Um amor de infância - capitulo 39

Um conto erótico de LuisMagalhães
Categoria: Homossexual
Contém 2022 palavras
Data: 11/07/2015 00:33:14

... pouco mais de cinco minutos, ele vem e pouco a pouco me leva até seu carro. Saímos do Hospital e fomos por aquele caminho que eu já conhecia. Estávamos indo para minha casa...

Seguimos por aquele caminho cheio de arvores pelas laterais. Os raios solares entravam pelo vidro do carro e iluminavam meu rosto. Aquela sensação era ótima. Abri um sorriso de felicidade em meu rosto: finalmente tudo parecia ter acabado. Percebi que Tomás me observava de canto de olho e quando virei meu rosto em sua direção para vê-lo, ele virou seu rosto para a estrada e abriu um sorriso lindo. Ele estava feliz e isso era óbvio.

Chegamos à frente da minha casa em pouco tempo e, eu não conseguindo andar, fiquei no carro enquanto Tomás ia chamar Ali para me ver. Aqueles minutos que se seguiram foram silenciosos de mais, mas não importava, pois tudo estava normal como sempre. Não demorou muito e Alicia apareceu na porta da casa. Ela estava triste e sem vida. Aquilo me desanimou muito. Parecia até que Tomás não havia contado a ela que eu estava vivo. Era isso! Uma surpresa.

Tom apontou para o seu carro estacionado bem na frente da casa. Alicia levantou o olhar, mas não entendeu o que estava acontecendo: ela não podia me ver por que os vidros do carro eram muito escuros. Então tive a ideia perfeita. Apertei o botão para que o vidro do lado de Tomás pudesse abaixar e ela conseguisse me ver no banco do carona. Quando finalmente o vidro deixou à mostra quem estava lá, eu acenei hiláriamente para ela, como se nada tivesse acontecido. Tomás caiu na gargalhada (confesso que até eu quis rir, mas ainda estava muito dolorido e não podia fazer muitos movimentos). Alicia arregalou os olhos de uma maneira que eu nem pensei que fosse possível e abriu um sorriso enorme. Ainda ouvi ela dizer:

- Não pode ser verdade... – e então começou a andar em direção ao carro.

Poucos passos e ela começou a correr. Deu a volta e abriu a porta do carro, me expondo a ela. Ganhei um abraço forte e doloroso, mas que estava com muita saudade. Conversamos por alguns minutos e Vitor chegou de moto. Quando me viu também veio me abraçar. Sentir seu cheiro foi reconfortante. Ele se aproximou do meu ouvido e disse:

- Eu estou tão feliz que te daria um selinho agora, mas como o Tom tá bem ali olhando eu não vou fazer isso... – safado.

Ele levantou o rosto e me beijou na testa, carinhosamente. Tomás entrou no carro e disse que precisava ir pra casa e que nós (Alicia e eu) poderíamos conversar depois. Era claro que nós não queríamos nos separar, mas ele é quem manda não é mesmo? Saímos de lá e fomos para a casa dele. Mesmo depois de tudo, ele parecia que estava preocupado com alguma coisa e isso me preocupava também.

Paramos em frente à sua casa. Ele saiu do caro, deu meia volta e abriu a porta do carona. Me deu apoio no ombro para que eu pudesse me firmar nele e me levantar. Mas assim que consegui manter o equilíbrio, suas mãos agarram minhas coxas e eu sinto que sou tirado do chão. Ele tinha me levantado e estava me carregando sem esforço algum. Sabe como eu sei que era sem esforço? Porque, mesmo comigo nos braços, ele conseguiu fechar a porta do carro e abrir a da casa, comigo em um dos braços. Isso não é natural cara.

Levou-me para seu quarto e, quando senti o cheiro de seu perfume impregnado no ambiente, as dores passaram e eu entrei em nostalgia. Ele me deitou na cama: se inclinou para me deitar e ficamos naquela situação, eu deitado e ele em cima de mim, não deitado em mim, mas perto demais. Ficamos nos olhando e eu estava para beijá-lo quando ele chega mais perto de mim e põe seu cangote pero do meu nariz. Confesso que eu estava me excitando com aquilo. Senti sua respiração no meu pescoço, mas eu não entendia por que ele estava fazendo aquilo. Depois de uns segundos ele se levantou.

- Achei.... – o controle da central, que estava debaixo do travesseiro, estava em sua mão e ele ligou a central – Tá quente demais né? – ele disse, se afastou da cama e foi levantando a camisa para tirá-la enquanto chegava próximo da cômoda.

- Você não sabe o quanto – disse eu sentindo uma onda de prazer ao ver aquela cena.

- Você quer que eu tire sua roupa? – apesar da perguntar parecer muito sugestiva, ele não disse aquilo com segundas intenções. Ele estava disposto a me fazer sentir bem.

- Não. Não quero que você me veja... – antes de completar a frase ele subiu na cama e pegou nos botões da minha camisa.

- Não precisa ter vergonha. Eu cobri seus ferimentos e vi sua cirurgia. Já vi muito seu corpo e sei que não tem nada de errado.

- Você me viu nu?!

- Não. Só sem camisa – ele estava desabotoando a metade da camisa – Além do mais, você tem um corpo definido. Como você conseguiu ficar assim em pouco tempo?

Ele disfarçava, mas eu pude perceber em seus olhos que algo em mim tinha deixado ele intrigado. Ele queria descobri algo. Algo que eu acho que não sei. Ele acabou de desabotoar a minha camisa e abriu de uma vez.

- Não fiz nada, só desenvolveu assim.

- Eu sabia... – ele disse baixo, mas não estava se referindo a minha fala. Ele estava se referindo a alguma coisa na minha barriga. Alguma coisa por baixo do imenso curativo que ele tinha levantado.

- Do que você está falando? – perguntei e peguei o curativo de sua mão, tirando-o do meu abdômen.

Nada. Não havia nada na minha barriga. Nenhum corte, nenhum arranhão, vermelhidão ou inflamação. Estava perfeitamente normal. Olhei rapidamente para Tomás e vi que ele estava assustado com aquilo.

- Como isso é possível? – ele perguntou.

- Tom, calma...

- Você está curado...

- Eu sei – ele me olhou querendo que eu dissesse mais.

- Então me diz o que é.

- Eu não sei o que é. Só sei como acontece. Mas eu preciso banhar primeiro e comer. Te conto no almoço tudo bem?

- Tudo bem... Mas eu quero saber. Você quer que eu te ajude a banhar? – mais uma vez ele estava solidário, sem ironia.

- Não! Não vai me ver nu.

- Para com isso! Já falei, não me importa se vou ver você nu ou não, o que importa é ajudar você. E também você já me viu nu e me ajudou a banhar. Posso fazer o mesmo.

- É sério, eu tenho vergonha.

- Eu não vou fazer nada... – disse sério e então abriu um sorriso – Eu acho.

- Tava demorando... – sorrimos.

- Vamos logo – ele me segurou e me levou até o banheiro.

Tirou minha camisa e, quando ia desabotoando minha calça, eu impedi ele.

- Espera! Eu posso fazer isso. Só me segura.

Ele então me ajudou a me equilibrar em pé. Perguntou se eu realmente conseguiria e eu assenti. O melhor veio depois. Não sei porque ele foi para trás de mim. Talvez fosse pra que me abaixasse e tirasse a calça sem esbarrar a cabeça nele. Ele me segurou pela cintura, forte e delicadamente para que eu não me desequilibra-se e nem me machucasse. Eu estava sentindo desejo de novo, vontade de agarrá-lo. Desabotoei minha calça e, rebolei um pouco para ela desgrudar da cintura. Depois fui puxando ela até o pé e, pra isso tive que me inclinar. Tomás se inclinou comigo, para que eu não acabasse caindo, mas em troca consegui sentir seu membro logo depois da minha cueca, colado em mim. Que sensação!

- Foi mal – disse ele se referindo ao encoxamento que ele tava me dando.

- Tudo bem – respondi me levantando – Você pode me soltar?

- Pra que?

- Quero ver se consigo andar.

- Tá... – senti que ele me soltou lentamente para ver se eu ia mesmo cair. Mas eu fiquei de pé. Dei alguns passos e, sim, eu conseguia andar.

- Consigo andar. Acho que posso banhar sozinho.

- Isso tudo pra eu não banhar você? Poxa, não vou fazer o que eu queria...

PS. Eu ainda estava de cueca.

- Sai logo...

Ele saiu sorrindo e fechou a porta. Entrei no box e tomei um banho até que bem tomado. Saí e me lembrei que estava sem roupas e sem toalha. Gritei por Tom.

- Tom!

Ele veio correndo. Acho que pensou que eu tinha caído ou algo assim.

- O que foi? Tudo bem? – ele estava num tom preocupado.

Eu apenas abri um pouco a porta, uns dez centímetros ou quinze. Eu estava nu e molhado.

- Aqui não tem toalha e nem roupas limpas. Será que...

- Claro! – disse ele percebendo o erro – Já volto.

Ele foi no quarto dele e buscou uma toalha branca e uma muda de roupas dele. Quando chegou no banheiro, colocou a mão na porta como se fosse entrar.

- Você não vai entrar.

- Por que?

- Porque eu estou nu...

- Deixa disso... – ele forçou um pouco a porta e eu coloquei minha mão na lateral da porta como se eu conseguisse pará-lo.

- Não!

Ele forçou mais um pouco e eu acabei me desequilibrando. Estava caindo no chão quando sinto ele segurar a minha mão que estava na lateral da porta e me puxar para junto de si. Ele me segurou pelas costas e colou seu corpo no meu.

- Você é louco... – disse eu com o coração agitado.

- Desculpa, eu não queria... – ele parou de falar e percebi que ele estava me cheirando – Você tá tão cheiroso...

- A toalha por favor...

Ele me deu a toalha e eu me enxuguei de costas pra ele e vesti a boxer.

- Tem alguma coisa no fogo? – perguntei.

- Droga, eu esqueci! – e saiu correndo.

Eu sorri muito e acabei de me vestir com dificuldade. Desci as escadas com mais ainda e cheguei na cozinha onde ele estava. Sentei-me a mesa e fiquei observando ele.

- Queimou alguma coisa? – perguntei.

- Não. Por sorte.

Ele já veio me servindo e a ele também. Sentou-se à mesa e comemos. Quando acabamos, ficamos nos olhando até ele falar.

- Agora me conta.

- Olha – suspirei – Como disse, não sei o que é, só sei como ocorre.

- Então me diz.

- Tá. Sempre que acabo me ferindo não demora para que sare. Não sei porque. Apenas cura e eu não sinto mais nada. Por isso não tenho marcas de cirurgia.

- E quando foi que isso começou?

- Acho que depois que me recuperei do tiro que o Caíque me deu. Quando Chris nos flagrou aqui na sua casa aquele dia, eu me cortei e quando cheguei em casa já não havia mais nada no meu braço.

- Você é o Superman? – ele brincou.

- Depois disso foi que eu comecei a ficar mais forte e com uma aparência melhor.

- É, realmente você mudou muito. Pra melhor, é evidente.

- Eu não pude deixar de perceber que você também mudou pra melhor. Você está inegavelmente mais feliz...

- Minha mãe... Ela está viva de novo – seus olhos brilharam.

- É, eu conversei com ela. Ela me chamava de “meu herói” kkkkkkk.

- E ainda é pouco. Você se arriscou por ela. Isso vale muito pra mim e pra ela.

- Não precisa de tudo isso. Você é meu amigo, ela é a sua mãe. Eu fiz o que eu deveria fazer.

- E agora – disse ele se levantando – Você está impossibilitado de fazer qualquer serviço o que quer dizer que as louças são minhas...

- Aproveite o tempo. Por que logo logo eu vou voltar à ativa.

Disse, me levantei e fui andando em direção ao quarto. Quando abro a porta, uma rajada de ar frio (central de ar) me envolve e o sono chega até mim desesperado por possuir um corpo. Eu andei em direção a cama e me deitei para esperar que dormisse, o que não ia demorar. Nesse momento meu celular vibra e o toque das mensagens soa no quarto. Pego ele e ligo a tela de bloqueio. Quando ponho a senha, vejo:

MENSAGEM DE DESCONHECIDO

Continua...

Bem pessoal, por hoje foi isso kkkk Espero seus comentários logo abaixo. Um abraço, um cheiro, um beijo e um queijo e até a próxima!

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Comentários

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PORRAAA!!! NINGÉM MORRE NESSE CONTO NÃO? SÃO IMORTAIS?!

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Meu Deus que demora é essa ? Estava tao envolvido com a historia e com essa demora me fez desinteresar...

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ALELUIAH!!!! Eita Luis pensei que você tivesse morrido. Ai que bom que você voltou. E felizmente voltou com tudo nos presenteando com este mais que maravilhoso capítulo. Aposta quanto que esse "desconhecido" não é a Chris? Ou será que o Caíque voltou dos mortos, já que nesse conto tudo é possível, ou será que é o Bruno? Hmmm, dúvidas.

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Nunca que eu ia discutir com algum pra lavar a louça, quer lavar é toda sua kkkkkk odeio lavar louça. Ta maravilhoso o conto, menos esse seu sumiço, mas ta beleza!

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Luís seu puto, vou mandar sequestrar vc assim obriga lo a postar diariamente, sério cara se anda sumido e ta mais do que na hora de rolar algo né fih, eu li o capítulo todo pensando é agora o beijo, ae Dps ficava tipo (Puts que ódio agarra ele logo adam) sério continue mas não demore tanto assim, amo seu conto acompanho desde o início e vc ta me matando veih, o cara já viu o outro nu, agarrou ele o adam ta quase colando uma plaquinha em si mesmo escrita "ME COMA" e dps daquele fora que o Tom deu na vaca tbm ta super na cara oq ele quer.

Conto perfeito nota 1 000000000000

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Muito bom esse conto, acho que é a primeira vez que comento aqui, meus parabéns pela escrita, por tudo!

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Cara, você conseguiu, fiz uma conta para comentar no seu conto, não desmerecendo os outros escritores, mas acompanho a cdc a muitos anos e você foi o único que me fez criar uma conta pra dizer: Não demora muito, seu conto é perfeito!

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Eita, sou velho, vou acabar morrendo antes desse misterio ser revelado, hahahahahha. Otimo conto, obrigado mesmo.

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Bom... Não demora muito, senti falta.

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Cara sinto falta desse conto, falta da narração do Tomas e isso ta ruim, mas o conto ta pft

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