O nome dele era Zé

Um conto erótico de Renan Mafra
Categoria: Heterossexual
Contém 725 palavras
Data: 14/07/2015 05:50:15
Última revisão: 14/07/2015 05:56:32

O nome dele era Zé, só que este não era um Zé comum. Tinha vários apelidos, todos com a mesma intenção: Zé Três Pés para uns, para os mais intelectuais era Zé Tripé, sendo que, o mais usado era Zé Pé de Mesa. Já deu pra entender que o homem tinha um apêndice de fazer inveja a qualquer jumento. A verdade é que tudo não passava de folclore, tanto que, quando fizeram um concurso no banheiro do canteiro de obras de um edifico lá na Barra, o nosso protagonista ficou em sexto lugar. E isso porque teve roubo! O juiz encarregado de tirar as medidas, por preconceito machista, não encostava muito nos candidatos — aliás, não era bem preconceito; na verdade, era respeito. E, as ditas foram medidas com um cabo de vassoura, a certa distância. A que tirou em primeiro lugar, espécime pertencente à um baixinho (tinha que ser), atingiu quase a metade do cabo da vassoura. Para sentirem o valor real do intento, esclareço que o concurso foi feito no inverno, com a temperatura beirando os 15 graus, debaixo de água fria. E não foi por acaso. Isso fazia parte do regulamento, assim como não era permitido levar revistinha de sacanagern, fotos de mulher nua ou fazer qualquer tipo de aquecimento manual. Se houve roubo, foi porque o Zé comprou, com duas doses de cachaça, o juiz. Fato sui generis não pela corrupção, mas pelo valor. Não era a toa que o juiz era conhecido como Esponja, passando, depois do evento, a Esponja Mede Jeba. <br><br>

Mas não era a toa que o juiz era conhecido como Esponja, nem o quinto. Por aí vocês tem uma ideia de como o pessoal era bem servido. Eu vim a saber, mais tarde, que o tal baixinho do primeiro lugar virou hors-concurs. Mas tinha que ser. Ele era dono de um instrumento tão grande, mas tão grande, que quando o infeliz ficava excitado, desmaiava. O sangue do corpo ia todo pro pau.<br><br>

Mas, voltando ao Zé, fazia um mês que tinha chegado do interior. E, por falta de grana, mantinha-se virgem, sem conseguir dar uma molhada no biscoito. No concurso de tamanho ele foi o sexto mas, se falasse em tesão, ele ganhava mole, ou melhor, duro. O Zé já acordava com o dito-cujo em posição de sentido.

O primeiro serviço do Zé no Rio foi com uma britadeira. Não deu. Com a trepidação, num só dia, o gozou cinco vezes. Primeiro pagamento. Depois de comprado os óculos escuros e o rádio de pilha, sobrou um dinheirinho para a primeira farra. No bordel Carrossel, ali na Mem de Sá, na Lapa, bairro boêmio do Rio de Janeiro foi onde o Zé encontrou a Raimunda, a melhor bunda entre as <a href="http://www.riohot.com.br/acompanhantes.asp" title="Acompanhantes">Acompanhantes</a> do local.<br><br>

Entraram no quarto. O Zé olhando pra Raimunda. Raimunda olhando pro Zé e pro Zé do Zé, sentindo, pelo volume, a responsabilidade. Encarar aquilo precisava ter muito amor à profissão! Raimunda foi quem começou a tirar a roupa. Era só isso que ele estava esperando. Tirou as calcas junto com as cuecas. Deitou na cama como quem não quer nada, escolheu uma posição pra ficar "sexy"... e lá estava o Zé, de barriga pra cima, mãos segurando a cabeça e aquele obelisco saindo do meio das suas pernas, quando começou o papo.

— Tu é daqui mesmo?

— Não, eu sou de Vila Alta, cidadezinha perto de Garanhuns.

— Que engraçado... eu também sou de lá. Qual rua que que você morava?

— Marechal Floriano, do lado da tendinha do Seu Tonho.

— Eu também morava lá. Como é o nome do teu pai?

— Damião Saturnino; a mãe, Dina do Saturnino.

Zé, com os olhos cheios de lagrimas, corre pra Raimunda,

abraçando-a.

— Mundinha, minha irmãzinha, quantos anos!

— Zé, como tu tá grande, quando eu saí de casa tu era de colo!

Detalhe: o Zé do Zé continuou duro. Na euforia do abraço, aquele mastro foi parar no meio das coxas de Raimunda. Zé, com todo o respeito, tirou o aflito do meio das pernas da irmã, botou pro lado e continuou chorando, limpando as lágrimas com a mão esquerda, porque com a direita...

Zé olhou para o espelho da penteadeira que estava atrás de Raimunda.

— É uma bosta, a gente perde cada bundinha!

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