Oi gente aqui está o o terceiro capítulo, não tive tempo de editar e corrigir erros, então peço mil perdões!!!
E sobre o comentário do leitor Gusttavo: Sim, também acho que ás vezes enrolo demais e acabo colocando coisas que não são necessárias, é que é difícil quando você começa a escrever de um ponto de vista diferente, sua escrita ainda não tem forma, é como se fosse um bebê recém nascido que vai crescendo e amadurecendo com o tempo. Mas agradeço por sua crítica construtiva!
Já escrevi seis capítulos, mas que precisam ser revisados (algo que estou sem tempo de fazer).
Enfim, espero que gostem, tem mais notas no fim do capítulo...
PS: há muita enrolação no começo do capítulo, já aviso. Se eu cortasse o texto iria se tornar um parágrafoApós chegar em casa, a primeira coisa que Ray fez foi limpar o chão inteiro, bateu os tapetes - coisa que ele não fazia com muita frequência -, esfregou o chão, passou o aspirador por toda a sala, limpou a cozinha e mais os outros cômodos de baixo. Não que ele não limpasse a casa, fazia uma grande faxina a cada dois meses. No geral limpava o que era necessário. A casa era muito grande e para ele limpar sozinho era uma tarefa difícil.
Ele subiu para o andar de cima.
O quarto que ele havia colocado para alugar era o seu antigo. Havia se mudado para o quarto de Cece que era maior, mais claro e dava vista para o bosque que tinha atrás da casa.
Ray limpou todo o quarto, trocou os lençóis, tirou algumas roupas dele que ainda estavam em seu antigo guarda-roupa e tirou o pó. Deixara o quarto impecável. Esperava que Matt ficasse com o quarto. Apesar de mau o conhecer, ele pensou que seria legal morar com um colega de trabalho.
Quando Ray abriu o seu guarda-roupa no antigo quarto de Cece, viu a única roupa dela que não tinha doado. Um longo vestido azul turquesa que sua avó costumava usar, tinha o cheiro dela. Ele o havia mantido para sempre ter essa lembrança viva da pessoa que ele provavelmente mais amava no mundo.
Depois de limpar a casa toda, ele decidiu que um banho seria um ótimo feito. Até porque ele não pretendia dormir com cheiro de produto de limpeza acompanhado de suor.
Ray tomou um banho rápido e decidiu comer algo. Após abrir a geladeira e se decepcionar com o que havia nela, ele fritou ovos e bacon. Quando olhou no relógio e viu que se tratava de uma e meia da manhã, constatou que se não fosse dormir logo, provavelmente acordaria mais cansado do que foi dormir.
Ele pegou Senhorita Florence e a levou para o quarto junto com ele. Esse era um costume que ele adquiriu após a morte de Cece. Um de seus maiores medos de era estar só. E saber que isso estava acontecendo, só o afetava psicologicamente mais ainda.
Ele se deitou com Senhorita Florence deitada em suas pernas. Começou a pensar em seu dia-a-dia, e como tudo estava tão monótono. Desejava viver mais, ter feitos maiores. Tinha a sensação que não estava vivendo algo que deveria.
E então adormeceu ouvindo o ronronar da gata.
* * *
Quando Ray acordou eram oito da manhã. Ele levantou correndo, preparou o café e foi tomar banho. Afinal, não queria estar com a cara inchada quando Matt chegasse. depois de se banhar, vestiu um suéter vinho, calça jeans e tênis. Ficou mais ou menos quinze minutos tentando arrumar o cabelo, por fim, decidiu penteá-lo para trás.
Tomou seu café assistindo um desses programas matinais que falava sobre comida. Até mesmo Senhorita Florence tomava seu café, com uma tigela de leite. Após tomar o café, Ray olhou no relógio e era quase nove. Então a campainhia tocou. Ele correu para o espelho e garantiu que tudo estivesse em seu devido lugar. Não que ele fosse relaxado, mas queria passar a melhor impressão possível.
Ele foi até a porta e a abriu. Lá estava Matt olhando para os próprios sapatos. Ele vestia um casaco verde, calça jeans e All Star.
-Bom dia - ele ofereceu.
-Bom dia - Ray respondeu. -Entre e sinta-se à vontade - Matt entrou parando na entrada e esperando que o outro lhe guiasse.
-Eu ainda não me acostumei com o frio daqui. Está difícil se adequar - ele falou tirando o casaco e entregando a Ray, que o pendurou em um gancho próximo a porta.
-Pensei que na inglaterra fosse frio - Ray falou fazendo um movimento de mão para que Matt o acompanhasse.
-E é, mas não tanto quanto aqui. Na verdade, lá é mais chuvoso.
-Entendi. Você já tomou café?
-Já sim. No hotel.
-Então vamos direto ao ponto - Ray guiou Matt pela casa. Mostrando-lhe a sala, cozinha, sala de estar. Então subiu para o andar superior. Com Matt atrás ele abriu a porta do quarto e disse: -Este é o quarto. Não é enorme, mas é bem aconchegante. Era meu antes de minha vó falecer e eu mudar para o quarto dela.
-Pra mim, está de bom tamanho -Matt falou olhando o quarto. -E tem um banheiro aqui, é perfeito.
-Então. O chuveiro desse banheiro está quebrado - Ray falou um pouco sem graça.
-Não tem problema. Acho que posso concertar.
-Se você decidir ficar, pode usar o banheiro lá embaixo. Que é o que eu uso também. Se não se importar, é claro.
-Não me importo. E acho que vou ficar sim - uma centelha de felicidade se acendeu no coração de Ray. Só ele sabia o quanto precisava do dinheiro no momento.
-Isso é ótimo! - exclamou Ray.
-Quantos meses você quer adiantado? - Matt perguntou.
-Não sei. Na verdade eu não tinha pensado sobre isso... - e de fato não havia. -Sei lá, o que você puder pagar. Sei que é novo aqui e que começou a trabalhar agora, então não vou forçar a barra.
-Tenho minhas economias. Três meses adiantado ok? - Matt arqueou a sobrancelha.
-Feito -Ray estendeu a mão para Matt.
-Negócio fechado - ele a apertou sorrindo. -Posso me mudar hoje?
-Claro! Você não tem carro não é? Quer ajuda com as malas? - perguntou Ray.
-Seria ótimo -Matt sorriu.
-Então vamos lá buscar. Assim podemos ir para a livraria juntos e voltar juntos.
Ray disse saindo do quarto, mas antes de passar pela porta ele logo se lembrou: -Ah você pode usar esse guarda roupa ok? Tinha uma cômoda aqui, mas eu joguei ela fora. Estava muito velha.
-Valeu, de verdade. Ninguém nunca foi tão legal comigo -Matt falou enquanto seguia Ray para o andar de baixo.
-Que isso -disse Ray sem graça.
Ele pegou as chaves e seguiu para fora de casa com Matt atrás. Ambos entraram no carro.
-Você sabe dirigir Matt?
-Sei sim. Eu tinha um carro, mas tive que deixar ele para trás.
Ray ligou o carro e seguiu para o centro.
-Eu tirei a carteira faz uns dois anos. Na verdade eu nunca gostei de dirigir, mas minha avó estava doente e precisava de alguém para levá-la ao médico e coisas assim, então tirei por necessidade.
-Quantos anos você tem?
-Dezenove. E você?
-Vinte e dois.
-E o que você fazia lá na Inglaterra? -disse Ray parando no sinal vermelho e olhando para Matt.
-Eu trabalhava no shopping, em uma loja de roupas.
-Entendi. E Onde você está se hospedando mesmo?
-Aspen Suites Hotel -Matt respondeu.
-Ah sim, sei onde fica. Um amigo do meu pai está passando um tempo aqui e está se hospedando lá também -disse Ray prestando atenção nas ruas. -É só virar ali na esquina e chegamos.
Ao chegar no hotel, Ray decidiu ficar no carro enquanto Matt pegava suas coisas e fazia o Check Out. Ele decidiu ligar para Emily. Após alguns segundos do som da chamada, ela atendeu.
-Alô? -Emily disse com a voz de sono.
-Hey bitch, o que anda aprontando?
-Para sua informação eu estava dormindo!
-Problema seu.
-Qual é Ray, você sabe que eu durmo até tarde!
-Eu também gostaria de dormir até tarde, mas eu não vivo as custas do meu pai.
-Parece que a bitch não sou eu... -Emily respondeu rindo. -Mas anyway, o que você quer?
-Nada. Eu só liguei para conversar. Aliás, tenho novidades. Finalmente alguém está interessado em alugar o quarto lá de casa.
-Sério? Quem alugou?
-Um cara novo que trabalha lá na loja.
-Hmmmmmmm... Ele é gato?
-Sim... -respondeu Ray revirando os olhos.
-Sorte a sua, pois dividir a casa com gente feia ninguém merece.
-Cala a boca.
-Eu quero conhecê-lo!
-Pra quê? Pra você voar nele?
-Para tá! Eu nem sou tão piranha assim!
-Quando bebe é.
-Em falar em bebida. Você me largou lá na festa do Gregory!
-Para de ser dramática, eu tava mal e queria ir logo pra casa. E eu nem sabia onde você tava.
-Na verdade, nem eu lembro onde eu tava.
-Resultados de uma garrafa de tequila!!! -os dois disseram juntos e riram. Essa era uma piada interna dos dois.
-Olha, amanhã é sábado e você vai estar de folga. Que tal nós irmos na Urban?
-Não sei... Eu meio que não estou afim de sair. E além do mais não posso largar o meu novo companheiro de casa sozinho. Não é?
-Nossa como você é bonzinho... Até parece. Leva ele!
-Eu não sei bem se ele se ele curte balada gay.
-Você só vai saber se perguntar.
-Acho melhor não. Talvez depois de um tempo, mas seria demais levar ele em um dos lugares mais chocantes da cidade logo de primeira né? Mas vou dar um jeito de ir. Afinal, faz tempo que não vou à Urban.
-Eba! Então amanhã te ligo para confirmar tudo. Ok?
-Tá bom. Bye.
-Bye. Vou voltar a dormir.
Ray riu enquanto finalizava a chamada. Ele ligou o rádio e colocou em qualquer rádio. Depois de alguns minutos Matt retornou com as malas.
-Até que não é muita coisa -falou Ray saindo do carro e abrindo o porta malas.
-Eu não tenho muita coisa -Matt respondeu colocando as malas dentro do compartimento.
No caminho de volta pra casa, Ray mostrou a Matt seus lugares favoritos da cidade; como a doceria e a loja de discos. E disse que o levaria para conhecer qualquer dia.
Quando chegaram em casa Matt foi para o quarto arrumar algumas coisas antes de ir para a livraria. Ray apresentou a ele Senhorita Florence. Que ficou meio desconfiada com o integrante novo da casa.
Depois eles foram para cafeteria. Onde Matt foi apresentado à Brianna que olhava para ele como se ele fosse um pote de ouro no fim do arco-íris. Ah a beleza britânica.
O dia se passou rápido. Quando a loja estava cheia, havia muito mais trabalho a fazer e o tempo passava rápido. Ray explicou mais algumas coisas a Matt, e decidiu livrar ele da faxina nas estantes. Não queria traumatiza-lo logo de cara com o trabalho. Então ele mesmo limpou todas as estantes.
Quando Matt falava com Brianna, ela olhava para Ray com se um astro do rock estivesse conversando com ela. Mais tarde ela enviara uma mensagem de texto a ele dizendo que ele tinha sorte por ter um homem daquele sobre o mesmo teto que ele morava.
Quando o turno acabou Ray e Matt foram para casa. Mas antes passaram no mercado para comprar algumas coisas para o jantar.
-Você cozinha? -perguntou Ray enquanto escolhia algumas cenouras da área de horti-frutti.
-É... Eu sei me virar - respondeu Matt dando ênfase no é e fazendo um expressão pensativa sobre o assunto.
-Então o jantar fica por minha conta. Você é novo em casa.
Depois eles tiveram um embate sobre quem deveria pagar. Ray sustentava o argumento de que ele estava fazendo um jantar de boas vindas. E Matt dizia que já que outro iria cozinhar, ele deveria pagar. No fim, eles dividiram e foram para casa.
Ray fizera um jantar composto por lasanha e batata assada, Matt o ajudou. Foi um certo improviso, já que estava tarde em ambos estavam cansados.
Enquanto assistiam televisão, Senhorita Florence decidira dar um chance à Matt. Ela deitou-se no colo dele e adormeceuGostaram? I hope so! Conforme os capítulos forem passando, vocês verão um certa mudança na escrita, estou estudando um pouco sobre terceira pessoa e estou aperfeiçoando -Mas ainda sim prefiro a primeira pessoa.
Já aviso que o romance vai demorar um pouquinho para acontecer, mas muito em breve vocês poderão ver resquícios de amor no ar... Não gosto de histórias com instalove do tipo bateu o olho amou, já tá ficando um saco isso.
De qualquer forma realmente espero que tenham gostado e que estejam querendo mais. O próximo capítulo sai ainda essa semana, não sei quando, mas em breve. Já aviso que não posso postar todo dia porque não tenho tempo para escrever, nem para editar, mas farei o máximo para postar semanalmente.
Comentem e digam o que acharam do capítulo e de seus personagens, sei lá. Quero saber a opinião de vocês.
PS2: Os capítulos levam nomes de músicas as quais sempre deixarei os nomes e os artistas no final. Esse aqui por exemplo tem o nome de uma música da Hillary Duff chamada My Kind.
