O Garoto Excluído Cap.6

Um conto erótico de gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 2179 palavras
Data: 23/07/2015 03:37:58

Então galera, já que a maioria de vocês pediu, vou continuar a partir da onde a história terminou. Mas acho ligeiramente necessário que Carlos também tenha sua visão sobre tudo o que acontece entre eles dois, portanto dedicarei esse capítulo inteiro a ele. Espero que gostem. Beijos

Cap.6

NARRADO POR CARLOS

Foi duro. Deixar o lugar aonde eu vivia para mudar para um bairro nobre foi extremamente estranho pra mim. Não estava acostumado com tudo aquilo. De repente, meu pai foi promovido dois cargos acima do seu. Tudo mudou na nossa vida. Com ele ganhando quase 100 mil por mês, pudemos realizar a maioria dos nossos sonhos. Comprar uma casa grande, comprar tudo o que queríamos, e eu finalmente poderia desenvolver com precisão a minha paixão, a Culinária. Foi por isso que nos mudamos para esse bairro.

- Então esta é a casa ? - perguntei eu, assim que paramos na rua.

- Sim, esta é a casa ! Linda não ?

- Maravilhosa...

A dureza pra mim foi abandonar a rotina que eu vivia. Já estava acostumado ao colégio e aos amigos. De repente tive que me mudar. Não podia continuar no mesmo colégio, era muito longe pra eu ir diariamente. Preferi um colégio mais perto. Mas como sempre nessa vida, para se ter sucesso, é necessário fazer sacrifícios. Foi isso que eu fiz... Me chamo Carlos Gabriel. Tenho 17 anos. Faço o terceiro ano, esse ano me formo, enfim kkkk . Sou Branco, alto, de cabelos castanhos lisos, com um corpo malhado, principalmente porquê desde cedo meu pai me instigou a fazer exercícios, então quando cheguei a adolescência tinha um corpo legal e diversos músculos definidos. As únicas diferenças foram o crescimentos dos pêlos e a mudança da voz. Até entrar naquele colégio, era hetero convicto. Já tinha namorando diversas garotas (não que eu fosse galinha, o problema é que eu nunca encontrava alguém como eu, que queria algo Sério) , nunca duvidei de mim mesmo, apesar das críticas que já recebi por gostar tanto da cozinha. Porquê será que eu gosto tanto da cozinha ? Acho que é por influência das mulheres da família. Desde cedo eu ficava colado nelas, porquê os homens da família não me davam atenção. Então sempre ajudava daquele jeito que criança ajuda na cozinha.

" Biel, corta o tomate pra tia filho..."

E assim fui tomando gosto pela cozinha. Achava fascinante ver a mágica acontecer. Juntar um ou dois temperos e criar algo delicioso. Juntar 6 ingredientes e fazer um bolo. Assim, tomei um gosto enorme pela cozinha, a ponto de comandar a da minha casa. Claro que isso sempre rendeu comentários de alguns "familiares" que me acusavam de ser "mulherzinha" por gostar de cozinhar... Quanto preconceito ! Eu nem ligava, pois até ali tinha plena ciência que meu negócio era mulher. Até entrar naquela escola.

TEMPO DEPOIS

O Nome da Escola era CEM. Centro de Ensino Moderno. Meu pai me matriculou ali, pois havia recebido muitos elogios daquela escola. Meu primeiro dia foi um desastre. Estava totalmente perdido, num colégio tão grande e bonito. Não conseguia achar nada, e foi assim por alguns meses. Até que defini os meus dois lugares favoritos, o Jardim e a Biblioteca. Em pouco tempo foram os lugares aonde eu mais passava as horas, descansava, refletia, raciocinava. Fiz muitos amigos. Acredito que minha beleza ajudou. Claro que "Irmãos de Alma" só fiz dois ou três, mas me relacionado com muita gente. Isso acabou ajudando a minha adaptação a aquele lugar que acabou se revelando um ótimo colégio, muito divertido e preparado. Fiquei com algumas pessoas, mas nada muito Sério. Assim se foi todo o meu primeiro ano. Passei com méritos para o segundo. Não esperava muita coisa do mesmo. Apenas umas matérias mais complicadas e difíceis de se entender, nada demais. Não esperava muita coisa quando ajeitei minha franja pela primeira vez naquele dia. Assim foi até o momento em que cruzei o portão. Mas assim que passei pelo corredor principal, fiquei mudo. Foi... Encantador o que vi. Uma pessoa. Sim, uma pessoa. Loiro, olhos verdes, bem branco, alto, um corpo legal, uma imagem fofa, definitivamente a pessoa mais bonita que eu já havia visto na vida. Usei o gênero masculino, porquê era um garoto, não uma menina. No início eu não me compreendi... Mas aos poucos fui vendo que não conseguiria lutar contra aquilo. Era estranho ? Era. Mas a cada dia que passava eu fui gostando mais dele. Um garoto novato. Bonito. Com muita postura. Fofo. Dava vontade de pegar e apertar. Encantador. Do tipo que de mexer o cabelo você baba. Foi assim que eu o vi da primeira vez. De início ficava extremamente envergonhado. Me escondia quando via ele andando. Mas aos poucos percebi que não devia fazer isso. Ele... Definitivamente não era normal. Era tímido demais... Não sorria... Parecia estar sempre sozinho... Parecia não gostar das pessoas... Aos poucos eu fui entendendo que ele tinha uma espécie de medo, fobia de toques e aproximações. Sempre ficava nervoso quando alguém passava muito perto dele. No início pensei como todos, Achei que era apenas pose... Mas aos poucos percebi que era realmente Sério... Ele tinha alguma fobia estranha. Isso me fez tentar ficar longe dele durante um ano. Tentei esquece-lo, porquê sabia que ele não iria me retribuir. Nunca o vi com ninguém, nem sabia se gostava de garotos. Mas assim que descobri o seu nome, toda a minha resistência se foi. Júnior... O nome que circulou minha mente diversos dias e diversas noites...

"- EI, você sabe quem é aquele garoto ali ? - perguntei, apontando para ele, que lanchava afastado dos outros.

- Ah, aquele é o Júnior, o garoto-estrela

- Porquê Estrela ?

- Ele se acha demais..."

Pra mim, ele parecia sim uma estrela. Mas por outro motivo. Porquê ele tinha luz própria. E era essa luz que me manteve durante diversos meses. Aos poucos meus tempos livres dentro do colégio passaram a ser direcionados apenas para ele. Observava seu jeito de andar, o jeito de vestir, os lugares por onde passava, do que gostava. Sua personalidade tranqüila, tímida, suave... Seu jeito inocente e ligeiramente infantil, mas encantador. Aos poucos percebi que assim como eu, ele gostava muito da Biblioteca e do Jardim. Lia romances, enciclopédias, era eclético. Sempre lia depois dele tudo o que ele lia. Parecia que ficava um pouco mais perto dele fazendo isso. Parei de frequentar o Jardim, com medo que ele ficasse com medo de mim. Ficava no corrimão do colégio, sentado, apenas o observando de longe. Não me sentia mal. Pelo contrário, ver seus cabelos balancarem ao vento me fazia incrivelmente bem. Ele parecia o Sol, e eu a Lua. Sem ele, ficava extremamente triste e sem vida. O desenhei diversas vezes. Pensava muito nele. Foi assim que me apaixonei por aquele garoto extremamente estranho do primeiro ano. Parecia um amor a moda antiga. E realmente era, por que eu não conheço ninguém que aguentaria esperar tanto tempo por uma pessoa. Esperei um anodias, ou mais, para ter o primeiro contato com ele. Durante este tempo, imaginava sempre que se me aproximasse dele, ele nunca olharia na minha cara novamente. Preferia poder olha-lo sem medo. Mas nos últimos meses, comecei a raciocinar. E se aparece outro na frente. E se ele gosta, e eu to perdendo tempo ? Porquê não dizer Oi ? Vou ficar até o fim do Ensino Médio apenas fantasiando com um garoto que está a poucos metros de mim. Por mais que pareça estranho gostar de um garoto, eu tinha que tentar me aproximar dele, ou nunca seria plenamente feliz. Alem disso, via diversas pessoas fazem piadas com ele. Ele não sabia se defender. Eu tinha que o proteger ! Foi assim, que criei coragem para dizer Oi, pela primeira vez.

" Respirei fundo. Aquele era o momento. O momento de tentar. Ou vai agora ou nunca. Ajeitei meu cabelo e sai confiante. Confiante de que conseguiria ao menos que ele percebesse que eu estava ali, anseando para ter apenas um sorriso seu, que seja !

- Oi...

- Quem é você ?

- Você pode não ter percebido, mas eu sempre estive aqui !"

Esse foi o nosso primeiro diálogo. A primeira vez que ele viu o meu rosto. O primeiro momento que eu o vi de perto. Que eu pude quase tocar o seu rosto. Tudo saiu como eu esperei. Ele fugiu, assustado. Mas eu não desisti. Iria conquistar o seu amor, custe o que custar. Meu sentimento era maior que tudo !

"- Como disse hoje a tarde, duvido muito que você tenha me notado. Mas eu sempre estive lá, perto de você... Pra tudo o que precisasse. Sempre amenizei a sua barra para que deixassem de pegar no seu pé. Agora é diferente, eu tenho que te proteger.

- O Que ? Me proteger de que ? Porquê ?

- Te proteger das outras pessoas - falei, tentando me aproximar dele.

- Eu não preciso de proteção !

- Lógico que precisa ! - falei, o encurralando na parede. O fiz para poder sentir sua respiração ao menos um pouco- você é delicado, suave... Tem medo das pessoas, eu não sei porquê, mas tem ! Você é tímido, fechado, inocente... Não sabe se defender dos ataques que as pessoas fazem contra você. Por isso tenho que te proteger

- Quem ouve pensa que você me espiona !

- Não te espiono... Apenas te observo... Eu gosto de te observar... Me dá paz !

- Quem é você ? O que quer comigo ?

- Eu ? Sou a pessoa que se apaixonou por você ! "

Desde então busquei o seu amor como nunca. Não sabia realmente o que se passava dentro dele, mas fui o mais sincero possível. Não sabia se ele me achava um louco, se tinha nojo de mim. Só sei que ele passou a ficar perto de mim, para minha enorme alegria.

" - Deixem ele em paz ! - dizia eu, tentando cumprir o que havia prometido.

- Carlos ?

- Ele é meu amigo ! Ninguém mexe com ele ou vão se ver comigo ! - falou, o puxando apressadamente, causando incredulidade.

- Não sabia que tinha tanta influência sobre as pessoas daqui.

- Você sabe pouca coisa sobre mim...

- Obrigado - e então pela primeira ele sorriu. Pela primeira vez pude ver seu lindo sorriso.

- Não foi nada. Quer saber ?

- O que ?

- Tô feliz.

- Porquê ?

- Foi a primeira vez que vi seu sorriso ! "

Fui tentando me aproximar. Sem fazer nenhum esforço, tentava mostrar o meu eu verdadeiro, tentava superar aquela barreira que ele tinha com meus sentimentos. Esperava tanto que desse certo que um dia ele ficasse comigo. Tentava mostrar o quanto eu gostava dele.

" - Você é sempre assim ?

- Assim como ?

- Atencioso... Sei lá... Parece que isso é só comigo !

- É porquê eu gosto de você... - ele sempre ficava corado quando eu dizia isso "

As vezes via sua cara de incredulidade quando eu dizia algumas coisas. Parecia que ele nunca tinha escutado coisas assim. Ele realmente nunca havia ficado com alguém. Será se eu seria o primeiro ? Fui me aproximando dele de tal forma, que mesmo dizendo pra mim mesmo que nunca faria algo sem sua permissão... Acabei falhando em minha promessa.

" - Ai Carlos, porquê eu não posso ver logo o que é ?

- Calma ! - e então tirei um pacote da mochila - aqui está !

- Nossa... Um pacote - havia comprado um presente pra ele.

- É um livro de receitas, você disse pra mim que adora cozinhar carnes então eu comprei.

- Obrigado... Carlos - fiquei o observando, vendo seu rosto lindo. Nos últimos dias ele estava tão presente em minha mente. Vocês não tem noção no quanto eu queria beija-lo, ouvir sua voz dizendo que gosta de mim- nossa, mas é bem completo esse livro, tem figuras e diver... - acabei perdendo a cabeça. Não suportei meus impulsos. O beijei.

- Oh meu Deus... Me perdoa... Eu... Não sei o que fiz... Perdoa... Eu... - peguei minhas coisas e sai correndo. Fiquei com raiva de mim mesmo. Esperava que ele não mais falasse comigo"

Passei alguns dias angustiado, com medo de ter estragado toda uma relação que eu estava construindo por causa de um impulso. Com medo que ele não quisesse mais me ver. Que estivesse com medo de mim. Durante dois dias pensei muito, tanto quanto quando o conheci e estive confuso. Não me arrependi do que fiz, foi bom... Mas foi ruim, porquê tinha colocado em cheque minha confiança. Estava com medo de sofrer. Pela primeira vez na vida.

" - Não diga besteiras... Eu gostei do beijo -estava no momento mais nervoso da minha vida, desabando quando ele tirou um milhão de quilos das minhas costas com apenas uma frase.

- Gostou ?

- Gostei... Foi a primeira vez que alguém me beijou... Eu gostei muito que tenha sido você.

- Mas... E sua fobia Júnior ? Eu não quero ser o motivo de mais medo para você - estava realmente com medo de que ele estivesse se obrigando a algo.

- Eu não sei explicar... Acho que ela some quando você está por perto. Quando você está por perto, me da vontade de sorrir, adentra o meu corpo uma paz incomparável, alguns sentimentos estranhos. Não quero que você fique longe de mim. Gosto de abraçar você... Acho que gosto de você ! Teria Calma com um garoto que mal beijar sabe ? "

Ficamos juntos

Continua

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Comentários

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Incrivel a forma de abordagem q vc optou p dar continuidade ao conto, e essa visão do Carlos das coisas ficou sensacional. Ansioso pela continuação, querendo muito mais logo. Abração p ti.

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Gostei bastante. Aguardando o desenrolar da história e a primeira vez dos dois. hehe

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Gostei bastante, não é aquela história que só envolve sexo e perfeição, mais ainda quero ver como será a primeira vez do Junior. :)

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Gostei muito da proposta e da maneira leve que vc executou....maravilhada.....

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Foi bom ouvir o outro lado da historia, ficou mais vivo ainda, por favor não demore!

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Meu lindo ta perfeito To ansiosa pelo próximo! Bjos❤️

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