Dei as costas e saí com o carro de Jorge para, ai sim, curtir tudo o que a noite paulista pode oferecer...
Estava sem saber para onde ir. A adrenalina pulsava forte no meu sangue, não pude acreditar no que acabara de fazer, me peguei rindo diversas vezes com destino a lugar nenhum. Não acreditava na cena do feiticeiro sentindo seu próprio feitiço.
Palas, palas e palas de riso se seguiram. Pensei em voltar pra casa, mas não era viável, tinha que comemorar, isso sim, uma vitória espetacular sobre meu adversário. Liguei o rádio estação de música pop e me decidi: A balada me espera, ao som daquela delícia de música chamada "I Gotta A Feeling" do The Black Eyed Peas resolvi gastar o dinheiro do comédia na melhor boate de São Paulo.
***
Tenho uma sensação
Que essa vai ser uma boa noite
Que essa noite vai ser uma boa noite
Que essa noite vai ser uma boa, boa noite
***
Entrei na boate, no style. Tava gato mesmo, me sentia o gostosão, meu peso, minha falta de atributos físicos, tudo que eu achava de mim até ali, havia sido sepultado. Era um novo homem, devia isso a Jorge.
Pouco antes do primeiro gole dos bons drinks, recebo uma mensagem:
"Filho, contatei meus funcionários de Manhattan e lhes dei algumas instruções de limpeza reforçada para sua chegada. Acionei meus contatos e a viagem transcorrerá sem problemas devido a meus contatos e minha influência com a embaixada. Ter dupla nacionalidade ajuda um bocado. Você viaja esta terça mesmo. Divirta-se e se cuide. Te amamos. Até amanhã"
Era tudo que precisava. Estávamos em um Sábado a noite, viajava dentro de 3 dias, minha última noite de curtição no Brasil ia ser um estouro. Dito e feito.
Ao som de We Found Love da Rihanna me joguei na pista.
- Oi, princesa - Disse ao avistar uma loira bem jeitosinha
- Oi - Disse me olhando com um olhar de tipo "És tu Satanás?"
- A moça está acompanhada? - Digo com jeito galantiador
- Na verdade eu es...
Interrompi suas palavras, tascando-lhe um beijo. Uma boca suave, porém, carnuda que me fez delirar, que beijo bom. Ela, parecia estar gostando também, pois me beijava com volúpia. Levei três toques no ombro e tive que me desvincular daquela delícia
- Ow, Letícia, que porra é essa? - Diz uma mulher também bem atraente, para minha peguete.
- Amor, eu pos...
- Ah, cala a boca você também - Digo já enfiando a língua na boca da namorada de minha "ficante".
Logo, estávamos os três em um beijo triplo, e a pegação começou.
Levei as jovens ao carro de Jorge e começamos a nos despir ali mesmo, estacionados a um vidro de blindex da rua.
Saímos do carro alguns minutos depois de uma transa incrível. Mas não foi aquilo tudo. Faltava algo. Deixei as meninas de novo na pista, como se nada tivesse acontecido e fui caçar minha próxima presa. Quando vi um deus grego dançando e me olhando.
- Ralph Sullivan de Castro, parou. Que PORRA é essa?!? - Pensei. Era demais ver aquilo tudo olhando para mim. Resolvi voltar ao bar e beber mais umas, já fazia meu pedido quando sinto uma presença deliciosa. O homem que vi na pista se encontrava no meu cangote, me cheirando e sussurrando palavras incompreensíveis aos meus ouvidos, porém bem excitantes. Ele percebeu minha mordida de lábios e me beijou. Me deixei levar quando avistei as duas garotas e fiz sinal para que viessem. Ele demonstrou interesse pelas duas, tanto quanto eu e começamos a nos beijar. Nós quatro em meio a multidão, que momento delicioso. Após uma boa rodada de beijos nas gurias, o deus grego sussurra ao meu ouvido:
- Chama suas amigas e vamos lá pra casa.
Chamei as garotas e elas bateram o martelo. Iríamos a casa do Ricardão. No calor do momento, nem medimos os riscos e fomos nessa. Aquela noite apenas começara...
Continua
