Amando O Cara Errado 04

Um conto erótico de Gossip Boy
Categoria: Homossexual
Contém 1368 palavras
Data: 11/07/2015 20:37:26

-Você de novo?!

Diz ele com um rosto nada amigável e apertando meu braço com força.

Era o mesmo cara que eu tinha esbarrado na praia no inicio das férias.

Eu – Eu sinto muito...

Falei ajudando a recolher as coisas dele que tinha caído no chão.

- Quebrou meu telefone, maravilha!

Eu – Cara, desculpa, eu...

- Cala a boca! Só sai da minha frente, antes que eu...

Eu – Calma aí mano, só quero ajudar.

- Se você não tivesse causado o problema, eu não precisaria de ajuda.

Falou puxando suas coisas da minha mão com violência e saindo bruscamente.

Eu – Que maluco.

Continuo meu caminho pra casa.

Quando chego vou tomar banho. De baixo do chuveiro e fico lembrando do recente acontecimento.

Ele me olhando com aquela cara de malvado... Mas é aquela cara de “mal” charmosa. Ele tem a barba por fazer que eu acho muito lindo, mas não fica bem em mim, o cabelo com o corte “militar”, não sei o nome daquilo, é raspada bem baixo. Normalmente não gosto desse tipo de corte, mas nele ficou bonito. Ele é mais alto que eu, tenho 1,70, ele deve ter 1,85. Pelo porte físico, deve fazer musculação, corpo definido e bem forte, meu braço ainda dói pelo aperto que ele deu.

Realmente lindo, mas um ogro. Tem gente que não merece a beleza que tem.

Depois do banho vou arrumar meu quarto. Tava lá Selena Gomez cantando e eu limpando.

Junior, me liga.

Junior – Oi... que barulho é esse?!

Eu – Calma, já vou diminuir.

Vou abaixar o volume.

Eu – Melhorou?

Junior – Você vai acabar surdo, meu fi!

Eu – Deixa de exagero.

Junior – Como você ta? Tá bem?

Eu – Comigo tranqüilo, você? Como tão as coisas por ai?

Junior – Morgadas... Bem interior, sabe? Muito tranqüilo, sem badalação. Tua cara.

Eu – Ahhhh... Quer dizer que eu sou morgado?

Junior – Sim.

Começa a rir.

Eu – Beleza então, valeu.

Digo fingindo está com raiva.

Junior – Calma aí mano, não desliga não! Tô só brincado. Desculpa.

Eu – Eu sei mano, to só zuando.

Junior – Baitola!

Eu – Vai voltar quando?

Junior – Tá com saudades já?

Eu – Eu não!

Junior – Aé? Então vou ficar o resto do ano.

Diz rindo.

Eu – Não mano, fala aí, tu volta quando?

Junior – Só domingo a noite. Só vou te ver na faculdade na segunda de manhã.

Eu – Tá até perto, hoje já é sexta.

Junior – Sim, sim. E a academia? Tá indo ainda?

Eu – Sim. Fui a semana toda.

Junior – Huum... muito bem! Tem saído muito?

Eu – Quê que tu acha? Foi tu que acabou de dizer que sou morgado.

Junior – Só de casa pra academia...

Eu – Basicamente. E você?

Junior – Aqui não tem muito o que fazer.

Eu – Não pegou ninguém por ai?

Pergunto essas coisas porque gosto de sofrer, só pode ser isso!

Junior – Bem...

Eu – Claro, que pergunta a minha. Você consegue manter esse pinto dentro das calças?

Eu ri alto.

Junior – Mano, a filha dos vizinhos é gostosa demais. Um dia ela tava sozinha na frente de casa...

Eu – E você foi lá dar o bote.

Junior – Você me conhece melhor que ninguém.

Eu – Puto!

Junior – Luc, vou ter que desligar, ela ta me chamando lá na porta.

Eu – Tudo bem, vai lá.

Junior – Abraço.

Ele desliga.

Tá acabando as férias e eu aqui sozinho. Acho que to precisando transar pra tirar o Junior da cabeça.

Pego o celular e abro o famoso app de pegação gay. Logo marco com um cara. Esses caras com que encontro através do app, é coisa de uma vez, só sexo, nenhum deles querem nada sério. As vezes nem o telefone eles querem trocar.

Enfim, me arrumo e vou pra minha “fast foda”.

Acho meio degradante, encontrar um cara, transar e ir embora em seguida. Na hora do tesão eu vou, mas depois, fico com uma sensação ruim, sabe? Um vazio. Tipo, eu não mereço um relacionamento de verdade? Porra, eu sou tão ruim assim?

Depois de cada encontro eu digo a mim mesmo que vou não vou mais fazer isso e vou apagar o app, o que de fato eu faço, mas depois que o tesão bate de novo, baixo novamente. Isso é um tipo de vício, deve ser... Ou eu só não presto mesmo.

OK. Já quando estou na frente da minha casa, vejo o idiota de mais cedo saindo da casa em frente.

Ele que é o vizinho? Nossa, a mãe dele não brincou que ele é esquentado. E nada sociável também!

-Porra, tu ta me seguindo, caralho!

Eu – Que seguindo o que, idiota! Eu moro aqui!

-Tu me chamou de que, porra?

Eu – Você que começou com as ofensas.

-Eu posso te arrebentar aqui mesmo, tu sabe disso, né?

Diz ele me segurando.

Tá, eu fiquei com medo, admito. Mas eu cara daquele tamanho te segurando pela gola da camisa com um mão e outro punho fechado perto do teu rosto, já foi um grande feito eu não ter mijado nas calças.

Eu – Ok. Calma, calma. Eu não quero brigar.

Eu não quero é apanhar, essa é a verdade.

Marta – Algum problema rapazes?

Dona Marta fala da porta deles.

Eu – Não, não. Eu só tava cumprimentado o Xande.

Digo nervoso.

Ele me solta.

Alexandre – Meu nome é Alexandre, não Xande.

Eu – Beleza, entendi, Alexandre!

Marta – Que bom que já se conhecem, o Alê precisa mesmo de amigos.

Precisa de amigos? Porque, ele matou os outros?

Eu - ...

Alexandre – Eu to bem do jeito que estou.

Marta – Você não pode ficar sozinho sempre, filho.

Ele nem liga.

Alexandre – Eu vou usar o carro.

Marta – Onde você vai?

Alexandre – Ao shopping, preciso de outro celular.

Marta – O que houve com o seu?

Alexandre – Hoje mais cedo, um panaca esbarrou em mim, deixei o celular cair e o display quebrou.

Marta – Já que vai ao shopping, por que não leva o Lucas com você? Vocês aproveitam e pegam um cinema.

Mas é o que? Dona Marta, eu não quero andar com esse psicopata!

Alexandre – Não! Ele não é nem meu amigo.

Marta – Pode virar.

Eles falavam sobre mim como se eu nem estivesse ali.

Marta – Você quer ir com ele, meu filho?

Ela perguntava a mim.

Eu – Hann...eu? Eu acabei de chegar e...

Alexandre – Viu? Ele também não quer...

Marta – Por favor Lucas.

Gente, eu tenho um problema em dizer não. Nem sei quantas coisas eu já fiz só porque não tive coragem de dizer não.

Eu – Tá bom...

Alexandre faz cara de quem não gostou.

Alexandre – Vou tirar o carro...

Ele diz sem animo algum.

Quando ele entra, sua mãe vem falar comigo.

Marta – Muito obrigada por fazer isso. Alê não é muito bom no relacionamento com as pessoas...

Eu – Eu percebi.

Marta – Mas não é culpa dele. Desde que o pai foi embora ele ficou assim.

Eu – E cadê o pai dele?

Marta – Depois que nos separamos, ele mudou de estado, pelo o que sei está casado novamente...

Eu – Ele não tem contanto com o Alexandre?

Marta – Eles se falam no aniversario dele, natal, essas datas. Mas quando ele foi embora, Alê se fechou pras pessoas. Os namoros dele não duram mais que uma semana... Ele sufoca as pessoas, acho que por medo delas irem embora.

Eu – Mas é essa pressão que as afasta.

Marta – Mas ele não consegue controlar.

Eu – Já levou ele no psiquiatra?

Marta – Já, mas ele não gosta. Diz que...

Eu – É médico de doidos.

Marta – Por isso quero que ele faça amigos, não se sinta tão só.

Eu – Eu vou tentar ajudar.

Ela me abraça de surpresa.

Marta – Obrigada!

Eu – Eu vou só em casa, avisar a minha mãe que vou sair novamente e já volto.

Disse entrando em casa.

Nossa gente, fiquei com pena do ogro... Alexandre.

Meus pais também são separados, mas eu era um bebe na época, e eu amo meu padrasto. Acho que cada um leva isso de forma diferente e ele não levou da melhor forma.

Eu vou tentar ser amigo dele, afinal, eu sei como é horrível se sentir sozinho.

Continua.

Queridos, hyam, jamesblack, Ru/Ruanito, Martines, Ivy SB, onixy, esperança, i!want!you!P@#&%!!!, Guiiinhooo e Atheno, grande abraço, espero que continuem gostando.

Perdão pelos erros.

Amanhã, pela manhã, tem outro.

Até mais.

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Comentários

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adoro...mais agora vou me ausentar devido ao temporal que deu na minha cidade, e estou sem rede, assim que puder volto ler seu conto abraços...

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Otimo, louco pra ler o proximo

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Quero q o júnior morra e o Lucas fique com o ogro tesudo . tá pequeno.

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Meu Deus a cada capítulo melhoooor!!! O Ale é um ogro fofo rs nossa esses aplicativos me lembraram de um amigo meu kkk ele é assim excluir hoje e amanhã baixar de novo kkk bjos lindo❤️

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