AS AVENTURAS DO SANTO – PARTE DEZESSEIS
Nem bem Antônio saiu da mansão do deputado, onde estivera com a esposa deste e o jovem Santo, o rapaz pediu a ela seu celular para chamar um táxi. Ela indicou um dos números da agenda e ele pediu que o taxista não se demorasse a vir. Depois ligou para a puta intelectual, amante de Antônio, e disse tê-lo visto com vida. Ela ficou exultante e quis saber onde o jovem estava, mas ele apenas pediu para ela sair imediatamente da quitinete e ficar aguardando notícias suas ou do motorista. Ela jurou que seguiria suas instruções. Mas o mesmo não aconteceu com a esposa do deputado. Ela não queria largar o jovem de jeito nenhum. Confabularam para descobrir onde teria ido seu motorista sessentão e a morena gostosona sugeriu irem até a casa de campo onde há muito sabia que o marido usava para suas orgias. Santo não queria expô-la a eventuais perigos, mas sem ela não conseguiria encontrar a tal casa. Aí o táxi chegou...
Depois de mais de meia hora de estrada, chegaram a uma chácara afastada do centro da cidade. Era cercada por imensa área verde, longe de qualquer outra habitação. Passaram direto e pararam o táxi uns cem metros depois, numa curva da estrada de chão batido. Pagaram a corrida, deram um tempo para o motorista fazer a volta e desaparecer de vista, e seguiram em direção a casa. Avistaram a Cherokee e mais dois carros estacionados em frente da casa. Quase se jogaram num matagal quando viram o padre Lázaro sair da residência e olhar demoradamente para todos os lados. Depois entrou na casa e voltou carregando um fardo nos ombros que em muito se assemelhava a um corpo humano. Abriu o porta-malas da Cherokee e jogou o embrulho dentro. Depois voltou tranquilamente para dentro do imóvel...
Santo levou um susto quando seu celular vibrou no bolso das suas calças. Ainda bem que deixara no silencioso senão o padre teria ouvido tocar. Era a madre superiora dizendo que Antônio dera sinais de vida ligando para ela. Pediu a Santo que aguardasse o motorista em casa, pois tinha uma visita sexual para o jovem fazer. Ele falou baixinho que estava num supermercado, sem querer dizer onde estava e preocupar a idosa senhora. Ela sugeriu que ele ficasse aguardando no estabelecimento comercial até o motorista apanhá-lo e levá-lo ao seu destino. Santo concordou e ela desligou o telefone em seguida. Aí o rapaz procurou alguma coisa que pudesse usar como arma contra o padre com jeitão de assassino. Encontrou um galho meio apodrecido, jogado entre as moitas. Pediu para que a morena gostosona aguardasse escondida ali e, se ele demorasse, ligasse para a polícia do seu celular. Ela concordou aflita e ele se esgueirou até a entrada da casa. Entrou sorrateiramente na sala com o porrete em riste, mas foi surpreendido pelas costas pelo padre Lázaro que tinha uma pistola apontada para ele...
Após fazê-lo soltar o porrete, o padre disse que ouvira o barulho do táxi passando e estranhou ele estar logo de volta. Como não havia mais nenhuma casa por perto, entendera que alguém chegaria à chácara logo. Fingiu estar desprevenido e escondeu-se atrás da porta de entrada da casa, surpreendendo assim o jovem. Santo foi levado até o quarto da residência, onde uma cena estarrecedora o aguardava. Nu e recostado na cama estava o corpo ensanguentado do deputado. Tinha dois balaços no tórax e o pênis ainda em riste. Os olhos ainda estavam abertos, fitando o vazio. Mas o que fez o coração de Santo pulsar acelerado foi ver a garota caída no chão. Mesmo ela estando de bruços, o rapaz reconheceu a noviça Tereza. Correu até ela ignorando a ordem do padre para que não se movesse. Santo pegou-a nos braços e viu os hematomas e escoriações por todo corpo. Um olho estava roxo e os lábios inchados e sangrando. Ela abriu com dificuldade o olho sadio, fazendo com que o rapaz desse um suspiro de alívio. Porém, o jovem recebeu uma pancada na nuca fazendo com que perdesse imediatamente os sentidos...
De fora da casa, escondida entre os arbustos, a morena viu Santo ser rendido pelo padre. Ligou para o celular do taxista que os deixara ali e pediu-lhe ajuda. Disse que estava acontecendo um homicídio e apelou que ele trouxesse a polícia. O taxista pediu que ela tivesse calma e o esperasse em segurança, pois voltaria lá imediatamente. Ela agradeceu, mas não seguiu bem suas instruções. Caminhou sorrateira em direção a casa e viu quando Santo entrou no quarto seguido pelo padre armado de pistola. Apanhou silenciosamente o porrete que o jovem largara na sala e se aproximou do padre com ele em riste. Bateu com força na cabeça do homem, pegando-o desprevenido, logo após ele ter desacordado o jovem com uma pancada na nuca dada com o cabo da pistola.
Santo levou a mão à nuca antes mesmo de abrir os olhos. O pescoço estava inchado por causa da forte pancada. No entanto, ao sentir duas mãos suaves afagando seu rosto, despertou. Tereza estava perto de si e o beijava, sem se preocupar com a dor nos lábios machucados. A morena chorava convulsivamente ao lado do corpo do marido, consolada por Antônio que parecia estar bem. Mas seu braço direito sangrava profusamente. O jovem tentava se levantar com dificuldade quando o taxista invadiu o quarto de repente empunhando um revólver. Relaxou quando viu o padre desacordado no chão e a pistola jogada a poucos metros dele. Pediu explicações sobre o que havia acontecido ali. Esclareceu ser policial, mas que fazia bicos como taxista em seus dias de folga. Disse ter chamado a polícia e logo ela estaria no local.
A noviça Tereza, sem citar a Ordem das Irmãs de Maria Madalena, contou que seu cliente a espancou acusando-a de estar conivente com chantagens que vinha sofrendo do assassino. Apanhou bastante antes que o padre, que estivera discutindo com seu cliente, o tirasse de cima dela. Então os dois se engalfinharam em luta corporal e o padre fez um único disparo. Ela caiu no solo e lembrava apenas do padre se maldizendo por não querer ter matado o deputado. Depois acha que desmaiou, pois não se lembrava do segundo disparo.
Antônio contou ter recebido uma ligação da sua amiga dizendo que havia uma discussão entre seu cliente e alguém armado, sobre umas fotografias comprometedoras. Parecia que o político estava sendo chantageado, mas se negava a ceder às ameaças do homem vestido de padre. Chegara a casa no momento em que o assassino apontava a arma que colocara na mão da jovem desacordada e dava o segundo tiro no deputado, querendo assim incriminá-la do homicídio. O padre atirou assim que ele entrou armado de pistola, acertando seu ombro. Estiveram trocando socos por uns tempos, mas Antônio levou a pior. Foi subjugado e jogado dentro do porta-malas com as mãos e os pés amarrados. Fora solto pela esposa do deputado, depois que ela conseguiu desacordar o assassino.
A morena gostosona, esposa do político, já havia explicado por telefone ao taxista-policial que recebera uma ligação de uma amiga dizendo que seu marido a estava traindo na granja do casal. Pedira ao amigo Santo que ele fosse com ela até lá lhe mentindo sobre o verdadeiro motivo da visita. Ouvira os tiros e telefonara pedindo socorro ao taxista enquanto o rapaz entrava na casa para saber o que estava acontecendo. Santo contou que se armara de um porrete e entrara na casa, mas foi surpreendido pelo assassino que o aguardava escondido atrás da porta. Não vira quando a morena batera com o porrete no assassino, salvando sua vida.
O policial pediu o porte de arma de Antônio e ficou satisfeito por ele tê-lo. Recolheu as armas para exame balístico justamente na hora que chegaram duas viaturas policiais acompanhadas de diversos carros de reportagem. A notícia do assassinato do deputado já estava no ar em edições extraordinárias. Uma ambulância viera com o comboio e tratava dos ferimentos de Tereza e do motorista sessentão, mas ambos teriam que ficar em observação médica no hospital. Santo recebeu um saco de gelo para compressas e estava liberado, devendo retornar no dia seguinte à delegacia de homicídios para prestar depoimento. O padre Lázaro, preso em flagrante, seria recolhido diretamente para um presídio. Aí o celular de Santo vibrou novamente. Era a madre superiora dizendo que iria mandar outro motorista apanhá-lo no supermercado. Que ele não saísse de lá...
Santo despediu-se de todos e pediu para que o taxista policial o deixasse no supermercado. Chegando lá, pagou a corrida e ficou aguardando ao lado do seu Vectra, no estacionamento do estabelecimento comercial. Um carrão parou no estacionamento e dele desceu uma motorista elegantemente vestida, de quepe e óculos escuros. Olhou em volta e avistou o rapaz. Abriu a porta do carrão e acenou para ele. O jovem se aproximou e olhou-a com mais atenção. Era mais um clone da médica chupa-rolas. Um frio percorreu-lhe a espinha, mas não tentou evadir-se. Entrou no carro que tinha todos os vidros fumê. Dentro, sentadas no banco traseiro do veículo, estavam mais três clones sorridentes de Maria Bauer. A motorista fechou a porta do lado do passageiro, deu a volta e sentou-se ao volante. Deu partida no carrão e transitaram toda uma avenida em silêncio. Chegaram a uma rodovia e depois se embrenharam por uma empoeirada estrada de terra. Pararam finalmente em um chalé escondido no meio da mata. Santo foi gentilmente convidado a descer do carro. Aí ficou surpreso quando entrou no chalé...
Foi recebido com festa. Dentro da casa havia vários clones da médica chupa-rolas. Tinham conseguido fugir do laboratório da médica quando souberam da sua “morte” no hospital. Eram usadas para experimentos terríveis e estavam aliviadas de terem conseguido aquele chalé num local tão escondido. Souberam das “propriedades curativas” do rapaz e bolaram um plano para tê-lo com elas. Ligaram pra Ordem e acertaram uma visita com a madre superiora. É que algumas adoeceram depois da fuga e contavam com o rapaz para ajudá-las. Santo estava maravilhado. Nunca tinha visto tantas gêmeas juntas. Prontificou-se em ajudar as garotas, contanto que elas tivessem o líquido esverdeado. Não conheciam tal soro. Santo lamentou. Não poderia atender a todas tão cedo. Mas pediu que fizessem fila as que estivessem mais carentes de esperma...
FIM DA DÉCIMA SEXTA PARTE