Eu trabalhava no Interior, num banco, e passava ali a semana, de domingo à noite até à tarde de sexta-feira, quando retornava à Capital, para a casa de meus pais. A cidadezinha, distante cerca de 100km da minha, ficava à margem da rodovia Belém-Brasília e não possuía terminal rodoviário, de forma que eu me servia – da mesma forma que as demais pessoas – de ônibus que por ali transitavam, pois não havia uma linha regular a servi-la.
Já fazia algum tempo que não me relacionava com ninguém, de modo que os hormônios estavam à flor da pele. Eu procurava disfarçar, para que não ficasse estampada a minha preferência. Pelo menos assim eu pensava, mas acabei descobrindo que não escapava a olhares perspicazes, pois houve pelo menos uma pessoa que percebeu algo além das aparências e tirou proveito disso, como verão a seguir.
Seu Alfredo era cliente da agência em que eu trabalhava. Tinha seus cinquenta e poucos anos, era forte e dono de uma barriga proeminente. Comerciante, vivia transitando entre diversas cidades, uma das quais aquela em que eu trabalhava e passava os dias de semana. Vez por outra eu costumava admirar o seu porte, com cerca de 1,90m de membros enormes, com um início de calvície ainda não muito acentuada, embora tivesse o peito cheio de pelos que suas camisas, geralmente abertas, não ocultavam.
Não imaginava que, da mesma forma que eu o contemplava, também era discretamente observado por ele. Foram várias as vezes em que, após o expediente, eu me masturbava no banheiro da agência sonhando com o cacete do seu Alfredo. E o fazia como nos velhos tempos, aqueles depois que meu avô nos deixara, introduzindo os mais variados objetos no ânus, como se fora o membro daquele homem enorme que povoava meu imaginário.
Houve dois momentos que assinalaram a passagem dele na minha vida, ambos em dia de sexta-feira, no momento de retornar à Capital. Na primeira delas eu cheguei ao ponto de ônibus no momento em que um estava saindo. Por coincidência, o único lugar vago que encontrei foi justamente ao lado de seu Alfredo, que estava indo também para a Capital. Ofereceu-me o assento junto à janela e me acomodei, procurando disfarçar as batidas mais aceleradas do coração.
Chovia e, assim, não podia abrir a janela. O calor do corpo daquele homem enorme ao meu lado, além do odor forte de sua transpiração me inebriava. Procurei me controlar e, com isso, terminei por adormecer. Algum tempo depois um sacolejo me despertou e percebi que minha cabeça repousava sobre o ombro de seu Alfredo. Ajeitei-me na cadeira e percebi um sorriso no rosto daquele que era agora objeto de minhas fantasias. Lembrei quantas vezes imaginara estar na situação em que agora me encontrava e deixei escapar um sorriso maroto, que não passou despercebido pelo companheiro de assento. Que logo procurou entabular conversa.
– Que chuva, hein?
– Pois é... Será que vai estar assim ao chegarmos?
– É possível. O interessante é que o calor não passa...
– É verdade... Ainda bem que venho de bermudas, assim o sofrimento é menor.
– Não é o meu caso, ainda mais com um corpo destes...
– Que é isso, seu Alfredo? O senhor tem um corpo bonito...
Parece que ele estava apenas esperando essa ‘deixa’. E entrou logo jogando pesado.
– Então o menino gosta do meu corpo, é?
Tentei desconversar, mas ele não me deixou espaço.
– Não precisa ficar envergonhado, não... Tenho prestado atenção em você, lá na agência. O meu tipo atrai você?
Uma vez que ele me desmascarara, resolvi não fugir do jogo e confessei que admirava o seu porte másculo.
– E se você tivesse oportunidade, o que faria? Ou o que desejaria que lhe fizesse?
Fui atrevido:
– Ora, tudo a que eu tivesse direito, claro!
– Mesmo chupar e levar na bundinha?
Ele era direto, mas em momento algum foi rude comigo. Com isso, ganhava pontos em meu conceito.
– Tudo o que eu tiver direito. Isso tudo, inclusive.
– Bom, não tenho muito tempo livre, e me parece que nem você...
– É verdade! Mas... Quanto tempo ainda temos de viagem?
Ele consultou o relógio e me falou que ainda teríamos pelo menos mais uns quarenta a quarenta e cinco minutos, em função da chuva que, agora, era torrencial. Havíamos feito uma parada enquanto eu dormia e os assentos ao nosso redor agora estavam quase todos vazios. Ao constatar isso, foi a minha vez, então, de fazer-lhe uma proposta.
– O cobrador só vai passar por aqui se subir alguém. A gente não pode transar aqui, mas... Que tal um boquete?
Percebi que seu rosto se iluminou com o que ouviu.
– De verdade?
– Claro! E se o que você traz escondido aí for grande, vai ser ainda mais gostoso.
Ele não demorou e logo abriu o zíper e abaixou a cueca e colocou à minha vista um membro que merecia respeito. Mesmo mole era grosso e comprido. Minha mão esquerda o segurou e comecei a punhetá-lo sem pressa, sentindo o membro crescer entre meus dedos. Seu Alfredo se ajeitou na cadeira e eu, levantando o braço entre os bancos, aproximei o rosto para admirar aquele monumento que ele deixava à minha disposição.
Logo eu o manipulava com ambas as mãos e meus olhos brilhavam ao contemplar a cabeça que se assemelhava a um cogumelo quase avermelhado. Minha língua acariciou a uretra e o freio, causando-lhe um arrepio que me incentivou a abocanhar logo aquele mastro de carne e músculo, cheio de veias e que mal cabia na minha boca. Ele me segurou a cabeça, mantendo o membro entre os meus lábios, enquanto fazia movimentos como se estivesse fudendo a minha boca.
Estava gostoso demais. O sabor daquele caralho me inebriava e eu chupava gostoso, ainda que alguns fios de seus pelos pubianos vez por outra me incomodassem. O fluido que saía dele se misturava à minha saliva e aumentava o nosso tesão. Aumentei o ritmo e fui premiado: seu Alfredo gozou e me encheu a boca de seu leite quente, matando a saudade que eu tinha de um cacete igual àquele ejaculando dentro de mim. Engoli tudo e mantive o membro preso entre os lábios, chupando o que ainda restasse até que a flacidez o reduzisse ao seu tamanho natural em descanso.
Dormimos o restante da viagem, sonhando em como repetir a experiência de futuro. E conseguimos. Mas isso eu conto em outra oportunidade...