Caia a noite em São Paulo, meus pais e eu decidimos ver um filme juntos, quando toca a campainha:
Ding! Dong!
- Você vai atender, minha filho? - Questiona meu pai
- Vou sim, meu velho, vou sim
Estávamos na king size dos meus pais, fui escorregando pela cama até sentir meus pés tocarem o chão, calcei minha Croc's e desci as escadas. Hora que atendo a porta, quase caio pra trás.
- A gente tem que conversar. - Jorge estava com aparência deplorável. Cheiro de cachaça, sujeira pelo corpo teria dó se não fosse ele.
- Não tenho nada pra falar com você. - Respondo já fechando a porta.
- Por favor, não faz assim. Preciso de você. Sei que vacilei, mas EU TE AMO - Jorge pegou minha mão
Oh, meu Deus, sentir o toque daquele homem me arrepiou na hora. Mas não podia me esquecer de tudo o que ele me fez. Pensei, pensei e pensei, pensamentos de mais para poucos segundos, mas disparei:
- Okay. Vá tomar um banho e me pegue em meia-hora. Não se atrase.
O rosto daquele menino se iluminou. Lhe dei um sorriso maroto e fechei a porta, subi até o quarto de meus pais e disse:
- Mãe, pai, vou sair, okay? Não tenho hora pra voltar.
- Se cuide, minha filho. - Disse papai
- Hoje a noite é de diversão, preciso extravasar os últimos dias.
Meus pais me olharam um tanto quanto abismados com minha mudança de estado. Mal eles sabiam o motivo de minha felicidade.
Rumei ao banho, tomei um puta banho e fui ao meu quarto. Peguei uma mochila, guardei algumas coisas e me arrumei à espera de meu amado.
Passou-se meia hora e ele buzinou. Joguei a mochila no banco de trás, ele foi me beijar, mas virei o rosto:
- Calma. Vamos com calma aí. Me leve pra jantar, vamos ao cinema e depois para um motel. Essas são as minha condições - Digo fazendo cara de convencido. - Você paga - Completei.
- Okay. Mas o que tem na mochila? - Perguntou curioso.
- Calma mocinho. Você vai gostar - Digo fazendo caras enigmáticas.
Demos partida e o fiz me levar ao restaurante mais caro do bairro. Ele, claro, não reclamou. Fomos ao cinema e o fiz ver o filme mais careta de todos, ele, claro, não reclamou.
Era chegada a hora. Fomos ao motel mais chique de toda a cidade. Ele fez que ia me jogar na cama, mas segurei sua mão e o impedi.
- Nan, nan, nan, nan - Digo o deixando na vontade. - Deite na cama e me espere. Vou ao banheiro e te trarei um presente que você nem desconfia. - Falo mordendo os lábios e o provocando.
- Você que sabe, patrão - Disse deitando-se na cama e debochando.
- Me aguarde, nu, de preferência. - Digo sorrindo maliciosamente
- Ai ai ai UI ui
Fui ao banheiro e o ouvi tirando a roupa. Passei um perfume, tirei minha camisa. Ainda de calça, saquei as algemas que estavam na mochila e me dirigi até a cama.
Ele me agarrou e me puxou para si
- O que está aprontando,
meu amor?
Aquele cheiro me excitou, muito. Jorge cheirava muito bem. Mais uma vez, não deixei-lhe me beijar.
- Calma, apressadinho. - Digo dando risadinhas. Tiro as algemas do bolso e as exibo. - Você foi um garoto muito mal. Merece ser castigado. - Digo pegando um chicote.
- Mereço sim, mereço mesmo. - Disse ele com uma cara de sádico impagável. - Me prende e me castiga.
- Seu pedido é uma ordem. - Já pelado, prendi suas mãos e seus pés à cabeceira da cama. Jorge urrava enquanto era chicoteado por mim. - Espere um segundo.
Queria enlouquecer Jorge, pego mais un objeto na mochila. Sai do banheiro já vestido e com a mochila nas costas. Ele me olhou com cara de "What The Fuck?" e antes que pronunciasse alguma palavra, o cortei:
- Não sou palhaço de ninguém, meu bem. - Pego a câmera fotográfica em minha mão - Sorria para o flash.
Vi sorriso de Jorge ser diluído, bato 5 fotos dele naquele momento e digo:
- Vou usar seu carro, toma um trocado para ajudar no táxi - jogo 5 reais na cama. - Peguei suas roupas também e as algemas não tem chave. Na próxima pense 10000 vezes antes de me expôr. Filho de uma puta.
Dei as costas e saí com o carro de Jorge para, ai sim, curtir tudo o que a noite paulista pode oferecer...
Continua