Oi! Acho que uma apresentação vai ser legal. Esse é o meu primeiro conto, e quero deixar algumas informações para meus futuros leitores.
Primeiro, e talvez mais importante, cada conto meu é fictício. Alguns são inspirados em fantasias próprias, outros em meras ideias, e ainda outros em acontecimentos
totalmente sem sentido. Ocasionalmente publicarei algo que eu gostaria que acontecesse. Minha descrição não vem ao caso, já que eu não sou a personagem principal; espero que gostem dos participantes dos contos tanto quanto
gostariam de uma história verídica. Sou bissexual e já vivi bastantes experiências, então posso escrever de tudo aqui - mesmo de algumas coisas que não fazem meu
estilo -, espero agradar ao maior número de leitores possível.
Vamos ao conto. Aproveitem!Bom dia. Meu nome é Adalberto e tenho vinte e cinco anos. O que venho contar é uma das melhores férias que já tive, mas antes vou apresentar a mim e aos
integrantes dessa história que aconteceu quando eu tinha dezenove.
Tenho 1.76 de altura e peso 80 quilos. Desde sempre gostei de esportes. A prática constante dos mesmos foi o que me deu esse porte de cara baixo (certo, nem
tanto) e entroncado. Tenho ombros e peito musculosos, pernas fortes e definidas e braços condizentes com o restante de minha fisionomia. Meus cabelos são castanho
escuros, cheios e ondulados. Meu rosto é comum, meus olhos e lábios sendo o destaque. Meus olhos são intensamente castanhos e meus lábios são grossos e desenhados.
Acostumado ao sol, sou bronzeado e me considero bonito.
As pessoas relevantes dessa história são grandes amigos meus. Desde meus quinze anos os conheço e somos inseparáveis até hoje.
Foi com esses amigos que aconteceu o que descrevo a seguir.
Marina é uma pessoa muito gente boa. Ela tem estatura mediana, cabelos perfeitamente enrolados e pele em um tom claro de marrom. Os olhos grandes e o sorriso
sempre malicioso sugerem coisas aos marmanjos de plantão. Os seios dela são redondos, grandes e erguidos como se ela fosse siliconada (já confessou não ser), a
cintura bem contornada complementa um belíssimo traseiro e as coxas são grossas e parecem ter sido esculpidas à mão. Ela tem minha idade e daria (ui!) uma perfeita
vagabunda se não namorasse o Adriano, outro amigasso. Este tem vinte e quatro anos, é baixo e magro, mas tem músculos bem definidos e um sorriso sacana que sempre
denuncia pros amigos quando ele está aprontando. Tem o cabelo raspado e a pele clara. Esquisitão, mas essa aparência estranha faz com que ele atraia muito a
atenção feminina, embora a simpatia contribua mais para tal. Brenda é outra amiga nossa. É baixinha, não deve medir mais que 1.60 e bem magrinha. A bunda
redondinha e firme é o atrativo dela, já que os seios são pequenos. Ela é tão bronzeada quanto eu, mas tem cabelos pretos e usa sempre em uma trança grossa. Os
olhos são verdes e mais calmos que o restante da galera. Ela tem vinte e quatro anos. E por fim a Natália. Essa beldade é quase tão alta quanto eue magra,
mas toda sarada. As coxas são grossas, a cintura fina, a pele clara, os cabelos lisos, loiros e tão longos que chegam aos quadris. Tem olhos castanho claros,
lábios sorridentes e vinte e seis anos. Os seios dela são proporcionalmente médios para pequenos, mas no porte gracioso de Natália ficam perfeitos.
Como eu disse antes, somos todos amigos há muito tempo. Desde sempre frequentamos as casas uns dos outros (a Brenda tem inclusive a chave da minha) e os
trabalhos em grupo, quando a situação permitia, eram sempre feitos pelo nosso grupinho. Na verdade foi em um desses que conhecemos o Adriano. Ele e a Brenda eram
novos na turma e os mais novos no segundo ano. A Brenda demorou mais pra se chegar conosco por ser sempre mais tímida, mas não demorou muito para descobrirmos que
basta boa companhia e a garota se solta. Foi no terceiro trabalho em grupo do ano (a professora de filosofia era adepta a ensinar através deles) que conhecemos a
aluna nova, justamente no dia em que seria na casa do Adriano. Os pais dele eram responsáveis, mas flexíveis e deixaram ele com alguma liberdade, desde que não
estrapolasse os limites que o bom senso impunha. Demorou algum tempo para a Brenda relaxar, mas depois que se soltou se tornou minha melhor amiga, mais chegada até
que o Adriano. A princípio nossas conversas eram muito triviais: viagens a lugares inesquecíveis, músicas e filmes, seriados, gostos esportivos, estilo de
vestimenta, roupas, matérias favoritas e todo o papo que envolve duas pessoas se conhecendo. Rapidamente, porém, notamos nossa semelhança - a única diferença é que
enquanto ela era tímida eu era extrovertido - e nos aproximamos muito. Frequentemente íamos ao cinema juntos, ao shopping, assistir um ao outro nos esportes (eu
a
via jogar futebol e ela me via nadar e lutar MMA) até que ambos tínhamos acesso livre à casa um do outro. Ela se aproximou muito da Marina também, e o Adriano se
deu bem de cara comigo. Com ele eu costumava jogar Vídeo Game, falar sobre mulheres (claro!) e beber. Principalmente beber, curtir o bom rock e falar bandalheiras.
Com ele, fiz os professores mais controlados terem dor de cabeça para o resto da vida e corri pela primeira vez de um time rival que insultamos em um jogo de
futebol. Enquanto a Brenda era uma ótima conselheira e uma ouvinte ideal, Adriano era muito mais objetivo e os conselhos dele não careciam de lógica também ("Ah,
manda ela tomar no cu!").
A Marina era incrivelmente divertida, uma mentirosa e cara-de-pau que nunca vi igual e tinha uma lábia capaz de convencer o coordenador a perdoar mais de uma
besteira que o Adriano e eu insistíamos em aprontar. Rápida com a língua e com uma boa cabeça, também era aquela que livrava nosso couro quando nos enrolávamos nos
trabalhos propostos pelos professores. Todos nós nos entendíamos muito bem, e contávamos tudo uns aos outros. É claro que nesse tipo de grupos sempre há aqueles
com maior união, e no caso minhas uniões eram com Brenda e Natália. A Natália era a melhor companheira de todas quando se fala em aventuras. Amante da velocidade
e
da adrenalina e sem um pingo de medo ou frescura, me acompanharia em qualquer maluquisse ou esporte, por mais absurdo que parecesse (ou fosse). Com ela o meu lado
mais pervertido e aventureiro aflorava, e comigo ela demonstrava o lado mais sentimental. Nossas conversas eram sempre imprevisíveis, correndo de uma piada safada
para um tema sério em dois tempos e voltando para algo incrivelmente trivial antes que pudéssemos soletrar "deprê".
Agora então vamos à história.
Dois mil e nove. Noite escura e chuvosa. Falta de luz, vários amigos reunidos para assistir a um Grenal. Adriano e eu torcendo para o Inter, Natália e Marina
para o Grêmio, Brenda deitada no sofá com cara de nada.
Minha casa não era tão grande mas comportava facilmente todos nós. Eu já a alugava com ajuda do meu pai, e era um apartamento com dois quartos. Geralmente eu
dividia o quarto de hóspedes (um beliche e um couchão) com Brenda e Natália e meu quarto (cama de casal) ficava para Adriano e Marina que, diga-se de passagem,
eram muito indiscretos, rs.
Naquele dia, logo depois do Grêmio marcar o segundo gou (dois a zero para eles) e das meninas pisarem bastante em nós pelo vexame do nosso time, a luz acabou.
Tínhamos uma caipirinha gelada cada um e já estávamos ligeiramente alegres, com exceção da Brenda que bebeu mais que todos nós juntos mas não dava nem sinal do
feito.
- Caralho, agora? Agora, logo agora? Agora, sério, agora? - Reclamou o Adriano, dando socos na mesa e gritando palavrões dos mais criativos.
- É, agora - disse Marina, cheia de si - mas olha pelo lado positivo, não vai precisar ver os tricolores esmagar os colorados!
- Ainda teríamos uma revirada, vai por mim - respondeu Adriano.
- Aos trinta e nove do segundo tempo? - Perguntou Natália, em pé.
- Primeiro tempo - rebati. - Pri-mei-ro tempo.
- Que seja! - Riu Marina. - Íamos ganhar de qualquer jeito, mesmo que fosse aos três do primeiro tempo.
- Mas já que faltou luz - disse Brenda do sofá - vamos acertar o que fazer nesse fim de semana. As férias começam daqui a uma semana e eu quero marcar esse
meio de ano com algo que valha a pena lembrar.
- Fim de semana não - respondi, depois de tomar um longo gole da caipirinha - ainda falta tempo para as férias. Esse fim de semana quero nadar e dar uns caldos
no Adriano.
- É isso aí - concordou Adriano - dar uns caldos no... ôô!! - Exclamou com falsa indignação.
Naturalmente rimos. Típico do Adriano.
- Nadar vai ser legal - concordou Brenda, se levantando e caminhando às cegas até a mesa. - Me faz outra, Beto? - Pediu.
- Vou pegar uma lanterna, esperem aqui - devolvi e fui a meu quarto. Voltei com uma daquelas lanternas grandalhonas que eu sempre tinha na gaveta. A luz que
ela produzia era forte e brilhante, mas a iluminação ficava precária. Particularmente, o ambiente ficou mais legal assim. Quando a lanterna era pendurada no lustre
dava a impressão de uma discoteca.
Fui até a cozinha, aproveitando que a luz não tinha acabado a mais de alguns minutos e voltei com uma caipirinha nova para cada um.
- Como eu dizia - continuou Brenda - eu quero nadar com vocês.
- Conheço um lugar legal perto da praia que aluga barcos - comentou Adriano.
- E eu sei onde podemos voar de parapente - falou Natália.
- Oh! - Fiz. - Parapente é melhor que nadar! Quem topa?
- Eu - disse Natália antes de eu terminar a pergunta.
- Vocês - disse Adriano.
- Divirtam-se - disse Brenda preguiçosamente.
- Bem... eu vou com vocês - disse Marina, a voz tremendo ligeiramente.
- Medo de altura? - Caçoou Adriano.
- Vem conosco, amiguinho - convidei.
- E por hoje, o que a gente vai fazer? - Foi a resposta do moleque.
- Provavelmente beber até dormir na mesa - disse Brenda, rindo.
- Como você consegue beber tudo isso e não sentir nada? - Admirou-se Natália.
- Eu sei lá - respondeu displicentemente a menorzinha. - Deve ser do meu pai. Eita pé de cana!
A noite transcorreu assim. A lanterna no lustre, a chuva reboando nas janelas, os relâmpagos iluminando a sala e a gente rindo por qualquer besteira.
O dia passou, descobrimos que o Inter empatou ("Ra! Eu não disse que muita coisa podia acontecer?") e o fim de semana foi temperado por uma belíssima descida
de parapente. Mas as férias estavam chegando e era nelas que pretendíamos arrasar.
Estávamos pensando se íamos em um daqueles lugares ao ar livre para fazer exercícios, subir trilhas e nadar em cachoeiras ou viajar a um parque aquático. No
fim, o ar livre ganhou e todos combinamos de ir ao lugar.
A viagem foi um pandemônio. Primeiro, a Natália esqueceu de abastecer o carro e tivemos que voltar quando estávamos quase na estrada. Quando o tanque estava
cheio e estávamos quase chegando na estrada outra vez a Marina lembrou que deixou o protetor solar em casa. Já estávamos voltando para o caminho quando Adriano se
deu conta que não tinha arrumado nenhuma bagagem ("Brincadeira, não é?"). E quando ele voltou ao carro com a mala pronta eu me lembrei de comprar os ingredientes
para os almoços e as bebidas, que tinham ficado sob minha responsabilidade. Quando finalmente conseguimos pegar a estrada, já eram três da tarde.
A viagem transcorreu aos insultos, resmungos e reclamações. Mas quando chegamos ao lugar escolhido, esquecemos de todos os inconvenientes.
A casa onde ficaríamos era uma construção imensa de dois andares feita toda em madeira nobre ao estilo antigo. Colunas quadradas cujos meus braços não
envolviam sustentavam o teto e tinham adornos como chifres que se usava para beber pinga. As mesas de madeira pesada eram todas polidas, e as escadas eram de
pedra. O segundo andar era só de quartos, todos esses grandes e com camas da mesma madeira e de grossos colchões. As janelas eram enormes, as persianas pesadas e
em volta da casa era tudo campo, grama alta e árvores majestosas. Havia um banheiro proporcional ao resto da casa que, junto com os cremes que as meninas trouxeram
e o boxe onde cabiam quatro homens como eu com muita liberdade, era o equivalente a uma mansão pequena e logo nos habituamos ao clima do campo. Inauguramos aquela
noite... bem, dormindo. Tombamos nas camas e acordamos só às dez do outro dia. Já cedo preparamos o churrasco na gigantesca churrasqueira de pedra que tinha no
lado de fora da casa e comemos, bebemos e rimos como um bando de vadios. Depois de encher a barriga e a cara, começamos todos a cantar. O Adriano tirou sabe-se lá
de onde um violão, Natália e Marina cantaram e eu dei uma de segunda voz (muito desafinado, diga-se de passagem).
Em um momento, o Adriano passou o violão para mim e começamos a cantar músicas de corno. Enquanto isso, as meninas incentivavam com nomes de músicas cada vez
mais apelativas e de um momento para outro a música brega virou funk do mais baixo, com uma hilária encenação da Marina sobre uma vagabunda bêbada descendo até o
chão. Ela não estava exatamente sóbria, o que tornou o deboche mais realista e fez todos rirem. Adriano riu tanto que derrubou vódica por toda a roupa e a mesa.
A noite chegou e nós nos recolhemos. Após dormirmos tanto quanto pedras, o outro dia amanheceu ensolarado e convidativo. Mas nosso plano era cruzar a trilha
do
campo à noite, o que era, nas palavras do próprio segurança do lugar, uma coisa perigosa e arriscada. Isso, naturalmente, atiçou a Natália e eu, assustou Brenda
e
deixou Adriano e Marina com um pé atrás, mas ainda com vontade. Para tornar a aventura mais insana, eu levaria nas costas uma caixa de gelo cheia de bebidas.
- Mas que fique avisado que eu não me responsabilizo por nada - disse o segurança, resignado, quando não pôde nos dissuadir.
- Quer que a gente assine um contrato? - debochei, lançando por cima do ombro a caixa de isopor contendo o gelo e a pinga.
Passamos o dia conversando sobre tudo e nada, arrumando os equipamentos de primeiros socorros e as roupas de trilha, gelando as bebidas, carregando as
lanternas em suas respectivas baterias, comendo e esperando a noitinha chegar.
Quando esta finalmente chegou, nos dirigimos incrivelmente animados para a trilha. À distância já era visível o início do trajeto, que prometia nada menos que
um belo esforço para cruzá-lo. O segurança nos informou que, a intervalos regulares, existiam placas indicando pequenos chalés para descanso. E foi só aí que me
dei conta que o caminho era comprido.
- Bora nóis! - Incentivou Natália, mais animada até que eu.
A trilha começava com estilo: uma larga entrada delimitada por uma robusta cerca de madeira. Atrás da cerca ficava o que parecia uma escada de pedras altas e
irregulares que não pareciam ter sido organizadas por mãos humanas. As pedras eram cobertas de areia fina, o que as tornava extremamente escorregadias para pés
inexperientes ou calçados com a peça errada. Foi um início bastante desafiador para mim, que estava com a caixa nas costas e o volume me desequilibrava um pouco.
Marina me deu a mão e me ajudou a galgar o caminho e logo estávamos em um caminho de terra largo e irregular, feito com as mesmas pedras desformes. O encaixe das
pedras era perfeito para engolir um pé e fazer os incautos tropeçarem, mas com lanternas potentes como as nossas e anos de esportes o caminho foi brincadeira de
criança. Em pouco tempo estávamos acostumados com o caminho e já ríamos em voz alta, fazendo brincadeiras muito maduras (?) com o eco que nossas vozes faziam. Aos
lados do caminho, altas árvores se erguiam e as folhas iam até certa parte do caminho, de maneira que apenas alguns ocasionais raios de luar penetravam pela
cobertura e a água ficasse apenas audível. Nos guiando pelo som da água e pela luz das lanternas, seguimos atentamente, conversando, zombando uns dos outros quando
se atrasavam ou nos ajudando quando o bicho pegava. E falando em bicho pegar...
- Aaaaahhh!
Dei um salto de trinta centímetros quando ouvi o guincho da Marina.
- Uma cobra! Uma cobra! Uma cobra! - Escandalizou.
Quando finalmente Brenda e Adriano a acalmaram, Natália e eu estávamos metros, metros e metros à frente, rindo dela e fazendo sinais para os que ficaram lá
atrás.
- A gente espera vocês no outro lado, amores! - Gritou Natália.
- Sacanagem, vai ter volta, ah, se vai! - Respondeu ao longe a voz de Marina.
- Finalmente férias que valham a pena - comentei.
- Verdade... estou me divertindo demais aqui - falou Natália. - Você quer esperar por eles? - Perguntou, mas sem parar de caminhar.
- Sim, mas naquela cachoeira. Consigo ouvir que está perto - ofeguei.
- Passa pra cá - disse ela em tom firme e pegou de mim a caixa.
Remexendo lá dentro, ela tirou uma lata de cerveja.
- Pra animar um pouco - disse, abrindo a lata e tomando um longo gole. Me passou a lata e eu prontamente bebi.
- Ufff, sabe que faz efeito? - Respirei. - Com esse calor todo realmente um gole é bem-vindo.
- Então vamos lá! - Disse ela, tomando outro gole. E fomos caminhando, bebendo, conversando e depois começamos a cantar. Nossas vozes ficavam bem juntas e logo
aumentamos o volume sem nos importar se alguém ouviria. De vez em quando um perdia um pouco a atenção da trilha, mas nos complementávamos mesmo nisso, já que o
outro sempre estava ali pra evitar um tornozelo quebrado.
- Chegamos! - Exclamei, despencando em uma pedra alta e curiosamente plana que havia perto da água. Em frente a pedra estava uma cabana de madeira antiga mas
bem cuidada e atrás de nós havia o lago que corria barulhentamente pelas pedras rasas da borda.
- Está aí um belo som e uma bela vista - suspirou Natália, se jogando ao meu lado.
- É, está... - respondi.
Demos as mãos, como era comum, e ficamos em silêncio, apenas escutando a água. Depois de quatro ou cinco anos era um silêncio confortável.
Não percebemos quanto tempo passou até que escutamos os outros chegando.
- Viado! - Xingou Marina, me dando um belo tapa no ombro. Eu ri do escândalo.
- Ela podia ter me mordido! E ao invés de me ajudar você ri! - Gritou, mas um sorriso se desenhou no seu rosto.
- Seus gritos espantaram a cobra, não se preocupe - disse Brenda, se sentando ao lado de Natália.
- E aí, seguimos ou paramos aqui? - Perguntei.
- Paramos, eu estou cansada e a trilha tem mais duas paradas, mas até a próxima tem um pouco de chão - disse Marina.
- Concordo, quero deitar um pouco - falou, preguiçoso, Adriano.
- Beleza, por mim - concordou Natália.
Fomos todos soltando as mochilas e entrando na cabana. Era estreita mas tinha alguns colchonetes acomodados para isso mesmo. O lugar cheirava a fechado mas era
suficientemente limpo. Todos encostamos os colchonetes e nos deitamos. Adriano pegou no sono quase ao mesmo tempo que encostava a cabeça. Brenda, Marina e eu
ficamos conversando até Marina dormir, e Natália ficou apenas ouvindo Brenda e eu falarmos. Mas o sono chegou e a menina o pegou. Fiquei acordado, olhando para o
teto, escutando o vento e a água ali fora como uma canção mais que convidativa para um belo descanso, mas estava muito cheio de adrenalina pra dormir.
Me aproximei de Brenda e verifiquei se realmente dormia. Ela resmungou. Os outros também dormiam, então me levantei discretamente, saí da cabana e tirei as
roupas, empilhando-as em cima da pedra lisa. Tomei impulso e, assim, às cegas mesmo, corri até o lago e pulei. Errei feio o salto e quase quebrei a perna ao cair
de mal jeito, xinguei como um apresentador de stand up mas logo a perna voltou a funcionar, já que foi mais doloroso que sério.
Mergulhei repentinamente naquela água gelada e senti qualquer vestígio de cansaço desaparecer. Enfiei a cabeça na água, nadei até o outro lado, voltei, me
levantei e agora, consciente do espaço, pulei de novo, acertando um mergulho espetacular. A água me fazia sentir revigorado e comecei a mergulhar, nadar e voltar
à
superfície apenas quando no outro lado. Fiz isso algumas vezes e saí, sentindo o vento no corpo e alguns arrepios.
- Está se divertindo, heim? - Perguntou Natália que havia saído da cabana.
- Está acordada! - Exclamei.
- Sim, e aproveitei pra pegar duas toalhas - devolveu ela, colocando o que eu pensava ser duas toalhas ali junto a minhas roupas. - Quer shampoo?
- Só mesmo garotas pra trazerem shampoos pra uma trilha! - Me admirei.
- Quer ou não? - Insistiu Natália.
- Quero - aceitei, sorrindo para ela. Lavei os cabelos, me ensaboei ("Isso não era coisa de garotas?") e quando saí da água me senti novo em folha.
Natália se despiu na minha frente e pulou no lago.
- Ui, isso tá gelado! - Exclamou, batendo os dentes.
Enquanto ela nadava e mergulhava tanto quanto eu, passei a ela os produtos para banho e ela se lavou ali no lago mesmo.
Quando saiu da água, os raios de lua a iluminaram. Ela tinha a pele clara e molhada daquele jeito ela parecia uma personagem de filme. Pelada na minha frente,
encharcada da cabeça aos pés, não pude evitar secá-la só com os olhos. O corpo dela era mais sarado do que eu pensava; os seios eram firmes, os bicos rígidos pelo
frio e a boceta exibia pelos curtos e mais dourados que os cabelos.
- Hummm, alguém ficou animado! - Disse ela, rindo de se acabar.
- Você não é exatamente uma baranga - respondi, olhando ainda mais descarado.
- Você também tem seu charme - devolveu ela, me fitando com a mesma intensidade que olhei para ela. Ficamos naquela posição, expostos, os olhos no corpo um do
outro e na hora começou a surgir a ideia no ar. Os dois estávamos constrangidos, mas ao mesmo tempo o tesão era grande dos dois lados. Dava para ver no rosto dela.
E foi como se entrássemos em um tácito acordo que nos aproximamos um do outro. Assim. Repentino. Intenso.
Ela caminhou até mim e se jogou em meu pescoço, os braços me apertando vigorosamente e os lábios colados nos meus. Curtimos aquele beijo
lento, eu pegando com uma mão em sua cintura e a outra puxando a cabeça dela, de leve mas com firmeza, para mim. Era curioso que em todo aquele tempo isso nunca
tivesse acontecido. E ainda mais curioso era que, depois dos primeiros momentos, um pouco tímidos, isso parecesse tão natural. Aproveitando essa naturalidade, a
ergui pela cintura e a coloquei sobre uma alta pedra do outro lado do lago. Sorrindo, ela se curvou para frente e continuou a me beijar. Minha língua deslizou
avidamente por entre os lábios dela, e a dela se enrolou com a minha em uma competição excitante. Logo meu cacete, antes duro, assumiu a consistência de uma barra
de ferro e a puxei para mim, ela se enroscando no meu corpo e se agarrando firmemente em meus ombros, sem parar de me beijar e mordiscar meus lábios. Quase tão
alta quanto eu, ficava estranha no meu colo, mas isso me incentivava a mantê-la ali, sob meus lábios e entre meus braços. Contornando a pedra, subi, apenas com as
pernas, pelo lado mais inclinado. O pequeno desafio foi curiosamente eletrizante com uma gata daquelas me agarrando. Assim que cheguei ao topo, de alguma maneira
me sentei com Natália em meu colo. Sentindo a cutucada na bunda, ela se remexeu provocantemente, franzindo o rosto em uma óbvia expressão de antecipação. Mas sem
nenhuma intenção de acabar com o momento antes da hora, escorreguei de cima da pedra, mantendo minha amiga sobre ela. Lenta mas firmemente abri suas pernas, me
aproximei de sua xana, sentindo o cheiro de seu tesão, me posicionei de maneira confortável e iniciei a exploração. A princípio minha língua acariciou a junção de
suas pernas com o quadril. Contornando com pequenos movimentos, deslizei a língua por sua coxa até o joelho e voltei a subir. Excitada, ela puxou minha cabeça em
direção a si. E, da mesma forma que ela não gostava muito de delongas, eu também as dispensava e irresistivelmente mergulhei naquela boceta: minha língua se
dirigiu rapidamente para seus lábios vaginais, contornando o grelo e deslizando para a racha muito molhada. Com vontade, chupei tudo o que meus lábios envolviam,
fazendo-a gemer tão alto que por um instante temi que acordasse nossos amigos. Mas dominado pelo momento, apenas prossegui, chupando, mordiscando muito de leve e
lambendo todo aquele monumento. Seus pelos, curtos e macios, provocavam uma sensação agradável no rosto e na língua, seu mel se misturando com minha saliva e com
a água de seu recente banho no lago. Mas eu chupava com tanta vontade que era impossível ela sentir algum frio - fato evidenciado pelo jeito que ela se contorcia.
Empurrando Natália para trás, posicionei suas pernas sobre meus ombros, me aproximei mais e colei meus lábios a sua xana. Minha língua, ávida e desejosa, viajou
por sua racha com força, e quanto mais eu chupava mais ela esfregava a boceta na minha cara. Tomado pelo momento, passei a língua de seu grelo a seu cu, onde
penetrei e executei rápidos círculos e de volta para seu grelo, traçando todo o caminho com pressão e envolvendo o clitóris com meus lábios, chupando-o e
conseguindo dela uma onda do mel que eu tanto queria: encheu minha boca e meu nariz com sensações que apenas quem chupa uma menina excitada consegue apreciar. Não
sendo o suficiente, continuei chupando. Ansiava por mais daquele mel, e estava disposto a conseguir. Minha língua penetrou a xaninha de minha amiga, deslizou para
fora com pressão, tomando o cuidado de acariciar seu clitóris intumescido. Chupei-a como se fosse uma fruta suculenta, apertando suas pernas com os braços e seus
seios com as mãos, sem parar de chupá-la. Minha língua deslizou até seu cu, onde mais uma vez circulei e puxei, completando o movimento em seu clitóris e obtendo
mais uma vez o mel que eu adorava, os gritos dela tornando o prazer absolutamente indescritível. Dediquei a sua xana um beijo muito leve e subi, percorrendo sua
cintura até os seios, que chupei muito brevemente até pegá-la pela cintura e descê-la sobre mim, de forma que a encaixei em meu cacete. A penetrei lentamente,
fazendo com que tanto ela quanto eu sentíssemos a entrada. Com os braços em volta dela, a subi e desci com força, mas a posição era imprópria; coloquei Natália no
chão, ela pôs um dos pés sobre uma outra pedra mais baixa e se abriu para me receber: fui a ela com força e vigor, enterrando profundamente minha pica em sua
boceta encharcada. Ela estava tão molhada que a penetração foi fácil, meu cacete escorregando para dentro dela com um barulho que me excitou tanto quanto os baixos
gemidos dela. Puxei a pica para fora dela e enfiei, dessa vez ainda com mais força. E à medida em que eu ia e voltava, os movimentos de seus quadris foram
cadenciando com o dos meus, e logo estávamos em uma sintonia perfeita em que ambos balançávamos, gemíamos e ofegávamos. Logo a cadência em que eu metia nela se
transformou quase em uma dança, o som do lago correndo como a perfeita música de fundo. Aproveitei para beijá-la enquanto enterrava nela. A foda estava tão boa que
eu me esforçava para não gozar, apenas para continuar sentindo as sensações que nossos corpos transmitiam. E quanto mais o lago rumorejava, mais forte eu enfiava,
mais forte ela se jogava contra mim e mais avidamente eu a beijava. Colado ao corpo dela, sentia cada centímetro daquela garota, os seios comprimidos contra meu
peito
e meus lábios sobre os dela eram um delírio. Minhas mãos se emaranharam naquela cabeleira brilhante, e por um instante parei de beijar Natália para envolver o
rosto nos seus cabelos. Aninhei o nariz em seu pescoço, aspirando profundamente aquele cheiro delicioso e, de alguma forma, consegui não parar de investir. Os braços
dela envolviam meus ombros e pescoço enquanto ela mordia minha orelha e descia para meu ombro, mordendo quando o tesão crescia, e eu investia mais, e mais, querendo
sentir até o último milímetro do meu corpo no dela.
Senti, então, sua xana se contrair em volta do meu pau, mordendo-o com tanta força que eu notei
que ela estava gozando. Ela se contorcia toda em meus braços, mordia meus lábios com força e gritava, sua voz se juntando ao som do lago em uma bela melodia. Assim
que terminou de gozar, desfaleceu contra mim. Abracei-a, beijei-a e comecei a massagear seus peitos. Arranquei dela alguns gemidos de prazer, até que ela se
desvencilhou de mim e escorregou até se sentar sobre a pedra baixa. Com um gesto ela me chamou para perto e abocanhou minha pica. Com muito esforço eu não tinha
gozado, mas agora seria inevitável: ela engolia meu cacete com visível vontade, e embora parecesse ainda meio mole pelo orgasmo o desejo nos olhos dela era
óbvio. Deslizando os lábios por meu pau, massageando a cabeça com a língua e lambendo a parte de baixo do corpo do pênis, ela rapidamente me fez urrar com a gozada
que veio. Senti os jatos de sêmen jorrando de mim para a boca dela, que engoliu tudo. Sorrindo, ela me puxou até ficar ao lado dela e encostou a cabeça no meu
ombro. Envolvi minha amiga com um braço e comecei a acariciar os longos cabelos dourados dela. A nossa frente, o lago corria impetuoso pelas pedras, soando como
uma música muito relaxante. Inesperadamente, ela começou a cantar e eu a acompanhei. E quando terminamos, ela apenas ficou ali, os olhos fechados.
Distraidamente, olhei para a porta da cabana. E ali vi Marina, olhando para nós com um brilho divertido. Ela sorriu para mim, acenou e fechou a porta. Achei
melhor não avisar Natália, ela parecia muito relaxada. Depois de algum tempo curtindo a proximidade, Natália levantou a cabeça, sorridente. Não trocamos palavras,
apenas nos dirigimos ao lago, nadamos um pouco, nos secamos, nos vestimos e, trocando apenas sorrisos cúmplices, voltamos à cabana. Incapaz de dormir, apenas
aproveitei o som da água até que o dia clareou e, pouco a pouco, todos acordaram e levantaram.
- E aí, todos prontos para terminar? - perguntou Marina.
- Não - respondi preguiçosamente - não consegui dormir a noite toda...
- Mentiroso! - zombou Adriano, rindo de se acabar - Você ficou transando a noite toda!
- Motivo pelo qual ele não dormiu à noite - respondeu Natália, piscando para mim.
Nos decidimos por fazer um lanche e esperar anoitecer pra completar a caminhada. Sabe-se lá de onde, Adriano tirou o violão e começou a tocar. Dessa vez sem
brincadeiras, acompanhei as meninas como segunda voz, e a cantoria foi se esticando até a noite, juntamente com as bebidas que tomamos. Comemos um lanche,
aproveitamos pra conversar um pouco sobre nada muito sério, explicar o que aconteceu entre mim e Natália e responder à tonelada de perguntas que todos jogaram
sobre nós. Éramos todos unidos; não precisávamos esconder nada. Quando a conversa atingiu a tardinha, nos levantamos, pegamos tudo o que era nosso e reiniciamos
a trilha.
Logo no início, Marina me pregou uma peça: falando com voz apavorada de quem está morrendo de medo, ela disse que tinha uma cobra ao meu lado. Naturalmente saí
correndo, o que ocasionou em um tropeço memorável e em mim rolando trilha a baixo. Rindo tanto que não conseguia nem mesmo falar, Adriano apontava pra mim. Brenda
me ajudou a ficar em pé, um sorriso brincando em seus lábios. Dizendo que me avisou sobre o retorno, Marina recuperou a compostura e todos continuamos o caminho.
Eu, milagrosamente, tinha só uma perna ralada e as mãos um pouco sangrentas, mas não era nada comparado ao que eu já tinha recebido no MMA. A noite prosseguiu. Em
um ato de irresponsabilidade típico de adolescentes de férias rodeados por amigos, completamos a trilha sem paradas. Do outro lado existia uma praia imensa de
areia fofa, pedras altas e mar revolto. Adriano e eu pretendíamos dar uma nadada, mas Brenda nos fez desistir - e ela tinha razão, o mar estava muito agitado. A
parte do vôlei foi legal. A parte da música de violão foi legal. A parte do verdade ou consequência foi legal. Os papos foram legais. Mas quando nos demos conta
de
que precisaríamos voltar toda a trilha, ninguém ficou muito feliz. A volta foi pontilhada de resmungos, reclamações e palavrões. Aquilo já não parecia muito
divertido, principalmente pelas pedras irregulares, os galhos baixos, as descidas e subidas intermináveis e a areia fina que deixava as pedras escorregadias. Mas
foi justamente o que queríamos, férias para guardar na memória pela vida toda. Natália e eu continuamos transando, mas isso acontecia com pouca frequência. De vez
em quando, ainda fazemos sexo, e ela é a garota mais deliciosa que já peguei. Mas é algo que apenas ela, eu e nossos outros três amigos sabem, já que ambos já
temos respectivos namorados. E a vida prossegue, com seus altos e baixos, mas felizmente para mim, particularmente a minha tem sido cheia de altosGente, os meus contos são todos fictícios. Qualquer semelhança com alguém ou algum fato real é só coincidência. Um dia conto um fato verídico! Se alguém
quiser manter contato meu e-mail é esse:
garota.que.mora.logo.ali@gmail.com
. Beijos!