Esse amor pra recordar - PARTE 6

Um conto erótico de Cesar Contista
Categoria: Homossexual
Contém 1839 palavras
Data: 19/07/2015 22:15:50
Assuntos: Gay, Homossexual

****CESAR NARRANDO****

Eu não podia acreditar que André tinha sido levado daquela forma da minha casa, mas não havia nada que eu pudesse fazer...Pelo menos não naquele momento...

Os olhos desesperados de André me deixaram preocupado... Eu não sabia até que ponto sua história poderia ser verdade ou não, pois era muito difícil acreditar que o pai dele e seu irmão fingiam tudo aquilo, mas de uma coisa eu tinha certeza, precisava ajuda-lo de alguma forma, nem que isso significasse que ele deveria ser internado numa clínica psiquiátrica.

Resolvi deixar a poeira baixar um pouco e pensar muito bem nessa história toda...

Pelos próximos cinco dias passei a observar mais detalhadamente o comportamento de Julio e seu pai, bem como a casa.. E o mais estranho é que não via nem sinal de André...e sempre via os dois saírem de casa alegres e simpáticos com todos da vizinhança.

Passei a ligar no celular de André continuamente, mas estava sempre na caixa postal e dixia:

- Olá, você ligou para o André, deixe seu recado após o bipe que retornarei assim que possível!! Byeeee...

Ouvir a voz dele me fazia tão bem que por diversas vezes me peguei ligando apenas para ouví-lo...

Já passava de uma semana e eu não tinha noticias e nem sinal dele..

Numa noite meio estranha e venturosa, não aguentei, peguei minha bicicleta e segui até a casa deles, afim de ter notícias de André.

Via a tempestade se formando no céu, mas eu estava pouco me lixando praquilo... Eu não aguentava mais e tinha que vê-lo...

Segui pelas ruas em meio aos ventos que aumentavam a intensidade e os primeiros pingos de chuva grossa começavam a cair...Logo enxerguei a casa iluminada no fim da rua 8... e um frio gelava minha barriga, mas eu deveria encarar e ir até lá...

Embalei morro a baixo, deixei a bicicleta no canteiro do jardim deles, e fui até a campainha... Toquei a primeira vez..... Ninguém atendeu...

Toquei a segunda... vi a cortina da janela mover-se, mas novamente não fui atendido... Podia escutar a movimentação na casa e o bater de portas...

Toquei a terceira vez, mas forte...

Julio veio me atender com cara de sono, e logo atrás seu pai...

- O que faz aqui César?? Olha esse tempo garoto!! – os dois me olhavam com cara de surpresa.

- Não vão me chamar pra entrar?

- Acho que não é uma boa hora...está tarde e olha a tempestade que vai cair!!- disse o pai.

- Por isso mesmo senhor... Não vai dar tempo de eu chegar em casa antes de pegar a chuva que já está caindo!! – disse cinicamente.

Fui encarado por um instante, e logo pude perceber a troca e olhares entre os dois. Julio saiu e entrou na casa... Seu pai continuou mantendo-me pra fora, e desconversou pro um momento...

- Vai ser uma chuva e tanto!! Muito perigoso andar por ai nesse tempo... mas olhe só como Deus é perfeito em tudo o que faz... A chuva é muito boa para nós e para as plantas.. Minha esposa adorava chuva...- percebi uma lágrima se formando em seus olhos...

Fiquei com um pouco de pena dele... como eu poderia julgar um homem tão bom assim...

Julio voltou, se entreolhou mais uma vez com seu pai que logo disse:

- Vamos entrar... Vai cair a maior tempestade agora!!

Como se tivessem ouvido sua frase, a chuva torrencial passou a cair... e o vento...estava feio mesmo....

- sente-se Cesar.. Julio, traga um suco para o menino... A que devemos sua visita??

- Vim saber do André... não tenho mais o visto por aqui e fiquei preocupado desde a ultima vez...

O silencio reinou e eu sentia o ar meio tenso ao redor, mas logo foi interrompido por Julio..

- Voltou pra casa da tia...

- Assim, sem nem dizer nada?

- Sim, ele disse que não se acostumou com a vida aqui e tudo lembra sua mãe, o que o faz sofrer muito, e disse não gostar de despedidas, então se foi ...

- Não acredito que ele fez isso comigo!!

- Não fique chateado com ele filho... você sabe que ele não estava bem, e foi o melhor pra ele...- disse o pai...

******ANDRÉ NARRANDO******

Levantei-me com dificuldade... estava fraco demais e muito machucado para fazer qualquer movimento!! Sete dias preso no porão de casa, e pelo menos três sem comer nada...

Minha barriga doía, e não sei por quanto mais tempo aguentarei tudo isso... Talvez fosse melhor morrer mesmo, pois está insuportável!!

Minha dor do corpo nem se compara ao sofrimento interno... Cada parte de mim dói, arde, já não tenho nem lágrimas para chorar... Por que eu estava passando pro tudo aquilo?? Eu só desejava o fim, seja qual fosse, mesmo que fosse o meu fim... eu preferia morrer a passar por mais uma das surras que meu pai me dava... Já não via a luz do dia a muito tempo, e acredito que minha aparência fosse a mais hostil possível...

Quando Julio desceu, eu já me preparava para mais uma surra, mas ele apenas me pega pelos cabelos, arrasta até o canto mais escuro, tira a fita da minha boca por um instante..

- Julio, por favor, me ajuda, me solta... por favor...

- Cala boca verme... e me ouve.. Seu amiguinho tá aí, e esta a maior chuva, ele vai entrar em casa, mas você não deve dar nem um piu está entendendo...

- MAS...

-Mas nada.. ou fica quieto, ou ele vem tfazer companhia, está afim??

- Não, por favor, não faz nada com ele não!!

- Então já sabe... nem um piu...

Segurou firme minha boca, me apertou, colou a fita novamente, me amarrou e saiu...

Saber que César estava ali me mostrava que ele não havia me esquecido, e que ainda existia uma esperança...Mas era muito arriscado, pois ele estava sozinho e seria presa fácil para aqueles dois monstros... Não havia o que fazer, apenas plantar uma suspeita... esperei um pouco em silencio para ouvir alguma coisa, mas era em vao... o máximo que eu ouvia eram os barulhos de pés no assoalho... tentei me concentrar para ver e esperar para ter certeza que ele estaria bem e fiquei em silencio até perceber que a porta da frente estava sendo aberta, pois rangia pela madeira velha... Sinal de que ele estava indo embora... enfim era a hora de chamar a atenção de alguma forma...

Mesmo fraco, tentei bater em uma madeira que segurava uma mesa velha no porão... a madeira escorava a mesa e não seria difícil derrubar aquilo, e o barulho de coisas caindo chamaria a atenção...

Me esforcei , até que consegui dar uma rasteira na mesa, que desabou, fazendo um barulho indescritível.... imediatamente contornei a madeira novamente me mantendo de costas para a mesa, pois assim poderia dar a desculpa de que ela havia desabado sozinha... não sei se acreditariam, mas eles não imaginavam que eu conseguia me mover na corda presa...

Era esperar e ver no que dava...

-********CESAR NARRANDO******

Eu já ia me despedindo do pai de André e de seu irmão, quando ouço um estrondo alt, algo desabando na casa... Imediatamente uma duvida pairou sobre minha cabeça... Como assim?? Os dois disseram estar sozinhos em casa...

- O que é isso? –tentei entrar, mas fui impedido pelo pai que disse

- São os ratos do porão, vivem derrubando coisas... Agora vá, pois vai cair outra chuva jajá...

- Nossa, o senhor deve ter ratazanas horríveis- ironizei

- Sim, mas iremos resolver o problema..- sorriu sem graça.

Virei de costas e segui rumo a minha casa, mas nada me convenceria de que eram ratos que fizeram aquele barulho...havia, sem duvida alguma algo errado ali... mas eu descobriria, custe o que custar....

Fui pra casa e tentei a todo custo lembrar o sobrenome dos tios de André, mas estava muito em duvida, até que minha mãe perguntou onde eu estava e eu disse que tinha ido atéo André, mas que ele havia voltado pra casa da tia..

- Ah, ele vai se sentir melhor lá filho... a Sandrinha trata ele como um filho...

- Você a conhece mãe?

- Claro, estudamos juntas...

- Lembra o sobrenome dela??

- Era Ribeiro, mas depois que casou se não me engano ficou Silveira...- disse minha mãe que logo levou um beijo na testa.. e ficou me olhando sair desesperado e procurar na lista telefônica..

- Sandra, Sandra..aqui.. Sandra Santos, Sandra Silva, AQUIIIII...Sandra Ribeiro Silveira!!!

Disquei o telefone e do outro lado da linha uma mulher doce atendeu...

- Alô..

- Oi, tudo bem, gostaria de falar com a Sandra, por favor...

- é ela mesma, pois não...

- Oi dona Sandra, é o Cesar, amigo do André..

- Oi Cesar, lembro de você.. estudei com sua mae...

-Isso...

- Mas por que está me ligando?? Aconteceu algo com o André??

- André?? Mas ele não está ai?? O pai dele disse que ele voltou pra casa da senhora..

- Ai meu DEUS, ele não chegou aqui ainda... tem certeza??

- Sim!!!Acabei de vir de lá, e faz uns dias que não o vejo, desde que, bem...

Contei toda a história pra ela... e ela me disse que ela ligaria pro pai dele pra dizer que ele não havia chegado lá...

Fiquei receoso de fazer qualquer coisa, mas ao pegar meu celular havia uma mensagem de AndréOi AMIGO...

ESTOU NA CASA DA TIA SANDRA... VOLTEI FAZ UNS DIAS, AI NÃO ESTAVA ME FAZENDO BEM... EU ACABEI MACHUCANDO ALGUEM QUE ME AMA MUITO... MEU PAI... NÃO SE PREOCUPE... FICAREI BEM... ATÉ....

Entrei em desespero, pois aquilo não fazia sentido nenhum...

Sai sem rumo, pois nada me tirava da cabeça que André era o tal rato de que seu pai falava, mesmo que aquilo parecesse loucura, pensei em ir até a casa dele, mas logo pensei que sozinho seria muito arriscado...

Fui até a delegacia da cidade, e dei de cara com um policial, que apesar de confuso que eu estava, me entendeu... Seu nome era Henrique...pediu que me aclamasse e contasse tudo pra ele...

*******ANDRÉ NARRANDO*****

Meu pai desceu às pressas no porão, me soltou, me levou pra cima, me mandou tomar banho às pressas, e em cima da minha cama deixou uma camiseta de manga longa e uma calça de moleton, reparei que minhas malas estavam arrumadas... me deu um lanche, e disse que minha tia havia ligado...

Olhei-me no espelho, estava totalmente acabado, com olheiras fundas, magro, quase podia pensar que não era humano... Recebi um tapa forte no rosto..

-Olha pelo que me faz passar,maldito!- outro tapa...- Pega essa maquiagem da sua mãe, e dá um jeito nessa cara... Acho que receberemos visita!!!

Passei a maquiagem na minha cara, puxei a manga da camisa pra cima pelo calor, mas logo baixei pois havia muitas marcas roxas na minha pele...

Ouço a campainha tocar... ouço vozes, vou até a sala, e lá estavam...

CÉSAR, E UM POLICIAL.... Seria aquela a minha chance?? O que eu deveria fazer??

CONTINUA*****

***

Obrigado amores pelos comentários e por terem sido pacientes em esperar o capitulo hoje... Amanha dois capítulos pra recompensar... COMENTEMMMM...beijos

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Comentários

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Mds que horror, estou super curioso volta logoo!!

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Espero que ele vinte e aja com consciência pois se não o conto fica sem graça.

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Espero que o Andre abra o bico e que o policial e o Cesar acreditem!

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