Eu só fui perceber que a ligação havia sido encerrada depois que fiquei uns três minutos olhando para meu aparelho celular sem ação. Tudo aquilo que pensei em falar ao longo de nossa conversa ficou apenas em minha mente.
_ Droga... Eu só posso ser muito iludido em pensar que depois de doze anos, na verdade quase treze, o Moreno ia parar tudo o que estivesse fazendo, sentar a meu lado e me ouvir pra saber em que parte da história ele entraria pra finalmente poder encaixar na minha vida.
Após pensar um pouco mais nele e no que poderia ter sido essa conversa que não houve, fui forçado a voltar a realidade por minha secretária...
_ Dr. Otávio o relatório que o senhor havia requisitado foi finalizado. E me entregou a pasta...
_ Obrigado. A reunião com o Financeiro das filiais que fazem parte do Mercosul foram confirmadas para a próxima terça-feira?
_ Sim Senhor... Tudo já foi providenciado. Hoje recebi o fax do hotel confirmando as reservas requisitadas.
_ Obrigado então... Bom final de semana.
_ Obrigada... Para o Senhor também.
Após uma rápida verificação no relatório, que me deixou plenamente satisfeito por conta do aumento na taxa de lucros do semestre, peguei minha pasta e saí para o trânsito caótico de sexta-feira à noite em Fortaleza.
Eu havia marcado para me encontrar com Guilherme e Pedro, a gente ia na casa do Raul já que sua esposa estava aniversariando. Eu tava pra baixo. Não era a toa que eu odiava os finais de semana... Desde que soubera por Marcelo o que de fasto tinha sido da vida do João Carlos passei a me culpar mais ainda por praticamente abandoná-lo. Quando linguei para os amigos avisando que não dava pra ir à festa, eles logo tentaram me fazer mudar de ideia só que eu realmente não tava afim de diversão...
Perdi muito tempo dirigindo pra casa e assim que girei a chave na porta meu celular voltou a chamar...
_ Porra Brancão... Não acredito que você não vira, cara. A turma toda virá...Só vai faltar você meu camarada.
_ Na verdade meu caro Capitão teles, eu e o João Carlos, né?
Eu não sei o qual o efeito que a frase que eu disse a ele teve...
_ Eu não acredito, porra. Tu vai preferir ficar em casa se martirizando por conta de coisas que não tiveram nada a ver com você e suas escolhas? Olha só Guto... Cada um de nós teve a sua chance e tenho certeza que até o João Carlos pegou a dele quando a hora chegou...
_ Não se trata disso Raul... Menti.
_ Cara, você não tem como mudar o passado. Você não pode deixar a porra do passado afastar te afastar de nós, entende? Não faz isso meuamigo. Nenhum de nós teve culpa do que aconteceu com o João... Por favor não faz isso com voc~e meu amigo... Te dou no máximo uma hora e se você não chegar aqui exatamente as 21:00 h juro que vou te buscar. Ele não me deu nem chance de dizer mais nada... mais uma ligação encerrada num curto espaço de tempo.
Terminei indo à festa e confesso que tive uma das melhores noites da minha vida. Raul e Heloisa eram perfeitos como casal, anfitriões e amigos. Pedro também levou a esposa, a meio quilo, Edna Lilian que parecia ter engordado umas gramas desde a terceira gravidez. Eu, Guilherme e Marcelo chegamos e saímos sozinhos da festa. Despedi dos amigos por volta das 02:15 h da madrugada.
Algo havia acontecido comigo na festa. A tristeza por não querer ir e as palavras de Raul que não me saíam da cabeça, me fizeram acordar do que seria uma quase depressão. Parei num sinal por um breve momento e o vi numa parada de ônibus. Vestia uma calça jeans escura, camiseta justa ao corpo que parecia ser um bom corpo, era jovem e o cabelo longo estava preso por um elástico. Lentamente passei por ele já com o vidro da janela do lado do carona aberto e ao vê-lo fiquei bastante atraído pelo belo riso que ele tinha... Diminui mais ainda a marcha do carro quando o fazendo se arrastar igual tartaruga no asfalto daquela Avenida quase deserta. Parei no meio do quarteirão... Ele apenas olhava tudo o que eu fazia e engatei a marcha ré e lentamente comecei a voltar. O garoto alto, moreno e bonito não esboçou nenhuma reação até que encostei bem a seu lado e com a voz não tão firme disse:
_ Você aceita uma carona?
_ É só carona mesmo, cara?
_ Isso meu chapa só você pode dizer... Aceita?
_ Na verdade moro longe. Tava numa festa aqui perto e perdi minha carona pra casa. Acho que você não saberia me levar em casa.
_ Por que você não tenta? Garanto a você que sou um ótimo motorista... Onde você mora, cara? Na verdade ele era um garoto lindo e devia ter no máximo 20 anos de idade.
_ Próximo ao Aeroporto Internacional... Longe pra caralho.
_ Isso é verdade. Estive por lá há uns seis meses atrás quando cheguei aqui.
_ Por isso que você fala meio enrolado, né?
_ Acertou, garoto... Morava nos Estados Unidos.
_ Cara, lá vem meu ônibus... Livrei você de uma quase viagem, né?... Obrigado pela oferta. E me fitou com seu olhar sedutor e inocente.
_ Ei... Não senhor, meu amigo... faço questão de te levar em casa... Você me deixaria fazer isso? ... Na verdade Eu não queria encerrar ali a conversa que estava tendo com esse estranho garoto. Ele me atraía cada vez mais e pude notar que exercia a mesma atração pra ele.
_ Você tem certeza que quer mesmo fazer isso?
_ Eu insisto... Entra aí. Enquanto ele abria a porta do carona, o ônibus passou pela parada e assim que ele entrou seguimos até um retorno onde ele foi me guiando pelas ruas e avenidas desertas dessa grande cidade.
Seu nome era Jonas Fernandes, tinha na verdade 19 anos de idade, cursava Odontologia na Universidade Federal, era filho de pai Oficial Militar na PM e mãe Contadora. Tinha um casal de irmão maiores que ele e casados e como havia me dito no início, tinha vindo a uma festa na casa de amigos da Faculdade e como o amigo que lhe trouxera havia brigado com sua namorada ele só veio saber que estava na merda, palavras dele, quando viu a hora e ficou apavorado. Me disse também que ficou meio relutante em aceitar minha oferta e que por eu parecer um cara bem legal ele aceitou...
Levamos quase uma hora para chegar em frente ao Condomínio em que ele morava com sua família...
_ Confesso que é um bocado longe... Falei já sorrindo em sua direção.
_ Arrependido de ter vindo Otávio?
_ Você me chamando assim parece minha mãe... Guto é bem mais fácil e rápido além de combinar mais comigo, certo?
_ Isso é verdade, falou ele rindo.
Nosso olhos praticamente faiscavam. Era óbvio que nem eu e muito menos ele queríamos que essa noite acabasse. A aproximação entre nós foi inevitável. Eu tava louco pra beijar aquele garoto e com certeza quando ele me deu a deixa, não deixei a chance escapar pois num pequena fração de segundos lembrei das palavras do meu amigo Raul Teles.
Jonas tinha os lábios macios e carnudos. Foi muito bom quando ele deitou a cabeça no meu peito e abriu a boca pra receber minha língua. O garoto chupava gostosamente me excitando de uma maneira que jamais havia ficado na vida. Seu braço esquerdo tentou me abraçar mas o banco do carro não lhe deu muita condição para isso e ele ficou apenas se apoiando nele enquanto me deixava louco por conta der seu beijo.
Ele me chupou a língua por minutos incontáveis. Fomos parando lentamente e após receber um selinho dele, o ouvi disser quase num sussurro:
_ Tenho que entrar, Guto. Valeu cara por salvar uma noite meio perdida e minha pele... Eu nem sei que horas chegaria aqui se não fosse por tua insistência.
_ Nem mesmo sei porque insisti tanto... Nunca fiz isso com ninguém... Só que, ao te ver ali sozinho e praticamente vulnerável numa Avenida tão deserta como aquela, me deu vontade de te proteger... sei lá, garoto... Ia ser ruim se algo acontecesse a você e eu que tive a chance de te ajudar não o fizesse, entende? E o principal disso tudo... Eu senti algo quando te vi e o resto você já sabe... O beijei novamente. Sua boca mais parecia um imã... Ele mais uma vez colou seu peito no meu, mesmo sentado no carro e viajei com ele por quase cinco minutos...
_ Você me liga liga mais? Perguntei já cheio de esperança... Jonas tinha realmente mexido comigo.
_ Vou acordar tarde. Pode ser depois do meio-dia?
_ Caro que pode, garoto.
Ele me deu um selinho demorado, lambeu meu lábio inferior e rapidamente saiu do carro. Alguns minutos depois de vê-lo entrar, dei partida e tive muito em que pensar na verdadeira viagem de volta.
ENQUANTO ISSO NO PRESÍDIO...
João Carlos não quis falar com ninguém depois que voltou pra sua cela. Voltar a ouvir a voz do garoto que amou e saber que agora era a voz de um total estranho que havia lhe falado naquela breve frase ao telefone, lhe deixou angustiado demais. Ele sempre temeu que isso um dia acontecesse. Seria capaz de mandar matar quem lhe informara sobre sua condição atual. Claro que o brilhante Promotor Público, Dr. Marcelo de Albuquerque Novaes, tinha alguma coisa a ver com isso.
" Te deixei viver por ter muita consideração por você... Filho da puta metido e arrogante ".
A seu pedido, Chinês e os demais cães de guarda ficaram nos corredores de aceso a sua cela e somente o ar poderia passar até a sua ordem...
_ Pode deixar, Boca.
Bill tentou por diversas vezes falar com seu protetor e foi barrado pelos demais integrantes da turma do Boca...
_ Já disse garoto, quando ele quiser te ver, ele mesmo manda te chamar... vaza daqui e não insiste mais...
Durante o jantar no refeitório do presídio apenas Bill e Chinês compuseram sua mesa e assim que saíram do lugar, Boca e Bill entraram na cela do cara mais poderoso do presídio...
_ Você ta bem, Boca?
João Carlos havia sentado na cama após tirar a bermuda. Olhou para garoto, seu um sorriso falso e irônico...
_ Já tive melhor... Só que isso é coisa do passado e se tem uma coisa que odeio Bill é falar do passado... Tira a roupa e ajoelha aqui na minha frente.
Enquanto o garoto tirava sua bermuda e camiseta, Boca deitou na cama com os pés pra fora e ao ver o corpo branco, esguio e nu de Bill disse...
_ Chupa meu cu porra, e mete a língua em mim seu filho da puta... Quero que você me foda, ouviu bem? Quero ser fodido por você, garoto filho da puta...
O garoto ajoelhou bem a sua frente e levantou as pernas de Boca que as segurou com a máxima precisão e foi lentamente em direção ao seu buraco... Seus lábios tocaram a fina pele do rabo do maior traficante de drogas do estado e ao seu toque, Boca contraiu seu orifício e depois relaxou quando a língua quente de Bill começou a trabalhar nele. Seu cu estava totalmente exposto e ele começou a arfar a cada chupada forte que recebia.
Ele sempre quis que Guto fizesse isso com ele... Lembrar dele não era coisa boa nessa hora... Prontamente ele pediu:
_ Bate na minha bunda, caralho. bate com força, marca essa bunda toda que vai ser tua, porra...
Só a dor pode cortar a dor... Boca queria matar de vez o homem que um dia pensou ser... João Carlos era um fraco e isso era inaceitável na sua condição de vida atual... Bill passou a alternar tapas e lambidas na bunda de Boca... Enquanto a língua de Bill lhe explorava ele sentia que estava conseguindo seu intento e a imagem de Guto foi aos poucos se afastando dele, até que Boca assumiu totalmente o controle...
O garoto não tinha muito jeito mas procurava imitar seu mestre com a máxima precisão... Boca virou e empinou a bunda firme e aveludada na direção do garoto que pirou quando ele mesmo a abriu e disse:
_ Me faz gritar de tesão por você, caralho... Entra onde ninguém jamis conseguiu entrar, porra... Não perde a chance de ser meu dono, filho da puta...
O garoto estava extremamente excitado e tomar posse do corpo de seu protetor era algo surreal... Ele entrou de um só vez como havia sido ordenado... Boca apenas gemeu enquanto mordia o punho da mão esquerda... João Carlos gritou de pura agonia por saber que com seu gesto conseguira matar de uma vez por todas o garoto que há quase cinco anos havia entrado ali por razões que agora não tinham importância nenhuma...
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Meus queridos e queridas,
Que cada um tenha o melhor dos domingos de suas vidas. Fico em falta novamente com vcs... maia uma vez problemas na postagem do conto. Sei que isso não pode ser usado como desculpas, só que como estou terminando tarde a parte escrita e se ainda fosse falar com cada um de vcs, não faço a menor ideia de que horas o capítulo iria pra página...
Obrigado pela compreensão que já li em alguns comentários e por todo o carinho de sempre. beijos e abraços meu querido Povo do Lado Esquerdo. Nando Mota.
