Cap.12
Foi de cortar o coração vê-lo naquela situação. Pablo Michel não era uma pessoa ruim, e isso é o que mais me entristecia. Eu não podia retribui-lo.
- Não fica assim - falei, o abraçando.
- Porquê você faz isso comigo ? Eu... Eu já fiz de tudo para tentar me aproximar de você e você sempre me ignora.
- Me desculpe Pablo... Mas eu não sinto nada por você além da amizade. Faço isso para diminuir ainda mais o seu sofrimento, pois sei que perto de mim você vai sofrer muito.
- Mas... Nem seu amigo eu posso ser ?
- Claro que pode - falei, olhando nos seus olhos - eu não tenho nada contra você e não faço nada por mal. Eu apenas não acho que seria legal deixar você se aproximar de mim, sendo que eu não posso retribui-lo - podia sentir suas lágrimas molharem minha camisa. Estava quase pra chorar com ele de tanta pena. Meu peito chegava a doer.
- Seja meu amigo Renato, é apenas isso que eu te peço - falou, se separando de mim e indo até o carro dele. Antes de entrar olhou pra mim. Tentou sorrir, mas estava tão triste que não conseguiu. Entrei na casa novamente triste. Triste por ter feito uma pessoa triste.
TEMPO DEPOIS
- Aqui está o casaco que você mandou pra lavanderia Renato !- minha mãe falou, vendo eu arrumar minha mala
- Ah, obrigado mamãe.
- Tenha cuidado nesse passeio ouviu ?
- O que de mal poderia me acontecer lá ?
- Nunca se sabe meu filho - falou ela, acariciando meu rosto. Naquela manhã, iríamos fazer um passeio do colégio, para um sítio fora da cidade. Iriamos estudar algumas questões envolvendo Biologia, Geografia, História e Física. E nos divertir é claro. Só voltariamos no dia seguinte. Todos nós estávamos bem animados para aquele passeio.
- Podemos ir mamãe -falei, colocando o protetor solar num dos bolsos da bolsa.
- Ótimo filho
Durante todo o caminho até o local de onde o ônibus partiria, estive pensando nas duas pessoas que mais ocupavam meu pensamento nos últimos dias. Justin, meu grande amor, Pablo , meu fã eterno. Os dois tinham importâncias diferentes pra mim. Justin era o inesquecível. Eu não conseguiria viver um dia que seja sem ele. Ele tinha que estar sempre presente na minha vida para que assim eu tivesse paz. Seus beijos, seus toques, suas palavras, ele era insubstituivel. Já Pablo... Este era o amigo. Eu não o via como alguma coisa a mais. Pra mim, Pablo seria apenas aquela pessoa confiável que a gente pode conversar e sair de vez em quando para se divertir, como um amigo de verdade. Mas eu não o via como namorado. E sofria com isso, pois eu não queria que ele estivesse apaixonado por mim. Queria que outro fosse o felizardo, não eu.
- Vamos Renato, só falta você - meu professor falou, assim que eu sai do carro. Coloquei minha bagagem no bagageiro e subi as escadas. Como imaginei, o clima estava frio lá dentro. Olhei para todas as poltronas e logo achei Justin sentado lá atrás. Me chamou com a mão e eu apenas segui. Tínhamos três poltronas lá atrás, Kelly, eu e ele estavamos sentados lá.
- E ai ?- falou, beijando meu rosto.
- Está frio aqui - falei, colocando o casaco. Ele me envolveu com seus braços e eu adorei.
- Eu te aqueço - sorri. Lá atrás não precisavamos nos preocupar com os outros, era bem escondido - tá tudo bem ?
- Sim, agora sim !- falei, sorrindo enquanto sentia o seu abraço.
TEMPO DEPOIS
O sitio era bem legal. Tinha uma casa enorme e uma lagoa igualmente enorme. Trouxe a mala até o quarto que eu ficaria, por sorte com o Justin.
- Será se vai ser legal meu lindo ? - perguntou, enquanto abria sua mala.
- Acredito que sim amor - falei, tirando uma peça de roupa pra tomar banho. Nesta hora, eu recebi uma mensagem de Pablo.
" Você está namorando com o Justin ?"
Continua
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