Estava em casa, tranquilo e sonolento, desinteressado com tudo em minha volta. Sou um jovem de 19 anos, magro de olhos marrons e cabelo liso. Sou branco, mas com sardas em algumas partes do meu corpo. A única coisa que faço constantemente é assistir a filmes e seriados, sair de casa não é muito minha praia. Um certo dia, enquanto assistia a House of Cards reparei pela janela do meu quarto que a vizinha da casa ao lado, uma jovem de descendência asiática trocava sua roupa próxima a janela. Ela era nova no bairro e eu nem sabia seu nome, foi como paixão a primeira vista, fiquei deslumbrado com tamanha beleza. Suas curvas eram lindas e perfeitas, estatura mediana, corpo magro como qualquer oriental, ou seja, sem exageros. Seus seios, embora cobertos pelo sutiã me fazia pensar apenas em coisas delicadas e que eu deveria venerar. Parei imediatamente o que estava fazendo e fiquei debruçado sobre a janela olhando-a, não durou muito e já senti que meu corpo estava mais quente que o normal, meu pulso tinha acelerado e eu já não pensava em mais nada alem daquela linda mulher.
Ao longo das semanas que se passaram toda a minha agenda ficou programada para que minhas atividades fossem realizadas próximas a janela, meu foco era ver aquela linda jovem novamente em sua mais bela forma. Nada de diferente aconteceu durante dias, porém após incontáveis horas de persistência e de muito plantão eis que me surge ela, de vestido longo e rodado pela famosa janela. Seu olhar foi de encontro ao meu, já que sempre me fingia estar fazendo algo que não a vigiando, fiquei gelado, acreditando que ela sabia o motivo d’eu estar ali e que em seguida seria xingado, porém, para minha surpresa, ela sorriu ao encontro de olhares, acenou de forma suave e então vi o brilho de seu sorriso que inacreditavelmente era dedicado a mim. Em resposta e com agilidade incomum, devolvi ambos os cumprimentos, acenei e sorri de forma abobalhada para ela. Meu cérebro estava em êxtase, quase que num transe profundo por ver que ela de alguma forma me cumprimentara.
Após o episodio da janela passei a ficar mais tempo nela, estava sempre fazendo algo diferente, de forma a chamar a atenção de minha musa e como em um desenho da disney uma ideia veio em minha cabeça.
- Vou escrever para ela!
Com tempo de sobra na manga escrevi para ela me apresentando, coloquei meu nome e falei sobre o quanto achava linda, fiz uma bolinha com a carta e a joguei em direção a sua janela. Depois de algumas horas, quando retornei ao meu quarto ao fim do trabalho de casa colocado por minha mãe eu vi que tinha uma bolinha no chão, próxima a tv. Minha janela estava aberta e então percebi que só podia ser uma resposta a minha carta. Corri, peguei-a e imediatamente, já com o coração a mil, comecei a ler.
Foi um fim de noite especial, dormi com a carta sobre o meu rosto após cair no sono lendo e relendo suas palavras. No outro dia, após muita coragem fui ate sua janela apoiando-me com cuidado sobre os galhos da arvore que existia entre nossas casas. Ao lado dela, que alias, agora eu sabia seu nome, Cindy, eu pude sentir o doce cheiro que seu corpo tinha, sua pele macia e clara me parecia de veludo. Seus olhos estreitos eram lindos e dominantes, estava hipnotizado por aquela mulher. Conversamos por horas, falamos sobre nossas paixões, nossos hobbys e tudo que nos fascinavam. Com o passar das horas nossos corpos já estavam próximos, havia acontecido umas trocas de olhares mais profundos e uns suspiros dos dois lados que indicava algo a mais entre nós. Foi próximo da meia noite, “sim, estávamos la ate esta hora”, que ao nos darmos conta do horario que ao nos despedir, entre tomar a decisão de dar um aperto de mão, um abraço e ou ate mesmo um beijinho na bochecha que nossos lábios se encontraram pela primeira vez.