Helena estava almoçando em um restaurante com Angélica, Isabela e Estela. No menu, sua transa com Didier Affoué, o marfinense do conto anterior. - Me senti usada por ele. O canalha poderia, ao menos, ter me dito que ia embora e que só queria mesmo transar comigo e pronto - disse ela. - Por isso, eu não me relaciono mais com homens. Não perdi nada com essa decisão - respondeu Isabela. - Ai, Bela, mas também não é assim. No final das contas, eu nunca senti um prazer como aquele. Parecia que meu corpo ia explodir, sei lá - rebateu. - Em resumo: o cara era um canalha, mas tinha uma rola deliciosa, né vadia? - brincou Estela e todas riram alto. Angélica pediu para ir aos brinquedos do restaurante e Helena permitiu. Nesse momento, Estela chama sua atenção: - por falar em vadia, dá uma olhadinha discreta na mesa a sua direita que tem um sujeito que não pára de olhar pra você, mesmo com a esposa na frente dele - tanto Helena quanto Isabela olharam e, de fato, o sujeito olhava para elas e sorriu discretamente. O celular de Helena toca e era Manuela. Ela pede licença e se levanta da mesa, indo para a porta do restaurante atender. Pouco tempo depois, o homem também se levanta e caminha na direção dela, passando ao seu lado e indo para a calçada. Helena desliga o celular e também sai. Os dois se encontram na calçada e começam a conversar.
Adalberto se apresenta, dizendo que ficou bem impressionado como ela era bonita. - Obrigada, mas será que sua esposa vai gostar de saber disso? - perguntou. - Provavelmente não, mas ela não precisa saber. As coisas feitas em segredo costumam ser mais saborosas - falou. Helena sorriu e não reagiu quando ele se aproximou e a puxou pela cintura. Ela o abraçou pelo pescoço e começaram a se beijar lentamente, encostados no muro. Adalberto a apertava contra ele e passava suas mãos pelas costas dela, descendo na direção de sua bundinha. Helena se entregava ao beijo e derretia nos braços dele, gemendo baixinho com a língua dele serpenteando em sua boca. Ela sentia seu volume crescendo lá embaixo e se esfregava nele, erguendo de leve sua coxa para sua virilha ter mais acesso à dele. Assim, o tesão de ambos foi crescendo e a calcinha de Helena se encharcando. Não demorou e, ali mesmo, na calçada do restaurante, ambos atingiram seus orgasmos sem tirar suas roupas. O beijo foi diminuindo de intensidade aos poucos até cessar por completo. Ambos sorriram da loucura que fizeram e Adalberto lhe entregou seu cartão, dizendo que queria vê-la novamente, em um local mais apropriado. Ela guardou o cartão e voltou ao restaurante. - Voltou, vadia? Fala com a namorada no telefone e, depois, some com o garanhão e volta toda afogueada. Sei não - brincou novamente Estela.
No decorrer do almoço, Helena ficou sabendo de seu próximo programa. Isabela contou ter sido contatada por uma jovem, que queria contratar uma acompanhante para o pai, Evandro, 75 anos. Ele estaria completando 50 anos de casado se sua esposa não tivesse morrido de câncer dois anos atrás. Mesmo assim, ele queria comemorar e fazer algumas atividades que faria com a esposa se estivesse viva. - Em princípio, Lena, o programa não envolve sexo. Ele quer ir ao teatro e, em seguida, jantar no restaurante em que eles se conheceram. Pela idade, a filha disse que o programa deverá ser mais lúdico e romântico. Agora, se prepare para história antigas, lembranças e muitas lágrimas - disse Isabela. Helena topou e marcaram para a quinta-feira seguinte. Às 20 horas, um carro parou em frente à mansão e um motorista abriu a porta traseira para Ananda entrar. Lá, conheceu Evandro. Ele estava impecavelmente vestido em um paletó azul marinho, muito cheiroso e gentil. Beijou a mão de Ananda e a cumprimentou. Evandro era bem conservado para a idade, cabelos bem brancos, barba muito bem feita, linguajar culto e educado e uma bela aliança de ouro na mão esquerda. Conversaram bastante no caminho até o teatro. Ao chegar, novamente o motorista abriu a porta para Ananda e, em seguida, Evandro lhe ofereceu o braço para adentrar à casa de espetáculos. Ele havia reservado um camarote.
- Esta mesma ópera foi o primeiro programa que fiz com minha Eliete. Claro que, à época, era diferente. O teatro estava lotado e todos trajados de forma muito elegante. Os homens usavam paletó e gravata sempre, alguns preferiam smoking, e as mulheres saias e vestidos longos, com estampas variadas, chapéus e lenços. Na nossa ida ao teatro, Eliete usou uma saia branca de tule longa, linda, e uma blusinha preta com um decote super discreto, mas bastante ousado pra época. Ela copiou o modelo usado pela Grace Kelly no filme Janela Indiscreta. Quando a vi naquela roupa, meu coração quase parou, me apaixonei completamente por ela - relembrava Evandro com grande emoção na voz, levando Ananda a segurar sua mão carinhosamente. Enquanto o espetáculo não começava, ele continuou contando sua vida com Eliete, os filhos que tiveram, seus momentos de alegria e o grande amor que nutriam um pelo outro. Durante o espetáculo, Evandro demonstrou grande emoção e chegou a chorar. Em dado momento, Ananda enxugou suas lágrimas e beijou seu rosto. - Devo estar ficando velho. Esse grupo nem é tão bom assim e eu ainda choro - disse ele. Após o espetáculo, saíram caminhando de braços dados até o carro e foram até um hotel de luxo, jantar. Entraram e escolheram uma mesa isolada. - Queria poder levar você ao Besame Mucho, o restaurante onde a pedi em casamento. Sempre comemorávamos nossos aniversários nele, mas ele fechou uns cinco anos atrás - disse Evandro. - Não se preocupe. Este é ótimo - respondeu Ananda. Em seguida, ela pediu licença e saiu da mesa. Ficou longe uns dez minutos e um garçom se aproximou de Evandro: - com licença, senhor, a senhora que estava aqui pediu que o senhor me acompanhasse.
Evandro não entendeu nada, mas acompanhou o garçom. Eles subiram até a cobertura e entraram em um dos quartos. Ananda estava lá dentro. - O que está acontecendo? - perguntou. - Achei que ficaríamos mais à vontade aqui em cima. Podemos jantar aqui, conversar, dançar. Comemorar suas bodas de ouro na suíte nupcial me parece mais apropriado - disse ela. - Filha, obrigado pela surpresa, mas não posso. Eu não fico com uma mulher há cinco anos. Não consigo mais - falou Evandro constrangido. Ananda se aproximou dele, tomou suas mãos e o levou para o centro do quarto. - Não se preocupe. Soube que você é um grande dançarino. Me acompanha? - perguntou. Foi até o aparelho de som e colocou 'Valsa dos Namorados', de Carlos Galhardo. - Soube que essa era a música de vocês - disse ela. Evandro se levantou e, muito emocionado, enlaçou Ananda e começaram a dançar. Ananda havia sabido pela filha de Evandro do seu gosto musical, então preparou uma seleção de canções de Carlos Galhardo (o cantor que dispensa adjetivos), Orlando Silva (o cantos das multidões), Chico Alves (o rei da voz) e Sílvio Caldas (o caboclinho querido), conhecidos como os quatro grandes da era do rádio. Evandro e Ananda dançaram por quase uma hora sem parar. Embalados pelas músicas românticas do seu tempo e pelo carinho de Ananda, Evandro não resistiu e a beijou. Ao fundo, tocava 'Chão de Estrelas' na voz do Caboclinho Querido e o beijo era suave e terno, acompanhando a toada de Sílvio Caldas. Ananda acariciava os cabelos brancos de Evandro, macios como um tufo de algodão. Suas mãos seguravam forte a cintura dela, acariciava suas costas e seus corpos se esfregavam gostosamente. O pênis de Evandro começou a dar sinais de vida.
Cessaram o beijo e se olharam bem próximos um do outro. - Parece que mais alguém está querendo brincar conosco. Por que não vamos para um ligar mais confortável? - perguntou ela. - Eu não vou conseguir. Eu tive um enfarto cinco anos atrás e, desde então, ele não funciona mais - disse Evandro. - Ele está funcionando agora. Não se preocupe, querido, eu posso cuidar de você. Vem - convidou Ananda, puxando sua mão na direção da cama. Começou a tirar seu paletó, lentamente, deixando-o apenas de calça. Beijou seu peito peludo, passou a língua pelos mamilos e se ajoelhou. Abriu o cinto, abaixou sua calça e a cueca, deixando-o nu. Seu pênis não estava totalmente duro, mas apresentava alguma rigidez. Ela o acariciou, beijou delicadamente a cabeça e o deitou na cama. Tirou seu vestido e, também nua, se deitou por cima de Evandro. - Você é linda - disse ele. Voltaram a se beijar e ele a abraçava com força, passando suas mãos pelo corpo dela, arrepiando sua pele. Evandro se virou, ficando por cima, encaixado no meio das pernas de Ananda. - Talvez eu não possa ser o homem que você gostaria e merece, mas posso te dar prazer - falou. Beijou seu pescoço e desceu para os seios dela, passando a língua, beijando e sugando os mamilos. Brincou com os seios por longos minutos, arrancando gemidos deliciados de Ananda. Beijou sua barriga, suas coxas e chegou a sua vagina. Evandro a chupava de forma diferente do que ela estava acostumada, não era agressivo nem forte, era delicado, suave, carinhoso. Tratava os lábios vaginais como se fossem de cristal e chupava seu clitóris como a uma manga madura, alternando força e velocidade. Ananda não demorou e começou a gozar na boca dele. Seu corpo tremia de tesão e sua respiração ficava ofegante e pesada. Evandro a chupou até seus lábios cansarem e deu a ela incontáveis orgasmos.
"Esse corpo moreno // Cheiroso e gostoso // Que você tem // É um corpo delgado // Da cor do pecado // Que faz tão bem" tocava no aparelho de som e Evandro sorriu. - Se o Sílvio Caldas fosse vivo hoje, eu juraria que ele fez essa música para você. Parece que ele está descrevendo você, minha linda - falou um embevecido Evandro, se deitando ao lado de Ananda. Ela, por sua vez, se virou por cima dele, sorriu e o beijou. Acariciou seu peito, brincou com os pêlos brancos e desceu a mão até seu pênis. Evandro tentou impedi-la, mas ela pediu que ele tivesse calma e confiasse nela. Começou a massagear seu pênis enquanto beijava seu pescoço e chupava seu mamilo direito. Evandro fechou os olhos e ficou curtindo o carinho dela. O pênis enrijecia, mas não ficava totalmente duro. Mesmo assim, ela se abaixou e o colocou na boca. Chupou bem devagar, passou a língua, brincou com o saco dele. Apesar de não totalmente duro, ele tinha um bom tamanho e grossura. Era cheiroso e gostoso de chupar. Quando achou que já era possível, Ananda se sentou em sua cintura e colocou seu pau na entradinha de sua vagina. Ele a penetrou e ouviu-se um gemido profundo de Evandro. Ananda começou a se movimentar lentamente, se apoiando em seu peito, e foi aumentando o ritmo aos poucos. Evandro se virou e passou a penetrá-la no papai e mamãe, beijando-a e acariciando-a. A expressão facial dele denotava todo o prazer que sentia no momento. Seu coração estava acelerado e sua pulsação altíssima. Com um urro, Evandro anunciou seu gozo, ejaculando dentro dela. Depois, desabou na cama banhado de suor. Passaram a noite no hotel e foram embora na manhã seguinte. Dez dias depois, Isabela chamou Helena em seu escritório e pediu que se sentasse. Ela estava séria e parecia tensa. - Helena, acabei de receber um telefonema da filha do Evandro, aquele cliente de 75 anos que você atendeu nas bodas de ouro, lembra? Pois bem. Ele faleceu, querida. A filha dele me disse que ele tinha problemas cardíacos e amanheceu morto, enfarto agudo do miocárdio. Mas, deixou um bilhete, dizendo que ia se encontrar com a esposa e pedindo que agradecesse a você pela bela despedida que ele teve desse mundo - disse Isabela. Helena não resistiu e caiu no choro, sendo confortada pela amiga.