ContinuandoBruno, você aceita namorar comigo, trocar carinho e afeto, ser o amor da minha vida?
Abri um grande sorriso, mas não tive nenhuma outra reação, apenas fiquei encarando aquele rosto lindo deleNunca acreditei em contos de fadas e outras histórias que costumam ser contadas às crianças, mas aquilo realmente parece ser um fato irreal. Suspirei por alguns segundos e, enfim, disse:
- Sim, claro que aceito, Luiz.
Com um grande sorriso ele novamente se aproximou e me deu outro beijo, seguido de um abraço bem apertado e aconchegante.
Como o meu aniversário ainda estava acontecendo nos fundos de casa, precisei voltar rapidamente para onde estavam os convidados. Luiz me acompanhou e, já próximo à cozinha, me deu um selinho e disse que sentaria com Felippe, Pedro e Priscila. O dia pareceu bem mais feliz e acredito que muita gente notou o sorriso estampado em meu rosto, um sorriso bem maior e mais alegre do que os sorrisos forçados que eu havia demonstrado até então.
Já no final da tarde, após quase todos os convidados irem embora, inclusive a maioria dos meus familiares, meu amigos e eu ficamos a sós, conversando sobre assuntos variados. De repente, Luiz, que estava ao meu lado, cochichou em meu ouvido:
- Será que compartilhamos logo a notícia ou esperamos mais um pouco?
- Melhor esperarmos mais, pelo menos até nos acostumarmos com essa ideia.
- Tudo bem!
Depois de uma noite longa e divertida, finalmente chegou um novo dia. O sol parecia estar radiando felicidade, o vento trazia bons presságios e a natureza se encarregava de manter o clima de bem estar. Acordei com uma mensagem de bom dia do Luiz, que me deixou com um rosto bem bobo (só lembrando que nesse tempo poucas pessoas utilizavam whatsapp, eu já tinha, mas o Luiz ainda não, rs) . Fui à escola e tive o maior prazer em me concentrar nos estudos, esperando ansiosamente que a tarde chegasse e eu pudesse voltar ao cursinho específico para ver o meu novo namorado.
Mais tarde, chegando ao cursinho, guardei lugar para todos os amigos, pois fui o primeiro a chegar, e como de costume, Luiz sentaria ao meu lado. Felippe foi o segundo a chegar, dizendo:
- Olha só quem já está aqui. Parece que alguém está ansioso para um novo dia de aula. Será a maturidade que já chegou no primeiro dia após o aniversário?
- Deve ser isso, realmente acordei bastante motivado hoje e espero continuar o resto do ano assim.
- Espero que essa sua motivação me contagie, pois já estou me sentindo cansado e sem ânimo para os estudos.
- Ah, não fica assim, vamos marcar de estudar qualquer final de semana desses, chamamos os meninos também.
- Vai ser uma boa, de repente com vocês eu consiga estudar melhor.
- Com certeza irá.
- E você já viu o resultado do último simulado que fizemos?
- Ainda não, você sabe como nos saímos?
- Sim, o Luiz ficou em 7º lugar geral, acredito que esse ano ele vai passar. A Priscila ficou em 19º, o Pedro em 22º, eu em 14º e você ficou em 8º, logo após o Luiz. Considerando que foram 60 participantes, todos nós nos saímos muito bem, principalmente você e o Luiz. Imagine vocês dois namorando, hein? Seria um grande presente de namoro.
- Nossa, eu nem sabia que me sairia tão bem assim.
Hesitei por um momento e continuei:
- É, realmente seria um grande presente caso estivéssemos namorando.
Fiquei mais feliz ainda quando soube que tinha me saído bem no simulado que o cursinho realizou para treinarmos para os vestibulares. Melhor do que ter me saído bem, foi ter me saído bem junto com o meu namorado. Como o Felippe mesmo falou: foi um grande presente de namoro, mesmo que estejamos namorando há apenas um dia.
A tarde foi bastante agradável, conseguimos prestar bastante atenção na aula e na hora do intervalo, Luiz e eu ainda conseguimos dar uma fugidinha para namorarmos escondido, inventando a história de que iríamos até a biblioteca separar uns livros para estudarmos.
As próximas semanas se passaram bem rápido e logo Luiz e eu completamos um mês de namoro. Decidimos fazer algo especial nesse dia, combinamos que contaríamos logo às nossas famílias e depois aos amigos. Foi de uma forma bem veloz que o dia 23 de julho chegou, um mês depois do meu aniversário e um mês de namoro. Durante essa semana nós tivemos recesso do cursinho, que duraria 15 dias e eu estava de férias da escola, logo teríamos mais tempo para o namoro, mesmo que nossos estudos entre amigos continuasse intenso.
Logo de manha cedo eu decidi conversar com os meus pais, antes de ir até a casa de Felippe, onde estudávamos durante as manhãs. Fui até a mesa da cozinha e sentei com o meu pai que já estava tomando café da manhã, peguei um pãozinho e comi nervoso, esperando minha mãe chegar até nós. Ela chegou e sentou também à mesa, então, sem perder muito tempo, comecei:
- Mãe, pai, tem uma coisa que preciso contar à vocês.
- Diga filho, é sobre a escola? - Perguntou minha mãe.
- Não, mãe, é sobre a vida. É que... Eu estou namorando... Estou namorando o Luiz.
Meus pais ficaram em silêncio e eu não consegui dizer mais nada até que meu pai disse:
- Mas você realmente gosta dele? E ele gosta das mesmas coisas que você?
- Se você quer saber sobre ele ser gay, sim, nós dois somos. Já estamos completando um mês de namoro hoje e sei que ele gosta muito de mim, assim como eu também gosto muito dele.
- Mas filho, você tem certeza que gosta desse tipo de coisa? Às vezes é difícil perceber isso em você. Tem momentos em que acho que você é apenas confuso. - Disse minha mãe.
- Mãe, eu não sou confuso, eu gosto sim de me relacionar com outros homens e nesse momento eu estou amando um como namorado.
- Bom, nesse caso, espero que ele não te machuque e que você esteja certo quanto à isso. Sabe que se precisar de nós, sempre poderá contar com o nosso apoio.
- Obrigado, espero que esse namoro faça a ficha cair e vocês aceitarem logo.
Levantei da mesa um pouco chateado, mas ao mesmo tempo feliz e aliviado. Mandei mensagem ao Luiz dizendo que já estava resolvido com os meus pais e que tinha sido mais fácil do que eu pensei.
Mais tarde naquele dia, após terminarmos os estudos, decidimos contar logo aos amigos o que estava acontecendo entre nós, Luiz começou:
- Pessoal, temos uma coisa para vocês.
- O que seria? - Perguntou Priscila bastante curiosa.
- Mês passado, no aniversário do Bruno, aconteceu uma coisa. Desde então nós estamos guardando segredo de vocês, espero que isso não se torne um problema, mas vamos lá... O Bruno e eu estamos namorando.
- Sério? - Perguntaram Priscila, Felippe e Pedro juntos.
- É sério sim - confirmei e contnuei - estamos fazendo um mês hoje, por isso decidimos contar à vocês. Não contamos antes porque não saberíamos se ia ou não dar certo. Hoje de manhã contei aos meus pais e mais tarde Luiz contará aos dele.
- Nossa, mas isso é maravilhoso, venham cá para eu dar um abraço em vocês. - Disse Felippe com um grande sorriso estampado no rosto.
Todos nos abraçamos e Luiz terminou de contar como estávamos fazendo parar nos encontrar escondidos ao longo daquele mês. Depois de sairmos da casa de Felippe, Luiz me acompanhou até em casa dizendo que queria conversar. Chegamos em casa e minha mãe estava sozinha, dei um beijo em seu rosto e fui com o meu namorado para o meu quarto. Deitamos e ficamos meio abraçados, então ele disse:
- Eu tenho medo da reação dos meus pais sobre estarmos namorando. Desculpa te dizer isso, é que você sabe que não tenho com quem mais compartilhar, além disso não costumamos esconder nada um do outro.
- Eu entendo, é bom saber que você realmente confia em mim. Mas você acha que eles podem não aceitar?
- Estou confuso. Tudo bem que eles aceitam eu ser gay, mas não sei se eles aceitariam me ver namorando outro cara. Com o Diego foi diferente, em nenhum momento contamos aos nossos pais, só quem sabia eram os meus amigos e os dele.
- Mas eu não sou o Diego, sou? Não precisa ficar nervoso, assim como eu, você está entrando em uma nova fase e é comum aparecer desafios assim. Tenho certeza que meus sogros irão aceitar nosso namoro como os seus aceitaram.
- Você tem razão, ainda bem que eu tenho um namorado esperto. Ah, e não precisa ficar com ciúmes do Diego porque ele já é passado, está bem?
Assenti a cabeça e rimos um pouco.
Ficamos curtindo um pouco aquele momento juntos e levantamos assim que meu pai chegou. Luiz e eu nos despedimos e marcamos de nos encontrar de novo às 19:00.
Aproveitei a tarde inteira para organizar meus materiais de estudos e descansar. Não demorou muito até que chegasse o momento de me arrumar para sair. Vesti uma camisa que o próprio Luiz havia me dado e uma calça que eu comprei há uma semana. Saí de casa por volta das 18:30 e fui em direção à antiga ponte da cidade, onde Luiz já estava me esperando. Aquela ponte é um ponto de encontro de muitos casais, por ser um lugar bonito e romântico, e como do outro lado tem um restaurante fino, com seguranças e câmeras, o local de torna seguro. Felizmente além de seguro, estávamos sozinhos.
Fizemos uma espécie de piquenique à luz do luar e Luiz, com sue violão, tocou algumas músicas que eu, mesmo com uma voz terrível, cantei. Estávamos curtindo aquele momento único como se não importasse mais nada, nem ninguém. Em um intervalo de uma música para outra, ríamos, nos beijávamos e ficávamos admirando um ao outro.
- Sabe, Bruno, eu sinto que o nosso namoro vai dar certo sim. Não é como era antes, com outras pessoas. Parece que tudo com você me faz realmente bem, é como se tudo conspirasse à nosso favor. - Disse Luiz, após tocar e cantar uma música lenta que eu não conhecia, mas era muito bonita.
- Eu concordo com você totalmente. Também sinto que com você é diferente. Nunca tive nada sério com ninguém antes, mas mesmo entre um pequeno romance e outro, eu não sentia nada como sinto hoje em dia.
- Ah, eu contei aos meus pais e eles aceitaram. Foi um pouco difícil, mas aceitaram. Inclusive hoje eles foram para a casa da minha avó que está doente e mora em uma cidade aqui ao lado. Se quiser pode ir dormir lá em casa hoje.
- Vai ser perfeito, mas preciso avisar meus pais antes de ir.
- Certo, avisaremos então.
Continuamos com a nossa noite maravilhosa e logo percebemos que já estava ficando tarde. Saímos de lá e fomos para a minha casa pegar uma muda de roupas e avisar aos meus pais que eu não dormiria lá hoje. Meus pais não estavam em casa, tentei ligar para eles e não consegui, mesmo assim peguei algumas coisas para levar e deixei um bilhete na mesa da cozinha para avisar que eu iria dormir na casa de Luiz.
No caminho para a casa de Luiz, que era relativamente próxima à minha, trocamos algumas carícias e beijos. Chegamos lá e eu fui tomar um banho enquanto ele arrumava o quarto para nós dois. Após o banho eu deitei e fiquei assistindo TV enquanto ele tomava um banho também. Depois de sair do banheiro, deitou-se comigo e ficamos nos acariciando por algum tempo, então ele perguntou:
- Será que seus pais não irão achar ruim você ter deixado apenas um bilhete?
- Não, eles sempre me deixam dormir na casa de outros parentes ou de amigos.
- Ah, isso é bom. E você está nervoso?
- Confesso que estou um pouco.
- Eu também estou um pouco, até porque nunca chamei ninguém para dormir aqui antes, mas é bom acostumar porque sempre que meus pais não estiverem, vou te chamar.
- Vou estar sempre esperando ansiosamente.
Ele riu e me deu alguns beijos. Em poucos minutos nos envolvemos de tal forma que não conseguíamos mais parar com os beijos e carícias. Quando me dei conta, estava com as mãos percorrendo todo o corpo dele e ele retribuía com suas mãos em todo o meu corpo. Entre um beijo e outro ele perguntou:
- Quer continuar?
- Sim.
Continuamos de onde paramos e em pouco tempo ele começou a tirar a minha roupa, fiz o mesmo. Tudo aquilo era novo para mim, mas é como se eu já soubesse o que fazer a cada etapa. Depois de estarmos totalmente envolvidos um ao outro e sem roupas, fui descendo até encontrar seu membro. Coloquei em minha boca e devagar, fui fazendo movimentos para frente e para trás. Ele deu alguns gemidos e parecia estar adorando tudo aquilo, então continuei e aumentei a intensidade. Depois de algum tempo, eu já estava gostando de ter todo aquele órgão sexual em minha boca, mas ele me puxou e começou a me beijar novamente, eu que já estava submisso, apenas deixei. Em meio à mais alguns beijos, ele levantou pegou uma camisinha em seu guarda-roupa e começou a vestir. Chegou mais próximo à mim e me colocou deitado virado para cima, logo levantou minhas pernas, piscou para mim apenas com um dos olhos e começou a penetrar. Fiz uma careta de dor, pois no início doeu bastante, mas logo a dor foi parando. Ele penetrou todo o pênis, foi deitando em cima de mim devagar e disse:
- Vou devagar para você não sentir muita dor. Se não estiver gostando, por favor, me avise.
- Está bem. Por enquanto pode continuar que estou amando.
Minhas palavras serviram de combustível para ele que abriu um sorriso e começou a fazer movimentos de vai e vem. Voltei a sentir dor, mas foi momentânea. O prazer começou a adentrar em mim e em pouco tempo eu já estava louco de tesão e pedindo que ele penetrasse com mais intensidade e velocidade. Tudo estava maravilhoso, olhar para o meu namorado e ver a sua cara de prazer enquanto me penetra e saber que eu também estava sentindo prazer, me deixava com mais tesão ainda. Ele pegou meu membro e começou a me masturbar enquanto penetrava com bastante força, não demorou para que eu gozasse e ele gozasse logo em seguida. Deitando ao meu lado, ele retirou o pênis e perguntou:
- Espero que tenha gostado porque eu, sinceramente, amei.
- Eu amei também, já imaginava que sexo era bom, mas não pensei que seria tão bom assim.
- Deve ser porque nós gostamos muito um do outro. Isso faz diferença.
- Deve ser isso mesmo.
- Bruno.
- Ahm!
- Eu te amo. Eu te amo muito!
- Eu te amo muito também.
Essa foi a primeira vez que ele dizia que me ama e aquilo me fez perceber que o nosso namoro ainda iria durar bastante. Todos os momentos que passamos juntos, desde que começamos a namorar foram maravilhosos, mas aquele estava sendo muito melhor e mas especial. Não me via mais sem ele e nem ele sem mim. Nos beijamos e acabamos dormindo.
Quando se aproximava da meia-noite, acordei assustado com o meu celular tocando. Nos levantamos e Luiz foi ao banheiro se lavar, enquanto eu atendia, e era a minha mãe:
- Alô!
- Bruno, onde você está? Está na casa do Luiz?
- Estou sim, mãe, deixei um bilhetinho em cima da mesa da cozinha.
- Que história é essa de sair assim e só deixar bilhetinho. Venha para casa agora!
- Calma, mãe, eu só vim dormir aqui. Qual o problema?
- O problema é que ele é seu namorado, como você mesmo diz, e não apenas um amigo. Venha para casa agora ou eu serei totalmente contra esse namoro. Não me faça ficar contra vocês.
- Tudo bem, estou indo.
Desliguei o celular e comecei a chorar. Luiz, que ouviu meu choro, saiu rapidamente do banheiro e veio me abraçar. Contei sobre a conversa e decidimos que eu iria embora. Não sei o que houve com a minha mãe para ela agir dessa forma, mas de uma coisa eu sabia, nada iria atrapalhar o nosso momento e eu não deixaria que ela se voltasse contra o meu namoro...
Continua...
Bom, espero que vocês, leitores, tenham gostado. Esta foi apenas a primeira parte da história, o comecinho, muitas aventuras ainda virão.
Obrigado pela leitura e não esqueça de comentar suas críticas, sugestões e elogios.
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