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Naquele exato momento, parei de caminhar e virei meu rosto para ela, depois o restante do meu corpo caminhei rapidamente em sua direção. Quanto estava face a face com Sofia puxei sua mão desocupada para mim, e com minha outra mão passei em volta da sua cintura e costa, olhei uma última vez em seus olhos e não lhe dei tempo para respirar. Pressionei meus lábios contra o dela, a mesma mão que a puxei a dela, agora estavam segurando sua cabeça para que não fugisse do beijo. Por um momento existiu uma certa resistência, após alguns segundos senti seu corpo esmaecer contra o meu e aquele beijo, como nenhum outro, aqueceu meu coração, arrepiou meu corpo e atiçou meus sentimentos, como aquele primeiro beijo nela, nunca existiu igual.
Ela estava imóvel, apenas correspondia ao beijo. Seus braços parados e sua mão que por um momento deixou se levar, soltou a xicara que segurava a fazendo cair no chão, quebrando. Logo, nos despertamos daquele envolvimento. Ela me olhava incrédula, com um olhar perdido, as palavras que nunca as faltava eram escassas. Eu olhava de forma serena para Sophia, nunca me senti tão viva desde que cheguei naquela cidade, nunca me apaixonei de verdade, a não ser por aquela menina.
Sophia era de mexer com qualquer calmaria, aqueles seus olhos verdes intensos, me desafiavam a decifrá-los. Seu rosto de traços finos e simetria perfeita, era de deixar a mais bela das mulheres com inveja. De corpo possuía uma beleza desenha por Afrodite, sua estatura baixa combinava com seu cabelo meio ondulado castanho claro. Ela era linda, completamente linda.
Fui me desfazendo do corpo de Sophia, e me distanciando dela, mas sempre mantendo o contato visual. Pulei o muro, antes que ela pudesse tomar qualquer iniciativa. A deixei juntando os pedaços da xicara, e vendo sua mãe aparecer. Depois disso, não sei o que se passou com ela.
Alguns dias seguiram normalmente até então, desde aquele dia que dormi em sua casa nunca mais a vi. Me questionava as vezes se voltaria a falar com ela, mas para a minha surpresa, no momento em que estava pensando nisso eis que a própria me aparece, como sempre me assustando.
- Oi! – Me cumprimentou, sentando no banco onde eu estava.
Me virei para olhá-la, sem acreditar que Sophia estava tão próxima de mim.
- Sophia?! – Indague, em seguida acreditando que aquela pessoa era real.
- Sabia que iria te encontrar aqui Juno. Acho que precisamos falar sobre o assunto. Não gosto de fugir dos fatos. E o fato é que, eu gostei do beijo, mas não gosto de mulheres. – Disse ela, de uma vez só, soltando toda aquela informação.
- T... Tudo bem Sophia. Foi um equívoco da minha parte te beijar, peço desculpas. Prometo que não irá se repetir. Entendo se não quiser mais se aproximar de mim. – A olhava com cara de quem “por favor, não me deixe. ”.