Dia 2250
Eu estava numa cama de hospital, não sabia ao certo o que tinha acontecido, lembro que havia discutido com o Kaike no bar, peguei o carro e acelerei com tudo, foi tudo muito rápido foi um grande impacto que não gosto nem de me lembrar, quando abrir os olhos por um momento achei que estivesse sonhando ou coisa do tipo, como assim Bruno estava lá com uma bata branca e o esteto no pescoço ele estava o mesmo garotinho que sempre foi, com um olhos cheio de misterioso, e um sorriso no rosto ele olhou pra mim e disse:
- Você vai ficar bem Lucas.
- O que aconteceu Bruno?
- Você saiu do bar bêbado e foi dirigir, tava em alta velocidade, veio um carro na contra mão bateu em você, seu carro capotou umas três vezes, sua sorte foi que você estava com o cinto, se não tivesse, poderia ter sido pior.
- Não lembro de quase nada e porque você é meu "medico"?
- Eu estava dando plantão no Walfredo quando você chegou, quando te vi fiquei sem reação eu não sabia o que fazer, foi um momento confuso, era uma sensação de de medo de perder você sabe? Me passou mil coisas na minha cabeça, mas enfim não quero falar sobre isso, eu segui o protocolo, fiz o atendimento em você e deixei você na UTI, não havia necessidade porém lá era o local ideal, você ficou dois em dias em coma, e como você não tem plano de saúde, e meu pai tem um hospital pedi um quarto pra ele e te transferir pra cá quando estava seguro e eu sabia que você iria acordar, e eu queria tá perto de você pra te contar o que houve.
- Obrigado, não sei nem o que dizer.
- Relaxe, você vai ficar bem, eu vou mandar tirar sua sonda e outros "acessórios" que estão em você, pois não há mais necessitada, e acho que você vai receber muitas visitas, meu telefone não parou um momento, era sua mãe, seu pai, sua irmã, suas tias, primas, amigos, vou organizar uma coletiva de impressa e informar que você acordou.
- Besta!
Eu não sabia o que eu estava sentindo naquele momento, foi uma grande confusão na minha mente, e eu não queria ver ninguém, queria me isolar como sempre fiz, mas era impossível, fiquei pensando sobre as coisas que o Bruno me falou e lógico que foi inevitável lembrar de tudo o que aconteceu entre a gente, foi como se um filme de 6 anos passasse na minha cabeça em dois segundos, sei que isso é impossível, mais lembrei das coisas mais importantes, de como a gente se conheceu, de como me apaixonei, de como levei o fora dele, do nosso afastamento, de como voltamos a nos falar, de quando de fato parei de gostar dele, de como voltamos a ser amigos, eram um misto de coisas passando pela minha cabeça, e por um momento aquilo que ele me falou que ficou com medo de me perder e não queria falar sobre isso me deixou de um jeito que eu sabia que eu mesmo iria me machucar, e eu devia voltar a manter a calma, e o meu foco, ele nunca me quis como o homem dele, não seria agora que as coisas iriam mudar, mas enfim, quem não quer pensar em nada agora sou eu, fechei meus olhos e dormir.
Dia 2251
Quando acordei o quarto de hospital que eu estava, tava lotado, minha mãe, meu pai, minha irmã, minhas primas, e o Bruno, eu abri os olhos e todos me cercaram, eu não quis falar nada, estava com muita dor, pensei no Kaike queria saber dele, tentei procurar entre o povo que estava no quarto e não achei, não consegui abrir a boca, então o Bruno sugeriu que todos saísse do quarto e deixasse ele a sós comigo, parece até que ele adivinhou meu pensamento, todos foram pra fora e eu fiquei a sós com o Bruno:
- E aeee irmão, tá se sentindo melhor?
- Mais ou menos, não quero ver nem falar com ninguém, estou com vergonha do que aconteceu.
- Relaxe, você precisa ser forte e encarar os fatos, você teve culpa sim, em parte, não devia beber e dirigir.
- Eu sei, eu sei, e que eu havia brigado com o Kaike essa semana, e acho que ele me traiu, fiquei muito puto e acabei fazendo essa besteira.
- Esse tal de Kaike não saiu daqui um momento, todos os dias ele esteve aqui, principalmente nos dias que você estava em coma, só hoje que ele foi embora porque tinha que fazer algo no trabalho dele, mas não conversei muito com ele.
- Não quero falar com ele, e não deixe ele entrar aqui por favor.
- Claro, seu pedido é uma ordem, pode deixar que não vou deixar ele entrar aqui, eu fiquei muito preocupado com você Lucas, se eu tivesse, aii gosto nem de pensar, eu gosto muito de você e me arrependo de muitas coisas, porém as coisas hoje em dia mudaram, eu sei que você não ta em condições de falar sobre isso, mais no dia da formatura e te vi com outros olhos, e eu percebi o quão burro eu fui em ter feito o que eu fiz com você.
- Bruno, não quero falar disso, não estou em condições.
- Claro, claro eu entendo perfeitamente, temos tempo de sobra para conversamos, não só sobre isso, mais sobre várias coisas.
- Tudo bem.
- Acho que amanhã você já está pronto para ir pra casa, vou suspender esses medicamentos que estavam de deixando dopado, e amanhã você ta novo em folha, só vai precisar de umas sessões de fisioterapia e pronto. Vou ter que ir, porque tenho outros pacientes pra ver.
O Bruno então me deu um beijo na testa, ele nunca tinha feito isso, meu coração bateu muito forte com essa atitude dele, ele estava do jeito que eu sempre imaginei ele nos meus sonhos, vestido de branco de esteto, cuidado de mim, ele era um foto, e não havia mudado nada, era incrível isso, era o mesmo garotinho de seis anos atrás. E eu tive a certeza de uma coisa, eu estava fudido, esse beijo na testa tinha sido o suficiente para desencadear toda a paixão que eu havia escondido por ele, eu amava o Kaike porém meu coração gritava pelo Bruno, era algo mais forte do que qualquer coisa que já tivesse sentindo, eu estava com a chance de viver a vida que eu sempre quis com ele, só bastava ter uma conversa com ele e resolver isso, porém eu não devia fazer isso com o Kaike, se fosse para eu começar algo com o Bruno tinha que acabar com ele, e eu não estava preparado para aquilo, eu precisava conversar com meu Kaike queria entender o porque ele havia feito aquilo comigo.
Naquele mesmo dia o Kaike chegou no final da tarde para me visitar, eu não olhei na cara dele, então ficamos a sós e ele disse:
- Lucas por favor, me escuta, eu não trai você.
- Eu vi com meus olhos Kaike, você ia beijando ele.
- Ele tentou armar uma cena de ciume para o ex dele, eu fui tolo em ter aceitado eu tenho as conversas aqui do whatsapp do dia, eu vou provar a você.
- Eu não quero saber já disse, agora por favor suma.
Eu estava mais calmo, e o Kaike estava certo, ele me mostrou a conversa todo com o Caio, desde o começo de onde eu não tinha lido, e tinha sido tudo armação mesmo, principalmente a troca de mensagens, que eu tinha visto, se eu tivesse subido um pouco mais a conversa eu teria visto que tudo não passava de um plano que vamos combinar muito do infantil, eu jamais faria uma coisa desse tipo, então eu o desculpei, o Bruno havia dito que ele não saiu do hospital nenhum dia, e ele me falou aquilo, disse que me amava muito e ficou com muito medo de me perder, e disse que se algo acontecesse comigo ele não saberia viver, então começou a chorar e disse que me amava, eu estava balançado com o que o Bruno tinha me dito, mais eu amava o Kaike, amava o jeito dele, amava como ele me tratava, e eu não podia trocar o meu certo pelo duvidoso, e só tinha certeza de uma coisa, precisa ir na minha psicóloga o mais rápido possível.
No final da noite o Bruno chegou e viu que o Kaike e eu estávamos de boa, ele ficou surpresos e perguntou se estava tudo bem porque eu tinha dito a ele que não queria falar com o Kaike, ele disse isso na frente do Kaike, que o mesmo me olhou com uma cara bem triste, então expliquei que a gente tinha se resolvido e tals, então o Bruno pediu que o Kaike saisse do quarto, que tinha que falar algo comigo sobre meu tratamento, de cara fiquei preocupado e o Kaike também notei pela expressão no rosto dele, então quando o Kaike fechou a porta o Bruno disse:
- Então você vai perdoar esse cara?
- Sim, eu amo ele Bruno, ele me explicou e tudo não passou de um mal entendido.
- Você não vai me da uma chance?
- Bruno, chance de que? Você não esta sendo claro comigo sinceramente.
- Lucas, eu percebi o quanto você é especial pra mim, eu sempre me senti atraído por homens não vou negar, porém nunca tive coragem, e quando você falou que gostava de mim eu fiquei confuso e com medo, você sabe o quão meu pai é homofóbico, eu precisava de um tempo pra amadurecer essa ideia.
- Olhe Bruno eu gosto muito de você, muuuuito mesmo, mais sinceramente você teve sua chance anos atrás e você jogou fora, e agora as coisas mudaram, eu amo o Kaike, ele é a melhor coisa que já me aconteceu, e eu não tô em condições de ter essa conversa com você agora, preciso de um tempo, preciso saber sobre você, tem tanta coisa que eu queria te perguntar, tanta coisa que eu queria entender sabe? Mais entenda meu lado, preciso de um tempo e preciso do Kaike ao meu lado.
O Bruno não falou mais nada, ficou com uma cara triste, e me beijou na testa novamente, e então saiu, o Kaike entrou todo preocupado perguntando se estava tudo bem, se apareceu algo no meu exame ou coisa do tipo, então falei que não, que ele só queria falar de problemas dele e tals.
O Kaike me ajudou a ir no banheiro a mijar, mesmo eu estando me recuperando ele pegou no meu pau que logo ficou meia bomba, e ainda soltou uma piada dizendo que eu estava bom, naquela noite ele ia dormir comigo, minha mãe estava tendo problemas com meu avo que também estava em tratamento de CA, o Kaike foi um fofo, me contou historia pra dormir trocamos alguns beijos, e esses beijos logo começou a esquentar, então ele perguntou se eu não queria chupar ele, o Kaike sem dúvidas tinha essas taras de fazer putaria nos locais mais inusitados, e eu gostava disso então topei, já era quase uma da manhã e não haveria perigo, então fiquei chupando o pau dele por uns 5 minutos, então ele s deitou na cama comigo me virou de ladinho, e começou a meter devagar, eu achei aquilo tudo uma verdadeira loucura, porém estava adorando, eu adorava essas coisas kkkkk, sem dúvidas essa transa foi uma das que mais me marcou na minha historia com o Kaike, depois que ele gozou dentro de mim, ele ficou me chupando e engoliu toda minha porra, então ele foi se limpar me limpou com uma toalha molhada e pegamos no sono.
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