A VIDA DE DIEGO 10

Um conto erótico de Gatinho02
Categoria: Homossexual
Contém 2386 palavras
Data: 28/07/2015 21:02:04
Assuntos: Gay, Homossexual

...Em pouco tempo já estávamos chegando no hospital, quando chegamos no quarto batemos na porta e o Igor foi quem atendeu a porta, olhei para ele sem expressão nenhuma e o mesmo ficou calado e abaixou a cabeça para mim, quando olhei para a cama, meu coração parou por alguns segundos ao ver o Emanuel ali deitado olhando em meus olhos e com uma aparência nada agradávelEle olhou para mim e ficou com os olhos ali fixos nos meus, estávamos no quarto apenas eu, o Igor e o Emanuel, os meus olhos começaram a se encher de lágrimas ao ver ele naquela situação até que a primeira lágrima escapuliu do meu olho esquerdo e depois do direito, o Igor estava sentado no sofá no canto do quarto enquanto eu estava do lado do Manu olhando em seus olhos...

E: Diego... me desculpa, eu não queria que você soubesse...

Eu: você esta morrendo?

E: depois dos últimos exames eu estou (ele estava firme).

Eu: meu Deus, por que? Você não pode morrer...

E: Diego calma, eu já estou acostumado com a ideia...

Eu: não cara, olha para você, eu não desejo isso para ninguém, morrer desse jeito! Você está sofrendo, Eu estou sofrendo com isso!

E: eu não queria que você sofresse, eu não quero ver ninguém sofrendo por mim, eu só... Não sei por que eu fiquei com você.

Eu: Manu, eu não sei como lidar com essa situação, mas eu estou aqui, eu vou ficar do seu lado...

I: Nossa quanta melação!

E: Igor para...

Eu: você me contou de propósito não foi? Por que você fez isso?

I: cara, eu te fiz um favor, ele esta morrendo, continuar com isso será doloroso para vocês dois e sem falar que eu sou totalmente contra esse novo relacionamento de vocês.

Eu: você é um imbecil!

I: Sou assim mesmo, sutil como coice de mula.

E: Igor, para por favor, agora não é o momento para isso... AII!

Ele colocou a mão na cabeça, como se estivesse sentindo dor, nós chegamos perto dele e ele fez sinal de que estava tudo bem, mesmo assim, isso não diminuía nossa preocupação. Igor sentou no sofá em silêncio, demonstrando ter pelo menos um pouco de bom senso em sua cabeça nada normal e eu em forma de trégua e voltei para o Manu...

Eu: o que você está sentindo?

E: dor de cabeça apenas, é o tumor...

Eu: os médicos disseram o que?

E: que agora não tem cura.

Eu: descansa, não força não, tenta dormir um pouco.

E: Diego... obrigado por se preocupar comigo.

Eu: Manu, eu me preocupo sim, eu gostei de você desde que eu te conheci, vc é uma pessoa realmente especial.

E: obrigado!

Ele virou a cabeça para o lado da parede, suspirou e fechou os olhos, eu fiquei olhando para ele e me bateu uma tristeza fora do normal, senti vontade de chorar, mas o que eu fiz foi ir em direção a porta e fazer um sinal para o Igor me acompanhar, nós saímos do quarto e já no corredor nos posicionamos em uma janela e eu comecei a despejar tudo o que estava engasgado na minha garganta...

Eu: Explique-se!

I: eu só não quero ver meu primo sofrendo mais do que ele já sofre...

Não deixei ele terminar e dei um tapa na cara dele que fez ele jogar o rosto para o lado, ele olhou para mim já com o rosto vermelho e com a mão onde bati e com uma cara de ódio...

I: você vai se arrepender por isso...

E: “Sou assim mesmo, sutil como coice de mula.” Presta atenção idiota, teu primo esta morrendo e você faz isso com ele, ta certo que ele não deveria ter me escondido isso, mas você não tem o direito de sair contando isso para ninguém.

I: eu quero mais é que vocês se explodam.

Dito isso ele saiu andando, quase correndo pelo corredor, mas a frente deu um empurrão um uma enfermeira que entrou na sua frente, a mesma o chamou de mau educado e ele nem deu a mínima, virou para o corredor do elevador e desapareceu da minha vista.

Eu: que garoto louco.

Senti uma mão no meu ombro quando olho para trás eu me deparo com minha mãe acompanhada CE um rapaz alto aparentemente jovem e bastante parecido com o Manu (deveria ser o irmão dele).

Eu: oi mãe...

L: filho esse é o Felipe, irmão mais velho do Emanuel, eu o encontrei conversando com a doutora que cuida do caso do Emanuel.

Eu: oi Felipe, é um prazer te conhecer (estendo a mão para ele).

F: oi, Diego né?

Eu: isso!

F: o prazer é meu, você é amigo do Emanuel a quanto tempo?

Eu: Faz um tempinho já, conheci ele aqui no hospital e ficamos muito amigos.

F: que bom, e obrigado por se preocupar com ele.

Eu: por nada, eu me preocupo com ele assim como eu me preocupo com qualquer pessoa que eu ame.

F: obrigado mesmo, bom eu vou ter que ir embora agora por conta do trabalho, doutora Liliana ele esta bem mesmo né?

L: bom segundo a doutora que cuida dele, sim, só foi um mal estar causado pelo tumor, mas ele já esta fora de perigo e irá ficar aqui por dois dias para exames.

F: então fico mais tranquilo, já entrei em contato com nossos pais, nossa mãe esta vindo para cuidar dele esses dias, tenho que ir agora, obrigado por tudo, antes vou me despedir dele.

Eu: eu posso me despedir dele também?

F: pode!

Eu: mãe, a senhora me espera aqui?

L: “senhora” é a sua mãe! Eu não sou “senhora” e sim, eu espero você aqui sim.

Eu: obrigado senhorita Liliana.

L: esta vendo como fica melhor assim.

Entrei no quarto acompanhado do Felipe, o Manu estava deitado olhando fixamente para o teto, o Felipe se aproximou dele e colocou a mão sob o peito do Manu, chegou mais perto e deu um beijo na testa dele, o Manu olho para ele os dois só disseram um “até mais” e o Felipe deus as costas para ele e saiu do quarto apertando minha mão a agradecendo mais uma vez e o Manu fez sinal para que eu me aproximasse...

E: mais uma vez te peço desculpas, eu não deveria ter te escondido uma coisa dessas...

Eu não deixei ele terminar de falar, encostei minha mão no seu rosto fazendo ele calar a boca e me aproximei devagar de seu rosto encostando nossos lábios, ele ficou surpreso com a minha atitude, mas logo seguiu o ritmo do beijo que eu estava lhe dando, acho que passou uns 30 segundos até que eu separasse nossas bocas...

Eu: eu não to nem ai, eu gostava de você sem câncer, agora eu te amo e quero estar com você enquanto você estive vivo, não importa quanto tempo dure, só o que importa é estar com você.

E: eu só não queria ser um morto vivo...

Eu: você não é um “morto vivo”, você esta mais vivo do que nunca, cara, aproveita os momentos que você tem e não vá entrar em depressão viu?

E: esta bem, eu prometo que vou ficar bem, por você.

Eu: por nós, fique bem não só por mim, mas por nós.

(ele deu um sorriso)

Eu: isso mesmo, é esse sorriso lindo que eu conheci.

E: você é o primeiro garoto por quem me apaixonei, o primeiro e espero que o único.

Eu: você já teve quantas garotas?

E: já fiquei com algumas, já namorei 3 meninas e você é meu primeiro garoto, sempre tive curiosidade em garotos mas nunca tive coragem, acho que o fato de eu estar morrendo me deu a coragem que eu precisava.

Eu: eu não vou te deixar, mas só peço que você não me esconda mais esse tipo de coisa, esta bem?

E: ok, eu não te escondo mais nada importante.

Eu: esta bem, eu tenho que ir agora, tenho coisas da escola pra fazer, trabalhos.

E: esta bem... Diego?

Eu: oi.

E: quer namorar comigo?

Dei um sorriso largo para ele e vi seus olhos brilhando e então respondi:

Eu: eu só respondo quando você sair do hospital daqui a dois dias.

E: Ai Meu Deus! Que tortura! Não faz isso comigo não, responde agora, por favor!

Eu: já disse, só respondo quando você sair daqui.

E: esta bem, eu espero, seu chato.

Eu: sou chato sim, muito chato, acostume-se.

E: eu farei você deixar de ser chato.

Eu: boa sorte então, eu vou indo nessa, amanhã eu venho ficar mais um pouquinho com você.

E: esta bem.

Me aproximei dele mais uma vez e dei um selinho em sua boca, ele esperava por um beijo, mas não foi o que eu lhe dei, eu iria torturar ele um pouquinho até eu responder “sim” ao seu pedido de namoro, me virei para a porta, girei a maçaneta e quando eu ia saindo ele perguntou:

E: cadê o Igor?

Eu: eita, a gente brigou depois que você começou a dormir e ele se foi.

E: bem típico dele, peço que tenha paciência com ele, ele sempre foi muito difícil, mas é uma pessoa amável, embora não pareça.

Eu: vou tentar engolir ele, tchau, se cuide.

E: tchau, o que não falta aqui são pessoas para cuidar de mim e fazer eu me cuidar.

Eu: em dois dias te dou a resposta.

E: estarei esperando ansioso.

Saí e fechai a porta, minha mãe estava esperando do lado de fora conversando com um enfermeiro que pelo seu crachá o identifiquei como sendo um estagiário estudante de enfermagem da UFPE (universidade Federal de Pernambuco), um rapaz muito bonito por sinal, minha mãe estava lhe dando algumas instruções e quando eu me aproximei ele logo me puxou para perto dela e me envolveu entre seus braços fazendo o rapaz me ilhar dos pés a cabeça.

L: olha Alison, esse é o Diego, meu bebê!

Eu: mãe! (o rapaz ria da minha cara)

A: então você é o Diego né?

Eu: isso mesmo, prazer.

A: o prazer é meu, desde que você se mudou para morar com a doutora, ela não fala em outra coisa a não ser, “como está feliz por você estar aqui”.

Eu: essa é minha mãe kkkkk.

A: bom, tenho umas coisas para fazer, doutora, não tenho mais nenhuma dúvida, muito obrigado pela atenção, até mais Diego.

Eu: até.

L: até alisson, foi um prazer te ajudar, sempre que precisar é só pedir.

A: ok, obrigado.

L: por nada.

Ele se virou e foi embora...

L: ele tem uma bundinha muito linda, você não acha?

Eu: mãe! Cria vergonha nessa cara!

L: fica na tua moleque, é obvio que eu nunca pegaria um menino como esse!

Eu: acho bom! Mas, até que ele é gato...

L: eu sei!

Fomos andando pelos corredores do hospital até chegar no elevador e posteriormente a saída, entramos no carro e rumamos para casa, percorremos todo o caminho em silêncio até que minha mãe resolveu quebrar o silêncio, me perguntando se tinha deixado o Guilherme na casa do vizinho antes de a gente sair de casa...

Eu: não deixei não, por que, você não deixou ele no vizinho não?

L: acho que a gente esqueceu ele no apartamento!

Nos olhamos assustados...

L: segura que eu vou correr!

Ela pisou fundo e o carro começou a correr, por sorte não tinha nenhuma blitz da polícia por perto (mas levou multa por excesso de velocidade), logo chegamos no prédio, ela mal falou com Sr. Flavio e acelerou de vez para dentro, por sorte o elevador não demorou a aparecer e logo subimos, chegamos na porta do apartamento e logo ouvimos uma música tocando um pouco baixinho (Michael Jackson), quando minha mãe abriu a porta foi o momento surpresa...

L: MEU DEUS DO CÉU! Passou um furacão por aqui!

A casa estava toda revirada e cheia de embalagens de comidas por todos os cantos, saímos procurando ele pela casa. Quando o encontramos, ele estava pelado, deitado encima da mesa da cozinha todo sujo de chocolate e muitas outras guloseimas, quando ele percebeu a nossa presença...

G: aaaaaaai, minha barriga, eu comi de mais, não consigo nem me levantar...

Eu: nossa seu porquinho, a gente não pode nem te esquecer em casa que você faz essa bagunça toda...

L: Guilherme, levanta já dessa mesa e vai tomar banho!

G: minha barriga esta doendo mãe! To enjoado!

L: você comeu tanto que não esta aguentando segurar, vem comigo...

Ela pegou ele pelos braços e o ajudou a se levantar, o levou para o banheiro, o posicionou na frente da privada e meteu o dedo dentro da boca dele fazendo ele vomitar na privada, na hora ele chegou a chorar um pouco, mas logo ficou bem...

L: esta melhor?

G: estou.

L: então entra no Box que eu vou te ajudar com o banho e depois você vai limpar a casa.

G: naooooooo!

L: vai sim, e ai de você se não limpar!

G: droga!

Deixei eles dois a sós e fui para o meu quarto e me deitei um pouco na minha cama e fiquei pensando em tudo o que acontecia a minha volta e na minha cabeça só ficava martelando dois nomes “Iago”, “Emanuel”, um foi o próprio causador dos problemas e o outro, a vida se encarregou de fazer os problemas, por que as coisas tinham que ser tão injustas, só quero ver como que tudo isso vai terminar...

<3 Boa noite queridos leitores, peço desculpas pela demora para postar, mas eu estava muito ocupado mesmo e escrevi aos poucos até terminar esse capitulo. Eu gostaria de pedir mais comentários, eu não gosto de fazer esse tipo de pedido, vejo muitos escritores aqui da casa pedindo comentários e não gosto muito de pedir isso, mas estou fazendo por que eu vejo que o conto tem muitas visualizações e pouquíssimos comentários, eu não gosto de pressionar o leitor a comentar o conto, mas eu gostaria de mais opiniões e saber o que vocês estão achando do conto, enfim, gostaria de agradecer a todos os que comentam, seus comentários são muito importantes para mim e realmente é o que motiva o escritor a continuar escrevendo... <3

Gatinhoo2gatinho02@hotmail.com

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Comentários

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Tadinho do Gui, ele teve que arrumar a casa toda, e o Diego foi deitar affs, mais o conto esta fluindo bem Gatinho02, e eu vou lhe aguardar sempre.

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Esse conto é lindo, não gosto do que o Iago fez, mas queria ve-lo no conto. É ruim mesmo pedir comentários, mas eles nos ajudam a melhorar. Contínua...

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