Esse amor pra recordar - PARTE 2

Um conto erótico de Cesar Contista
Categoria: Homossexual
Contém 1823 palavras
Data: 13/07/2015 01:12:37
Assuntos: Homossexual, Gay

Estava realmente muito difícil fechar os olhos e dormir naquela noite... Passavam das três da manhã e o sono não vinha. Eu chorava muito lembrando os acontecidos do dia e o beijo que dei em César e também o fato de Mariana ter presenciado e ter me obrigado a dar um jeito de ir embora ao amanhecer, sem que ele soubesse...

Coloquei os fones de ouvido e comecei a ouvir músicas quando aquela sensação de que se está sendo observado me invade e no impulso abro os olhos e dou de cara com Cesar ao lado da cama me encarando.

Fico em silencio e sem reação por um momento e logo depois levanto-me e sento encostado na cabeceira da cama.

- Não consigo dormir.- diz César.

- é eu também não... deve ser o calor, sei lá- respondi.

- Está tudo bem entre nós?- ele diz

- Sim, eu acho!

- Posso deitar aqui com você um pouco?

- Olha César, não acho uma boa ideia... A Mariana pode acordar e não gostar...

- Não estamos fazendo nada demais... apenas conversando, somos amigos lembra?

Apenas assenti com a cabeça e ele deitou-se ao meu lado... alinhando-se bem próximo ao meu corpo...

- Por que me beijou? – perguntou deixando o clima tenso no ar.

- Não sei explicar, foi um impulso besta...eu jamais deveria ter feito aquilo...

- Por que? Você se arrependeu?- disse ele

- Por que? Não deveria me arrepender?- respondi

- Beijo tão mal assim? –riu

Acabamos rindo da conversa boba...

-Olha, você é meu amigo César, gosto muito de você, você é como um irmão pra mim, e o que fiz foi errado...Voce namora a Mariana, e não sei mesmo o que deu em mim... vamos esquecer o que houve ok?

- Melhor!!! - disse ele.

Me senti tão desprezado quando ele disse “ melhor “, mas eu sabia que isso realmente era o certo a se fazer...

Por fim ele levantou-se e foi pro quarto onde Mariana estava dormindo...

Na manhã seguinte, antes deles acordarem, peguei minha bolsa e andei 2km até onde passava ônibus e fui pra casa. Deixei um bilhete em cima da mesa que dizia:

“ Obrigado por tudo, mas precisei ir embora... Lembrei que tinha umas pendencias pra resolver...não se preocupem, ficarei bem!”

Meu celular tocou umas 8 vezes com o nome dele aparecendo na tela, mas achei melhor não atender, pois precisava me afastar dele, antes que me envolvesse mais ainda.

Cheguei em casa, me tranquei no quarto e comecei a ler!! Preciso esquecê-lo!!

*************CÉSAR NARRANDO****************

Fiquei extremamente mexido com o beijo que André me deu.... Tudo bem que eu namorava com a Mariana e ela é uma garota legal, mas não era a primeira vez que eu beijava um garoto. Me considero um amante da vida... Nem gay, nem hétero, apenas danço conforme a música, e não tenho estereótipos quanto ao que é certo ou errado! Isso não significa que eu queira viver uma vida ABERTA, onde todos sabem minhas preferencias...

A única pessoa que sabe dessa minha “bissexualidade” é minha prima Agatha, e eu não via a hora de contar pra ela sobre o acontecido... Marcamos de tomar um café mais tarde...

-Oi primooo, que bom que me ligou, faz muito tempo que não conversamos ...

- É Agatha, está meio corrido pra mim e a Mariana não larga do meu pé!!

- E já vi que está de saco cheio dessa garota... Me diz.. o que é? Cansou dela mesmo ou apareceu uma outra pessoa na fita?

Ri, denunciando que algo estava acontecendo...

- Olhe pra você César... todo feliz... conta vai... quem é a sortuda da vez...

Senti minhas bochechas corarem... Estávamos numa lanchonete no centro da cidade. Um lugar legal, que costumávamos frequentar desde que éramos adolescentes...

- Não está acontecendo nada demais. – eu disse – apenas estou um pouco confuso...

-Está nervoso por que?

- Não estou nervoso!!

- Então por que está balançando essas pernas com tanta ansiedade... te conheço primo!!

Encarei minha prima e confidente... Abaixei a cabeça, comi uma batata do pratoamigo meu... me beijou!,- falei por fim, tentando desviar o olhar de Agatha...

- E...?

- Como assim? – perguntei exaltado – Já não é uma tragédia boa o suficiente? Precisa ter mais?

- E você não tem nada pra admitir?

Limpei a boca cm o guardanapo...

- Admito que, gostei!!- respondi com certa dificuldade. E gostei mesmo, fazer o que?

- E o que mais?- disse ela

- Nada, oras!!

- César!!

- Não tem mais nada..

- César...

- Eu juro... foi só um beijo!!!

- Admita que está apaixonado por ele- ela disse, como se fosse a coisa mais natural do mundo...

- Eu não estou apaixonado por ele- respondi na mesma hora. – isso é um absurdo... Você sabe que eu não me apaixono.

Ela riu... Eu não tinha visto graça nenhuma, pois afinal sempre fui um amante da vida, e me apaixonar estava totalmente fora dos meus planos... além do mais por um garoto!!!

- A qual é... Justo você que sempre se achou o moderninho e o pegador, agora vai ficar de preconceitozinho besta?? Se fuder César!!

- Não é preconceito... Foi apenas um beijo, e por fim juramos que nunca mais isso vai acontecer...

- De bobos!! Pois se foi bom e gostaram, deveriam é se acabar ...kkk

Acabei rindo do jeito chulo que ela falou...

- Só você mesmo Agatha...

- É sério... as vezes as coisas só acontecem uma vez em nossa vida.. e se ele te beijou é porque gosta de você, e talvez aquela tenha sido a única vez que ele demonstrará isso... O que aconteceu depois...

- Ele foi embora.. a pé... lá da chácara!!

- Esse cara te quer... garanto...

- e por que fugiu?? Não consigo falar com ele a uma semana!

- Voce não correspondeu... ele não vai insistir.

Talvez ela tenha razão.

- Tá esperando o que pra ir atrás dele, ver o que está acontecendo?

****************ANDRÉ NARRANDO***********

Eu estava a mais de uma semana sem ver o César, justo pra mim que pensava que a distancia me ajudaria a esquecê-lo, estava engando, pois a cada dia as coisas em casa pioravam e a falta dele me doía mais e mais.

Durante o jantar, estávamos eu, meu pai bêbado como sempre e meu irmão Júlio sentados à mesa... Eu sempre de cabeça baixa, calado, escutava as barbaridades que os dois falavam e minha raiva ia aumentando dentro de mim... Não sei por quanto tempo mais eu aguentaria aquilo...

-Sabe a Sandrinha Júlio? Aquela putinha do mercadinho? Faz dias que anda se insinuando pra mim...ontem peguei ela de quatro depois que ela fechou o mercadinho- disse meu pai...

- E a vadia era boa pai? Esse meu paizão é foda!!

- Gemia igual puta filho, enquanto eu metia vara nela... Dá de dez a zero na vagabunda da mãe desse moleque!! E tem o corpinho muito bom... A Claudia só servia pra cozinhar, e nem pra isso esse filho dela presta... comida horrorosa... por isso ele apanha igual a mãe apanhava.- ele dizia enquanto bebia mais e mais.-... Eu batia nela por prazer... gosto de meter porrada nas vadias... Mas aquela lá, nem pra bater tava dando mais... A ultima noite antes dela morrer, ainda dei uma surra nela.. Ela na cama nem se mexia, só aguentava as porradas quieta, depois larguei ela na mata pra dizer que tinha sido estuprada e espancada por qualquer bandido... ela ia morrer mesmo... e eu sempre fiz igual faço com esse merdinha, bato sem deixar marca... nunca vão poder provar que fui eu...

-Pai, para de falar isso!- repreendeu Julio...

- Matei mesmo aquela vagabunda, ela merecia...estava reclamando dos chifres que levava de mim... morreu... agora vai reclamar com quem?? – ele ria...

Aquelas palavras doíam dentro de mim... Aquele cara era doente... e o pior é que pra vizinhança eles eram um casal feliz, porque assim como ele faz comigo quando estamos perto de alguém, ele fazia com ela..Na frente dos outros eram a família perfeita, mas só ela sabia o que passava...

Minha mãe fora encontrada jogada próximo ao córrego, sem roupa, toda machucada, e sem nenhuma pista de quem havia feito isso... Quando cheguei, ele me abraçou e fez a maior cena, e no enterro chorou como viúvo abandonado... tudo aquilo ia me subindo até eu explodir!!

- Você matou a minha mãe seu desgraçado...

Gritei e por impulso enfiei o garfo que eu estava comendo em sua mão e em seguida comecei a furá-lo mais enquanto gritava de raiva...

Nessa hora o Julio tentava me tirar de cima dele, e os vizinhos já se aglomeravam ao redor da casa... o que não demorou para entrarem e me tirar de cima dele...Eu continuava aos gritos..

-Me solta!! Ele matou minha mãe..!! Solta!!!

Me seguravam com força...ele levantou-se sangrando do chão.. e me olhava e dizia...

- Filho, por que você fez isso comigo?? Olha pra mim... você machucou o papai... Sei que tá dificil sem a mamãe, mas nós precisamos ficar juntos..

-ME larga... Para com essa falsidade!! Você é um monstro...Eu vou te matar...

Ele apenas balançava a cabeça, fingindo ser vítima daquilo tudo...As pessoas me olhavam boquiabertos com o que estava acontecendo... Chamaram até a polícia...que chegou rapidamente até... e logo atrás deles.. César!!

- O que está acontecendo aqui?- questionou o policial.

- Meu filho senhor, surtou... Ele esta muito nervoso coitado.. Olha o que fez em mim- mostrava o braço sangrando...

- Ele matou a minha mae!! Desgraçado- eu gritava...

Todos olhavam perplexos, e o policial se aproxima de mim..

- Acalme-se filho... eu sei que sua mãe foi assassinada e te prometo que vou descobrir quem fez aquilo com ela... Mas olha pro seu pai... ele está sofrendo tanto quanto você.. Ele não merece isso...

Eu olhava pra aquele verme e ele chorava, fingindo-se de pobre coitado... E eu parecia o louco da história... Julio me abraçava, ainda me segurando...

-Fala pra eles Julio, fala que eu não estou mentindo... por favor!! Eu soluçava...

-Fica calmo irmãozinho... vai ficar tudo bem... o papai te perdoa... a gente te ama...

Senti algo me espetar no braço e comecei a ficar mole, e aos poucos minha percepção foi mudando e me senti meio tonto, ouvia vozes ao longe, e acabei apagando...

************CESAR NARRANDO***********

Segui junto com a ambulância até o hospital...

Julio ficaria com o pai nos primeiros socorros, e eu acompanhei André que foi internado após o sossega leão que deram nele...

Eu não podia acreditar que tivesse presenciado aquela cena...

Eu não sabia nem o que pensar, mas ve-lo ali dormindo serenamente, não parecia ser o mesmo que vi a horas atacando o próprio pai...

Ele parecia tão frágil e inseguro...

Eu apenas o abracei enquanto dormia....

Passaram-se 8horas ele começa a acordar, meio sonolento e confuso...

Apenas segurei sua mão, e antes que ele pudesse dizer qualquer coisa eu disse:

- Fica calmo, eu estou aqui com você... pra te proteger... fica calmo...

E o beijei....

*************

CONTINUO????

OBRIGADO PELOS COMENTÁRIOS E NO PROXIMO EPISODIO AS COISAS ESQUENTAM EM GERAL!!! BJUS

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Comentários

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Que fofo, esse pai dele é uma cobra, continua logo, Please!

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continua logo por favorrr!

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Adorei, nojo desse pai, não merece só morrer tem que sofrer muito e morrer aos poucos!

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