio em você, e o que viverei esta noite contigo, será único! Seus olhos brilhavam, no contraste da beleza exótica que só ambos possuíam.
CONTINUA...