Poxa, fiquei tão tristonho com os poucos comentários do último conto. Realmente adoro ler comentários, por isso peço tanto pra que comentem. Lembrando, o ator japones Takumi Saito é o rosto do personagem Daisuke, e o ator japonês Yuki Hiyori é o rosto do personagem Murata. Agora Vamos lá.
Cap.2
Estava na sala de serviço, pegando um café. Estava com tanto sono que jurava que poderia desmaiar a qualquer momento. De repente percebi que alguem havia entrado ali também. Olhei pelo espelho da sala, era o novato. Mesmo de costas, pude admirar seu corpo. Definitivamente ele era o tipo que eu gostava, altura razoável, corpo definido, rosto bonito, ar sedutor ! Murata Yeda chamou minha atenção de cara. Voltei a me olhar no espelho, puxa, como eu estava mal. Mal conseguia segurar a xícara. Estava fraco, precisava da minha cama. Tentei puxar a xícara, mas ela acabou voltando. Bateu no balcão, e o café se espalho.
- Daisuke-San, Daijobu desu ka ? - virei meu rosto levemente, e pude ver o rosto dele preocupado.
- Hai ! Daijobu ! Daijobu !- falei, trazendo a xícara com um pouco mais de força até a minha sala. Assim que entrei, olhei pelas persianas, e pude ver ele retornar a sala dele. Se ele viesse tão bem arrumado diariamente, seria ótimo tê-lo ali.
TEMPO DEPOIS
- Isa-Chan !- gritei, vendo que ele já iria sair.
- Hai !
- Porquê vai embora tão cedo ?
- Não estou me sentindo bem !- ele parecia ligeiramente gripado.
- Tome aqui, meu relatório diário.
- Ah. Arigato, Dai-Chan !- falou, guardando alguns papeis na maleta - agora deixe-me ir, preciso dormir !
- Nem me fale ! - assim que ele saiu, quando virei de costas, pude ver Murata entrando na sala de Shingyouji - será se ele já vai ser elogiado nos primeiros dias ? Que privilégio ein...
- Falando sozinho, Daisuke Senpai ?
- Pensando alto, Morita-Kun ! - falei, retornando até a minha sala.
TEMPO DEPOIS
- Dai-Chan, vamos que eu já vou fechar o escritório !- Shingyouji anunciou, abrindo a porta da minha sala.
- Hai, já estou indo !
- Murata, te vejo no estacionamento !
- Hai, Shing-Senpai ! - guardei meu notebook na minha bolsa, guardei mais alguns papéis, e logo sai da sala.
- Mate(Espere) Senpai ! - quando vi, eu e ele tínhamos tropeçado um no outro. Diversos papéis foram ao chão, assim como nós dois.
- Oh meu deus ! Summimasen Dai-Senpai, eu, eu não vi você passar, eu...
- Não se preocupe, Murata-San - falei, pegando no seu braço- foi um acidente !
- H-hai !- o ajudei a recolher todos aqueles papéis e os entreguei a ele. Esboçou um leve sorriso ao perceber a minha atitude, mas não me olhou.
- Vamos ?- falei, dando passagem a ele. Não sei porquê, mas preferia olha-lo de costas (não pensem besteiras, meus leitores). Entramos no elevador, lado a lado. Tratei de arrumar meus cabelos, que aquele dia estavam um pouco bagunçados.
- A quanto tempo você trabalha aqui ?- perguntou, olhando para a porta do elevador.
- A uns 5 anos - falei, agora o olhando.
- E sempre gostou ?
- Sempre. Não encontraria esse ambiente bom em nenhuma outra empresa do mundo.
- É verdade !- ele riu - além disso, a Shing Eletronics é a única que dá chance pra novatos.
- Verdade. É a única ! E você sabe se Shingyouji é solteiro ou casado ? - achei aquela pergunta meio estranha, mas ele havia perguntado...
- Bem, ele é...- não deu tempo de responder. O elevador abriu a porta no momento que eu iria falar e ele saiu.
- Sayonara, Daisuke-Senpai ! - estava mais rápido que o Flash aquela noite. Ou era impressão minha, ou ele havia se interessado no meu chefe. Quebraria a cara quando soubesse que ele era casado. Mais um que não me daria bola !
TEMPO DEPOIS
Estava chegando no meu apartamento bem cansado, quando vi algo que não esperava na frente de casa.
- Você !- era minha tia, a mesma que me explorava anos atrás.
- Então é verdade !
- Verdade o quê, criatura ? Ou melhor, o que veio fazer aqui no meu prédio ?
- Vim ver se era verdade o que me disseram.
- E o que lhe disseram ? - perguntei, passando a chave na porta.
- Que você continua morando em Tóquio e que está bem de vida.
- Pensou o que, que eu iria morrer depois de sair da sua casa ?
- Não, eu...
- Olha tia, depois de 4 anos, a última coisa que eu iria querer é olhar pra sua cara tá bom ? Se veio pedir alguma coisa ou apenas ver se eu tô bem mesmo, já veio. Agora pode ir embora OK ?
- Mas eu...
- Sayonara ! - falei, fechando a porta na cara dela. Não, eu não iria mesmo ouvir qualquer coisa que ela tenha a me dizer. Pode ser um pedido de desculpa ou qualquer outra coisa. Depois de tudo que ela me fez eu não ouvirei. Quero apenas dormir e ser feliz, longe dessa família escabrosa que eu tenho.
TEMPO DEPOIS
- Dai- Chan ?
- Oi Isa-Chan, como vai ? Shing-Senpai disse que você não estava bem.
- Eu realmente não estou. Mas não liguei pra falar disso.
- E então, porquê me ligou ?
- Bem, eu liguei pra perguntar se você sabe o que Shingyouji fez o dia todo.
- Bem, depois que você saiu ele atendeu mais umas pessoas e quando deu umas 18h ele saiu, juntamente com Murata.
- Só eles dois ?
- É ! Mas porquê a pergunta ?
- Não... Por nada. Obrigado por responder, Dai-Chan !
- Disponha, até mais...
Desliguei o telefone pensando no que tinha acabado de ouvir. Ele não assumia mas eu sabia. Isa-Chan estava preocupado e morrendo de ciúmes de Murata. Eu sabia e eu sentia isso. Meu medo maior era se a desconfiança dele fosse verdade. Eu tinha certeza que meu amigo não o trairia. Ou trairia ? E Murata ? Será se ele se portaria a um papel desse ? Eu não acredito ! Agora que eu já não iria mais conseguir dormir, o melhor que eu tinha a fazer era sair. Sim, nos últimos dias minha vida se resumia a isso. Sair, Sair, sair, talvez pra aliviar a frustração pela qual eu passo.
TEMPO DEPOIS
- Como você é bonito !- falou o americano que eu havia conhecido. Sim, ele era extremamente lindo, e claro só falava inglês. Mas eu também tinha certeza que só iria ser aquela noite.
- Você é mais !- falei, já tirando a minha camisa e jogando longe.
- Te quero dentro de mim, já !
- Safado !
TEMPO DEPOIS
Depois de todo aquele prazer imenso, que nem era tão prazeroso assim, lá ficava eu, com peso na consciência por ter ficado com mais um que não iria me dar valor. Que iria sair na manhã seguinte e eu nunca mais veria. Que sairia da minha mente como água sai da torneira. Assim eu ia seguindo. Sozinho, sem ninguém, ficando com um e com outro, praticamente fadado a solidão. E neste momento, a única pessoa que eu consigo lembrar é daquele novato.
Continua
E ai ??? Gostaram ??? Comentem por favor. Amo vocês.