ABOOH : Amores Sobre-Humanos - Capítulo 6: Parte 2

Um conto erótico de Dedé (」゚ロ゚)」
Categoria: Homossexual
Contém 1861 palavras
Data: 04/06/2015 01:10:56

Adentrei na sala do diretor e lá estava uma mulher sentada de costa pra mim. Cheguei mais perto e ela se virou.

- Senhora Beatriz, esse é o Luka, e Luka essa é Beatriz, mãe do Guilherme. - o diretor nos apresentou e eu estendi a mão pra ela que apertou suavemente.

Ela não parecia ser tão velha, tinha no máximo entre 30 à 35 anos, cabelos loiros mais escuros que o do filho presos em um belo cocki de trança, olhos verdes bem bonitos, magra e estava muito bem vestida e muito bem conservada.

- Prazer senhora Beatriz.

- O prazer é meu Luka, e por favor, esqueça esse senhora aí.

- Ok. - sorri e ela retribuiu.

- Vou deixar vocês a sós pra conversarem, vou ver se tem algum aluno que precise de advertência.

Ele saiu, assim que fechou a porta ela me encarou. Seus olhos deslizaram pra minha testa, onde estava o bandaid por cima do corte.

- Foi meu filho que fez isso? - ela perguntou pondo a mão no meu rosto - Posso ver? - retirei o bandaid e quando ela viu abaixou a cabeça.

- Não foi tão ruim assim. - digo

- Foi sim, só o gesto de ele te empurrar já foi ruim. Ele não era assim, ele mudou depois que... - ela parou e fez silêncio - Depois que... o pai morreu.

Nessa hora eu senti pena do Guilherme, toda a minha raiva sumiu, me familiarizei com ele. Imaginei todo o sofrimento dele por ter perdido o pai. Eu também perdi o meu, ele desapareceu quando Cass nasceu, pra mim é como se ele tivesse morrido também, quase não me lembro dele, eu tinha apenas dois anos. Pelo menos tínhamos algo em comum.

Percebi que uma lágrima escorria dos olhos dela. Sorri pra ela que me olhou como se estivesse dizendo "qual é a graça disso?" respondi a pergunta mental dela.

- Pelo menos nós dois temos uma coisa em comum.

- Como assim? - ela limpou as lágrimas do rosto.

- Eu também perdi meu pai. Na verdade ele desapareceu quando meu irmão nasceu, eu tinha dois anos, pra mim é a mesma coisa dele ter morrido, se é que já não morreu. - ela me olhou surpresa quando terminei.

- Nossa, sinto muito por você. - ela olhou pro teto depois pro chão e voltou com os olhos pra mim - O Guilherme era um menino muito dócil e gentil, falava com todos e tinha um ótimo humor. Mas quando ele tinha 13 anos, o pai dele foi morto por uma bala perdida quando saía do escritório dele. Quando Guilherme soube do acontecido, ele se trancava no quarto, parou de falar com os amigos, comigo e com todos a volta. Vivia no quarto dele trancado.

- Nossa, deve ser difícil pra uma mãe perder o marido e depois ficar sem trocar uma palavra com o filho, sinto muito por sua perda.

- Não sinta, já superei isso. Só me preocupo com meu filho.

- Eu também superei tudo, mas ainda penso em como seria minha vida se ele não tivesse desaparecido.

- Também penso assim. - ela abaixou a cabeça e ficou olhando o chão - Chamei uma psicóloga pra ele, ela conversou com ele, ela o fez voltar a falar comigo e com os outros. Mas ele começou a tratar os outros como se fossem a pessoa que atirou no pai. Como se todos fossem o atirador assassino. - mais uma lagrima desceu dos olhos dela, que as enxugou com os dedos. - Me desculpe pelo que ele te fez. Eu ainda sofro quando falo com ele e ele finge não ouvir, dou bom dia, boa tarde e boa noite mas ele passa direto e não responde.

- E se alguma pessoa conseguisse ajudar, fazer ele voltar como era antes?

- Eu agradeceria a essa pessoa eternamente, daria um Rim se fosse Preciso. - ela disse e eu sorri. - Me desculpe por ele, me desculpa mesmo. - ela pegou minha mão e apertou.

- Não tenho o que desculpar. Tá tudo resolvido. - ela abriu um sorriso e se levantou e me abraçou.

- Não se preocupe com ele Luka, ele parece durão, mas eu sei que aquele coraçãozinho ainda funciona.

O diretor entra na sala com uma pasta cheia de papeis. Olha pra mim e pra dona Beatriz e abre um sorriso.

- Pelo jeito está tudo resolvido.

- Está sim diretor Alberto. Bom tenho que ir, tenho que chegar cedo no escritório. Tchau Luka. - ela se despediu e se virou.

- Tchau dona Beatriz.

Depois que ela saiu o diretor senta na cadeira dele e começa a falar.

- Eu fui na sala dos professores, e quando voltei... digamos que fiquei atrás da porta escutando. Sinto muito pelo seu pai.

- Não sinta, aquele homem que me abandonou e abandonou minha mãe grávida não é meu pai, ele é um ser insignificante no planeta. - ele riu.

- Pode ir agora, e, espero que cumpra com a sua intenção.

- Vou cumprir sim. Eu prometo. - sorri pra ele. Ele tinha percebido a minha intenção quando fiz a pergunta " E se alguma pessoa pudesse ajudar? Fazer ele voltar ao que era antes?". Me virei e saí da sala do diretor.

Procurei o Guilherme mas ele não tava mais no colégio, acho que foi embora.

Saí do colégio e ví Nath do outro lado da rua sentada numa mesa na lanchonete com um hambúrguer gigantesco. Atravessei a rua e me aproximei dela.

- Assim você vai engordar eim! - me sente de frente pra ela.

- Isso! Joga praga! Se eu engordar um kg que seja, tu tá fudido! - ela nem me olhou, continuou comendo e apreciando a beleza do hambúrguer.

- Olha o tamanho dessa coisa.

- Ah foda-se! Tô com tanta fome que se passasse um mamute aqui eu pularia no pescoço dele e cravaria meus lindos dentes no pescoço dele, e degustaria uma deliciosa carne pré-histórica.

- Credo!!!

- Mas fala aí, o que o careca queria? - acho que ela se referiu ao diretor.

Contei tudo o que aconteceu na sala do diretor, até a história que a dona Beatriz me contou. Ela ficou me olhando e esqueceu do hambúrguer que estava pela metade.

Terminei de contar, ela fez uma cara triste, e terminou de comer o super Hambúrguer.

- Nossa, fiquei mal agora. - ela disse com a boca cheia e abaixou a cabeça

- É. Quando escutei a história também fiquei assim. - fiquei pensando em contar pra ela o que eu iria fazer, fiquei em dúvida, mas ela era minha melhor amiga, então contei. - Vou conversar com ele e tentar me aproximar, vou quebrar essa barreira que ele construiu em torno de si e ser amigo dele.

Ela me encarou com os lábios entre abertos e uma expressão mista de vários modos.

- Você ficou maluco? Acho que quando ele te empurrou, a sua cabeça bateu tão forte que afetou a sua mente! Você é retardado só pode!

- Nossa, quantos elogios pra minha pessoa. Não importa o que diga, eu vou sim falar com ele e me aproximar. - ela abriu a boca e ficou com cara de "não acredito nisso!"

- Então pode esquecer que sou sua amiga! Se for falar com ele me esquece!

- Não vou te esquecer. Você não iria conseguir ficar sem mim, sem meus conselhos, sem minha ajuda como aquela que te dei na aula de inglês, sem meus elogios, sem minha amizade e sem esse rostinho lindo aqui. - sorri sarcasticamente.

- Mas que porra!!! Por que você sempre tem razão!?! - ela colocou as mãos no rosto.

- Porque sim. Agora chega, assunto encerrado, eu vou falar com ele e pronto, vamos.

Deixei Nath na porta da casa dela, me despedi e fui pra minha casa.

Como minha mãe é minha confidente (em quase tudo...;-p..) eu resolvi contar pra ela o eu iria fazer no dia seguinte. Ela estava sentada no sofá com uma revista ("Faça você mesmo a sua moda" estava estampado na capa).

Subi pro meu quarto e troquei de roupa rápido. Desci e sentei ao lado dela.

- Mãe, vou te falar uma coisa. Promete que não vai pirar, bater minha cabeça na parede ou quebrar um braço meu? - eu perguntei meio nervoso.

- Depende. O que você aprontou agora? Não vai me dizer que matou alguém ou tá usando drogas!!?? - ela olhou séria pra mim.

- Não mãe, CREDO!!! Eu só ia dizer que... que... - minha garganta travou.

- Dizer o que? - ela falou mais alto, então resolvi falar logo.

- Dizer que decidi perdoar o garoto que me me empurrou e tentar ser amigo dele. - Falei tão rápido que nem eu entendi direito o que eu disse.

- VOCÊ O QUÊ??!!!!! EU ENTENDI DIREITO??!!! - ela deu um pulo do sofá.

- Isso mesmo, resolvi perdoar pelo que ele fez comigo.

- Acho que o seu cérebro foi afetado quando você bateu a cabeça!! - ela falou igualzinho a Nath, enquanto ela me olhava incrédula eu comecei a rir. - Do que cê tá rindo, isso não tem graça nenhuma.

- Não, é que você falou igualzinho a Nath. Tá parei.

- Qual a causa, motivo e circunstância que você quer falar com esse... esse... é... - Minha mãe não sabia fazer xingamentos ofensivos pra alguma pessoa, e isso me fazia rir hahahahaha!!! Era tão engraçada a cara que ela fazia quando tentava achar algum nome ofensivo - É... brutamonte... é isso, brutamonte. Para de rir moleque!!

- Vai mãe, você pode fazer melhor que isso. Rsrsrs.

- Cala a boca e fala!! Ficou maluco!?!!

- Calma dona Sílvia, senta aí que vou te contar. - peguei na mão dela e a puxei pro sofá

Contei toda a história que a dona Beatriz, mãe do Guilherme me contou.

Ela fez caras e bocas, e no final, fez uma cara que nunca vi no rosto dela.

Devia ser tristeza, não sei, nunca vi ela triste, nem quando falava no meu pai, quando eu ou Cass falávamos dele ela ficava séria, não ficava triste, mas sim séria.

- Nossa, que triste. - ela abaixou a cabeça.

- E é por isso que eu quero falar com ele e tentar me aproximar. Ou você não quer que eu faça isso? - ela me olhou.

- Agora você vai conversar com ele querendo ou não. Se tu não falar com ele eu quebro a tua cara e tu vai ficar de castigo pela eternidade da sua alma!! - Eu ri e a abracei - Agora me da licença que eu tenho que buscar o Cass no colégio porque o diretor solicitou minha sagrada presença e também dei o resto do dia de folga pra Jane.

- Tá vai com Deus.

- Amém. - ela se levantou me deu um beijo no rosto e saiu.

Eu subi pro meu quarto e como sempre, banho, me vestir e se jogar na cama. Acordar cedo cansa muito.

O resto do dia seguiu normalmente.

Nath me ligou e atrapalhou meu sono, ficamos trocando msg um tampão, ela ficou me perguntando se eu desisti da idéia de falar com o Guilherme, e todas as vezes respondi que não.

Dormi de novo e o resto já sabem né. Nath me chamou pra sair e eu não quis, então passei o dia em casa mesmo.

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Roliv talvez ele seja, não sei kkkkkk ... O destino da história pode mudar a qualquer momento...

Agradeço por lerem, e ainda bem que gostaram!!

Pra quem não encontrou a história no Wattpad, tá aí o link...

http://www.wattpad.com/story/abooh-amores-sobre-humanos-romance-gay

Votem e comentem lá, espero vocês. Bjinhossss ( ˘ ³˘)❤

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Comentários

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Estou sentindo falta do tommy esses últimos dois, não acredito que você me fez gostar dele pra trocá-lo pelo Guilherme.

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Gostando cada dia mais desse conto....rindo muitoooo....continua....bjs

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Amando demais a historia!! Espero que o Luka não ganhe hematomas por querer conversar com o brutamontes... kkkkkkk

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