um amor de infância - capitulo 17

Um conto erótico de LuisMagalhães
Categoria: Homossexual
Contém 1660 palavras
Data: 09/06/2015 09:40:58
Última revisão: 09/06/2015 09:41:19

...algo me diz que ele vai estuprá-lo e por isso temos que correr...

A situação estava mais do que clara para Tomás. O problema é que “clara” não quer dizer exatamente “resolvida”. Adam ainda estava desaparecido, machucado, possivelmente ainda vivo. A questão era saber por quanto tempo. E por isso precisavam ser rápidos. Enquanto ninguém olhava os três entraram nos carros: Vitor e Alicia foram para a casa do Max e Tomás foi para o hospital.

CASO “MAX”

Os dois estavam dentro do carro, a casa de Max não era tão longe de onde estavam e Vitor ainda se lembrava de onde era. Pisou fundo no acelerador e fez curvas que desafiavam a lei da gravidade.

- Se Dan estivesse aqui – começou Alicia a falar em tom triste – ele iria te matar por estar arriscando a minha vida nessas curvas...

- Mas dada as circunstâncias ele deve estar torcendo para que eu desobedeça-o como eu sempre faço – Vitor sorriu e Alicia demonstrou um pequeno sorriso.

Eles dobraram mais algumas esquinas e finalmente avistaram a casa do Max. Era exatamente o que eles não esperavam que fosse. A rua em si estava deserta, mas a casa de Max estava em festa. Vitor levou o carro até lá e estacionou pouco antes de sua casa. Saíram do carro e caminharam pela calçada. A porta da rua estava aberta e eles entraram. Depararam-se com Max bêbado logo na entrada e tentaram conversar com ele, mas era quase impossível.

- Não pode ter sido ele, está muito bêbado para poder ter armado um plano... – disse Vitor.

- A não ser que ele esteja fingindo... – disse Alicia – Vamos falar com os pais deles, estão logo ali na frente...

Os dois caminharam até os pais dele que pareciam mais conscientes do que o filho: estavam conversando com outros pais. Eles se aproximaram e começaram.

- Oi srº e sraª Dent... Nós precisamos falar rapidinho com vocês – comunicou Vitor.

- Claro, esperem aqui, já já voltamos ok... – eles disseram aos outros pais.

Vitor já conheciam eles e eles também o conheciam, mas Alicia era uma completa estranha.

- O que foi? – perguntou o srº Dent.

- É coisa rápida... O Max estava aqui a uma hora atrás?

- Sim... Pelo que eu saiba ele não saiu de casa desde as sete horas, quando começou a festa.

- Mas vocês tem certeza disso...

- Praticamente sim... Porque?

- Não é nada... É coisa minha. Obrigado, até mais.

Os dois saíram da casa e os pais de Max voltaram a conversar com os outros pais. Entraram dentro do carro e Vitor deu a partida, estavam indo para o hospital se encontrar com Tomás.

FIM DO CASO “MAX”

CASO “CAÍQUE”

Tomás entrou no carro e dirigiu-se até o hospital: estava correndo muito. A ideia de Dan ter morrido, por mais que ele soubesse que havia 80% de chance de ele estar vivo, o assustava. E, mesmo que haja apenas 20% de chance de ele estar morto, quanto mais o tempo passava, mais essa porcentagem aumentava e até a manhã seguinte esse número poderia ser de 99%.

- Dan não pode ter morrido – ele disse no carro, dirigindo – Não pode... Ele é bom demais para ter morrido... AH! Como eu pude deixar ele se entregar àquele monstro?!

Ele estava se culpando por não ter impedido Dan de se encontrar com aquele maníaco e agora tudo que ele tinha certeza era que Adam estava baleado e desaparecido... Não eram dados animadores, mas ele não poderia desistir dele. Chegou no hospital e encontrou uma viatura da polícia: possivelmente seus pais haviam chamado-a e deveriam estar dentro do hospital agora. Era sua chance.

Estacionou o carro e entrou no hospital. Dentro estava bem movimentado. Tomás se espremeu entre médicos, enfermeiro, pessoas, policiais. E foi assediado algumas vezes kkkkkkk. Em pouco tempo encontrou os pais de Caíque. Aproximou-se deles.

- Oi srº e sraº Vilã... – disse Tomás. Os dois estavam abraçados e a sraª Vilã estava chorando com a cabeça encostada no ombro do marido.

- Eu deveria conhece-lo rapaz? – disse srº Vilã.

- Na verdade não... Sou amigo do Caíque – mentiu.

- O que você quer? – ele estava em modo de defesa.

- Apenas saber sobre ele...

- Eu também queria saber por onde ele anda...

- O senhor não sabe de algum lugar em especial que ele poderia ter ido?

- Do que você está falando? Meu filho foi sequestrado, não é um fugitivo!

- Sim eu sei, desculpe. O que eu estou querendo saber é se não tem um lugar especial que costumava ir, talvez devesse olhar por lá: o bandido pode ter levado ele pra esse lugar...

- Bem, Caíque não é muito de sair de casa... Ele só vai para a escola e para o bosque. São os únicos lugares... Tem até dias que ele dorme em um casa escondida que tem lá no bosque, mas eu nunca vi e nem sei onde é.

- Tá bom, muito obrigado... – eureca!

FIM DO CASO “CAÍQUE”

Tomás saiu do hospital e encontrou Alicia e Vitor esperando-o do lado de fora

– Tem uma casa escondida no bosque, nós podemos ver se ele tá lá... – ele foi interrompido pelo seu celular tocando: era Chris querendo saber onde ele estava.

Ela pediu para que ele a levasse para casa, o “showzinho” do Adam já tinha acabado e ela precisava ir pra casa, mas estava sozinha, então precisava que seu novo “namorado” levasse-a. Tomás levou Chris em casa enquanto Vitor e Alicia iam até o bosque para resgatar Adam. Ou não.

Alicia e Vitor foram para o bosque em busca de Caíque. Para a surpresa deles o bosque estava aberto e estava livre para a entrada de carros. Era enorme. Demoraram um tempo até encontrarem a casa que Tomás havia falado: o bosque estava deserto, escuro, a casa não tinha luzes acesas, só a da frente. Os dois pararam o carro longe, e caminharam devagar até a casa. Ficaram ouvindo ruídos e entraram silenciosamente pela janela.

CONVERSA ENTRE CAÍQUE E ADAM

Caíque entrou pela porta e observou Adam ainda acordado. Aproximou-se dele e se abaixou, acariciando seu rosto. Adam tentou desviar, mas estava amarrando à cama.

- Você é um maníaco obcecado mesmo... – Adam disse.

- Sou obcecado sim, mas por você, meu amor... – Caíque disse parecendo carinhoso - Faço qualquer coisa por você, até matar se for preciso...

Nesse momento Alicia entrou no quarto com Vitor. Vitor agarrou Caíque por trás e separou ele da cama. Alicia se agachou próxima à cama e fitou Adam. Os dois começaram a chorar.

- Você está salvo agora – ela disse.

Caíque se levantou após se livrar de Vitor, desmaiado no chão, pegou um taco de beisebol e tacou contra a cabeça de Alicia que caiu no chão inerte. Adam gritou alto e chorou ainda mais.

- Eu disse que mataria se fosse preciso não disse... – Caíque se recompôs e largou o taco no chão – Seu cunhado é bom, mas não sabe lutar judô...

- Por favor... Eu faço o que você quiser, mas não os machuque...

- Eu não ia machuca-los, mas entraram no caminho... E já que você mencionou, essa é a hora perfeita: enquanto sua irmã está aqui, que tal um show particular do seu irmão sendo estuprado ein?

- Só não a machuque...

- Quem vai se machucar é você, eu acho.

Caíque pegou uma seringa com um líquido verde e injetou na veia de Adam.

- Ainda não se perguntou por que sobreviveu a um tiro no peito?

- Na verdade penso nisso toda hora...

- Eu vou te explicar enquanto o remédio faz efeito... O tiro não era de verdade. Era uma bala especial. Ela entrou em seu peito, mas se alojou logo depois do tórax: não chegou a furar seu coração ou pulmão. A bala se dissolve no sangue e seu efeito era de paralisar seu corpo, de modo que seu coração parasse, mas voltasse depois de um minuto. Por isso sentiu seu corpo pesar, ficar sem movimento... – ele continuou – Esse remédio tem um efeito mais fraco, não vai parar seu coração, só seu corpo para que eu possa me apossar dele – ele sorriu.

- Você é louco...

Caíque se levantou e pegou umas chaves na estante. Desamarrou Adam por completo. Ele não podia se mexer, mas podia sentir o toque de Caíque, sinal de que ele sentiria quando fosse estuprado. No momento em que Caíque ia virar o corpo de Adam, deixando ele em posição desprotegida, Tomás entrou no quarto e viu toda a situação. Caíque se levantou e pegou o taco indo em direção a Tomás. Esse se esquivou e empurrou Caíque na parede. Tomás se virou e pegou com uma mão uma bola de vidro (enfeite de mesa) e, enquanto segurava Caíque na parede, quebrou a bola na cabeça de Caíque que desmaiou. Tomás se virou para Adam e pegou pelo ombro.

- Vou te levar pro hospital...

- Não. Pegue Alicia e Vitor e leve logo eles... – Tomás olhou para o chão.

- Ok, mas eu venho pegar você...

Ele foi e levou os dois nos braços para o carro. Voltou e chegou perto de Adam.

- Vem, eu vou te levar.. – passou a mão pelas costas de Adam.

- Não, chama uma ambulância ou algo assim...

- Não resista... Eu não vou te deixar aqui... – passou o braço pelas pernas de Adam e levou ele até o carro.

Sentou ele no banco do passageiro e passou o cinto. Alicia e Vitor estavam nos bancos traseiros com cintos afivelados. Ele fechou a porta, deu a volta, entrou no carro, ligou e correu para o hospital. Adam estava quase dormindo, mas ainda fez um ultimo esforço: pôs a mão quase sem movimento encima da mão de Tomás no cambio da marcha. Tomás olhou pra ele imediatamente, estava preocupado.

- Ali... Leve ela pro hospital primeiro, ela levou uma forte pancada na cabeça... Ouviu: leve ela primeiro, eu não corro mais riscos, mas ela sim – Adam estava quase apagando.

- Adam? Não dorme, espera...

- Obrigado... – Dan estava se entregando ao sono - Eu... (suspiro) Te... (suspiro) – Adam sussurrava e acabou desmaiando. Sua mão pesou sobre a de Tomás que pisou fundo ao ver a situação.

Continua...

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Comentários

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Uhuu!!! #TomSalvadorDaPátria,te amo.Pensei que ele fosse estuprar o Adam

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Que raiva desse Caique super tom pra salvar o dia parabéns foi top mas Pq ele ta com a puta ainda Slc se desfaz dela magoa o adam mais não

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