Oioi liindos, to de volta. Quero agradecer pelos coments e pelos votos. Muito obrigado, seus lindos. Beijoooooos 😙😙😙😍😍😍😘😘😘😘💙💙💙💙.
O Cara da Casa ao Lado.
- Ruan. - Gritei assim que entrei em casa, colocando minhas malas no chão da sala.
- Tô aqui no quarto. - Respondeu ele.
Deixei minhas malas no chão e fui até o quarto. Ele estava deitado na cama, só de bermuda e meias, o que indicava que ele havia acabado de chegar. Sentei sobre ele na cama, acariciei seu peito e rumei minha boca à sua. Quando estava quase o beijando, pra minha surpresa, Ruan virou o rosto, dizendo:
- Nós temos que conversar.
- Sim, temos. - Respondi depois de um tempo, quando consegui "voltar ao chão".
- Como você me faz uma coisa daquelas, Rafael. Sério mesmo, velho. Uma pessoa estudada, fazendo uma graduação e com essa irresponsabilidade toda. - Disse ele, me repreendendo.
- Ruan, eu não fiz nada de errado, ok!? Apenas fui curtir com meus amigos, coisa que eu não ia fazer mas você me disse que deveria. - Respondi.
- Mas eu não imaginava essa atitude sua. Senão não teria permitido. - Disse ele, começando a elevar a voz.
- Ruan, por que me julga tanto por causa disso? Causei mal a alguém? - Retruquei.
- Causou. Causou a você mesmo. Causou ao teu namorado. Causou à sua relação. - Disse ele, ríspido.
- Me desculpa então, velho. Não foi minha intenção. - Respondi. Eu já chorava.
- Ok. - Disse ele, friamente. - E quanto a isso? - Perguntou ele, entregando-me o telefone dele.
"Que namorado gostoso que você tem."
"Seu namoradinho me Mamou hoje, corno manso hahahahaha"
"Comi o Rafa bem gostoso hoje. Ele delirou de prazer e disse, gemendo, no meu ouvido, que o namoradinho corno dele nunca o fez sentir tanto tesão."
Haviam mais mensagens além dessas, de um número desconhecido e que, segundo Ruan, ninguém atendia.
- Ruan, não sei o que são essas mensagens. - Respondi, chorando.
- Como não sabe? - Gritou ele comigo. Seu grito foi tão alto que suspeito que a maioria dos moradores do prédio escutaram.
- Eu simplesmente não sei. Eu não traio você, Ruan. - Respondi.
- Será que não? Será que enquanto eu estava em coma, você e Renato foram só um casal de amiguinhos? Ou meu irmão te comeu? Será que mesmo depois que sai do coma ele não continuou te comendo? Será que ele não te come até hoje? - Disse ele, gritando e nervoso.
- Ruan, abaixa essa voz. Eu não fiquei com Renato. Nunca. Não eh do meu feitio fazer uma coisa dessas. - Respondi, com um tom de voz elevado, mas não tão alto quanto o dele. As lágrimas não deixavam.
- Ideais, neh? Sempre coloca seus ideais na frente de tudo. Chega a ser utópico esse mundo que só você vive, onde você morre por um ideal teu. Você não percebe o quão patético eh isso? Um idealistazinho, aspirante a ativista, que acha que vai mudar o mundo com isso. - Gritou ele. E isso me machucou. Muito. Não ia deixar assim.
- E você, velho? Um riquinho, mimado, que sempre teve o que quisesse em mãos, sempre teve tudo do bom e do melhor e nunca soube dar valor. Você falar do meu utopismo eh o mesmo que eu falar do seu capitalismo exagerado. Eh o sujo falando do mal lavado, Ruan. O dinheiro não eh tudo não, ok!? Você não vai levar nada disso quando se for. Vai levar apenas o que fez de bom pra você mesmo e aos outros à sua volta. - Despejei em cima dele com fúria.
- Coloque seus pés no chão, Rafael. Por muito tempo achei que você era o amor da minha vida. Agora tenho minhas dúvidas. - Disse ele, num tom de voz baixo.
- Engraçado. Por muito tempo achei que havia feito a escolha certa entre você e Renato. Agora tenho minhas duvidas. - Respondi ele, com o mesmo tom de voz que ele usou comigo. - Não da mais pra mim, Ruan. - Completei.
- Eu também quero dar um tempo. Ver se eh isso mesmo que eu quero. Se eu realmente te amo. - Respondeu ele.
- Ok. - Foi o que eu consegui falar. Saí chorando pra fora da casa dele. Sentei-me na escada. Quando eu escutei atrás de mim:
- Rafa...?
Virei-me para ver quem era.
- Juliano. - Disse. - E ai, como vai?
- Bem, e você? Por que está chorando? - Disse ele.
- Terminei com o Ruan. - Mal disse e comecei a me debulhar em lágrimas. Ele me abraçou, me dando o famoso ombro amigo. Disse-me que iria passar em Ruan e pegar minhas coisas pra levar pra casa dele e que eu ficaria lá, com ele, até resolver tudo. Eu, sem reação ainda, concordei com ele. E ele o fez. Abriu a porta e pegou minhas coisas que estavam no chão, levando pra casa dele.
Passaram-se uns dias. Já era recepção dos calouros. Ruan e eu não havíamos nos falado desde o dia em que resolvemos dar um tempo. E eu chorava todos os dias por causa dele. Ne corria pensando se ele fazia o mesmo. Se chorava por min. De saudades de mim. Se chorava por sentir minha falta. Se conseguia dormir sozinho a noite, sem meu corpo ao lado. Por que eu não estava conseguindo. Eu tinha resolvido por não ir à festa. Não estava em clima pra recepção de calouros não. Queria ficar em casa. Deitado. Quentinho. Chorando por ele. Meia hora antes da festa começar, Juliano chega até mim e diz:
- Rafa? Ainda não se arrumou? Agorinha mesmo começa a festa na república dos meninos.
- Eu não vou, Ju.
- Por que não? - Disse ele
- Não tô com clima pra isso.
- Nada disso. Vou escolher uma roupa bem bonita pra você - Disse ele, abrindo minha mala ainda feita. - E você vai se trocar e sair pra esquecer esse guri.
- Não quero. - Retruquei.
Ele tanto insistiu que eu acabei cedendo. Ele estava certo. Eu precisava tirar Ruan da cabeça. Me arrumei e nós fomos pra lá. Assim que entrei vi Ruan, aos beijos, com o mesmo garoto que já havia o cantado uma vez e eu havia batido. Não consegui acreditar. Fiquei sem chão. Juliano viu como eu fiquei e pegou um pouco de agua pra mim. Eue estava machucado. Minha alma estava ferida. Eu sangrava por dentro. Não sei explicar o tamanho da dor que eu senti. Resolvi começar a beber. Não gostei do que vi e queria esquecer. Eram mais ou menos umas 23:00 quando vi que uma pessoa que muito me interessava havia chegado.
Ele estava lindo. Com uma roupa perfeita, que o deixava mais lindo ainda. E eu já estava alterado pela bebida. Queria me vingar de Ruan. E era isso que eu iria fazer.
- Rê. Que saudade. - Disse chegando perto dele.
- Rafa. Como cê tá? - Respondeu ele, me abraçando. - Amo seu cheiro. - Disse ele ao meu ouvido. Quando ele disse isso eu simplesmente o beijei. Foi o melhor beijo da minha vida. Tinha um gosto de vingança e provocação que me deliraram. Quando parei de o beijar ele só disse:
- Nossa. Que delícia, meu amor.
E voltou a me beijar. Ni fim da festa voltei com ele. Dormi na casa dele, onde lhe contei o que havia rolado entre mim e Ruan. Dormimos de conchinha a noite toda. Não aconteceu sexo. Só dormimos agarradinhos. E, pela primeira vez em dias, eu dormi me sentindo seguro e protegido, nos braços de Reanto.
Liiiindooooos, esse foi o CP de hoje. Foi o mais tenso de escrever, eu acho, mas espero que tenha ficado bom kkkkk. No mais não deixem de comentar e votar. Eh muito importante pra mim. Beijooooooooos, seus liiiiiindoooooos 😘😘😘😘😍😍😍😍😙😙😙😙😙💙😘😘😘😘