Era ainda de manhã, sentia os pingos de chuva batendo no telhado, o friozinho que fazia me impedia de levantar. Tinha muita vontade de brincar com Kelly mais a preguiça e os atenuantes do tempo me impediam de levantar.
Eu estava novo, nessa idade nem sabia os “prazeres da vida”, e tinha uma grande amiga a Kelly mesma idade que a minha, 6 anos e era desenrolada, brincava com todos os meninos, meninas e a galera mais velha também. Eu não eu era aquele garoto cizudinho, sabe que só não tinha amigos e ainda sofria bullying porque só tinha ela de amiguinha. Meus pais gostavam pois dona Meire (mãe de Kelly era amiga da família há anos), e meu pai adorava pois cismava que assim eu demonstrava que já era garanhãozinho desde pequeno, coitado! Ledo engano.
Bom naquela manhã tomei café já tarde, resolvi ficar no quarto vendo televisão, de repente vejo no corredor invadindo a voz de Kelly ecoando. Fiquei feliz, já que Maomé não vai a montanha a montanha vai a Maomé, estava lá na minha frente Kelly, aquele jeitinho espevitado já abrindo a boca:
- Vim te buscar Marcelo, se lembra que eu te disse que ganhei uma boneca nova e queria te mostrar.
- Oh Kelly, tá chovendo – Disse meio chateado – Queria muito ver sua boneca nova, sabe que eu acho todas as suas bonecas liiindas. Mais como vamos sair.
Não sei se eu contei mais eu adorava brincar com as bonecas da Kelly e brincar de casinha junto dela. Aliás todo o mundo feminino me instigava, olhava as roupas o modo de se portar, de se vestir de falar de tudo. Eu amava viver naquele mundo e necessitava viver bastante.
- Para com isso eu to com um guarda-chuva grande cabe nós dois.
Eu topei e em questões de minutos estávamos na casa dela, a casa de boneca já estava montada, Kelly me deu o Ken, me deixou meio desgostoso mais topei, logo depois substituí-lo pela rainha Barbie, ela adorou e brincamos a manhã toda.
Dona Meire entrava pelo quarto e nos chamava pra almoçar. Com a mesa já aposta, a irmã de Kelly, dois anos mais velha, quase do meu tamanho, Katiuscia era o nome dela. Kathy como eu a chamava, estava colocando a mesa quando escorregou com o suco me molhando inteiro. Fiquei chateado porque minha bermuda e minha blusa estava toda encharcada. Sabia que ela não tinha culpa, dona Meira sempre muito gentil acabou me acudindo me levando para o banheiro pra me dar um banho, certo tempo depois ela entrou no banheiro e disse:
- Marcelo, sua roupa eu coloquei na máquina, até secar vc precisa colocar outra roupa. Vai ter que usar uma das roupas das meninas.
- Ah não Dona Meire, tudo menos isso. Se me verem assim o que vão pensar?
- Deixa de onda Marcelinho, sabe que só tem a gente aqui.
Depois de muito insistir, acabei topando. Na roupa escolhida tinha uma calcinha tipo sunguinha rosinha, uma legguing preta e uma camisetinha tipo baby look. Eu estava adorando aquela roupa, pois sempre tinha admirado as roupas femininas e tinha oportunidade experimentar. Ao sair do banheiro vi os gritinhos de aprovação e os olhares felizes das duas. Almoçamos tranquilas, comemos conversamos brincamos. Depois voltamos as 3 para o quarto para brincar. A Brincadeira seria outra, brincamos de várias coisas femininas, maquiagem, experimentei mais roupas acessórios e várias outras coisitas mais. Já era no finalzinho da tarde quando a mãe das meninas entra com minha roupa, estava morta de vergonha, pois estava usando um vestidinho de batom e com duas pulseiras brincando com as garotas, ela apenas deixou a minha roupa na cômoda e sorriu.
Tempos depois eu já estava recomposta como Marcelo e ia pra casa feliz, quando ao cruzar com Dona Sônia ela me parou e disse:
- Vi o quanto feliz estava hoje, tenho um carinho enorme por você e quero que você seja muito feliz. Leve isso aqui com você presente meu.
Ela entregava a calcinha que eu tinha usado o dia todo. Fiquei cheio de vergonha, mais fui para casa feliz. Naquela noite eu já antes de dormir vestindo aquela calcinha imaginava o que estava por acontecer.
As coisas foram acontecendo e a gente crescendo, as meninas cada vez mais safadas e eu sem perceber cada vez mais entrando para esse mundo. Já estávamos com 16 anos e a Kathy com seu corpo ultra sensual com 18. Por conta da vivencia, cada vez estava mais afeminado, e elas já estavam percebendo. Um belo dia enquanto as meninas se arrumavam, acabávamos de chegar da escola, eu ficava lá largadona fazendo os testes da Revista Capricho: Elas comentavam de tudo na minha frente e nem tinha o pudor de porque eu ainda ser um menino de se trocarem na minha frente. Kathy sempre muito gaiata naquele dia me deixou completamente sem graça:
- Marcelo, me diz uma coisa a gente se troca aqui na sua frente. E você nunca sente nada? Tesão vontade de nos agarrar? – Disse Kathy de calcinha e com seus seios já fartos para sua idade a amostra.
- Deixa disso né Kathy. Tenho vocês como irmãs. E sempre vou ter...
- Assuma que você é viadinho Ma – Completou Kelly
- Para não estou gostando dessa conversa;
- Há Marcelo tenho um teste para fazer com você e provar que é homem então – Emendou Kathy – Tira a roupa!
- O que?
- Tira a roupa agora, nós nos trocamos na sua frente e não ficamos nem um pouco constrangidas
Meio a contra gosto tirei. Em seguida Kelly e Kathy estavam completamente nuas na minha frente.
- E ai Ma essa coisa não vai subir não é? Mais eu sei como fazer esse adormecidos.
Elas eram muito gostosas, tenho que admitir, os corpos delas estavam cada dia mais perfeito e menino nenhum recusaria um convite daquele. Mais eu sentia uma certa náuseas, eu sabia que dentro de mim eu não sentia afeição por mulher. E as meninas descobriram de um jeito inusitado.
Kelly foi até o armário dela e voltou com uma revista, era uma G Magazine de um BBB famoso na época. Eu sei porque comentávamos muito sobre ele aquela semana que ele saiu da casa. Mas enfim ela me entregou na minha frente e me disse:
- Folheie as páginas e aprecie.
Aquilo foi louco, mais ao folhear a revista e vi aquele gato totalmente nu, me deu um arrepio e senti o meu brinquedinho se mexer. Na mesma hora as meninas pularam de alegria e eufóricas disseram :
- De hoje em diante temos mais uma amiga. E te apoiaremos em tudo amiga liiiiinda tudo mesmo.
Aquele dia as coisas mudaram mais isso é história para outro conto.