Edu: O que foi? Eu não te fiz nada! Porque esse choro agora?
Eu: Terminei o trabalho ok? Agora eu já vou! Preciso ir.
Edu: Tá! Se você não quer falar que se dane!
Dias depois...
Yago narrando.
Doug já estava bem melhor, porém ainda não havia lembrado de nada, Kaio estava se mostrando um ótimo amigo, no momento tínhamos acabado de nos encontrar na Facul...
Kaio: Oi gente?
Ele estava com um roxo enorme no canto da boca.
Doug: Kaio o que foi isso?
Ele: Podemos ir para um lugar mais reservado?
Eu: Claro!
Chegando lá ele começa. - Eu não aguento mais, preciso falar com alguém.
Doug: O que foi? Pode confiar!
Ele: Faz um tempo que me envolvi com um cara, sei que foi burrada mas ele é traficante bem barra pezada!
Doug: Kaio como você pôde fazer uma burrada dessas?
Ele: Eu sei, mas não pude evitar, com umas semanas de namoro ele começou a ficar mais agressivo, me batia. Resolvi acabar tudo mas ele não me deixa em paz e me ameaça.
Doug: Você continua se encontrando com ele?
Ele: Não tenho escolha, Juliano fala que se não aceitar, minha mãe e minha irmã vão pagar!
Eu: O nome dele é Juliano?
Ele: Sim.
Doug: Como ele é?
Ele: Bem, é bonito não posso negar. Moreno canela, cabeça raspada, tatoo tomando o ombro indo para as costas, músculoso, olhos castanhos e usa aparelho...
Comecei a passar mal, aquilo não estava acontecendo!
Eu: Preciso sair.
Fui andando desgovernado, só queria esquecer...
Doug: O que foi Yago? Você está pálido!
Fiquei um pouco tonto, tirei a bombinha do bolso e a usei...
Douglas me segurou.
Eu: Não estou me sentindo bem.
A imagem dele encima de mim vinha em minha cabeça, ele me beijava e penetrava, enquanto meu irmão se drogava.
Vomitei alí, era como se estivesse acontecendo naquele momento. Tudo ficou escuro.
Quando acordei estava na enfermaria.
Doug: Você está bem?
Eu acenei com a cabeça afirmando.
Doug: O que aconteceu?
Eu: Esse cara que o Kaio falou.
Ele: Meu ex?
Eu: Sim. Ele foi muitas vezes lá em casa, era um dos traficantes que meu irmão tinha como amigo, meu irmão me entregou muitas vezes a ele.
O Doug e eu já haviamos contado nossa história ao Kaio.
Ele: Qual o nome do seu irmão?
Eu: Ygor.
Ele: É um loiro alto?
Eu: Sim!
Ele: Sei quem é, como o mundo é pequeno, tantas vezes te ouvi falando dele, nunca imaginaria conhecer, ele esteve por lá essa semana!
Eu: Como? - Meu coração foi á boca.
Ele: Sim, ele sempre aparece por lá.
Comecei a chorar desesperado, nunca mais havia ouvido falar dele e ouvir me dava medo.
Doug: Calma, vou falar com Fer.
Explicamos a Kaio que meu irmão era um foragido.
No final da aula fui com Doug para casa...
Doug: Eu nem acredito que o ex do Kaio é um dos doentes que seu irmão te entregou!
Eu: Você sabe o que é ouvir falar de um deles? Eu morri de nojo Doug!
Ele me abraçou.
Mais uma vez me senti vigiado.
Eu: Não conta nada ao Fer!
Ele: Como não? Pirou? Ele precisa saber!
Longe dalí...
Kaio narrando.
Estava saindo da Facul quando sinto um puxão no meu braço, era o Juliano.
Eu: O que você está fazendo aqui?
Ele: Te segui, queria saber onde você estuda!
Eu: Para quê?
Ele: Para te vigiar, gosto de cuidar do que é meu!
Eu: Não sou seu! Já repeti mil vezes!
Ele: Quer apanhar de novo?
Me soltei dele e corri para dentro da faculdade novamente, lá ele não podia entrar.
Estava nervoso, fui para um lugar afastado, dou de cara com Eduardo.
Virei para o outro lado e ia saindo...
Ele: Qual o problema? Parece assustado.
Eu: Não, só impressão.
Ele: Te ví com um cara lá fora, ele parecia estar com raiva! É o mesmo da ligação daquele dia?
Eu: Vem cá, qual é a sua?
Ele: Como assim?
Eu: Para quê você quer saber? Você me odeia, já deixou isso bem claro!
Ele: Olha o tom de voz para falar comigo! Quer apanhar?
Comecei a rir. - Nossa, fujo de uma surra e ganho outra!
Ele: Quer dizer que ele queria te bater?
Eu: Sim, queria... Satisfeito? Vai se juntar a ele para me bater agora?
Ele: E esse hematoma no seu rosto? Foi ele também?
Eu: Você está se importando demais com minha vida! Preciso ir.
Iria embora, precisava pegar minha irmã, seja lá o que Deus quiser, se ele estivesse lá fora apanharia...
Saí e ele foi me puxando, me deu um soco...
De repente Eduardo aparece com mais dois amigos, um deles pega Juliano por trás enquanto o outro bate nele...
Edu pega na minha mão e sai me puxando para dentro novamente, me levou para uma sala vazia e nos trancou lá dentro.
Eu: O que é isso?
Ele: Te salvei.
Eu: Porquê?
Ele: Porque sim, agora me agradeça!
Eu: De jeito nenhum, não pedi sua ajuda!
Ele: Como você é mal agradecido!
Eu: Você sempre me bate e me humilha, agora vem dar uma de herói... Porque?
Ele: Porque só eu posso fazer, só eu posso te tocar!
O olhei sem entender. - Você está louco!
Ele: Quem é ele?
Eu: Não te importa!
Ele me empurrou contra a parede, olhou no fundo dos meus olhos. - Quem é ele?
Eu: Meu ex.
Ele: Me garante que é só ex?
Eu já estava cansando daquele papo de louco. O empurrei e fui em direção a porta.
Ele: Tenho mais um trabalhinho para você fazer para mim, hoje você dorme na minha casa!
Eu: Tá maluco? Não posso, vou para a minha casa!
Ele: Não estou perguntando, estou mandando! Vamos.
Eu: Me empresta o telefone!
Ele me entregou. Liguei para a minha mãe. Expliquei a ela que não poderia passar na creche, enquanto falava ele me olhava de uma forma que não podia desvendar! Acho que aquele cara estava ficando louco!
Entreguei o tel a ele. - Pronto, agora podemos ir.
Mais uma vez no seu carro, ele dirigia como um louco, chegamos na sua casa, desta vez não ví sua mãe...
Já no seu quarto coloquei minha mochila no chão.
Ele: Vou tomar um banho, vai fazendo.
Eu: Me entregue o trabalho primeiro!
Ele me deu...
Me entregou o not, ligou pois tinha senha, comecei a fazer enquanto ele foi para o banheiro como da outra vez...
Depois de um tempo ele saiu, trouxe lanche...
A tarde passou, o trabalho era enorme, já havia anoitecido.
Ele: Quer dar uma pausa para tomar um banho?
Eu: Sim, estou morrendo por um banho!
Tomei um banho, nossa, tirei uma carga de cima de mim, estava muito cansado!
Saí de toalha...
Ele me olhava e eu percebia, tava mais do que na cara que por mais que fosse bem machão era gay.
Eu: Pode me emprestar algo?
Ele: Sim.
Me entregou um short e uma camisa, entrei no banheiro e vesti, ficou um pouco grande mas deu.
Saí...
Eu: Bem, voltando ao trabalho, ainda falta muito!
Sentei em frente ao not...
Ele estava deitado na cama, apenas de short e sem camisa, todo estirado, ficava me olhando.
Eu tentava me concentrar mas não conseguia.
Eu: Olha desculpa mas assim não dá para se concentrar!
Ele: Qual o problema?
Eu: Você fica me olhando, não dá para se concentrar assim!
Ele levantou e veio até mim... - Vou sair um pouco!
Aquele cara era estranho, não conseguia captar qual era a dele.
Continuei fazendo o trabalho.
Longe dalí...
Yago narrando.
Desde que saí da facul, cheguei em casa mas o Fer não se encontrava...
Liguei para ele, mas ele não atendia, estava sem nada para fazer, liguei para Doug pois queria sair para caminhar um pouco pelo menos, mas ele estava com o Rick e não queria, bem, então vou só!
Saí...
Comecei a caminhar, continuava sentindo como se alguém me seguisse, parei em uma sorveteria, saí tomando o sorvete, quando cheguei perto do meu prédio sinto alguém pelas minhas costas, eu sentia muito bem sua energia, sabia quem era mas não queria acreditar...
Paralisei, me arrepiei inteiro, virei e ele estava alí.
Derrubei o sorvete da minha mão, ele se aproximou...
Ele: Enfim sós, estava esperando o momento certo para te abordar! - Pegou no meu braço.
O ar começou a me faltar...
Ele: Vem.
Foi puxando meu braço.
Eu: Ygor por favor não!
Ele apertava mais e mais meu braço.
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