Meu nome é Selena , sou loira magra de estatura média. Quando ando na rua de vestido não posso deixar de notar os olhares dos homens me acompanhando cheios de admiração. Sou uma mulher bonita e que chama a atenção por onde passa. Finalmente acho que encontrei o lugar certo onde posso desabafar e contar a minha história...
Meu pai faleceu quando eu tinha 8 anos, morei com a minha mãe até os 19, quando ela também faleceu. Nesse meio tempo, meus dois irmãos mais velhos se casaram e saíram de casa.
Após o falecimento da minha mãe eu, como apenas estudava, passei por grandes dificuldades financeiras... Primeiro foi a casa, que meus irmãos insistiram em vender para repartirmos o dinheiro, depois foi a dificuldade que eu tive para arranjar um emprego, pois eu mal tinha terminado o ensino médio e ainda não tinha nenhuma profissão. Durante algum tempo morei com um dos meus irmãos, mas como não consegui me entender com a minha cunhada, arranjei um emprego como balconista numa loja de roupas num shopping e fui morar numa pensão... O meu outro irmão era muito pobre e mal ganhava pra sustentar a mulher e os três filhos. Nessa época eu tinha muitas dificuldades financeiras e já cheguei mesmo até a passar fome por não ter dinheiro pra almoçar...
Nessa pensão eu fiz amizade com umas moças que também moravam lá e que eram garotas de programa, Ana e Vera... Eram gente boa, mas tinham essa vida! Elas me contavam sobre as aventuras delas, sobre os caras que encontravam, sobre como faziam sexo e até quanto ganhavam numa transa... Eu as respeitava, mas nunca que me sujeitaria e esse tipo de vida por nada neste mundo! Elas diziam que uma gata como eu não teria problemas em viver do corpo e que eu poderia ganhar muito dinheiro, se quisesse... Aprendi com elas que cada coisa tinha um preço numa transa: um boquete era o mais barato e o sexo anal era o mais caro. Tinha meninas que chegavam a cobrar até R$ 300,00 pra fazerem sexo anal! E elas viviam bem, sempre tinham dinheiro.
Como eu já disse antes, sou uma moça muito bonita e nunca faltaram rapazes afim de mim, mas eles não queriam esperar, já queriam partir pro sexo e isto eu não admitia. Não queria me sentir usada e então sempre acabava terminando. Assim eu continuava virgem, mas em paz comigo mesma... Eu queria mesmo era encontrar alguém pra casar de uma vez e sair dessa vidinha medíocre que eu tinha, um cara que tivesse uma boa situação financeira, de preferência que eu amasse, que pudesse me dar a vida que eu sonhava ter, coisa simples, eu só queria uma casa, um ou dois filhos e comida todo dia... Aos poucos o dono da loja que eu trabalhava no shopping, Ricardo, começou a se interessar por mim... Era um rapaz de 20 anos, a minha idade, que havia herdado o negócio do pai, falecido ha pouco tempo... Como mãe dele também já era falecida, ele também era órfão, assim como eu... Eles haviam vindo de outro estado e não tinham parentes aqui por perto. Éramos como almas gêmeas e eu logo me apaixonei. Ele era uma pessoa muito religiosa e honesta, e achou bacana quando eu lhe falei que queria me casar virgem. Começamos a namorar. Ele me tratava com todo respeito e topou a ideia de transarmos só após casarmos... Logo eu iria me arrepender dessa ideia de casar virgem... A minha vida parecia estar tomando o rumo certo, do jeito que eu queria. Éramos só nos dois no mundo... Ele não tinha irmãos e eu não conseguia me entender com os meus, então nós só tínhamos mesmo um ao outro...
Nossos beijos eram quentes e eu me arrepiava toda ao sentir aquela língua quente invadindo a minha boca, ficava louca de tesão, mas ele não passava disso, estava mantendo o combinado... Tinha momentos em que eu até poderia ter me entregado para ele se ele insistisse um pouquinho, mas ele não insistia... Eu descobri que havia um vulcão dentro de mim e várias vezes por dia tinha que ir ao banheiro da loja pra me masturbar, pois de outro modo não conseguiria nem trabalhar... Só de olhar pra ele eu já ficava excitada e não via a hora de casar e me entregar de vez praquele homem gostoso... Ele estava cuidando de mim e eu o amava por isto. Tudo o que eu queria era fazê-lo feliz e retribuir tudo de bom que ele estava me proporcionando na vida...
Marcamos a data do casamento e então eu fui morar com ele, que morava sozinho numa casa bonita numa rua secundária próxima ao centro da cidade... Nós dormíamos juntos sem transar, era uma tortura, mas logo estaríamos casados e tudo se resolveria... Era meio estranho estarmos vivendo juntos sem transar, mas nos divertíamos com isto, cheios de tesão reprimida... Mas faltava apenas um mês, dava pra aguentar... Eu acho que ele também não se continha, pois eu era uma gostosa, e também se masturbava no banheiro várias vezes por dia... Éramos dois vulcões a ponto de explodir, estávamos apaixonados e tínhamos um objetivo: transar só depois de casados, que besteira isto, eu vejo agora!
De vez enquanto as minhas amigas da pensão ainda passavam na loja onde eu trabalhava e ficavam contentes quando eu lhes falava da minha vida e viam que eu estava me dando bem... Eu até as convidei pro casamento... Eram boas meninas, apesar da vida que levavam... Acho que, no fundo, elas queriam estar no meu lugar.
Um dia, faltando apenas uma semana pro nosso casamento, ele sofreu um acidente terrível de moto, bateu a cabeça, perdeu a memória e a capacidade de raciocínio (ficou meio abobado), não reconhecia ninguém e ficou com o lado direito do corpo paralisado... Foi uma tragédia, pois eu não conseguia encontrar nenhum parente dele que pudesse me ajudar e descobri que também não tínhamos amigos, pois todos sumiram, exceto as minhas duas amigas... Eu não entendia nada sobre a administração da loja, compra de produtos, preços, etc., ele ainda não havia tido tempo de me ensinar as rotinas administrativas e eu, até então, estava trabalhando só no atendimento. Tive que deixa-la fechada até ele se recuperar... Mas as contas continuavam chegando: condomínio, luz, aluguel da loja... Ele não tinha plano de saúde e teve que ser internado num hospital do SUS... O médico disse que ele, aos poucos, iria recuperar os movimentos e a memória, podendo até voltar ao normal, já que não havia perdido massa encefálica no acidente, mas que isto poderia levar entre dois e cinco anos! Ele também precisaria de fisioterapia para recuperar os movimentos. Meu Deus, o que eu poderia fazer? Eu tinha que dar um jeito de segurar esta situação até ele melhorar. Tentei procurar um emprego, mas o que pagavam mal daria pra pagar o condomínio e algumas contas... Viveríamos de que? E quem iria cuidar dele? Logo ele teve alta e tive que leva-lo pra casa... Eu estava desesperada, ele precisava usar fraldas geriátricas e o meu dinheiro já estava acabando. Eu tinha que dar um jeito de manter o meu homem bem até ele se recuperar... O que eu poderia fazer?
As minhas amigas às vezes passavam no nosso apartamento oferecendo ajuda, até faziam compras e levavam pra nós, pois não tínhamos mais nada em casa, mas isto me deixava envergonhada, pois eu sabia o duro que elas davam pra ganhar dinheiro... Eu estava apaixonada pelo Ricardo e tinha que fazer alguma coisa pra não deixar a vida do meu amor se perder... Tinha que pagar aquelas contas que chegavam e manter as coisas do jeito que estavam ou ele perderia a loja e até o apartamento, talvez... A situação era desesperadora.
Eu precisava fazer alguma coisa, até me prostituir, se fosse preciso... E era!
Um dia, após muito pensar e lutar contra os meus próprios princípios, eu perguntei pra elas se eu poderia ser garota de programa também... Elas ficaram surpresas comigo, mas entenderam a situação. “Mas você não é virgem?” Elas perguntaram, e eu respondi que isso eu iria resolver logo... “Como? Você vai tirar o seu próprio cabaço?” Deixem comigo, meninas eu vou resolver este assunto... Depois que elas saíram, fui ao quarto... A minha intenção era tentar deixar o Ricardo de pinto duro e então sentar encima, ou qualquer coisa assim, eu queria perder o cabaço pra ele, mas ele estava mesmo muito mal e eu acabei não conseguindo.... No outro dia, tive que dizer pra elas que não tinha conseguido e que ainda estava virgem... E desesperada. Então elas me disseram que isto poderia ser até bom, pois eu poderia cobrar bem caro para alguém que estivesse a fim de tirar o meu cabacinho... “Isto vale dinheiro, sabia? Vai ser difícil pra você, mas esse cabaço pode valer uns cinco mil... E tem muita gente por aí que pagaria...”
Tudo o que eu queria era proteger o meu homem e manter o patrimônio dele até ele se recuperar, pois era isto que garantiria a nossa vida futura e o futuro dos nossos filhos... As contas já estavam atrasadas e eu tinha que agir depressa... Até as fraudas já estavam acabando... As meninas prometeram me arranjar clientes... Eu não precisaria ir para a rua, pois poderia marcar os meus encontros por telefone mesmo, assim teria mais tempo para cuidar do Ricardo... Eles viriam me buscar de carro, transaríamos num motel e depois eles me dariam o dinheiro e me trariam de volta, coisa de uma hora no máximo... E se eu os tratasse bem, certamente voltariam a me procurar... Olhando pro meu corpicho e pro meu rostinho bonito, elas avaliaram que eu poderia pedir até R$ 300,00 por uma transa normal e se fizesse anal, poderia ganhar até R$ 500,00! Claro que se o cliente reclamasse, poderia fazer um desconto, mas nunca menos que R$ 200,00, pois eu não deveria me vulgarizar, segundo elas.
Mas eu tinha pressa e não teria muito tempo pra me preparar psicologicamente...
-Vocês podem me arranjar alguém pra hoje à noite? Perguntei ansiosa, pois precisava urgentemente comprar as fraudas e alguns remédios... O meu amor teria que me perdoar, mas eu havia chegado no meu limite, estava com os nervos a flor da pele e tinha que agir, fazer alguma coisa, pois a nossa situação piorava a cada dia... E ainda tinha a fisioterapia, que custaria uma pequena fortuna!
-Pra hoje? Elas se entreolharam...
-É, tem um cara que vai ficar louquinho pra tirar o teu cabacinho... Pode pedir cinco mil que ele paga! Falou a Ana. E eu estava ainda curiosa:
-Como ele é? Quantos anos tem? É casado? E ela:
-Querida, ele é casado sim, mas isto é bom porque é discreto. É um empresário rico e tem 56 anos, eu acho... Só que... ( Uma pausa)...
-Só que o que? Perguntei curiosa.
-Só que o cara é um jumento...
- Como assim? Perguntei inocente... E ela respondeu rindo:
-Tem um pau enorme, o maior que eu já vi... Comprido e grosso. Não é o mais indicado pra quem vai perder o cabaço, mas como a situação é urgente, é o que tem...
Fiquei assustada, mas o que podia fazer? Ia ter que encarar em nome do meu amor... Logo elas saíram, a Ana disse pra eu ficar me arrumar bem bonita e ficar aguardando um telefonema, que ele ia me ligar...
Fui me arrumar, tomei um banho e fiquei admirando o meu lindo corpinho até então intocado, mas que logo seria corrompido por um homem que eu nem conhecia... Fui até a cama onde estava o meu amor e sei que ele não entendeu o que eu disse, mas pedi perdão a ele pelo que ia fazer, mas não havia mais nenhuma outra alternativa... Chorei um pouco mas depois me recompus e continuei me arrumando... Eu tinha que ficar bem bonita, pois se ele gostasse de mim, talvez voltasse sempre e assim eu não precisaria me entregar para outros homens... Eu fantasiava essa ideia de o cara se apaixonar por mim e querer me bancar... Mas como, com o Ricardo ali daquele jeito?
As horas pareciam não passar, eu estava ansiosa ao lado do telefone esperando... De repente, tocou... Fiquei nervosa sem saber o que fazer, exitei um pouco mas atendi:
-Alô!
Disse a voz do outro lado, uma voz grave de um senhor.
-Alô..
Respondi.
-Você é Selena?
- Sim...
Respondi.
- Selena, você deve estar me esperando... Sou Miguel...
-S..Sim, Miguel... Onde você está?
-Estou aqui embaixo, com o carro estacionado na frente do seu prédio, um Audi preto...
-Sim, já vou descer... E desliguei.
(Continua...)
