- Chama suas amigas e vamos lá pra casa.
Chamei as garotas e elas bateram o martelo. Iríamos a casa do Ricardão. No calor do momento, nem medimos os riscos e fomos nessa. Aquela noite apenas começara...
A noite estava louca, estávamos os quatro dentro de um carro, bêbados com o som no talo. Quando uma delas começou a passar mal e vomitar na janela. Ele parou e carro e disse com raiva:
- PUTA QUE O PARIU. Que porra. Saiam do meu carro suas alcoólatras.
Todas as veias de sua cabeça estavam visíveis. As garotas começaram a xingá-lo e ele nem deu moral, havia saindo do carro para acompanhá-las, quando mais calmo e brando ele me disse:
- Ei! Psiu! - Ele saiu do carro e foi até mim que havia parado ao ouvi-lo - Vai aonde?
- Você nos mandou sair do seu carro.
- A Natasha e a Letícia são minhas amigas a séculos. Não sabem se controlar. Tava só esperando um motivo para me livrar delas.
- Sério?
- Claro. - Ele riu de canto de boca, eu retribui. - O príncipe não me disse seu nome
- Ralph. - Dei umas risadinhas ao reparar que não havíamos nos apresentado formalmente - E o seu?
Ele sorriu maliciosamente e me respondeu:
- Pedro. - Trocamos olhares com sorrisos em plena rua. Era de madrugada e após alguns segundos nesse contato visual ele avança. - Então, Ralph, vamos pra minha casa?
Meu Deus, como era lindo, aqueles segundos foram os primeiros que pude ver seus olhos e sua aparência de fato.
- Ralph, alguém aí? - Disse me tirando de meu transe, sorrindo.
- Ah, desculpa. - Sorri de nervoso e respondi - Só se for agora, Delícia. - Ao ouvir meu sim, Pedro me beijou ali mesmo, no meio da rua.
Não hesitei em sair com Pedro. Ao transar com Natasha e Letícia, me toquei que não era mais mesma coisa. Às vezes elas não tem a vara de condão que a magia precisa.
Fomos nos beijando enquanto caminhávamos até o carro. Quando entramos eu falo:
- E as meninas? - Com toda a euforia, havia me esquecido delas.
- Eu não sei - Respondeu rindo e dando a partida no carro - Se morrerem, saberemos no obituário dos jornais pela manhã - Respondeu rindo com a própria piadinha.
Não sei se por efeito do álcool, também não contive a risada com a piada de humor negro.
Chegamos ao apartamento, Pedro estacionou na garagem interna e fomos ao elevador, já aos beijos.
Chegando na porta do apartamento, ele para em minha frente e começa a procurar a chave no bolso. Tive mais uma vez a oportunidade de ver aquele deus grego. Após alguns segundo, Pedro acha a chave e adentramos o apartamento.
- Bem vindo, mi casa es su casa.
- Uau, que apê lindo, Pedro.
Ao entrar pela porta me deparei com um apartamento grande, espaçoso, ajeitadinho, perfeito para alguém que more sozinho.
- Mora sozinho aqui?
- Moro sim. Desde os 16 anos.
- Quantos anos você tem?
- Estou com 24 anos.
- E veio direto pra cá?
- Chega, chega, chega. - Ele começa a rir. - Amanhã a gente fala sobre isso, hoje vamos apenas curtir a noite gato.
Pedro entrou na cozinha, abriu a geladeira e tirou uma garrafa de champagne.
- Aceita, Ralph
- Qualquer coisa que venha de você, meu querido.
- Hahaha
Pedro voltou da cozinha com a garrafa e duas taças, serviu as taças e me deu a minha. Brindamos e tomamos o primeiro gole, que delícia de champagne. Aquela noite era só nossa.
Beijos, goladas e risadas depois, estávamos sentados no sofá quando a pegação começou. Nos pegavamos enquanto Pedro começou a sussurrar em meu ouvido:
- Você é virgem, delicinha?
- Não
- Tem alguma fantasia não realizada?
- Um monte.
- Que tal realizar?
- Só se for agora garanhão
Pedro me levou para seu quarto no colo. Aqueles braços malhados eram de enlouquecer. Me jogou na cama e sobre mim, começou a morder minha orelha. A noite promete...
Continua...