- Oi, princesinha, tudo bom? - perguntou Manuela de Brasília, com vozinha de sono. - Oi, Manu. Te acordei? Desculpa, não devia ter ligado tão tarde. É que eu queria ouvir tua voz - disse Helena. - Não, lindinha, sem problema. Aconteceu alguma coisa? Não estou gostando da sua voz, tá tão tristinha - falou Manu. Helena começou a chorar e contou a história de Evandro, seu cliente que faleceu poucos dias após o encontro deles. Disse que isso nunca tinha acontecido antes e ela estava péssima. Manuela tentou consolá-la, dizendo que não fora sua culpa, mas Helena estava inconsolável. Além disso, sentia também saudades dela, do seu carinho, dos seus beijos, de ficar deitada em seu colo, recebendo cafuné em seus cabelos. Disse isso a ela e mais: disse também que a escola onde trabalhava faria uma festa na sexta-feira de final de ano e ela queria muito que Manuela a acompanhasse. Manu adorou a ideia e perguntou se não haveria problema para ela com seus superiores e colegas. Helena disse que não e combinaram a ida, então. Seria uma chance de Manuela conhecer Angélica.
Na sexta-feira, Helena arrumou Angélica para a festa e foram para a escola. Manuela as encontraria lá. A festa era tradicional no colégio, com barraquinhas de comida, música, danças das crianças e discursos da diretora, agradecendo pelo ano letivo e saudando o seguinte. Meia hora depois de terem chegado, Manuela apareceu. Estava linda em uma calça branca muito justa e uma blusa vermelha com um blazer branco por cima. Ao vê-la, Helena foi recebê-la com um lindo sorriso no rosto, um abraço longo e carinhoso e um beijo na bochecha. Estava também muito cheirosa. Em seguida, a apresentou para Angélica e a levou para onde estava acontecendo a festa. Para surpresa de Manuela, Helena segurou sua mão e foram assim o caminho todo. Sentaram-se nas cadeiras em frente ao palco e ficaram escutando os discursos da diretora, pais e alguns professores. Angélica veio e se sentou no colo de Manuela enquanto sua mãe foi buscar umas bebidas para elas. Quando voltou, sentou-se ao lado das duas e ficaram as três conversando animadamente até Angélica sair e ir correndo para onde estavam seus amigos de sala. As mulheres cochichavam o tempo todo e tocavam nas coxas uma da outra discretamente. Ao longe, Helena avistou Didier Affoué, o africano com quem ela transara algumas semanas antes. Manuela perguntou quem era e não ficou nada satisfeita ao saber a resposta. - Espero que ele não venha até aqui. Não estou afim de testar minha diplomacia com meus rivais - disse ela. Helena sorriu, lhe deu um beijo no rosto e segurou sua mão. - Ele não é nem nunca foi seu rival. Mas, adorei te ver com ciúmes - falou, rindo.
Após os discursos, o palco foi liberado para dançarem e Helena convidou Manuela. As duas se dirigiram ao centro do salão e começaram a dançar, abraçadas e com os rostos colados. - Está todo mundo olhando pra nós, já percebeu? Imaginando quem é essa pessoa que a professora Helena trouxe ou por que a deputada Manuela Dias está dançando de forma tão carinhosa com a professora. Aposto que alguém virá conversar com você sobre isso - sussurrou Manuela. - Já percebi sim e já imaginava que isso aconteceria. Quando vierem falar comigo, a resposta que darei depende de você. Você é minha amiga, minha amante ou o quê? - disse Helena. As duas se olharam por alguns segundos, em silêncio, e voltaram a deitar a cabeça no ombro da outra. De fato, em uma rápida olhada pelo salão, o casal ali ao centro se tornou a grande atração da festa. Pequenos grupos se formavam e cochichavam, especulando o que estaria acontecendo ali. Helena, afinal de contas, fora casada há até pouco tempo e Manuela, não havia nenhuma indicação de que a deputada fosse lésbica. As duas, alheias a esses grupos, continuavam dançando como se nada mais importasse para elas e cochichavam baixinho, falando da saudade que sentiram nesses dias todos de separação.
- Esta festa vai até que horas? - perguntou Manuela. - Não deve demorar muito mais. Por quê? - respondeu Helena. - Porque eu estava pensando em irmos à Arco Iris, a nova boate que inaugurou semana passada - disse ela. Helena levantou a cabeça, confusa com a proposta. - A Arco Iris é uma boate LGBT. Se nós formos lá, se você for lá, seu segredo será descoberto. Aqui, as pessoas só desconfiam de nós duas, mas na Arco Iris, eles terão certeza - falou Helena. - Não estou mais preocupada com isso. Eu sempre disse a mim mesma que meu segredo iria ser mantido até o dia em que eu me apaixonasse, em que eu conhecesse alguém por quem valesse a pena me assumir. Você é esse alguém. O Congresso vai entrar em recesso de fim de ano e vou poder ficar mais tempo aqui na cidade. Vou poder lutar por você, pra te conquistar. E, pra isso, não vou poder ficar me escondendo - disse Manuela. Helena deitou a cabeça no ombro dela e a apertou mais durante a dança. Ficaram juntas na escola por mais uma hora quando Angélica pediu para ir embora, pois estava com sono. Combinaram, então, de Helena levar Angélica de volta para a mansão e Manu as seguiria. De lá, iriam no carro dela para a boate. Assim, fizeram e, após colocar Angélica na cama, as duas voltaram para o carro de Manuela e, mal entraram, começaram a se beijar. - Passei a noite toda louca para beijar você - disse Manuela entre um beijo e outro. - Eu também. Que saudade da tua boca gostosa - respondeu Helena quase sem fôlego. Se beijaram e se acariciaram por alguns minutos e rumaram para a boate. Era um local bonito e muito animado. Apesar do seu trabalho e de já ter se relacionado, mesmo que parcialmente, com mulheres, Helena jamais havia ido a uma boate LGBT. Entraram, pediram uma bebida no bar e, logo em seguida, foram dançar. Dividiam a pista com inúmeros casais de mulheres e de gays, todos muito à vontade e se beijando abertamente. Helena e Manuela não demoraram para entrar no clima e logo estavam se beijando intensamente, com suas línguas travando um belo duelo. Dançaram duas músicas e foram a uma mesa. Manuela tirou seu blazer, expondo o belíssimo decote de sua blusa vermelha. Voltaram a se beijar e Helena não se conteve em agarrar um dos seios da deputada enquanto ela passava a mão na coxa de Helena, por baixo do vestido. Ali, se sentiam livres para namorar e se curtir totalmente, sem julgamentos ou preconceitos.
Por volta das 3:30hs, exaustas de tanto dançar e explodindo de tesão, resolveram ir embora. Manuela dirigia o mais rápido possível para chegar logo em casa. Entraram e Helena se jogou de bruços no sofá da sala, se dizendo morta de cansaço. Manuela veio logo atrás e se deitou por cima dela, beijando seu pescoço e nuca. - Nem pense em desmaiar de cansaço aqui embaixo, mocinha. Temos muito o que fazer lá em cima, em uma cama enorme, quentinha e muito confortável - sussurrou. Helena gemeu baixinho e as duas se levantaram e subiram as escadas, trocando beijos e carícias, deixando as roupas pelo caminho. Chegaram ao quarto somente de lingeries e caíram na cama. Manuela ficou por cima e as duas não paravam de se beijar. Seus seios se esfregavam uns nos outros. Manu se encaixou entre as pernas de Helena e começou a fazer movimentos de cópula. A professora travou suas pernas nas costas dela e a pressionava mais ainda contra sua pélvis. As calcinhas estavam encharcadas e tiveram o primeiro orgasmo da noite. Manuela desceu e começou a mamar nos seios de Helena, passando a língua nos mamilos e dando leves mordidas. Helena revirava os olhos de prazer e seu corpo ardia de tesão. Manuela beijava os braços, as mãos e os dedos de Helena, sua barriga, suas coxas e seus pés. Não deixava um centímetro do corpo dela sem receber seus beijos e carícias. Tirou a calcinha de Helena e passou a chupar sua boceta ensopada. Sua língua passeava pelos grandes lábios, pincelava o grelinho, sempre bem devagar, levando a professora a um estado de êxtase absoluto. Manuela a virou de bruços e começou a brincar com sua bundinha, beijando, lambendo e passando a pontinha do dedo pelo cuzinho ao mesmo tempo em que lambia a xana. Helena mordia a fronha do travesseiro e chegou a um novo orgasmo.
- Eu amo teu cheiro, amo teu gosto, tua pele, tua alegria. Amo tudo em você, minha lindinha - disse Manuela no ouvido de Helena, deitada em suas costas. Helena se virou e voltaram a se beijar. Agora, foi a vez dela passear com a língua pelo corpo da deputada, mamar seus seios deliciosos e chupar sua boceta, se afogando em seu mel. Manuela gemia alto, gritava e pedia mais. Helena caprichou na chupada, colocando dois dedos dentro dela e brincando com o clitóris com seu polegar. Manuela tremia e seu orgasmo veio forte e profundo. Helena subiu no corpo dela e se abraçaram carinhosamente. Trocaram beijinhos leves e acariciaram seus corpos, sentindo suas peles macias e quentes. Já passava das 4:30min e seus corpos pediam sono, seus olhos pesavam. Manuela deitou Helena em seu peito e a abraçou. - Quando você listou as opções de quem eu poderia ser, você falou sério sobre namorada? - perguntou. - Falei sim. Só não posso te prometer, ainda, deixar a agência. Você acha que conseguiria lidar com isso? - respondeu Helena. - Se você me der uma chance real de te conquistar, de mostrar que posso te fazer feliz, conseguiria sim. Eu te amo e quero ficar com você. Podemos tentar - falou Manuela. As duas trocaram um último beijo e dormiram.
P.S. Reforço meu convite para acessarem o blog Mente Lasciva, com esse conto e outros de minha autoria. Obrigado - https://mentelasciva.wordpress.com/