COM O DIABO NO COURO – Sexta parte
As fortes batidas na porta acordaram Dona Conceição, que dormia nua no sofá, como costumava sempre fazer. Dizia que cama de casal era para se dormir acompanhada, e ela seguia à risca essa afirmativa. Mal-humorada, foi até o quarto e pegou uma saída de banho, antes de abrir a porta. Era uma moradora do último bloco do edifício, procurando pelo marido. Insistia em afirmar que seu homem estava com ela. E não poupou insultos. Dona Conceição, calmamente, escancarou a porta do seu apartamento e pediu que ela entrasse e procurasse Oscar, o marido adúltero. Dona Suzana, a perua metida a grã-fina que morava no bloco E, invadiu o apartamento, procurando em todos os aposentos sem, no entanto, encontrar o marido fujão. Sem graça, pediu desculpas à rival pelas coisas que tinha dito. E partiu furiosa em busca do garanhão.
Dona Conceição suspirou aliviada, depois de fechar a porta. Se a mulher tivesse vindo meia hora antes, teria a encontrado nos braços de Oscar. Fizeram sexo gostoso, depois ele foi embora prometendo retornar no outro dia. Ela adiou o novo encontro. Não disse a ele, mas tinha marcado com outro morador do prédio para estarem juntos, já que a esposa deste havia viajado e demoraria uns três dias a voltar. Sorriu divertida. Sabia que todas as mulheres do condomínio tinham medo de que ela comesse seus maridos. Era uma coroa enxuta e ficara viúva logo cedo. Elegeram-na síndica do prédio onde morava, e não tinham nada a reclamar dos seus serviços. No entanto, já fora flagrada várias vezes na cama com os maridos alheios. Como seu apartamento era próprio, não podiam enxotá-la do condomínio.
Alta, loira boazuda e extremamente sensual, detinha os olhares masculinos por onde passava, apesar dos seus 45 anos. Mas tinha uma regra básica: só comia os homens cujas esposas tinham mais ciúmes e cuidados com ela. Até porque esses eram suas presas mais fáceis. Pura vingança, pois sabia que essas mulheres eram quem espalhavam sua fama de piranha. Acostumara-se a viver comendo os homens das outras, mas o que queria mesmo era ter um só para si. Não um homem qualquer. Tinha que ser um gajo bem bonito, bem viril e superdotado, pois não gostava de machos de pau curto. Fizera, quando nova, uma operação de retirada de útero, e depois disso percebeu que podia engolir varas enormes, como aquelas mulheres dos filmes pornôs. Só depois soube que elas também não têm útero, por isso aguentam aqueles falos animalescos. Ela, então, passou a escolher seus homens pelo tamanho do Bráulio.
Seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu uma algazarra e ela foi olhar pela janela. Oscar havia sido flagrado no apartamento de outra, o safado. Não tinha um pênis muito grande, mas sua disposição para fazer amor o tornava incomparável. Adorava estar com ele. No entanto, ainda estava exausta. Acomodou-se no sofá e tentou dormir novamente.
Acordou com novas batidas em sua porta. Dessa vez levantou-se verdadeiramente irritada. Se fosse novamente a tal Suzana, essa iria ter. Mas não era. Quase teve um treco quando viu aquele desconhecido em pé, à sua frente. Alto, lindo, cabelos encaracolados e negros espalhados pelos ombros, metido num terno negro de corte perfeito. Tinha uma bengala com uma enorme joia rubra no topo. Só quando viu que ele usava uns óculos escuros é que percebeu que já era dia. Até então, imaginava estar sonhando. Nunca vira um homem tão belo, muito menos tão próximo de si. A vulva começou a latejar de tanto tesão, imediatamente. Para piorar sua situação, o estranho sacou de um dos bolsos uma maçã, mordeu-a e depois lhe ofereceu. Ela pegou a fruta, olhou fixamente para a face dele e lambeu onde ele havia dado uma dentada. Fez isso de forma bem provocante. Aí ficou ruborizada, pois só então percebeu que havia atendido o visitante apenas de saída de banho, achando que era a vizinha chifruda que a incomodava novamente. Corou de vergonha. E nunca havia tido tanta vergonha assim de um homem.
Ele pareceu não se incomodar com a sua seminudez. Mas, instigado pelo seu gesto sensual, apontou a empunhadura da bengala por entre as pernas dela e tocou-lhe a vulva com a joia rubra. Foi como se seu sexo tivesse levado um choque. Dona Conceição gemeu, sentindo um grande prazer com aquele toque. Abriu mais as pernas. A joia encaixou-se entre seus lábios vaginais. Adentrou sua xana como se fosse um falo de glande rombuda. Ela levou uma das mãos entre as pernas do estranho e apalpou seu falo. Mas sentiu a bengala adentrar mais ainda sua vulva, ficando cada vez mais grossa. Até pulsava, como um falo enorme. Começou a temer que estivesse sendo empalada. Quis gritar, mas a joia rubra, em forma de glande, já percorria a sua garganta. Então, viu aquele pau grosso e roliço sair de sua boca, todo sujo de sangue. Engasgada, não conseguia mais gritar. Apavorou-se. O estranho tinha agora um sorriso maligno. Aí, ela acordou.
Sentou-se no sofá, agoniada. Suava abundantemente. Seu coração parecia que iria sair pela boca. Lembrava-se nitidamente do sonho. Não. Do pesadelo. Apesar de estar ainda excitada. Aí, ouviu baterem à porta do seu apartamento. Arrepiou-se toda. Caminhou de pontas de pés e espiou pelo olho-mágico da porta. Então, achou que ainda continuava em devaneio. Ali estava o estranho, o mesmo com quem estivera sonhando, a meio-passo da entrada do seu apartamento. Seu corpo estremeceu, pois continuava excitada. Pensou em ir até o quarto e vestir uma roupa mais comportada para receber o estranho, mas, ao invés disso, optou por deixar cair o que vestia ao chão. Agiu sem pensar. Respirou fundo e abriu a porta. Cumprimentou o estranho. Ele respondeu-lhe o cumprimento num idioma desconhecido. Mas sua voz rouca, máscula, fez com que ela se arrepiasse toda novamente.
Só então ela percebeu que o desconhecido não estava só. Leila, a costureira evangélica do apartamento vizinho, estava ao lado dele, escandalizada por causa da sua nudez. Dona Conceição pediu desculpas, meio atrapalhada, e tornou a fechar a porta. Abriu-a pouco depois, já vestindo uma roupa mais composta, ainda com o rosto ruborizado. Enfrentou o olhar reprovador da negra costureira e perguntou de que se tratava. Ela informou que o homem era estrangeiro e queria alugar um dos apartamentos. Dona Conceição apressou-se em pegar umas chaves e caminharam até o final do corredor. Pararam diante do apartamento 333, que estava vazio. Abriu a porta e deu passagem para o casal, imaginando que ele fosse algum amigo da evangélica. Se fosse, com certeza iria procurar fazer amizade com a crente, para se aproximar do estranho, apesar de Leila ser bastante arredia. Morava só, ganhava a vida costurando pra fora, ninguém nunca a vira com namorado, nem os membros da igreja onde frequentava iam à sua casa. Sabiam que era evangélica por causa da sua maneira de se vestir e por andar sempre com uma Bíblia debaixo do braço. Mas parecia que o fazia mais por penitência do que para orar e arregimentar fiéis. Nunca a viam pregando pra ninguém. Seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu o desconhecido falar, naquela voz retumbante e máscula, em perfeito português:
- Agora vá, mulher. Deixe-me só com essa devassa. Logo voltarei a estar contigo.
E a evangélica deu as costas e foi embora, sem nada dizer. Dona Conceição percebeu que desta vez ela não portava sua inseparável Bíblia, apesar de sua atenção estar toda voltada para o estranho, que agora a chamava de devassa. Com que direito ele lhe faltava com o respeito? Aparentava ser bem mais jovem que ela, mas não conseguia lhe identificar a idade. Então ele voltou-se para ela e perguntou, sem nenhuma cerimônia:
- E agora, diga-me mulher, e diga-me sem o menor pudor: qual o teu desejo escondido mais safado?
Dona Conceição foi pega de surpresa. Mas achou que um único desejo seria pouco para o fogo que ela trazia entre as pernas. Arriscou pedir que ele lhe concedesse três desejos, lembrando-se de Aladim e sua Lâmpada Maravilhosa. O estranho aquiesceu com a cabeça, concordando com os três pedidos, já que ela o alimentava fartamente com suas aventuras sexuais com os tantos homens do condomínio. Mas a atenção do estranho estava voltada para o corredor. Acabara de sentir novamente o forte cheiro de Eva. Fungou o ar para ter certeza de que aquele cheiro vinha de perto. Foi interrompido por Dona conceição, que fez estabanadamente seu primeiro pedido:
- EU QUERO UMA ROLA GRANDE, GROSSA E TESUDA SÓ PRA MIM!
O estranho ponderou em silencio se havia entendido a pergunta corretamente e concluiu que o desejo da mulher era o de receber um pênis. Foi então que Dona Conceição sentiu certo volume surgindo entre as suas pernas. Deu um gritinho, horrorizada só pelo pensamento. Correu para dentro do apartamento 333 verificando por debaixo da saia o que ali estava. E sim, ela havia ganhado a rola grande e grossa que havia solicitado, porém esta estava unida a seu corpo.
A mulher voltou para argumentar com o estranho inquilino, porém quando volveu em direção a porta não encontrou nada, além do forte perfume do homem, provando que realmente ele ali estivera. Aturdida com o acontecimento, saiu correndo em direção a seu apartamento, esquecendo até as chaves dependuradas na maçaneta.
Correu para o quarto em prantos, com milhões de pensamentos povoando sua cabeça. Lembrou-se dos maridos das vizinhas que já haviam lhe comido, lembrou-se de Oscar, e foi neste feito que veio em mente uma sugestão antiga do homem a ela. Ele gostaria de acrescentar um acessório a mais a seus encontros. Sugeriu um vibrador que de início seria para dar mais prazer a ela. Mas quando ela retrucou, dizendo estar satisfeita com os dotes do homem, ele disse que talvez pudessem usar juntos o brinquedinho. Então, de súbito, a ideia de ver Oscar sendo penetrado lhe causou certo furor e o pênis reagiu positivamente, ficando excitadíssimo.
Secando as lágrimas do rosto, dona Conceição apalpou o próprio membro e lembrou-se das muitas vezes que havia conduzido punhetas para seus amantes. Esqueceu-se do desconforto e começou a sentir a textura, o calor pulsante daquele membro. Instintivamente cadenciou o movimento das mãos. Primeiro apertou, depois subiu, então desceu apertando, e começou a gostar do que estava sentindo. Variou as mãos, alternou os dedos sobre a cabeçorra. Passou os dedos sobre as veias. Encantou-se com a capacidade daquele dispositivo. E repentinamente seu coração parecia que estava batendo ali. Aumentou a velocidade dos movimentos, parou novamente numa sensação histérica de prazer. Começou a suar e respirar fortemente até que gozou em suas próprias mãos.
Acordou atordoada no início da noite. Lembrou-se do sonho louco enquanto caminhava em direção ao banheiro e, ao sentar-se no vaso sanitário, sentiu um pedaço de suas carnes tocarem o azulejo frio. Olhou para baixo e desta vez gritou realmente. “Ele” estava realmente lá. E agora? O que iria fazer com aquilo permanentemente ali? Imaginou que se ficasse sentada poderia sentir a água passeando por si e ficou enojada. Pôs-se de pé rapidamente. Estava com uma vontade inevitável e incontrolável para fazer xixi e começou a andar de um lado para o outro. Com as pernas cruzando-se tentava controlar sua saída. Até que resolveu arriscar. Afinal, ela própria imaginava que deveria ser ótimo poder urinar em pé. Imaginava que bastava mirar e pronto. Mas não foi bem assim. Precisou de um autocontrole quase tântrico para relaxar o abdômen, contrair os músculos certos e soltar os necessários. E finalmente fez o xixi. Aliviada e feliz depois de terminado, ficou balançando para cima e para baixo. Diante de tão agradável sensação pensou até em correr pelada pelo condomínio, pênis ao vento coordenando a direção. Mas então se lembrou dos vizinhos, seus comedores, e controlou a ansiedade.
Teria que voltar pegar as chaves do apartamento 333 que havia esquecido lá na porta. E por ser inicio da noite decerto não encontraria ninguém pelos corredores. Ao passar pela escadaria de emergências, foi puxada para o escuro pelo vizinho Geraldo, o da mulher em viagem, que estava esperando por ela, pois haviam combinado o encontro. Com a atitude brusca Dona Conceição esqueceu-se do novo acessório instalado no vão de suas pernas e deixou-se ficar. O safado enquanto a beijava passeava com os dedos apertando os biquinhos dos seios dela, até que desceu apertando as nádegas e logo em seguida sentiu o volume. Foi quando Dona Conceição deu um pulo e saiu correndo novamente em direção a seu apartamento, tentando esconder a ereção. Seu Geraldo veio no rastro, enquanto ela voava pelo corredor. E foi então que ela fez o segundo pedido mentalmente.
- SEM NENHUMA PERGUNTA! DESEJO QUE ELE NÃO ME PERGUNTE NADA A RESPEITO DA PORRA DESTE PAU... NUNCA!
E assim aconteceu. Ele entrou sorrindo no apartamento da mulher, pegou-a pela nuca, forçando sua cabeça até a própria piroca, que também não era muito grande, no entanto era muito grossa.
- Nossa, que delícia! Seu Geraldo resmungava enquanto ela apertava as suas bolas pesadas, grandes, e chupava o pau ao mesmo tempo. Fez isto por um tempo, até que o homem disse que queria foder ali, com a porta aberta.
Então ela virou-se e ele meteu a língua nádega adentro. Chupou com vontade, enquanto Dona Conceição rebolava, sentindo calafrios com cada linguada. Puxou uma cadeira e pediu para ela sentar naquele mastro. Ela obedeceu encostando com cautela, mas ele não quis saber, e pôs tudo de uma vez. Causando dor, pois apesar da xana ser bem receptiva sua outra gruta era pouco usado. Porém ela gostou, subia e descia enquanto o homem apertava a bunda com uma das mãos e a outra segurava os mamilos com força. Ficaram em pé e seu Geraldo a abraçava por trás. Foi quando enquanto beijava o pescoço seu Geraldo pegou na tora grossa e dura de Dona Conceição já prestes a gozar. Masturbou ali, enquanto metia em seu ânus, e alguns segundos depois ela estava gozando. Um gozo longe, forte, espesso. Ela apertou seu mastro em sua bunda e ele também gozou urrando de prazer.
Corpos refeitos, seu Geraldo voltou para casa e Dona Conceição foi tomar banho. Enquanto ensaboava sua rola, agora amolecida e satisfeita, pensou nos pedidos. Por que aquela criatura os havia concedido a ela sem cobrar nada em troca? Ele deveria estar ganhando algo com isto. Mas o que? Percebeu que não precisaria estar com o ser enigmático para ter o terceiro pedido realizado e foi quando o fez. Ainda que possa ser interessante ter um pênis somente para si, ter aquilo roçando no dia-a-dia não seria nada agradável.
- QUERO AMANHÃ ACORDAR E NÃO VER NENHUM SINAL DESTA ROLA GRUDADO EM MEU CORPO! E arrematou sorrindo: SÓ NA MINHA MENTE...
FIM DA SEXTA PARTE
Escrito por Ehros Tomasini e Diana Aventino