Eu e Malu acordamos e se arrumamos para irmos para escola. Chegando lá, Felipe não estava em seu lugar, na verdade, não tinha ido a aula. Foi um dia de aula igual aos outros, mas sentia sala meio vazia, pois Felipe não tinha ido. Como era quarta-feira eu iria para casa da minha vó para passar o resto do dia lá. Minha vó morava do outro lado da cidade, eu ia pé, eu gostava de ir andando, eu refletia muito enquanto andava.
Não tinha andando nem metade do caminho, quando uma moto passou por mim e parou.
- Está indo em algum lugar? – Felipe riu
- Sim, estou indo para casa da minha vó – respondi dando um sorriso
- Posso te levar se você quiser
- Não sei..... – disse meio indeciso
- Vem sobe ai, eu não corro.
- Promete?
- Prometo.
Realmente Felipe não correu meu Deus, como ele estava cheiroso, jamais esquecerei aquele perfume. Chegamos na casa da minha vó, antes de entrar perguntei
- Porque não foi na aula hoje?
- Tive que resolver uns problemas. Sentiu minha falta né? – Felipe ficou rindo
- Um pouco. O que vai fazer nesse final de semana? – perguntei
- Nada, porque?
- Quero te mostrar meu lugar favorito. Pode ser?
- Como você quiser agora tenho que ir, te vejo na escola amanha. Até mais – ele deu uma piscada para mim, colocou o capacete e foi embora.
Passei o dia na casa de minha vó, minha mãe me buscou já era umas sete horas da noite, estava ansioso pelo dia seguinte pois, veria Felipe na escola.
Quase não dormi a noite, pois estava muito ansioso para ver Felipe.
Levantei com um sorriso no rosto. Estava feliz, acho que tudo que estava acontecendo comigo era por causa de Felipe. Malu disse que não ia aula aquele dia, e quando cheguei na porta da sala, lá estava Felipe, quando olhei para ele, ele deu um lindo sorriso, eu retribui é claro. Me sentei e começamos a conversa, até que a nossa professora de Português Solange chamou a nossa atenção, nos dois ficamos quietos. Passou alguns segundos, Felipe colocou um pedacinho de papel em minha mesa escrito: “Na hora do recreio, me encontre na parte isolada da escola” eu li e sorri, escrevi no verso: “Ok. Estarei lá”. Ele leu sorriu. O sino tocou, e fui andando o mais rápido possível para a parte isolada da escola, Felipe ainda não tinha chegado, sentei em um banco que ficava embaixo de uma grande árvore. Quando de repente alguém chegou por trás tampando meus olhos e disse:
- Advinha quem é?
- HummmmFelipe?
- Sem graça – disse Felipe e logo em seguida rimos.
Felipe me puxou e me deu um abraço apertado, e sentamos no banco, e começamos a conversar. Contei um pouco da minha história para Felipe.
- Você é muito lindo – disse Felipe, olhando em meus olhos
- Obrigado – disse dando aquele sorriso envergonhado olhando para baixo.
Quando levantei a cabeça o rosto de Felipe estava bem próximo ao meu, olhei em seus olhos, ele olhou nos meus, e nos beijamos.