A estrada é longa e parece que nunca tem fim, o que me deixa alegre por uma razão. Para quem viveu sua vida toda praticamente trancado dentro de casa. Ter um vislumbre do mundo é algo impressionante. Estamos passando por uma área cheia de prédios e casas. É um lugar como já havia dito, muito impressionante. Mas setem uma coisa que me chamou muito a atenção, são as janelas, fiquei muito abismado com janelas. Porque em todas as casas e prédios, eu as vejo aos montes. Brilhando com as luzes acesas. Ver em filme é uma coisa, mas ver assim na vida real é diferente.
Descobri que adoro janelas!
Será se na casa do meu tio tem? Ou ele vai me levar pra de baixo da terra, assim como na minha casa. Vendo tantas janelas em um só prédio me pergunto:
Por que afinal de contas, eu não podia ter pelo menos uma janela. Só queria uma. Mas ai, eu me lembro. A janela ia dar possivelmente pra um paredão de terra.
Já estou neste caminhão a uma hora viajando com BIG BOSS ao meu lado na direção. A sim! Descobri que seu nome é Kevin e eu vinha chamando-o pelo seu apelido esse tempo todo. Gosto de como Kevin soa, mas na minha cabeça, ele é BIG BOSS.
A descoberta de seu nome veio, porque ele tem um tablet que fica sempre acoplado no painel do seu caminhão, então ele usou um aplicativo de tradução. Não sabe como fiquei pasmo que isso exista.
Não sei por que papai não me mostrou isso antes.
De qualquer forma, falamos pouco, já que me sinto tão empolgado com a paisagem que a minha atenção está mais para além da janela do caminhão do que para o homenzarrão ao meu lado.
Ele que me desculpe, mas é muita liberdade em tão pouco tempo.
JANELAS!! Dá pra acreditar?
Janelas! Até o nome soa bonito. Só sei de uma coisa. Quando chegar a São Francisco, vou querer uma só pra mim. Depois de ver isso tudo, como posso me contentar em ver o mundo pela televisão? O pior é, sem nem mesmo poder escolher a programação.
Olhei para BIG BOSS e ele estava concentrado na estrada, mas quando notou que eu o observava, sorriu pra mim. É fácil se acostumar com ele sorrindo, vira um homem bonito.
Ele torna a prestar atenção a estrada. O engraçado é como às vezes parece meio inquieto. De tempos em tempos, ele fica tentando achar um jeito melhor pra se sentar e com isso, ele mete a mão no meio das pernas, na virilha, e fica mexendo ali, pra depois voltar a relaxar o braço.
Que bração ele tem!!
É realmente é um homem bonito. Sorriso largo e cheio de dentes brancos, com a barba acentuando esse rosto quadrado. Ele tirou a camisa xadrez, então posso ver como seus músculos são bem delineados. O que mais me impressiona mesmo é o seu peito, em como ele faz a camiseta ficar esticada quase parecendo querer rasga-la.
Mas o que não consigo tirar os olhos, são os pelos do peito. Ele tem muito, e eles seguem em uma direção só.
Fico pensando! Ele tem tanto pelo e eu não tenho nenhum. O que me faz ter um pouco de inveja dele.
Eu quero ter pelos no peito!
BIG BOSS é o máximo!
Conforme o tempo vai passando dentro do caminhão e a estrada interminável a frente continua a aparecer. Começo a perceber que estou ficando cansado. Não dá paisagem é claro, mas o meu corpo. Tenho estado sempre tão excitado e agitado a todo o instante que parecia impossível que em algum momento começaria a me sentir sonolento. Mas os meus olhos começam a pesar e os bocejos são praticamente impossíveis de controlar. Até que BIG BOSS estica o seu bração até o painel e começa o seu TAP! TAP! TAP! Ligeiro na tela do tablet.
Inclinei-me curioso para saber o que ele estava digitando.
- Você está ficando com sono? – Eu li. Virei o rosto pra ele e concordei com a cabeça e ele puxou a cortina azul escura que tinha atrás dos bancos e começou o seu TAP! TAP! TAP! De novo.
- Tenho um colchonete estendido ai atrás, vai dormir! – Eu li. Abri um sorriso. Ele ia deixar dormir no seu lugar de descanso.
BIG BOSS é o máximo!
Fui tentar sair eufórico do meu banco, mas havia esquecido que estava com o cinto de segurança o que me fez ser empurrado de volta ao encosto. BIG BOSS soltou uma gargalhada quando viu e eu acabei rindo junto. Logo, pressionou um botão no lado do banco que fez soltar o cinto. E eu praticamente voei para a parte de trás, estava empolgado para ver o lugar onde ele dormia e posso resumir em uma palavra.
ABAFAAAAAAADO!!! – Há!Há!Há!
Mas não me importei. Estava me sentindo tão cansado que não estava dando à mínima. Comecei a desamarrar os tênis e os tirei, logo em seguida foi a vez da calça e da camisa. Assim ficaria melhor para conseguir dormir.
Mas sabe como é!
Sempre que estamos prontos pra dormir, é ai mesmo que o sono parece nos abandonar. Por isso, alcanço o celular no bolso da minha calça. E começo a mexer nele, tentando ver o que mais eu não sei sobre esse aparelho.
Mas ai eu vi!
Trocentas chamadas não atendida. Um monte de mensagens e quando abri a última recebida estava escrito:
-- de – JOSE ALFREDO --
ONDE DIABOS VOCÊ SE METEU?
O QUE ACONTECEU?
PORQUE NÃO RESPONDE?
-- Fim de mensagem. --
Era papai! Pelo visto, de alguma forma ele descobriu que eu perdi a conexão. Pressionei onde estava escrito para responder e escrevi uma mensagem de volta.
-- Fica calmo! Só vi agora as mensagens e não reparei no celular tocando. Tive que pegar um ônibus, porque perdi a conexão em Miami. Mas está tudo bem comigo! --
Logo em seguida pressionei em enviar e a mensagem foi. Papai devia estar uma fera, mas não me importei. Não estava em casa mesmo. Ele devia estar frustrado por não poder sentar o cinto em mim. Há! Há! Há!
Entenda bem. Papai não é ruim, ele é um cara bacana, mas ele faz isso quando queria disciplinar-me. Quando eu ficava muito pirracento. É por isso que eu falei antes, sobre não entender o porquê de ele ter concordado com a viagem, já que era isso o que ele fazia quando eu era pirracento. Porque acredite...
...fiz uma pirraça daquelas!
Há!Há!Há!
Eu bocejo! Parece que estou mais cansado do que possa sequer notar, por isso, para não acabar sendo acordado, deliguei o celular e o deixei ao meu lado. Virei de bruços e cruzei os braços abaixo da cabeça, para servir como travesseiro. O ronco do motor, somado a trepidação do caminhão, serviu para embalar meu sono e antes que pudesse notar, já começo a me perder no sono e estava sorrindo porque teriasono tranquilo.
...Um sono satisfeito.
...Um sono feliz.
...Finalmente a minha aventura no mundo.
BIG BOSS é o máximo!
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Eu tenho um sonho estranho.
Muito estranho.
Estranho mesmo!
É uma sensação na escuridão.
Sinto um arrepio percorrer a minha espinha e fazer todo o meu corpo se arrepiar, inclusive os pelinhos na nuca. Era como um sopro em minha pele e senti algo quente encostando-se nas minhas costas. Começa a deslizar, alisar, arranhar levemente. E vai descendo lentamente pela linha da coluna até chegar a minha cintura. Sinto algo úmido encostar em minha pele e é quando noto que todo o meu corpo está esquentando junto, como se elevasse a sua própria temperatura para se igualar a desse toque.
Sou levemente sacudido e sinto a minha cueca ser puxada.
Pato Donald. – Eu murmuro. Porque eu me lembro que é a cueca que estou usando, a cueca do Pato Donald.
Ai eu sinto.
É algo gostoso e úmido. Quase como um beijo em uma das bandas do meu bumbum e então algo mais áspero roçando e me arranhando a pele e eu respiro profundamente, e ofego, é tão prazeroso, tão gostoso. Até que eu sinto essa mesma umidade no outro lado do bumbum e é ainda melhor. Mais úmido ainda, como se estivesse algo me lambendo.
Gostoso.
Muito Gostoso.
Nisso, sinto duas mãos abrindo as bandas do meu bumbum.
Mas que sonho estranh... Eu solto um gemido incontrolável. Cortando a linha de pensamento. Porque a umidade chega bem no meu “popo” – Sabe? Naquele lugar bem no meio do meu bumbum que fica bem embaixo mesmo. É uma sensação tão gostosa, nunca tinha sentido isso.
Céus!
É como uma lambida e é intenso, duro, várias e várias vezes no mesmo lugar.
AaAaAHhHhHhHh!!! – Não consigo me controlar e fico gemendo sem parar. Tanto que me arqueio em um reflexo dessa sensação.
Mas o que está acontecendo? Nunca tive um sonho desses. Sinto meu pau já ereto roçando no colchonete a cada investida dessa umidade, dessa lambida, desse fogo que se espalha lá embaixo, no meio de minhas pernas. Como esse tipo de prazer é possível?
Era bom demais pra ser verdade, porque tudo parou e o que sinto agora é a necessidade de mais, preciso desse toque de novo.
Onde estão o ronco e o tremor do caminhão? – Eu me pergunto. Mas ai eu fico relaxado, porque as mãos tornam a pegar em meu bumbum e afasta de novo as duas bandas. Mal posso esperar para sentir o toque daquela umidade dura de novo.
Mas desta vez é algo diferente, algo mais quente e escorregadio fica deslisando no meio do meu bumbum e vai descendo, descendo, ai sobe e depois volta a descer, sobe de novo para depois voltar a descer até encostar no meu buraquinho. Mas não se parece como da outra vez.
O que está acontecendo? – Eu digo quando abro os olhos e forço meu corpo para cima. Mas algo grande, muito grande, cai sobre mim me abraçando e nesse mesmo instante, sinto que estou sem cueca com alguma coisa grossa forçando a entrada em meu buraquinho.
DÓOOOI!!!!
DÓOOI MUITO! DÓOOI MUITO! DÓOOI MUITO!
- PAAARA!!! – Eu grito, sinto essa bola gigante tentando entrar, fazendo meu buraquinho se abrir a força. Estou fazendo me esforçando pra não deixar entrar, tentando trancar meu buraquinho. Mas tá difícil impedir, porque ele está escorregadio e a cada segundo vai ganhando mais espaço. Sinto uma bufada na minha orelha o que me faz olhar pra cima, e fico ainda mais assustado.
BIG BOSS quem está fazendo isso comigo. BIG BOSS quem está forçando essa coisa grande a entrar em mim. Mas por que. AaaaaHHHhhhhh!!!!! – Entrou mais um pouquinho e ele continua empurrando.
- PARA, BIG BOSS! O que você tá fazendo? - Começo a lacrimejar. Sinto meu corpo suando, trêmulo.
Ele não para. Dói muito e eu já estou chorando.
- PAAAAARA KEVIN!!!!
CONTINUA...