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Os dias e os anos iam se passando na calmaria daquele reino. Todos viviam em harmonia, padeiros, ferreiros, artesão, soldados, camponeses, mulheres, homens e crianças, cresciam envolta de uma vida segura e pacata. O rei Arthur, não era como os outros que passara pelo atual trono, este por sua vez, reduzira os benefícios da corte, cortara gastos excessivos e desnecessários, isto também o incluía, prontamente os altos impostos cobrados pelos seus antecessores igualmente foram severamente reduzidos, e o seu povo o aclamou como o homem mais generosos e honesto que reinou na França. A população por reciproca em beneficio a vida do rei e de sua família, doavam ao palácio 15% da sua produção total, isso valia para todos que possuíam algum oficio. Geralmente os que não possuíam ofícios eram as crianças e os aprendizes, como o próprio nome já diz, estes estavam sendo ensinados pelos seus mestres.
Cinco anos depois do nascimento de Aurora, a rainha tivera uma severa tuberculose, e a doença ainda era muito avançada para a medicina daquela época, e não era difícil as pessoas que a adquiriam, morrerem.
Era inverno quando o rei, anunciou a morte de Charlotte, e este a cremou a sua tão amada esposa, a lançando ao rio Reno em uma simples embarcação em chamas, enfeitada por coroas de flores e objetos pessoais da rainha. A pequena princesa chorava incontrolável junto com o seu pai, carregada em seus braços. Os próximos dias de inverno seriam os mais escuros e gelados de todo o reino.
Com os meses prosseguindo Arthur e sua filha iam se recompondo e dando continuidade aquele reinado. E assim se fez.
Era uma manhã de verão, quando Aurora já com seus nove anos brincava ao redor do Castelo, quando avista duas crianças aparentemente se sua idade brincando e vai de encontro a elas:
- Posso brincar com vocês? Indagou a jovem princesa, enquanto as duas crianças continuavam brincando de cabeça baixa, até que uma delas levanta o olhar e responde:
- Pode sim! Nossa! Jean, olhe! É a princesa! – Aquelas duas crianças logo a reverenciaram e pediram desculpas, por estar no caminho da princesa e logo foram saindo. Aurora, parecida com o seu pai, não fazia nenhuma distinção entre ela e seu povo e logo, gritou:
- Esperem! Quero brincar com vocês. Queria jogar o que vocês estavam jogando. – Logo as duas crianças se juntaram novamente à Aurora e continuavam a jogar.
Por anos fora assim, até que Aurora iria completar seus quatorze anos, e fazia questão que seus amigos tivessem com ela ao seu lado, já que não era nenhum evento de coroação ou de extrema importância. Então ela perguntou ao seu pai, sobre o assunto. O rei prontamente aceitou com uma condição, que antes conhecesse os pais daqueles jovens. Então, Aurora pediu aos irmãos que levassem sua mãe até o rei para que este a conhecesse, uma vez que seu pai havia falecido.
Assim que ficou ciente do convite a camponesa, não acreditou que o rei a queria conhecer, muito menos que ao longo desses seis anos, seus filhos brincavam com a princesa. Mas assim se sucedeu. A camponesa de cabelos loiros, de uma beleza indescritível e ainda jovem, fora de encontro ao rei em suas vestes simplórias.
Ao entrar no palácio a camponesa e seus filhos foram recebidos por Aurora, e esta pode presenciar a intimidade que havia entre aqueles jovens, e sorriu consigo mesma, se questionando de como nunca percebera aquela amizade. Os quatros subiram as escadas do palácio até a sala de reunião do rei, onde Arthur se encontrava com um banquete esperando por seus convidados. Assim que Aurora abriu a porta, não pudera acreditar no que seus olhos miravam.
E assim mais uma vez, o destino mudava a vida daquele reino.