- Eu sou homem, e você também! Sabemos quanto é difícil. Mas confio em você, e o que viverei esta noite contigo, será único! Seus olhos brilhavam, no contraste da beleza exótica que só ambos possuíam.
Paulo o jogou na cama e veio por cima, entrelaçando suas pernas peludas nas pernas do Gustavo. Eles se beijavam calorosamente, com os corpos excitados e a pele vibrando. Ficaram em posição de 69, e iam degustando o sabor um do outro...
- Ahhhh... Que delicia! Como isso é muito bom. – dizia Paulo, delirando de prazer, com a língua quente do outro devorando seu pau. Gustavo chupava cada centímetro daquele membro, e era contemplado com o mesmo toque.
- Eu nunca pensei sentir tanto prazer com um homem. Você me leva a loucura sabia? – Gustavo mordia os lábios dele.
- Vamos para de conversa, eu quero você. Quero está dentro de você... Comer essa bunda linda, sentir você gemer enquanto eu fodo você todinho.
Paulo se transformou e sem perder tempo, pôs ele de bruços e encaixou seu pau na bunda dele. Meteu bem devagar, até Gustavo sentir-se relaxado. Este por sua vez, fazia uma cara de muita dor, na verdade, era o que ele estava sentindo.
Não há razões para explicar uma explosão chamada desejo, que se transforme em atração avassaladora e derruba todos os paradigmas sociais. Pecado? Talvez... Viver intensamente? Sim! Momentos são únicos na vida, não voltam mais e deixar que a razão, na qual muitas vezes nos faz sofrer, falar por nosso coração é meio burrice.
A vida é feita de escolhas e seja ela qual for você está apenas vivendo... Afinal, para que viemos ao mundo?
- Ai caralho, que gostoso. Mete filho da puta! Realiza tua vontade. Vai gostoso. – Gustavo falava palavrões e sentia a pressão do pau pulsando dentro de si.
- Toma nessa bunda! Pede mais vai. Pede porra! – seus corpos eram puro suor, inundando os lençóis. Os gemidos eram abafados com longos beijos.
Às vezes eles se olhavam e sorriam um para o outro, apesar dos corpos másculos e o jeito bruto que ambos tinham, eles trocavam carinhos ternos, se tocavam com paciência... Paulo tirou o pau de dentro dele e simplesmente ficou de frente para ele, abraçando, explorando o seu corpo com as mãos, tocando-lhe o rosto...
- Eu queria te dizer isso desde o primeiro encontro, mas fiquei com vergonha. – Você é lindo! Muito lindo. – disse ele segurando o queixo do Gustavo. – Engraçado, que mesmo eu me entregando pra você e você pra mim, eu não me sinto menos homem por isso. A única certeza que tenho neste momento... É que você tem o dom de perturbar a minha mente, revirar os meus sentidos.
- Eu tenho a mesma sensação que você. Olha! – Gustavo pegou a mão dele e levou até o seu coração. – Viu como bate acelerado? – Eu fico desse jeito toda vez que vejo você... E sabe qual é a minha única certeza?... – Você me traz a paz e a calma que eu preciso.
- O que vamos fazer daqui pra frente? – Paulo perguntou com uma ponta de preocupação nos olhos. – Seremos amantes? – Gustavo riu.
- Ué! Se você quiser, não vejo problemas!
- Você é mesmo um cachorro sabia?
- E você é um moreno delicioso. Não vamos nos preocupar com isso. Vem, vamos fazer amor gostoso. Agora é a minha vez de sentir você... Sabe que piro com essa tua bunda né?
- Você é tarado cara!
- Eu amo bundas, e a sua me deixa louco. Vai me dar ela? – Gustavo perguntou com o olhar mais cínico e ousado do mundo.
- Você tem um pau muito grande. Dói! – reclamou o Paulo.
- Hã?! O seu também é grande. Acha que não senti dor quando meteu em mim? Bastava ver a minha cara.
- Seu bobo. – eles riram e se beijaram novamente. Desta vez, o Gustavo dominou o Paulo e mais uma vez eles transaram, se entregando ao momento mágico e intenso que estavam vivendo e descobrindo. Mas como seria depois?
*****
- Vamos tomar banho juntos? – sugeriu Gustavo, acariciando os cabelos cacheados do outro. Paulo recostava sua cabeça no peito dele.
- Sim. Posso te fazer uma pergunta?
- Claro. O que deseja saber?
Paulo foi direto.
- Ama sua esposa? Como é a vida de vocês?
Gustavo se mostrou surpreso com a pergunta, mas respondeu.
- Eu e a Amanda não temos problemas de casais. Ela é bastante tranqüila e me deixa super a vontade. Ela é Neurologista, então, está sempre na clinica, quase sem tempo... A minha filha já é uma mocinha, não me dá trabalho.
- Você tem uma filha? – ele ficou surpreso.
- Sim. Treze anos de idade. É linda!
- Você não fica... Enfim, não...
- Me sentindo um sujo porque estou na cama com um homem? – Definitivamente, não! Eu não entendo porque você se condena tanto. Se não quer mais, tudo bem. Não quero que faça nada contra sua vontade. Não estamos cometendo um crime. E a gente não escolhe por quem se apaixona.
Quando ele disse se apaixona, Paulo saltitou da cama e fixou os olhos nele. Jamais esperava ouvir aquela palavra... Aliás, ele jamais pensou que as coisas tomariam aquela proporção.
- Você disse: se apaixona? Por acaso...
- Sim. Eu acho que estou apaixonado por você!
- Cara, isso é loucura! Tudo bem que a gente ta se curtindo, transando... Mas é coisa de homem, sabe? Instinto, pele, sexo. Eu já te falei que curto mulher. E você tem a sua mulher... As coisas tomaram um rumo muito complicado.Eu não deveria...
- Que porra de homem é você? Eu te falei dos meus sentimentos e não dos seus! Não estou te cobrando nada. E eu nem sei o que estou sentindo de verdade. Vendo essa tua reação, acho que sinto é raiva de você. Quer saber? Eu vou tomar um banho e sumir daqui, ou melhor, sumir da sua vida!
- Calma.
- Calma o cacete! Depois de uma noite maravilhosa, com tanto carinho, você me vez com indagações e julgamentos? Vai se ferrar e me deixa! Agora quem não quer te ver sou eu. Cansei de palhaçada. – Gustavo saiu para o banheiro batendo a porta puto da vida. Paulo apenas catava suas roupas do chão e vestia-se. Nem se preocupou em tirar o suor do corpo, apenas pegou um táxi e partiu.
Era tudo muito confuso e novo. Dois homens que se viam num entrelaço da vida. Ambos comprometidos com mulheres, sem nenhuma espécie de experiência com outros caras... Uma forte atração, um desejo incontrolável e o medo disso tudo, transformar-se num sentimento que eles jamais poderiam controlar depois. Paulo era o mais perturbado, pois além de sentir-se culpado, existiam os questionamentos internos que ele fazia a sua razão.
E suas mulheres, suas famílias? Como ficaria todo esse labirinto? Gustavo saiu do banheiro, e viu apenas um papel escrito: “Esta foi a última vez”. Ele rasgou o papel com raiva, e xingou uma dúzia de palavrões, socando a parede. Ele não queria está naquela situação, afinal, sabia que existia complicações caso levasse esta história adiante; mas o seu coração não queria está longe do Paulo. Ele o fazia bem de alguma forma.
CONTINUA...