Helena chegou à casa da deputada Manuela Dias por volta das 11 horas da manhã de sábado. Era uma casa relativamente simples para uma deputada federal, nada imponente como Helena imaginara. Tocou a campainha e logo Manuela veio abrir. Usava shortinho suplex (ela adorava esse tipo de roupa) estampado e uma blusa solta levemente decotada. Já Helena escolhera um conjunto bege de calça bem justa, marcando sua bunda e coxas, e blusa de botões. - Bom dia, professorinha. Seja bem-vinda a minha humilde habitação - disse Manuela com um jeitinho alegre e brincalhão. - Bom dia, excelência. Não está usando roupinha de ginástica hoje nem está suadinha? - perguntou Helena também em tom de brincadeira. - Huuummm gostou da minha roupinha? Se quiser, posso colocá-la para você. E, quanto ao suor, quem sabe mais tarde você não cuida disso? - respondeu Manuela. As duas se abraçaram e trocaram um beijinho no rosto, entrando em seguida. Manuela pegou uma taça de sorvete em cima da bancada da cozinha e ofereceu a Helena. - Sorvete às 11 horas? É teu café da manhã? - perguntou espantada. - É sim. Sorvete é um dos meus dois vícios. Se pudesse, tomava o dia inteiro - respondeu, tomando uma colherada. - Minha filha Angélica iria adorar esse vício, ela é louca por sorvete. E qual é seu segundo vício? - perguntou. - Garotas lindas e cheirosas que eu conheço em festas à fantasia - disse com um sorrisinho. - Então, sua filhinha se chama Angélica? Interessante, já sei o nome dela, mas ainda não sei o seu. Imagino que não seja Ananda - falou. - Não. Ananda é meu equivalente ao seu Maria Ribeiro. Meu nome mesmo é Helena, muito prazer. - Helena... adorei. Professorinha Helena - disse Manuela, levando a colher à boca de Helena, sensualmente.
Manuela estava preparando o almoço, ela mesma cozinhava quando estava em casa, e Helena foi ajudá-la. Antes, abriram uma garrafa de vinho e colocaram uma música ao fundo. Manuela era uma moça simples, alegre, inteligente e que fazia Helena se sentir bem à vontade. As duas conversavam sobre diversos assuntos e, muitas vezes, Helena se esquecia de que estava almoçando com uma deputada federal. Manuela dizia que não tinha empregada, pois já tinha muitos funcionários em Brasília lhe fazendo tudo. Na sua casa, portanto, queria mais liberdade e independência, queria cozinhar, varrer ou não a casa e até mesmo lavar banheiro. - Eu sempre fiz tudo isso na casa dos meus pais. Então, pra mim, é muito natural colocar um avental, uma toca e fazer faxina. Em Brasília, isso é impensável. Mas, aqui, quem faz sou eu. Até porque, se minha mãe vier aqui e vir a casa desarrumada, é bronca na certa - disse ela, rindo. O clima da conversa era esse, totalmente descontraído e leve. Não havia sedução explícita nem insinuações sexuais, não havia pressão para agradar o parceiro e lhe dar prazer. Ressalte-se o termo sedução 'explícita' porque sedução havia. Essa leveza e simplicidade de Manuela mexia com Helena e a atraía. Após o almoço, foram para o sofá e Helena se deitou no colo de Manuela, que ficou lhe fazendo carinho nos cabelos. - Isso é tão bom. Fazia tempo que não relaxava tanto assim. É muito gostoso - disse ela, fechando os olhos. - Eu adoro acariciar você - respondeu.
Com Helena de olhos fechados, Manuela abaixou seu rosto e lhe deu um beijo suave nos lábios, fazendo Helena abrir os olhos. - Desculpe, não devia ter feito isso - disse Manu. - Por que não? - respondeu Helena, puxando o rosto da deputada e lhe devolvendo o beijo. As duas se beijaram de forma deliciosa por vários minutos, esquecendo-se do restante do mundo. Saboreavam os lábios e as línguas uma da outra e se entregavam ao carinho do momento. Se afastaram alguns centímetros e ficaram se olhando docemente, sem dizer nada até Helena quebrar o silêncio. - Existe alguma cama aqui por perto? - perguntou. Manuela sorriu e balançou a cabeça, confirmando. Se levantaram e subiram as escadas, de mãos dadas, até o quarto. Manuela fechou as cortinas, deixando o ambiente quase às escuras, e se voltou para Helena. Começaram a se beijar novamente e a tocar seus corpos ainda vestidos. Lentamente, sem pressa nenhuma, começaram a tirar suas roupas e a desnudar seus corpos sedentos de prazer. Os seios de Helena foram os primeiros a aparecer e Manuela ficou deslumbrada pela beleza deles. Acariciou delicadamente seus mamilos com os polegares e as costas das mãos. Os seios de Helena eram suas partes mais sensíveis e ela soltou um gemidinho baixo com o toque. Foram para a cama nuas e Manuela se deitou por cima dela. Se olhavam de pertinho e se comunicavam por telepatia, não precisavam de palavras para dizer o que sentiam naquele momento e o que queriam da outra. Voltaram a se beijar. As carícias agora eram nas peles nuas, nos corpos descobertos. Se abraçavam, se roçavam e gemiam sem parar.
Manuela beijava o pescoço de Helena, seus ombros, sua orelha e desceu para seus seios. Passou a língua nos mamilos, beijou no entorno deles, acariciou com sua bochecha, sentindo como eram macios e durinhos. Ficou longos minutos brincando com os seios e levando Helena à loucura. Desceu para a barriga, passou a língua, beijou suas costelas, suas coxas, pernas e seus pés. Brincou com os dedinhos, lambeu, chupou e mordeu os pezinhos delicados de Helena. Subiu outra vez pelas coxas, dando mordidinhas e apertando até chegar à virilha. Ela estava ensopada e o cheiro era divino. Manuela passou a língua bem devagar para sentir seu sabor, beijou e se concentrou no grelinho duro. Inseriu o dedo médio e ficou pincelando o grelo com sua língua, rodando o dedo dentro de Helena, encostando nas paredes vaginais. O corpo de Helena reagia a esses toques, fazendo seu tesão crescer a altos níveis. Ela sentia espasmos involuntários, gemia, se esfregava no colchão e mordia seus dedos, apertando os próprios seios. Manuela chupava deliciosamente, fazendo sua boceta se derreter de prazer, encharcando o rosto da deputada, molhando sua cama e, finalmente, com a boca de Manu grudada no clitóris de Helena, sugando com força, ela explodiu em orgasmo, dando um pulo na cama e caindo em seguida com seu corpo tremendo da gozada. Manuela se deitou ao seu lado e acariciou seu rosto, beijando seu pescoço até ela se acalmar. - Que gozada gostosa, minha linda, adorei. Vou amar fazer você gozar outras vezes - disse ela em seu ouvido, voltando a brincar com seu grelinho, agora com os dedos. Se levantou e encaixou sua boceta na xana de Helena, em tesoura, e começou a esfregar os clitóris. Helena estava se acalmando do orgasmo e logo a sensação de gozo retornou e sua boceta voltou a produzir líquido. O roçado estava uma delícia e elas se acariciavam com as mãos e gemiam. Continuaram nesse movimento até ambas gozarem e Manuela cair novamente na cama.
Ficaram deitadas abraçadas por uma hora, descansando e trocando carícias e beijos. - Queria ter você na minha cama desde aquela festa, sentir teu corpo, teu cheiro, tua pele. Minha vontade era desafiar aquele coroa pra um duelo e roubar você dele - disse Manuela. - Aquele coroa me pediu em casamento - respondeu Helena. Manuela arregalou os olhos e se sentou na cama. Perguntou se ela havia aceito e Helena disse que não, mas contou de Lorenzo e caiu no choro (lembrando que, nesse dia, Helena só havia transado com Lorenzo uma vez, no conto Genro I). Manuela puxou Helena para seu colo, acomodou sua cabeça no seu peito e ficou acariciando seus cabelos até ela parar de chorar. Helena lhe contou da transa com Lorenzo no carro e de como havia se sentido mal ao trair a bondade e gentileza de Alejandro. Contou também da proposta de Lorenzo, de aceitar o pedido de casamento de Alejandro e continuar transando com ele. - Não me sinto confortável em te aconselhar sobre esse assunto, querida, porque a verdade é que não quero perder você e isso aconteceria se você se casasse com ele. Mas, acho que casamento envolve muito mais do que apenas companheirismo e sexo, envolve ambos e ambos com a mesma pessoa. Ter um com o marido e o outro com o amante não é legal e, no final, só você vai sair machucada - disse Manuela. As duas conversaram e depois voltaram a transar. Ficaram juntas até as 21 horas quando Helena foi embora, mas uma bela amizade começara naquele dia. No domingo, Bianca, a assessora de Manuela, chegou em sua casa e a encontrou com um sorriso largo e bobo no rosto. - Se não te conhecesse, diria que você está apaixonada, Manu - disse ela. - Pois, pode dizer, Bia. Eu estou mesmo. A Helena é a mulher que eu esperei minha vida toda - respondeu. - Não acredito que você se apaixonou por uma prostituta, Manuela. E tudo por uma noite de sexo? Quantas noites de sexo maravilhosas ela não deve ter, Manu? Essa é a profissão dela, é a especialidade dela - disse Bianca. - Bia, você tem toda razão, mas sou paciente. Não posso competir com os clientes dela agora nem pedir que ela pare de fazer programas. Mas, vou conquistá-la aos poucos, com paciência, segurando meu ciúme e fazendo-a voltar sempre pra mim. Senti hoje que ela precisa de uma amiga e vai ser assim que vou conquistá-la. Eu a quero e ela vai ser minha, você vai ver.