Caros leitores, desculpem a demora, o tamanho e alguns possíveis erros ortofotógrafos.
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A verdade dói! - capNarrado por Breno.
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Passei alguns dias no hospital, mas me recusava de falar com ele, não sabia o que tinha ocorrido comigo e muito menos quantos dias teria que ficar ali, não estava mais aguentando, sentira falta do meu amor, por mais que eu nuca fui apegado a ninguém, ele me fazia muita falta, seu olhar, seu sorriso, seu perfume, seus lábios, e por mais que eu quisesse ir vê-lo, não podia.
Estava em um país distante, outro estado, outras leis, outro sistema e tudo diferente do brasil, não podia simplesmente sair daqui, também por questões financeiras, estava com uma mão na frente e outra atrás.
Todas as noites, sentia que ele estava precisando de mim, estava sofrendo, precisando de amor, carinho, cuidados, atenção, um abraço, um beijo, e não poder dar por estar longe, me cortava o coração, pois estava sentindo tudo o que ele sentia, não sei explicar nada, mas eu apenas senti que ele precisava de minha companhia.
Chegou o esperado dia, para mim ir pra “minha casa”, meu padrinho estava todos os dias querendo restabelecer o elo entre a gente, mas isso nunca seria possível, nunca iria perdoá-lo por me afastar do Anderson.
Eram 9 h e 30 mim, quando um médico de aparentemente uns 25-26 anos, olhos e cabelos castanho, branco mas mais escuro (com um leve bronzeado) que os outros, de estatura mediana e vestia o seu jaleco branco, mas dava para se notar que seu corpo era sarado.
Ele olhou na minha fixa, olhou pra mim, voltou a olhar na fixa por alguns minutos e disse.
- bom dia rapazvc não é brasileiro? – apenas assenti com a cabeça, ele me encarou e depois de longos segundos, voltou a falar – vc parece estar bem, tudo indica nos exames que fizemos, que vc teve um choque emocional, o que o levou ao desmaio, o resto está tudo em ordem e no mais, hoje a tarde vc receberá alta.
- só isso?
- no momento sim, mas vc terá que voltar aqui semanalmente para fazer mais alguns exames e coletas de sangue.
- obrigado doutor...
- Marcelo, desculpe não me apresentar antes Breno.
- como sabe o meu nome..... a é obvio que está aí em minha ficha.
- pra falar a verdade não, eu soubom eu acompanhei de perto seu caso desde que chegou aqui, mas por motivos particulares, não estive tendo contato direto com vc.
- quem lhe falou meu nome.
- o Pedro, vc deve conhecê-lo, ele é seu parente.
- pra ser mais exato ele é meu padrinho (gente, desculpe por não ter citado o nome dele antes, foi erro do MEU sistema operacional kkkkkk uma pequena gaff, continuando.)
Conversamos bastante e eu gostei dele, gente boa, tem bom papo, bonito, e comprometido, sim, ele é comprometido com meu padrinho, ele se entregou na hora de falar, percebi isso porque os olhos dele brilharam quando tocou no nome dele e porque ele tem uma correntinha com duas letras pequenas, P&M penduradas.
Passou-se algumas horas, e nem nos tocamos, ficamos conversando muito e não vimos o tempo passar, era muito bom ter a companhia dele ali, naquele quarto vazio, e por alguns minutos a dor e a saudade do Anderson se amenizaram, nesse meio tempo eu contei que sou gay, que vim desacordado pra cá, que eu não queria deixar o amor da minha vida lá e tudo mais.
- porque vc foi obrigado a vir?
- meu padrinho soube de minha orientação e quis me afastar do meu namorado, não tive escolha e quando estava arrumando minhas malas, me deu uma tontura e eu acho que desmaiei, e o resto vc sabe, eu cheguei aqui desacordado e nem consegui me despedir ou explicar pra ele o porquê eu tive que vir.
- sinto muito pelo que aconteceu – seu olhar ficou fitando o vazio, eu não deveria ter falado isso, causará problemas a relação deles.
- me prometa uma coisa?
- claro.
- vc não vai comentar nada com o seu na.... com o meu padrinho?
- porque pergunta isso?
- porque eu sei que vc gosta dele, seu olhar brilhou antes vc tem essa correntinha que acho que se esqueceu de colocar por baixo da blusa;
- garoto, vc é um ótimo observador, mas eu queria agora que vc me prometa que não vai falar nada ao Pedro da conversa que tivemos e que vc descobriu.
- porque?
- ele tem vergonha do que os outros vão pensar sobre nós e é muito inseguro de si, espero que ele mude.
- vc não é feliz ao lado dele?
- não é uma questão de felicidade, nós não podemos fazer nada, estamos limitados a ficar escondidos, ou é em minha casa ou na dele e agora será na minha, porque ele não quer que vc saiba de nada.
- ele te falou o porquê que não devo saber?
- não, apenas comentou que vc não pode saber de jeito nenhum, mas agora eu desconfio o porquê.
- hã?
- na hora certa vc saberá. Agora eu tenho que ir, foi muito bom conversar com vc, espero que nos tornemos bons amigos, a idade não irá interferis nisso, kkkkk
- de jeito nenhum e eu vou te ajudar.
- não precisa, mas obrigado por não nos julgar.
- não julgaria vcs nem se fosse em outra situação, amar não é pecado, querer o bem dela também não, e meu padrinho é muito burro em se importar com o que as pessoas irão pensar.
- valew, vou nessa que tenho muitos pacientes para visitar, acabei me atrasando.
- desculpe kkkkk acabei fazendo vc perder a hora.
Ele saiu e eu voltei a ficar só!
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OBS: Marcelo, é namorado de Pedro, namoram as escondidas para não prejudicar a carreira de ambos.
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Queridos leitores, desculpe a demora em postar, havia desistido do meu conto, só voltei a postar, pois meu amor queria ler a continuação, e aproveitando a brecha, quero agradecer aqui, que foi por onde o conheci. Nunca pensei que poderia conhecer uma pessoa que se tornaria o amor de minha vida, por mais longe que esteja, está sempre comigo em meu coração e pensamento, mesmo sem poder tocá-lo, sinto sua presença todas as noites ao meu lado. Só quero agradecer e dizer que te amo muito meu amor, de todo o coração.