Chapter 1 - João

Um conto erótico de Ninfomaniac
Categoria: Homossexual
Contém 345 palavras
Data: 04/07/2015 14:52:04
Assuntos: Gay, Homossexual

Eu tinha 10 anos quando descobri o que era masturbação. Me lembro nitidamente dessa ocasião porque foi também o marco de descoberta da minha sexualidade. Estava com meus amigos, na sala da casa de um deles, quando João, o mais velho do grupo, perguntou se gostávamos de bater punheta e com que frequência fazíamos. Olhei para ele, curioso, e perguntei com sincera inocência o que era aquilo.

A pergunta foi acompanha que uma avalanche de risos de meus amigos, que me olhavam com incredulidade. Lembro de ter sentido uma mistura de vergonha e aborrecimento, sem entender exatamente o motivo. Fiquei ainda mais mortificado quando João tirou o pau pra fora do calção de futebol e disse, ainda rindo, que me explicaria como se faz.

Hipnotizado enquanto fazia aquilo, vagamente consciente de que os outros haviam imitado sua atitude, prestava total atenção na figura a minha frente. Sua pele morena, maltratada pelo sol, o corpo magro e ligeiramente definido pelas partidas de futebol de rua, os olhos castanhos e o sorriso sacana que brincava nos lábios. Finalmente meu olhar encontrou o seu pau, agora parcialmente coberto pela mão que deslizava sobre ele, a cabeça rosada distinguível entre os movimentos frenéticos. Depois de algum tempo, fechou seus olhos, antes fixados em mim e sua boca se entreabriu soltando alguns gemidos. E então suas feições se contorceram numa careta, como se sentisse uma dor muito forte e com um gemido particularmente alto, seu pau expeliu um jato de líquido branco, atingindo o chão próximo a mim.

Me levantei assustado, despertando do meu transe, agora incomodamente consciente de que todos na sala faziam a mesma coisa. Mas outro sentimento também havia despertado, ainda que sobrepujado pela vergonha. Eu via todos naquele recinto de forma diferente agora, observando suas expressões animalescas, que antes eu havia confundido com dor, mas que eram na verdade de prazer enquanto tocavam a si mesmos e a forma com que seus rostos se alteravam momentos antes de expelir o mesmo jato, transparecendo uma aura puramente instintiva, menos humana. Eu definitivamente queria me sentir daquela forma.

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