A vida segue, mas ...
Havia pouco tempo que minha vida passara por uma profunda mudança. Há pouco mais de um ano eu tinha vivido minha primeira experiência com um homem. Um jovem de 25 anos, que vou chamar aqui de Marcus. Foi uma bela experiência. Vou recordar para sempre. Dois meses depois foi que conheci um homem que balançou com minhas bases e que me fez querer mudar tudo, querer virar todas as páginas ainda não lidas.
Foram apenas dois encontros mas a sua história de vida e seu presença forte me marcaram a ponto de eu me apaixonar. Foi duro levar os meses que se seguiram.
Continuava casado com minha mulher e dividido por esses sentimentos. As dúvidas me atormentavam. Mas de tudo que eu já havia lido e mesmo da experiência de outros homens, a relação entre dois homens pode não ser duradoura, pelo desejo de posse, do instinto de macho. Mas meu capitão havia me tirado do centro de equilíbrio e sofri muito com isso.
Abril de 2014. Eu estava só em casa e procurando companhia. A família havia viajado e encontrei um menino numa sala de bate-papo: 23 anos, baixinho como eu muito gostoso. Marcamos e ele não apareceu. Dois dias depois, encontrei-o novamente na sala de um site. Ele se desculpou e disse que não costumava dar bolo e decidimos nos ver no mesmo momento.
A princípio fui sabendo que ele seria ativo. Durante o encontro, acho que pela timidez ele acabou sendo o passivo. Achei que não rolaria mais, mas fomos marcando mais e mais encontros e, assim, por um ano e um mês a quase todas as semanas. Nossos encontros eram frequentes e chegamos até a termos relação sem camisinha, pois a confiança aumentara bastante.
Foi tudo muito lindo com ele. Ficamos amigos e nossos encontros eram recheados de muita conversa leve e gostosa.
A transa era sempre muito carregada de tesão. Eu não sou pauzudo, ele sim, uns 19 e grossão. Mas quase sempre fizemos trocas, em algumas ocasiões apenas ele foi ativo.
O beijo sempre foi o estopim do desejo. Eu curtia colocá-lo de barriga para cima e penetrá-lo mantendo olho no olho, beijando sua boca e sentindo seu olhar de tesão e desejo.
Ele adorava me colocar de bruços e entrar com tudo; forte, mergulhando seu cacete em mim e me fazendo sentir prazer a cada movimento de vai e vem. Sempre doía pela circunferência avantajada do pau do meu queridão. Um dia pedi que metesse e tirasse até gozar e que deixasse a porra escorrer até a entrada de meu cuzinho e metesse novamente com muito tesão e desejo. Também fiz isso com ele e o prazer era muito intenso.
No dia do aniversário dele, fizemos algo diferente, fomos a um parque público e transamos lá, na rua, ou melhor nas arquibancadas da pista do autódromo. Naquele dia apenas ele me comeu e fizemos de pé, com ele me segurando pelo quadril e metendo forte em mim até explodir em gozo dentro de mim. Sentir a porra quente entrando é algo muito prazeroso.
Curtimos muitos outros momentos juntos. Vou contar alguns episódios aqui
Mas hoje estou triste, porque provavelmente não vou vê-lo mais. Ele está se apaixonando por outro homem. Eu não havia dimensionado o quanto estava gostando dele. Só me dei conta disso quanto ele disse que não iria sair comigo porque estava pintando um relacionamento. No primeiro momento, a reação foi apenas de satisfação por vê-lo feliz, ou com a possibilidade de ser feliz. E eu, por outro lado, ainda sou casado e não posso viver o que ele merece.
Depois que encerramos a conversa, chorei e, ao escrever esse relato, ainda tenho lágrimas em meu rosto.
Várias músicas me veem à memória nesse momento. Ele adora sertanejo, mas Alma Gêmea é uma música que sempre me fará lembrar dele, assim como Domingo de manhã. E para ouvir sua voz de sono eu ligava domingo de manhã e ele dizia “OI”, ainda sonolento.
Ainda com um nó na garganta, percebo que mais uma vez estou apaixonado. Não tinha percebido, pois a convivência íntima era semanal e a conversa quase que diária.
A vida segue. Sem graça, ou sem emoção. Os casados que vivem como eu saberão do que falo. Escolhas e caminhos. Encontros e desencontros. Oh, sofrência!
