A Face Romântica do Crime

Um conto erótico de Knight
Categoria: Grupal
Contém 5076 palavras
Data: 28/07/2015 23:22:12
Última revisão: 21/11/2023 20:48:03

Incompatibilidade de gênios definia bem aquela situação. Ela; uma garota fina e recatada da zona sul de São Paulo. Solícita e compreensiva, características em contraponto à sua determinação na vida profissional. Ele, o típico mulherengo, arrogante, um próprio machista de mesa de bar que adorava contar vantagens para os amigos sobre as mulheres que “comeu”, mesmo após seu noivado com ela, Melissa; a doce menina que se fez sozinha. Ela começou a trabalhar como modelo aos quinze anos; apareceu para o mundo, até que um revés em sua vida a obrigou a abandonar tal carreira. Mas ela não se abalou, e aos dezenove firmou-se como uma respeitada empresária de um ramo que seu marido, o garanhão Flávio não procurava saber muito, e tampouco se importava. Agora estavam noivos, a data do casamento marcada, quiçá em breve interrompida pelos problemas que surgiam no horizonte. Quanto a mim, considerem-me apenas como um eu-lírico observador desta história que agora vos conto. Mais “eu” do que propriamente “lírico”. Bem mais.

Ela chorava enquanto arrumava suas malas, pronta para ir embora. Não sabia como iria fazer isso; Flávio havia tomado as chaves de seu carro e seu telefone celular, tentando detê-la em cárcere privado do jeito mais rude possível. Mas que ela o faria, faria. De um jeito ou de outro. Ao receber as fotos da despedida de solteiro de Flávio por um remetente desconhecido em seu e-mail, seu mundo caiu. Ao vê-lo deitado numa cama de motel com três garotas nuas em pelo, fumando alguma erva suspeita em um narguilé, tentou primeiro dialogar, argumentar, depois brigar, muito, algo que não era do seu feitio. A única resposta que conseguiu foram dois tapas no rosto, na mesma bochecha, como explicaria seu noivo, agora ex-noivo no que dependesse dela: “-isso é para inchar! e toda vez que você se olhar no espelho vai lembrar de não me contrariar mais”. Ela sentiu um arrepio gelado na nuca quando ele destrancou a porta e entrou bruscamente no quarto. Fez silêncio enquanto olhava-a guardando suas roupas. “-Onde você pensa que vai?”. Antes de conseguir pensar em uma resposta satisfatória, foi agarrada no braço direito por Flávio, apertando-a com seus dedos e deixando marcas, mesmo com as súplicas de Melissa para que ele parasse.

-Largue essa mala. Vamos passar o fim de semana na casa em Maresias, e já temos lá tudo o que você precisa. Vai ser a chance esclarecemos tudo, e você vem por bem ou por mal.

A ideia de passar mais um segundo, quanto mais todo um fim de semana ao lado daquele homem a aterrorizava e enojava. Protestou, tentando fazê-lo desistir, mas não conseguiu. Flávio já havia dispensado o motorista e só os dois estavam na casa. Praticamente arrastou-a até o banco do passageiro da Grand Cherokee e levou-a, a força. Pegaram a rodovia dos imigrantes e sumiram no início daquela noite de sexta-feira.

Na mesma noite, horas mais tarde, meus empregados Aguinaga, Boiça e Biro-Biro “abriram” o caixa eletrônico de uma agência bancária próxima ao jóquei clube na Marginal do rio Pinheiros. A primeira carga de dinamite falhou, obrigando-os a repetir a explosão, o que atraiu a atenção dos seguranças particulares do clube próximo. Minhas ordens, como financiador, foram simples e impossivelmente mais claras: “Não façam nenhuma burrada dessa vez”. Mas nem tudo saiu como planejado. Biro-biro, um negro com quase 2 metros de altura, 120 quilos de músculos e ódio, e cabelos tingidos de loiro, acertou e matou um dos seguranças com sua sig sauer 9 milímetros. Ele sempre foi impulsivo assim, é natural dele. No orfanato em que cresceu só havia uma fita VHS, a do filme “Esqueceram de mim”. Era sua única diversão, e ele a assistiu tantas vezes que virou fã do ator protagonista, por isso desde os 15 anos tingia os cabelos para tentar ficar igual ao Macauly Coulkin. Por motivos óbvios, o máximo que conseguiu foi ganhar o apelido do volante corinthiano dos idos da década de 70. Durante a fuga tentaram render um motorista dentro de um Fiat Stilo. O playboy reagiu e mais uma vez a arma de Biro-biro cuspiu fogo. A merda estava feita.

Ao pegar a minha parte no saque, olhei para os três, lado a lado, cabeças baixas evitando me olhar diretamente nos olhos. Minha vontade era acertar um tapa contínuo em todos com apenas um movimento, tipo naqueles episódios antigos d’Os Três Patetas. Ri sozinho imaginando a cena e ao final ordenei: “-Sumam de São Paulo por uns tempos. Peguem a porra da parte de vocês e tirem umas férias em Maresias”.

Chegando à mansão na beira da praia, distante e isolada das outras casas, Flávio sentou-se no espaçoso sofá de couro branco em frente à lareira. Mandou que Melissa lhe servisse uma dose de uísque e sentasse ao seu lado. A garota, indefesa e com medo, obedeceu. O noivo tentou amenizar seu erro, dizendo que esse tipo de coisa é normal, em breve eles estariam casados e isso ficaria para trás. Melissa apenas escutava. Após a segunda dose, tentou beijá-la. A garota tentava afastá-lo com nojo, asco daquele homem. Recebeu mais um tapa no rosto e foi tomada por ele a força. Teve as roupas arrancadas com brutalidade e, sobre o chão confortavelmente acarpetado, foi penetrada apenas torcendo para que tudo aquilo acabasse logo.

Aproximando-se dali, os três bandidos em fuga, após jogarem o Fiat roubado na represa de Guarapiranga, próximo à serra do mar, procuravam atentamente um novo meio de locomoção. Foi quando viram duas garotas pararem um antigo Chevrolet Corsa para abastecer num posto de gasolina próximo. Sozinhas e desprotegidas; a isca predileta. Aguinaga rendeu a garota loira que esperava no carro. A outra, morena, alta, de pele bronzeada, foi surpreendida por Biro-biro ao sair da loja de conveniência onde efetuara o pagamento. Boiça observava de longe assegurando a discrição. Os planos de ambas para a praia no fim de semana terminavam ali. Mandaram-nas dirigir até Maresias, prometendo que, caso se comportassem, seriam liberadas assim que chegassem ao seu destino. Reviraram as malas das meninas jogadas entre o assento do motorista e o banco de trás. Havia pouco dinheiro, uma garrafa de vodka barata pela metade e algumas latas de energético, roupas, biquínis, e então, de repente, Boiça desabou em risos. Achou dois vibradores em uma das malas e exibiu-os diante dos comparsas e dos rostos enrubescidos das meninas. “-Porra negada, as duas são sapatas!”.

A morena, mais corajosa, interveio:

- Sapata é a tua mãe, filho da puta! Isso é para eu brincar sozinha. Ela não tem nada a ver.

- O que disse, piranha? – respondeu Biro-biro agora em tom sério, apontando o cano da arma para a cabeça da motorista.

- Piranha não! Meu nome é Denise, e eu e a Ariela aqui somos primas, e somos mulheres para mais de metro. Aqui não tem sapata, porra nenhuma!

Surpreso com a ousadia da garota motorista, Biro-biro então riu sarcasticamente e tirou seu pênis para fora:

“-Se é para mais de metro, deve aguentar esse aqui. Deve ter bem perto de meio metro” – completou gargalhando.

Ambas as garotas, nos bancos na frente, olhavam abismadas para o tronco de carne que ele exibia. Denise esforçava-se para olhar e dirigir ao mesmo tempo, interessada, enquanto sua prima loira ainda aparentava medo, desejando que a morena parasse de falar demais.

O sequestrador mandou as meninas pararem o carro numa área de descanso deserta a beira da pista. Ordenou-as que descessem. Determinou, ríspido, que se despissem. O disparo do revólver para o alto reforçou o pedido. Ariela tirava peça por peça enquanto Denise continuava imóvel, desafiadora. “Se você não tira, eu mesmo faço” – finalizou Biro-biro com a voz grave a ameaçadora. “Não sou puta!” – gritava a brava morena, enquanto o negro rasgava os panos que antes cobriam seu corpo e avançava com a boca sedenta sobre o pescoço da garota. Nuas, ambas se exibiam contrariadamente enquanto a brisa fria da noite acariciava seus corpos jovens e esbeltos.

Ariela cedeu primeiro, antes por medo, depois tesão, aos toques de Aguinaga. Sobre a mureta da pista levantou as pernas e admitiu ser penetrada pelo algoz, que sugava-lhe ora a boca, ora os seios. Não resistiu às carícias no ânus que o bandido lhe impunha, e em pouco tempo estava entregue. Era fodida vorazmente por seu dominador, chupando o pau de Boiça simultaneamente, quando teve seu primeiro orgasmo. Denise lutou, usou de toda a sua capacidade física inutilmente, apenas conseguindo atiçar mais Biro-biro, que a invadiu com força agarrando-a pelos quadris, segurando seus dois braços cruzados nas costas. Lambidas no pescoço, tapas na bunda, o gozo múltiplo de Denise agora impunha-se inevitável mostrando-se na lubrificação que forçadamente escorria pelas suas coxas como uma garrafa de azeite virada ao avesso. Após a satisfação de fazê-la gozar, Biro-biro mudou o alvo de seu pênis e sem pedir permissão arrombou-a por trás. Ela apenas gemia e miava como uma gata no cio, domada e entregue. Os ecos da carne batendo na carne alheia se misturavam às palavras incompreensíveis pronunciadas insanamente pelo tesão, bem como ao vazio da noite. Denise estava viciada na pica de Biro-biro. Aquele homem que ela mal conhecera lhe dava mais prazer que qualquer situação ou amante que havia tido antes na vida. E que vida. As duas garotas, aparentemente de vida pacata e monótona, agora se submetiam facilmente e entregavam-se ao fascínio daquela noite de bandidagem. Estavam conquistadas. A partir daquele momento fariam tudo o que seus captores mandassem. Estavam dispostas, mais do que isso, motivadas, e assim foi. Perderam a conta de quantos orgasmos tiveram, juntas, naqueles instantes, e, abstraídas, hipnotizadas e devotadas passaram a seguir todos os comandos de seus doutrinadores a partir daquele momento. Excitação e tesão: os três párias haviam conseguido despertar as emoções necessárias para que as duas garotas passassem a obedecê-los como adestradas e fiéis cadelas.

Obrigaram-nas a seguir, nuas pela estrada, conduzindo o pequeno carro. As duas quietas nos bancos da frente. Os três, satisfeitos dividindo um baseado no banco de trás. Quando a exaustão da noite os obrigava a procurar abrigo, avistaram uma luz acesa no segundo andar de uma casa grande e isolada próxima à praia de Maresias.

O frear dos pneus do Corsa sobre o gramado frontal da casa fez Flávio e Melissa despertarem a atenção e interromperem o que estavam fazendo. O noivo deduziu que fossem jovens bêbados voltando de alguma balada. Tirou sua calibre .22 de sob o travesseiro e partiu rumo à porta da frente esperando dar-lhes um susto e espantá-los. Grande engano.

Topou com duas meninas peladas, correndo desesperadas com as mãos escondendo as genitálias e os seios em sua direção. Choravam e imploravam por ajuda. Perplexo, sem raciocinar, abaixou sua arma. Na distração foi golpeado no queixo por um soco de Biro-biro, que apareceu de surpresa na lateral do alpendre da casa, com a força de um trem de carga acertando seu rosto. Caído, atordoado pela pancada ainda recebeu chutes de Aguinaga e Boiça. Flávio estava fora de combate. “Bom trabalho, meninas” - concluiu o bandido para suas agora cúmplices.

Adentraram a casa e surpreenderam Melissa, que espiava preocupada do topo da escada que dava para os quartos. Enquanto Aguinaga e Boiça arrastavam Flávio desacordado pelo hall até o sofá da sala, Biro-biro pegou sua noiva pelos pulsos e escada abaixo e trouxe-a até a sala, jogando-a no carpete ao lado de seu noivo semi-desmaiado. Ela usava apenas um baby doll encurtado antes da cintura e calcinha, revelando suas curvas apetitosas para todos naquele momento. Cinco pessoas desconhecidas invadindo o palácio do casal, um grupo de bárbaros dominando e se sobrepondo instantaneamente o que até então era uma zona de conforto para Flávio, e um quase cativeiro para Melissa.

Os três meliantes procuraram algo para comer na geladeira, depois algo para beber no bar. Abriram as garrafas com os rótulos que mais lhes agradavam e se deleitaram do momento de fartura, em todos os sentidos. Melissa abraçava Flávio deitado no chão, que só conseguia balbuciar por entre o maxilar inchado: “Peguem o que quiserem e vão embora”. Sua última tentativa de comandar a situação foi respondida com mais um chute de Aguinaga na costela esquerda. As drogas consumidas no caminho até lá começavam a fazer efeito, e os três marginais passavam a olhar Melissa com a mesma intenção que três leões enxergam uma zebra na paisagem selvagem. “Passaremos a noite aqui, e vocês dois vão vestir a fantasia de reféns bem obedientes, entenderam?” – terminou Biro-biro. Melissa assentiu, confusa, balançando a cabeça, e com as mãos sobre o peito de seu noivo que ainda tentava ter o mínimo direito ao palpite na situação. “Deixem-nos em paz, por favor” – sussurrava a pobre Melissa acuada, mais por desespero que por racionalidade.

Após satisfazer a gula, chega a hora da luxúria. Eles não tinham mais nada a perder mesmo. No fundo, sabiam que era questão de tempo até que os policiais da ROTA os encontrassem no litoral e mandassem os três para uma vala comum. “Se for para nos despedirmos dessa vida, que o façamos em grande estilo!” – bradou Biro-biro levantando a garrafa de uísque Jim Beam para o alto e disparando dois tiros contra o lustre de cristal da casa. Melissa gritou de susto enquanto Ariela e Denise avançaram sobre ela e tiravam a pouca roupa que usava, deixando-a desnudada perante seus novos captores. A vagina com uma pequena trilha de pelos dourados aparados, da mesma cor que seus cabelos, foi tocada delicadamente por Ariela enquanto Denise voltava à sala após buscar os dois consolos que levava na bagagem. A madame chorava de medo quando foi colocada deitada sobre o sofá e penetrada vagarosamente por Ariela com um dos vibradores. Denise segurava suas pernas para o alto mantendo-a em posição, e ao ver que Melissa ajeitava-se e acostumava-se à situação, invadiu-lhe o ânus com o dedo médio. Melissa gemia sob o olhar incrédulo de seu noivo que voltava à consciência, e dos três ladrões, que já se livravam das bermudas e mostravam o eu estava por vir.

Sequencia natural, Melissa estava ajoelhada entre o trio de sequestradores, indefesa, autômata, nua, vendo-se obrigada a revezar sua boca macia e delicada, a qual outrora já servira para falar francês fluente e perfeito, nos pênis dos três desconhecidos que agora a tomavam por sua. No ímpeto da situação, Flávio da sua última cartada. Lembrou a si mesmo que era o macho daquela casa; devia tomar uma atitude. Levantou-se de sopetão esperando pegar Biro-biro de surpresa. Seu soco sequer fez mexer o rosto do bandido. Foi novamente espancado, e por seu atrevimento merecia um castigo. Foi então sua vez de ser dominado. Mais uma vez zonzo, viu Denise aproximar-se e colocar os dedos de fronte ao seu rosto, os mesmo dedos que antes instigavam o ânus de Melissa. Mandou que os chupasse. Ele recusou e mais uma vez levou uma cassetada de Biro-biro no lado esquerdo da cara. Sem opção, sugou aqueles dedos femininos que a pouco estavam dentro de sua noiva. Mais que isso, relutante, foi obrigado a chupar o consolo que estimulara Melissa, uma réplica de pau; vermelha, fiel e realista. Os sucos de sua noiva ainda repousavam lá, e ele os sentiu quando recebeu-os em sua boca no ato mais humilhante de sua vida. Pelo menos até aquele momento.

Ao ver Biro-biro posicionar-se atrás de sua noiva e, com as mãos enormes puxá-la pela cintura e começar a penetrá-la, o ex-machão começou a chorar copiosamente. Reconheceu o possível castigo por todos os seus pecados recentes enquanto o bandido a fodia vigorosamente. Implorou para que parassem, e como resposta teve uma coronhada de Boiça em sua testa. Foi amarrado com os fios da televisão da sala na moldura de metal de uma das janelas e arremessado no chão por Aguinaga, que sorria doentiamente, arrancando seu shorts com um canivete afiado e, enquanto o comparsa o segurava pelas pernas, perguntava cruel: “-prefere ser capado ou ser enrabado?” Flávio caia em prantos como uma menina, sem conseguir processar a pergunta. Aguinaga repetiu: “Prefere ser capado ou enrabado, sua bicha? Se não escolher logo vou fazer as duas coisas!” – encostando a lâmina da faca na base do pênis do noivo de Melissa. O desespero toma conta de Flávio, que por ímpeto responde, em baixo tom: “Enrabado!”.

-Fala mais alto! Para essa puta da sua namorada ouvir e saber do viado que tem em casa! – completava o bandido circulando a ponta da faca nos testículos do refém.

“Prefiro ser enrabado” – grita Flávio, sem opção, avexado e derrotado.

A cena é preparada enquanto Ariela e Denise seguram as pernas do homem, direita e esquerda, respectivamente, apontadas para o alto. “Empinem a bunda dele mais, ou eu vou ter que meter a seco!”. Um sonoro tapa na bunda de Flávio é desferido por Aguinaga, seguido de uma cuspida consistente no anel virgem. Era um cu apertado, nunca antes explorado. O marginal, percebendo isso, aponta a cabeça na entrada e empurra sem dó. O grito desesperado de Flávio ecoa pela casa e só é contido quando o famigerado consolo de Denise invade sua garganta abafando-o. O machista, garanhão e homofóbico agora era estuprado sob o olhar de sua noiva, que também era penetrada logo ao lado. A humilhação foi maior quando Flávio não conseguiu evitar ficar de pau duro enquanto era vorazmente comido pelo bandido, que tripudiava de sua situação: “-parece que a bichinha tá gostando de dar! Rebola para as outras putas verem, rebola!”

O homem ouvia calado e submisso, numa situação que jamais pensou passar em sua vida. Quando Aguinaga acelerou os movimentos, as duas garotas forasteiras entenderam o sinal e aumentaram as carícias no pênis de Flávio, levantando mais suas pernas expondo-o completamente aos ataques do marginal. Ao mesmo tempo em que Aguinaga inundou as entranhas do dono da mansão com seu sêmen, o passivo não resistiu aos toques de Denise e esporrou, desconsertadamente, sobre seu próprio peito e rosto. Estava acabado e vencido, deitado nu sobre o chão com os braços atados e a moral destruída.

A orgia durou quase uma hora, culminando com um olhar cúmplice e envergonhado entre Melissa e Flávio. A garota, sendo duplamente penetrada por Biro-biro e Boiça, com seu corpo macio e franzino preso no meio dos dois, entre gemidos e serrar de dentes, balbuciou: “-Desculpa, Flávio, mas eu vou gozar!” Contorceu-se gritando e rebolando com os aríetes ávidos e pulsantes simultaneamente em sua vagina e seu ânus. E assim o fez, como nunca antes havia gozado com seu noivo, nem em toda a sua vida. Choque, negação, raiva, aceitação, depressão. Com esta sequência exata de sentimentos Melissa arrastou-se até seu noivo e deitou sobre seu peito, enquanto ali tentavam digerir o que havia acabado de acontecer. Caíram no sono juntos, e momentos depois foram acordados com um balde de água gelada jogado por Biro-biro sobre seus corpos nus.

Despertaram com as almas gélidas, e permaneceram deitados enquanto os três bandidos os olhavam de cima. As duas garotas repousavam apreensivas sobre o sofá, esperando o que ia acontecer. “-Vocês precisavam de um banho. Estavam fedendo como dois cachorros no cio” – completou o bandido. Levantou Melissa pelo braço colocando-a de joelhos e ordenou que esta lhe fizesse sexo oral. Com medo a garota obedecia, mal se importando com a presença e o olhar ávido e rendido do noivo ao lado. Abocanhou delicadamente o pau do marginal e deslizou seus lábios sem muito questionar. Não conseguia raciocinar, e acatava agora a todas as ordens, calma e boazinha, por mais afrontosas que fossem. Só pensava em terminar aquela noite viva. E para isso esforçava-se em dar mais prazer aos bárbaros recém chegados.

“-Você também, machão” – ordenou Biro-biro. Flávio hesitou quanto à ordem absurda que recomeçava seu pesadelo. Foi atingido por uma coronhada de Aguinaga na fronte que quase o botou para dormir de novo, e paradoxalmente o fez acordar de vez. “Por favor, Flávio. Faça”. – completou Melissa, sussurrando sem demonstrar nenhuma expressão no rosto, segurando o pênis em direção ao rosto de Flávio. Ambos de joelhos, lado a lado. Ele, junto com sua noiva, ultrajado numa situação onde não tinha a mínima idéia de como reagir, observava o bandido imponente em pé a frente dos dois, preparando o tiro de misericórdia contra sua honra. Sem ponderar, Flávio, envergonhado, agarrou o falo e sem jeito tentou manusear o membro, sendo agarrado pelos cabelos e tendo sua boca trazida a força para o contato. Biro-biro mirou-o nos olhos, sério e inerte. Olhou para sua noiva, a bela e loura Melissa ao seu lado, que antes delicada, agora num ímpeto de êxtase, redenção e catarse não aguentou a espera, e levantando a voz para ele como nunca havia feito, impôs: “-Vamos amor, chupa ele; como você me obrigava a fazer. Nessa noite eles me fizeram gozar mais do que você me fez, desde sempre. Agora sente como é bom ser degradado e tratado como uma putinha, que é o que você e eu fomos para estes homens hoje”. Aviltado, vexado e surpreso, Flávio não teve opção a não ser se submeter. Ao envolver a cabeça do pau com seus lábios, começou um movimento sem jeito com a cabeça, sabendo que estava sendo observado por sua amada e outras pessoas que recentemente havia sido forçado a conhecer. Estava suplantado, impotente, ainda mais quando viu sua noiva levar a mão entre as pernas e começar a se masturbar. Ela não mais fazia questão de esconder como estava excitada com aquela cena libertadora. Sentia-se, de certa forma, vingada. Desalentados, ambos acariciaram, chuparam e lamberam o órgão, tão maior que o de Flávio. “Vou gozar na boca dessas duas putas!” – bradava Biro-biro, observado pelas garotas e seus dois comparsas, todos sobre o sofá na iminência de recomeçar a suruba.

Assombrosamente, num sobressalto, enquanto a situação caminhava para seu desfecho inevitável, clarões e trovões de pólvora invadiram a sala fazendo desmoronar do céu o mais sinistro anticlímax. A rajada das metralhadoras dos policiais fora da casa cuspia gotas de chumbo para dentro, estilhaçando as vidraças das enormes portas e janelas que durante o dia traziam uma acalentadora claridade para o ambiente. Enquanto Biro-biro derramava seu sêmen pela última vez na vida, oportunamente sobre os rostos do casal, uma das balas zuniu e levou metade de sua cabeça. Outras duas sobre seu peito terminaram o serviço. Ele era o único ainda em pé na sala, foi atingido primeiro, e ali encerrava-se a trajetória do bandido. Aguinaga e Boiça tiveram tempo de arremessar as garotas ao chão e pegarem suas armas, mas não de sequer efetuar um disparo. Ao colocarem-se em pé tombaram instantaneamente como sacos de areia, fazendo chover sangue sobre Ariela e Denise. Por fim, tiveram o mesmo destino de Biro-biro. Ainda agonizavam quando a policia adentrou a casa e se deparou com aquele cenário cabal de orgia romana, encontrando Flávio, Melissa, Ariela e Denise abaixados e em ruínas deploráveis, acuados como consequência da noite.

Meses se passaram desde o ocorrido. Melissa, agora sozinha, bebia uma taça de vinho em seu novo apartamento, ainda pouco mobilhado, com várias caixas que continham seus pertences, ainda empilhadas nos cantos do imóvel. A venda da antiga casa que dividira com Flávio e onde uma vez pretendera passar toda sua vida, dera trabalho, bem como a mudança. E ela havia realizado ambas as tarefas sozinha. A última vez em que haviam se visto foi ainda no hospital, dias depois do sequestro. Ficaram em quartos separados, por ordem de Flávio. Fora uma das últimas vezes que ouviu a voz dele, e as palavras ainda reverberavam em sua mente: “não consigo mais olhar para você depois disso tudo”. Antes dela receber alta, ele já havia sumido. Não como se nunca tivesse existido, afinal as lembranças ainda povoavam os pensamentos de Melissa, apenas sumido. Isso a incomodava muito; pois um dia ela havia o amado completa e sinceramente. Estava deitada na confortável espreguiçadeira, o único móvel que, ainda solitário, tal qual sua dona, enfeitava o lugar que ela agora pretendia chamar de lar. Aquele seria o dia de seu casamento, se não fossem as fortuitas circunstâncias da vida. Ela tentava com todas as forças afastar isso de sua reflexão. Decidiu que beberia a garrafa toda, e quantas mais aguentasse. Se embriagaria para esquecer. Eis que seu celular apitou indicando a chegada de um e-mail, de um número que ela não via há muito, e que também lhe trazia lembranças que provocavam calafrios em seu corpo. Era o passado de seu passado, o qual uma vez ele tentara corrigir ao lado de Flávio, cometendo dois erros em sequência. Ao abrir a mensagem e visualizá-la, mais uma vez seu coração palpitou espalhando arrepios por cada terminação nervosa de seu corpo. Fotos claras, próximas e em alta definição de tudo o que acontecera naquela fatídica noite, tendo ela e Flávio sempre como protagonistas em primeiro plano, nas posições e situações mais estremecedoras possíveis. Por fim, um endereço onde ela deveria ir, sozinha. Ordens de alguém que nem no passado, nem agora, ela havia reunido coragem para recusar.

Quanto a mim, eu-lírico, narrador que agora diretamente voz fala, informo na modéstia de minha onipresença: finalmente faço minha entrada nesta história. Melissa me obedeceu, voltou ao salão principal do nosso antigo clube, onde havíamos nos conhecido e, de certa forma, tido momentos, digamos...marcantes. Ela continuava linda, tal qual quando era uma das minhas, também digamos...garotas. Ora, a esta altura para que usar eufemismos, certo? Melissa era minha escrava, a melhor que eu já tive. Usar o artigo indefinido “uma”, como acabei de dizer, chega a ser ofensa a nível sacrilégico para descrever Melissa em nosso clube, e ela sabia disso. Eu jamais a perderia para um abusador imbecil como seu ex-noivo, e de meu planejamento decorreu perfeitamente tudo o que vossa senhorias acabaram de ler. Após a falha de meus três capangas no assalto ao banco, decidi que ao mesmo tempo em que me livraria de três estorvos incompetentes como Aguinaga, Boiça e Biro-biro, eu a teria de volta. Afinal, nós dois começamos isso tudo.

Sob a luz esparsa de alguns candelabros, ela me olha pasma como quem vê um fantasma retornado do além. “-Você continua magnífica, Mel”. Ela não me responde. Caminho ao redor de seu corpo observando-a. Mal sabe ela a surpresa que lhe preparei. Continuo:

-Você cometeu dois erros. O primeiro foi me abandonar, o segundo; procurar algum refúgio com aquele arrombado do Flávio.

- Acha mesmo que eu vou voltar? Isso não faz mais parte da minha vida. Me deixe ir embora.

-Você está tentando se enganar, ou enganar a mim, Melissa? No primeiro caso, sabe que não vai conseguir. No segundo, vai me deixar bravo. E você costumava adorar as consequências de me deixar bravo. Lembra?

-Isso é absurdo de um jeito surreal. Isso é...

-Isso é o seu mundo, Melissa. Desde o dia em que te encontrei naquele quarto de hotel em Milão tendo uma overdose de cocaína. Eu era um matador de aluguel, você uma modelo quase perdida. O acaso nos juntou, na mesma hora e no mesmo lugar, e resgatar você naquela noite foi algo que me fez mudar, em partes. Como era o nome daquele traficante chantageador que estava no quarto com você? Nunca encontraram o corpo dele, certo? Eu te prometi isso, e você viu que a partir daí podia confiar em mim. Desta vez não é o acaso que está agindo, e peço que você confie em mim de novo.

- Você...planejou...tudo isso?

-Cada detalhe, caríssima. Desde que eu soube como seu ex-futuro marido te tratava, coloquei esse plano em prática. As fotos da despedida de solteiro dele, quem você acha que te enviou? A escolha da sua casa em Maresias pelos três animais também não foi aleatória. E, por fim, elas... – interrompo o discurso com um estalar de dedos.

Ariela e Denise surgem, nuas, apenas de saltos, de uma pequena porta na penumbra atrás do púlpito do palco. Melissa as observa, desorientada.

- Foram elas que entraram no caminho daqueles três, por ordem minha, e não o contrário. Também são das minhas. Não tão boas como você, mas com a treinadora certa, quem sabe.

...Melissa engoliu a seco... – Não! Essa não é mais a minha vida. De jeito nenhum eu voltaria...

- Por que a pressa? Você ainda nem viu minha surpresa final para você.

Com esta deixa, as duas garotas nuas trazem, uma de cada lado, uma grande estrutura encoberta por um pano vermelho vinho.

- Abaixo deste pano está o seu derradeiro presente, Melissa. Se você não quiser abrí-lo, deixo você ir, para sempre. Mas se quiser puxar e ver, você volta a ser minha. Mais que uma escrava, minha parceira, também para sempre. A escolha é sua.

Melissa titubeia, aflita e desnorteada. Olha para o misterioso presente, imóvel. Em seguida, para mim.

- Seu passado e seu presente estão abaixo desse pano. Eu sei que você quer, vá em frente.

Era para ser o dia de seu casamento que nunca aconteceu. Caso ela fosse embora, voltaria para sua vida solitária, a mesma que havia tido desde a noite do sequestro. Com esse pensamento, tomou a decisão e caminhou a passos lentos e receosos até o presente. De olhos fechados puxou o pano. O que ela viu fez travar sua respiração. Seu coração pulsando forte era o corpo pedindo o sossego que há muito a alma não dava.

Amarrado a um cavalete por braços e pernas em pesados grilhões de couro e metal; Flávio, seu ex-noivo, não vestindo nada além do ball-gag que prendia sua fala, e um cinto de castidade acoplado a um plug anal que lhe torturavam duplamente. Ele a fitou com um olhar muito diferente de como o antigo namorado boçal e brutamontes. Estava cabisbaixo, oprimido, submisso.

- Ele relutou no começo, Melissa, mas depois cedeu como qualquer outro frouxo. Estupradores são assim mesmo. As outras garotas o adestraram com prazer para você. Agora ele é seu. Ele nunca se importou com os seus negócios do passado. Bom, agora faz parte deles.

Melissa gaguejou algumas palavras incompreensíveis.

Caminhei até ela, segurei-a por trás com minha mão sobre sua cintura e beijei seu pescoço. Pela sua feição, as coisas começavam a se clarear naquele momento. Ela então virou o rosto para mim, e após alguns instantes onde o tempo pareceu parar, sorriu matreira com o canto da boca. Entendi perfeitamente sem precisar dizer nada.

Nos beijamos sob o olhar de Flávio e das duas garotas. Afastei seus cabelos do seu rosto e aproximei-me de seu ouvido: “-bem vinda de volta, Melissa”.

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Comentários

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Muito bom seu conto parabéns! Sou submissa depois da uma olhadinha no meu bjus

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