Dias de esperança. II

Um conto erótico de Brasileira
Categoria: Homossexual
Contém 479 palavras
Data: 17/05/2015 01:53:54
Última revisão: 19/05/2015 03:26:10

Visitem também: http://www.casadoscontos.com.br/perfil/Minha avó me dizia que não existe remédio melhor que um doce para um coração triste.

Ela me olhou com os olhos ainda avermelhados de tanto chorar e tornou a baixar a cabeça segundo despois.

- Perfeito, não? Indaguei, na tentativa de obter uma conversa.

Ela enxugou mais um pouco as lagrimas e respondeu.

- O quê? Me retrucou em meio a choro e fungadas.

- Esse mar, o céu, a lua, as nuvens, você. Afirmei, me tocando segundos depois do que tinha falado por último.

- Quê? Eu? Me perguntou, quase que como exclamando com a cara de surpresa ou susto.

- Não, não. Desculpa. - Tentei desconversar -. É... é... é... Porque você estava chorando? Fiquei rezando para ela esquecer o que eu tinha dito antes.

- Não é nada... Nada de importante... nada que importou.... Que raiva que eu sinto dele. Falou soluçando.

- É o seu namorado a causa desse choro? Aquele rapaz que vinha todas as noites com você aqui? Disse tentando adivinhar o motivo daquilo tudo.

- Como você sabe? Como sabe de tudo isso? Ficou me olhando espantada por eu saber de tudo aquilo.

- Na verdade eu fiquei observando vocês todas as noites, nessas últimas duas semanas dali, daquele banco perto da igrejinha. Observava vocês namorando. Vocês pareciam estar tão entregues que as vezes chegavam a ser uma pessoa só.

Notei que ela estava se segurando para não voltar a chorar com aquilo que tinha dito. Mas como não chorar, com o meu bom senso do tamanho de um grão de areia. Em seguida pedi desculpas pelo que havia dito.

- Você divide comigo. Estendi o algodão doce numa nova tentativa de oferecê-lo.

Ela o pegou e num instante pude sentir seus dedos encostarem em minha mão.

Continuamos por algum tempo a comer aquele doce em silêncio, e em silêncio ela se levantou e saiu andando.

- Aonde você vai? Perguntei.

- Para casa, já está ficando tarde.

- Espera, então. Deixa te acompanhar para você não andar sozinha por aí.

- Não é preciso, eu posso ir sozinha.

- Eu faço questão.

Me levantei, passei a mão nos bolsos de trás da minha calça para tentar tirar o pó de cimento e fui em direção a ela.

Sua expressão agora já não refletia tristeza, mas sim decepção, raiva, não poderia dizer ao certo o que ela estava sentindo.

Caminhamos por ruas constituídas por paralelepípedos, até que ela interrompe aquele silencio.

- Bem, é aqui que eu moro. Obrigada por me acompanhar até em casa.

Ela parou de costa para uma casa de faixada simples, mas de bom gosto com dois pavimentos no interior do terreno. A casa tinha um muro baixo, mas as janela e portas tinham grades e era praticamente impossível de adentrá-la.

- Bom deixo você em segurança, mas aproposito ainda não sei seu nome. O meu é Juno e o seuSofia. Obrigada pelo doce. Tchau.

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