Acordei ao lado de um corpo duro e masculino, me envolvendo firmemente pelas pernas pesadas e fortes. Por um momento entrei em pânico enquanto recobrava os sentidos. Eu estava desorientado e não compreendi imediatamente o que estava se passando. Então, virei-me lentamente, e enquanto minhas pálpebras se abriam, vi o olhar de meu primo Vitor sobre mim, observando-me despertar, e o dia anterior voltou em um flash.
Olhei para Vitor sem dizer nada, incomodado pelo fato de que ele tinha tomado controle sobre minha vida e minhas coisas, e pensava o quanto minha vida mudara nas ultimas 24 horas. Parecia irreal, mas no fundo eu estava gostando de ter aquele corpo quente me envolvendo.
Minha vida nunca foi grande coisa, mas era com o que eu estava acostumado, e dividir meu quarto e minha cama com meu primo Vitor estava me deixando sem graça. Como eu deveria ajustar o meu mundo agora que tem ele?
Minha mãe havia deixado bem claro que eu teria que conviver com meu primo, mas nossas vidas e costumes eram tão diferentes, por mais próximo que estivéssemos, havia um abismo imenso sobre nós... Mas estar encarando ele todo esse tempo, me olhando, me fez me sentir muito estranho... O que diabos estaria acontecendo comigo? Por que eu estava gostando daquilo? Não fazia sentido, eu odiava meu primo. Não tinha lógica.
- Em que você está pensando?- disse Vitor
- Eu? Em nada- respondi.
Então percebemos que ainda estávamos colados na cama, mesmo ela sendo tao grande, e eu podia sentir o calor que o corpo de Vitor emanava sobre mim..
No primeiro movimento dele, senti seu membro duro encostar em minha coxa. No que rapidamente ele se retraí ..
-desculpa ae priminho... Tesão de Mijo, sabe ne? Coisa de homem... haha
Eu apenas fiquei vermelho, mas não disse nada, levantando-me e seguindo até o meu banheiro.
Lavei o meu rosto, e me olhei no espelho, e acabei perguntando alto:
- O que é isso Rodrigo... Tira essas ideias da sua cabeça- disse a mim mesmo.
- Falando sozinho Rodriguinho- entrou Vitor no banheiro..
- Qual é, nem no banheiro vou ter privacidade agora?
- Desculpa ae primo, é que tava foda segurar a bexiga, mas fica a vontade ae...
Bufei e sai do banheiro em seguida.
O banheiro do meu quarto não tinha tranca na porta, era apenas de puxar, porque sempre mantive o quarto trancado....
Entrei para tomar banho... deixei a agua gelada cair sobre minha cabeça, quando...
- Então primo..- entrou Vitor no banheiro com a maior naturalidade, baixando a tampa do vaso sanitário e sentando-se em cima...- estou muito ansioso com a faculdade...
Eu virei de costas, envergonhado, eu não podia acreditar que ele agia dessa forma... ele estava sentado no vaso com o pé direito sobre o joelho, somente de cueca, como se tivéssemos uma intimidade inigualável...
- Vitor!- falei e ele continuou falando...
- Vitor...- tentei mais alto... e nada... ele continuava tagarelando...
- VIIITOOOR- gritei e joguei minha cueca molhada na cara dele... Haha, acertei em cheio... ele me olhou surpreso de olhos arregalados..- CALA A BOCA- continuei.
- Eu não acredito que você jogou essa cueca nojenta na minha cara!- disse ele..
- Deixa de frescura... tava limpinha...
Vitor cheirou ( num impulso que o deixou muito sem graça ) e aproximou-se da porta do box ainda aberta... tirando sua cueca, entrando no box comigo...
- Agora você vai ver só priminho... Vai ter que cheirar a minha cueca suja...- e veio pra cima de mim...
Parecíamos duas crianças no chuveiro, e eu tentava fugir dele, rindo, quando ele imobiliza meus braços e passa a cueca na minha cara...
Fiquei sem reação nenhuma... ele me olhou serio... encarei ele serio, e do nada tivemos a maior crise de riso de todas...
- Nossa... cueca podre Vitor!! Haha
- Tá nada ... troquei ontem a noite no banho po...
- Cheira isso!!- passei a cueca dele na cara dele...
- Haha, verdade, tá o maior cheiro de...
-PORRA- falamos os dois juntos.
Por um minuto ficamos sem graça, porque se estava com cheiro de porra era porque ele havia gozado nela durante a noite, e se ele não se masturbou, havia gozado dormindo agarrado no meu corpo... Bem que eu havia sentido algo nas minhas costas lembram??
Por fim saímos do banho e nos trocamos e fomos tomar café... Em seguida fomos pra rua comprar material escolar, pois no outro dia pela manhã aula iniciaria. Minha mãe perguntou como havíamos passado a noite, e dissemos que bem, então ela não compraria a tal cama pra Vitor tão cedo...
Dormimos cedo pois estávamos ansiosos com o inicio das aulas, e antes mesmo que meu despertador tocasse estávamos prontos e mal tomamos café, peguei a moto e um capacete e seguimos para a faculdade.
Chegamos lá, vimos as listas de classe e onde cada sala estaria localizada. Por sorte( ou não) Vitor e eu ficamos no mesmo prédio... Reencontrei meus amigos Lucas e Laura... Acabei deixando Vitor e andando com eles...
O sinal para entrarmos soou e fomos aos poucos entrando na sala.
O primeiro professor entrou e começou a nos dar boas vindas quando alguém bate à porta... O professor abre e eis que ele entraaluno novo- cochichei com Laura.
- e é um gatinho- respondeu ela.
- Apresente-se novato!!-disse o prof.
- Oi meu nome é Eugenio e eu me transferi pra cá porque meu pai mudou de serviço...- falou vermelho.
Passei a analisar o rapaz...
Aparentava ser um pouco mais velho que nós, provavelmente uns 24 anos.. Eugenio era branco, meio aloirado, olhos esverdeados e uma tatuagem no braço bem desenhado. E eu simplesmente tenho tesão por tatuados... Aquele ar másculo e meio bruto emanava dele.
Eugenio aproximou-se e sentou-se atrás de mim... na única cadeira vaga da sala.
- Seja bem vindo- eu disse a ele sorrindo.
- Valeu ae.- respondeu.
Passado o primeiro período, saímos para o intervalo, e ao dar de cara com Vitor ele me encara sério e vira a cara. Não entendi nada e nem liguei.
O Garoto novo logo se envolveu com os da bagunça na faculdade, e logo estavam fazendo trote com o povo novo... que ridículo... ele também deveria sofrer o trote, pois por mais que já estivesse cursando em outra cidade, na nossa ele era tão novato quanto os ingressantes.
Tudo estava bem, até ele ir fazer trote com meu primo Vitor... Atacaram ele com ovos podres e com tinta, e iam começar a raspar a cabeça dele quando eu intervi.
- Se raspar a cabeça do meu primo, raspo a sua!!- disse encarando-os.
- Como é que é? Quem você pensa que é?- disse um deles.
- Sou um dos veteranos, assim como você, e se vai raspar a cabeça do meu primo, vai ter que raspar a do novato da nossa sala também?
- A minha? Nem fudendo!- disse Eugenio.
- Vocês decidem!!
Nesse momento todos os novatos se uniram e estavam prestes a pegar Eugenio e fazer com ele o que ele fez com os outros, quando o reitor chega e dissipa a multidão.
Ao entrarmos na sala, Eugenio me encara, pega no meu braço, abaixa e cochicha em meu ouvido...
- Sei bem o que você quer... conheço bem o seu tipo... Isso não vai ficar assim viu, viadinho ...
CONTINUA.